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TRABALHO processo civil

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Universidade Positivo
ALUNA - Pamela Varaschin Prates - DISCIPLINA - Direito Processual Civil IV - PROFESSOR – Guilherme Augusto Bittencourt Corrêa - CURSO - Direito - PERÍODO – Sexto
TRABALHO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO
	O texto em tela trata do debate a respeito do duplo grau de jurisdição como uma garantia constitucional. Assim, a doutrina diverge se este princípio está previsto em nossa Constituição Federal (CF/88) atual como uma garantia constitucional. Tal discussão baseia-se, pois, no artigo 5º, inciso LV, da CF, o qual prevê como garantia as partes do processo o direito ao contraditório e à ampla defesa. 
	Assim, Luiz Rodrigo Wambier e Teresa Arruda Alvim Wambier apresentam posicionamento a entender tal princípio como uma garantia constitucional, por estar ligado à ideia moderna de Estado de Direito. Ademais, o Estado de Direito exige o controle das atividades que o Estado exerce à sociedade. E o duplo grau de jurisdição exerce controle na sociedade, pelas partes, bem como pelas atividades que o estado realiza por meio de recursos – além do fato de que, no âmbito interno, os órgão hierarquicamente superiores praticam um certo controle sobre as decisões tomadas pelos inferiores.
	Entretanto, mesmo os doutrinadores que defendem o duplo grau de jurisdição como uma garantia constitucional, afirmam, tal princípio, deve estar sujeito à limitações. Um exemplo citado pelos doutrinadores dessa limitação é o caso de apelação interposta contra sentenças terminativas ao Tribunal, em que é possível que o Tribunal faça análise do mérito, desde que o assunto seja sobre questão de direito e o processo esteja pronto para julgamento.
	Em oposição a esse entendimento, há doutrinadores que apontam as consequências negativas de considerar esse princípio como uma garantia constitucional. Assim, em suma, as consequências seriam: dificuldade de acesso à justiça, afinal, Marinoni afirma que o, duplo grau de jurisdição seria “uma boa desculpa para o réu que não tem razão retardar o processo”, podendo causar a renúncia do direito da parte que tem razão; desprestígio da primeira instância, vez que o primeiro grau acabaria por ser meramente incumbido da fase instrutória e opiniões a respeito do mérito do litígio, o qual só seria, concretamente, resolvido em segundo grau; quebra da unidade do poder jurisdicional, devido ao fato de que quaisquer que sejam as condutas do Tribunal (manter, reformar ou invalidar a decisão) acabariam por ocasionar um descrédito sobre a função jurisdicional; afastamento da verdade (mais próxima da) real; e inutilidade do procedimento oral.
	Não obstante isso, há também causas que são originalmente do Supremo Tribunal Federal (STF), não havendo, logo, duplo grau de jurisdição. Assim, entende-se que o nosso Poder Judiciário é organizado em Tribunais superiores e inferiores, em que os superiores tem como função reexaminar as decisões dos inferiores.
	Com isso, muitos doutrinadores afirmam que, não se trata, o duplo grau, de uma garantia constitucional, mas, sim, de um princípio. Afinal, a própria CF tão-somente se refere ao princípio, não o definindo como garantia. Entende-se, pois, que tal princípio sofre de exceções e limitações.

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