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Como animar um grupo: Princípios básicos e técnicas
María José Aguiar Idáñez
Algumas precisões terminológicas e conceituais prévias
“Sempre que se fala de trabalho em grupo, é frequente ouvir uma serie de palavras, termos ou expressões que, de maneira equivalente, são empregados para designar “algo” que tem a ver com “o grupal”. Não existe um esclarecimento suficiente do uso e alcance destes termos”. (pg. 13)
1. Trabalho com/ de / em grupos
“Trata-se de todas aquelas ações e atividades que são realizadas de maneira coletiva. Portanto, para existir trabalho grupal (em grupo, com grupos ou de grupo, as expressões são equivalentes), só é necessário que as ações se desenvolvam coletivamente. Ou, mais precisamente, que se realizem mediante a interação de umas pessoas com outras dentro de um grupo”. (pg. 14)
2. Técnicas grupais
“As técnicas grupais como “os instrumentos que, aplicados ao trabalho em grupo, servem para desenvolver sua eficácia e realizar suas potencialidades”. Podemos definir as técnicas grupais como um conjunto de meios e procedimentos que, aplicados a uma situação de grupo, servem para conseguir um duplo objetivo: produtividade e gratificação grupal”. (pg. 15)
3. Dinâmica de grupos
“O grupo como uma realidade nova e distinta da simples soma dos indivíduos que o formam. O grupo, como consequência da interação entre seus membros, se converte numa fonte de energia e capacidade que os indivíduos isolados desconhecem”.(pg. 15)
“A dinâmica de grupos consiste nas interações e processos que são gerados no interior do grupo como consequência de sua existência”. (pg. 16)
“‘Dinâmica de grupos’ pode ser entendida de diversas formas: como teoria, como técnica ou como de atuar em grupo, que é o que se costuma chamar também ‘espírito’”. (pg. 16)
“Como teoria: Trata-se de estudar cientificamente o conjunto dos fenômenos psicossociais que se desenvolvem nos grupos primários e as leis que os produzem e regulam. A teoria da dinâmica de grupos é um ramo da psicologia social, cujo objeto de estudo são os grupos humanos e os processos que se geram como consequência de sua existência.
Como técnica: A dinâmica de grupos entendida neste sentido, ou seja, como técnica de atuação, constitui um conjunto de procedimentos e meios a serem utilizados em situações grupais, comm o fim de fazer aflorar de uma maneira mais expressa, consciente ou manifesta, os fenômenos, fatos e processos grupais que estão sendo vividos no seio do grupo em que são aplicados.
Como espírito grupal: Como consequência das investigações de dinâmica de grupos e da elaboração de uma metodologia do trabalho com grupos pequenos, aparece o conceito de estilo grupal, baseado, por um lado, no respeito à pessoa e, por outro, na busca de uma maior e mais democrática participação dos diferentes membros do grupo.” (pg. 16 – 17)
O que são técnicas grupais
“As técnicas grupais são um conjunto de meios e procedimentos que, aplicados numa situação de grupo, têm uma dupla finalidade: conseguir produtividade e gratificação grupal”. (pg. 18)
“Trata-se de um conjunto de meios e procedimentos. As técnicas são muitas e variadas, e é preciso fazer uma seleção prévia à sua utilização, em função de critérios”. (pg. 18)
“Aplicados a uma situação de grupo. Grupo é um conjunto de pessoas que interagem mutuamente num determinado contexto. Este processo de interação se dá nos grupos humanos através da comunicação”. (pg. 19)
“Têm uma dupla finalidade: Nos casos de grupos produtivos que não sejam gratificantes, o mais provável é que os membros se sintam obrigados a participar neles”. (pg. 20)
“As técnicas grupais constituem um dos instrumentos mais úteis para conseguir grupos eficazes em sua ação e que, ao mesmo tempo, sejam gratificantes e positivos para os participantes no que se refere aos aspectos pessoais. Uma vez constatado o baixo nível de eficácia das reuniões, insistimos, reiteradamente, na necessidade de melhorar o nosso trabalho em grupo e a qualidade do mesmo: 1) melhorando a produtividade; 2) elevando o grau de satisfação. Se conseguirmos produtividade, as técnicas de grupo alcançarão seus propósitos instrumentais”. (pg. 20)
Como escolher adequadamente as técnicas
“Quase nunca vamos encontrar “a” técnica de grupal ideal, aplicável a todos os grupos. Se ela existisse, as outras não seriam necessárias. Daí a importância de combinar, recriar, adaptar e reinventar as técnicas em cada uma das aplicações concretas”. (pg. 21)
“Cada técnica tem um potencial definido para a mobilização das forças individuais e do grupo e para dirigi-las as metas do grupo”. (pg. 21)
Os objetivos que o grupo tem em vista
“As técnicas a empregar devem ser adaptadas ao objetivo do grupo em geral e ao da reunião específica em particular. Para isso, será necessário conhecer muito bem as possibilidades, limitações e características de cada uma das técnicas e encontrar aquela que melhor se adapte ao objetivo do grupo, que, é óbvio, também deverá estar claramente definido”. (pg. 22)
Maturidade e treinamento do grupo
“As técnicas possuem diversos graus de complexidade e exigem diferentes condições de trabalho no grupo”. (pg. 22)
Tamanho do grupo
“Nem todas as técnicas de grupo podem ser aplicadas em qualquer grupo, independentemente do número de seus membros”. (pg. 23)
Ambiente físico
“Não levar em conta este fator pode ocasionar o fracasso do trabalho grupal, ou pelo menos deteriorar gravemente as possibilidades de rendimento do grupo. A dimensão do local deve ser adaptada ao número de participantes. Pois bem, cada técnica de grupo requer determinadas condições do ambiente físico para que possa ser o mais efetiva possível”. (pg. 23-24)
Características do meio externo
“Trata-se então de encontrar um ponto de equilíbrio, de tal modo que seja possível conseguir mudanças no meio institucional, ainda que evitando sempre o “efeito bumerangue”: fazer algo com um determinado fim, usando, porém, técnicas nãoadequadas ao contexto externo e que acabam produzindo um resultado ou efeito totalmente contrário ao que se buscava”. (pg. 24)
Características dos membros
“As técnicas grupais devem ser selecionadas considerando as particulares próprias de cada grupo. Evitar situações incomodas ou violadas por parte de alguma pessoa do grupo. Não podemos esquecer que ninguém deve “sentir-se obrigado” a participar num grupo e que, portanto, toda ação que suponha “forçar” alguém, longe de ajudar o conjunto, pode enfraquecê-lo e inclusive deteriorá-lo”. (pg. 25)
Capacidade do animador ou coordenador do grupo
“Nem todas as técnicas grupais exigem a mesma capacidade, destreza ou habilidade em sua utilização por parte do responsável que coordena ou anima uma sessão de trabalho grupal”. (pg. 25)
“Um animador de grupos precisa conhecer o nível de possibilidades e riscos de cada técnica. Não é lícito tratar as pessoas como ‘cobaias’”. (pg. 25)
“É preferível usar técnicas mais simples ou menos arriscadas, com a segurança de que se pode coordenar um bom trabalho até o final, do que ‘andar na corda bamba’, arriscando-se permanentemente a desencadear processos que não podem ser controlados, ou a criar situações que a longo prazo dificultam ou impedem o grupo de ser produtivo e gratificante”. (pg. 25)
O uso das técnicas grupais
“Para que as técnicas grupais sirvam ao grupo da maneira melhor e mais eficaz, é preciso considerar algumas questões em torno do uso dessas técnicas”. (pg. 26)
“As técnicas de grupo quase nunca são utilizadas ou aplicadas na forma “pura”, isto é, de acordo com a forma e procedimento estritos com que foram elaboradas; Em cada caso específico devemos adaptar as técnicas que queremos usar; Não existe “a” técnica ideal, por isso não é muito recomendável “apegar-se” a uma ou a poucas técnicas que a pessoa conhece e domina com facilidade, e aplicá-las “sempre e em todo lugar”; Também não convém usar as técnicas de maneira rotineira ou ritual; Intimamente relacionado com o precedente, as técnicas de grupo sempre devem ser usadas com um objetivo claro e definido; Para que as técnicas de grupo se convertam numinstrumento de ajuda ao grupo, tornando-lhe possível explorar ao máximo suas potencialidades, é necessário que existia no grupo uma atitude de cooperação e de consciência de grupo. Não devemos esquecer que as técnicas não são um fim em si mesmas, não são “receitas”. São instrumentos que podem servir para desenvolver melhor determinados processos, mas se no grupo não existe o desejo de trabalhar conjuntamente para conseguir algo, de pouco ou nada servirão as técnicas; è necessário que exista no grupo uma atmosfera cordial e democrática que estimule a participação; Ter algum conhecimento prévio da dinâmica de grupos também poderá ajudar o coordenador ou animador do grupo; Devemos assinalar que o conhecimento do grupo concreto em que se pretende usar as técnicas é fundamental para fazer um bom trabalho. Conhecer o grupo como tal e seus membros em suas possibilidades e potencialidades e em seus riscos ou limitações ajudará em grande parte a empregar as técnicas grupais com a maior eficácia possível, prestando ao mesmo tempo ao grupo o melhor serviço, tanto do ponto de vista humano como técnico”. (pg. 26 -28)
Princípios básicos da ação de grupo
“Para que um grupo seja capaz de resolver problemas da maneira mais efetiva e gratificante possível é necessário estabelecer algumas condições, a saber:
- ambiente ou clima grupal favorável ao trabalho coletivo;
- relações interpessoais que permitam reduzir a intimidação e facilitem a confiança e comunicação no grupo;
- estabelecimento de acordos sobre a forma como serão resolvidos os problemas;
- liberdade do grupo para fixar seus objetivos e tomar decisões;
- aprendizagem das formas mais adequadas para adotar as melhores decisões”. (pg. 29)
“Chegar a essas condições não é só um questão de decisão. É preciso considerá-las também em termos de “processos”, isto é, a ação do grupo deve basear-se nestas condições e aplicar-se a desenvolvê-las cada vez mais e melhor. Alguns princípios básicos que podem orientar a ação de um grupo”. (pg. 29)
Atmosfera grupal
“Trata-se de um fenômeno psicossociológico de tipo muito complexo, por isso difícil de definir, mas que tem grande importância na vida e na ocorrência do grupo”. (pg. 30)
“Do ponto de vista das técnicas grupais, é indicar os fatores que podem ajudar ou não a criar uma boa atmosfera grupal, a fim de realizar um trabalho produtivo e gratificante. Três fatores costumam ser assinalados: ambiente físico; sentimento de igualdade e redução da intimidade; forma de iniciar a reunião”. (pg. 30)
Ambiente físico
“O ambiente físico ou condições materiais nas quais o grupo atua influi positiva ou negativamente na determinação da atmosfera grupal. Este ambiente é configurado pela iluminação e ventilação, pela disposição das cadeiras e pelo tamanho do local em relação ao número de participantes”. (pg. 31)
“1) A iluminação, a temperatura e a ventilação, ou ainda a falta de atrativo da sala onde se realiza a reunião, tudo isto são fatores que contribuem de maneira favorável ou desfavorável para o bom funcionamento da reunião” (pg. 31)
“2) A disposição das cadeiras também é importante. Sentar-se em forma de círculo ou oval, onde cada um pode ser visto e nenhuma pessoa está em posição fisicamente dominante, ajuda a criar um ambiente amigável, informal e permissivo, e sobretudo facilita a comunicação e o diálogo.” (pg. 31)
“3) A dimensão do local em relação ao tamanho do grupo também tem importância: é preciso que haja correspondência entre as dimensões da sala e o tamanho do grupo:
● Um local muito grande gera a sensação de “grão de areia no deserto” e reduz a participação;
● Um local muito pequeno dá a sensação de “lata de sardinhas” e não favorece as interações, pois obriga os membros a concentrar-se em problemas de comodidade física, em vez de concentrar-se nos problemas da discussão”. (pg. 31)
Sentimento de igualdade e redução da intimidação
“Este sentimento de igualdade e a redução da intimidação e, em geral tudo que possa ajudar a sentir-se num plano de igualdade, contribui para aumentar a eficácia do grupo. Por outro lado, tudo que intimida ou cria sentimento de desigualdade entre os membros do grupo reduzirá a produtividade (participação, relações interpessoais, etc.) e o desejo de estar em grupo”. (pg. 32)
Forma de iniciar a reunião
“Um momento crucial na criação da atmosfera de grupo é a iniciação à reunião. A maneira como o coordenador, animador, presidente ou líder apresenta o tema, o tempo que ele leva falando, o modo de falar (dogmaticamente ou como quem está aprendendo e buscado), como se dirige aos participantes e outras questões semelhantes, são fatores que contribuem para uma boa (ou má) atmosfera grupal.” (pg. 32-33)
Comunicação no grupo
“O processo de comunicação é algo que vivemos cotidianamente. A vida de um grupo é impossível sem a comunicação. Mais ainda, sem a comunicação, nem sequer pode surgir um grupo. As funções que o sistema de comunicação desempenha nos grupos podem ser comparadas ás do sistema nervoso no organismo: exercem uma função semelhante à união e coordenação dos membros. Além disso, a coesão de um grupo, o comportamento cooperativo e as decisões coletivas dependem em grande parte da comunicação que existe no grupo, de sua natureza e amplitude”. (pg. 34)
Os princípios básicos de toda comunicação
“Para uma boa comunicação interpessoal dentro de um grupo, o mais importante é manter uma atitude de diálogo, o que exige basicamente duas condições:
Capacidade de ouvir o outro antes de responder; de analisar discutir um problema ou uma realidade antes de julgar ou dar opinião;
Capacidade de questionar-se e retificar as próprias posições ou pontos de vista, quando o outro ou o grupo demonstram as insuficiências do nosso pensamento próprio.” (pg. 34)
“Por outro lado, existem aspectos que também ajudam a melhorar a comunicação dentro do grupo:
● Dirigir-se ao outro e aos outros de modo que se crie um clima favorável à comunicação, tanto pela forma como pelo fundo;
● O que conta principalmente não é a emissão, mas a recepção da mensagem: é preciso expressar-se levando em conta as outras pessoas;
● Ser o mais simples, claro e concreto possível na linguagem;
● Procurar ser objetivo nas intervenções;
● Ter alguma coisa a dizer: há pessoas que falam para repetir lugares-comuns que todo mundo já conhece ou para chamar a atenção sobre elas e não sobre o que dizem.” (pg. 34-35)
Barreiras e obstáculos à comunicação dentro de um grupo
“Dentro dos grupos existe uma série de barreiras que dificultam a comunicação. Pode ser uma barreira ou obstáculo à comunicação a falta de clareza nas expressões, a falta de coerência na linguagem, a verborreia, a incapacidade de concretizar ideias e outras expressões da mesma índole”. (pg. 35)
“A principal barreira é de tipo psicológico-emocional: trata-se da tendência a criticar e reprovar as afirmações e comportamentos de outras pessoas. Esta propensão de querer “vasculhar” tudo o que os outros fazem, ou de fazer a interpretação mais desfavorável do comportamento alheio, constitui o mais grave obstáculo à comunicação”. (pg. 35)
Algumas sugestões para superar os obstáculos à comunicação dentro de um grupo
“Se não superamos os obstáculos à comunicação do grupo, o rendimento será sempre baixo”. Meios para superar estas limitações:
● Criar uma atmosfera favorável á comunicação;
● Compreender que sobre cada problema não existe um só ponto de vista;
● Não “enquadrar” o outro num “tipo fixo” de ser e fazer;
● Em cada contado com os outros, ser capaz de encontrar algo novo e positivo na pessoa; saber esperar do outro e dos outros. (pg. 35-36)
Participação e espírito de grupo
“participar de um grupo é muito mais do que intervir por meio da palavra; é sentir o grupo como algo próprio: é a inclusão pessoal e psicológica de cada um dos indivíduos nos assuntos do grupo. Não é só estar, mas querer estar, sentir-se dentro”. (pg. 36)
“O êxito e bom funcionamento de um grupo dependem em grande parte do grau de participação dos membros.” (pg. 36)
Regras práticas para animar e melhora aparticipação dentro de um grupo
● Disposição das cadeiras;
● Integração no grupo;
● Escute com atenção e respeito as posições discrepantes;
● Intervenha construtivamente;
● Estimule os outros;
● Ajude a amadurecer o grupo. (pg. 37-38-39)
Liderança distribuída
“A liderança está estreitamente vinculada á estrutura do grupo e suas formas de trabalho. Deve-se procurar chegar a uma estrutura grupal o mais democrática e participativa possível. O sentimento de igualdade entre os membros deve ser real e independente das naturais diferenças entre as pessoas que integram o grupo”. (pg. 39)
“Esta “liderança distribuída” consiste em que as tarefas de coordenação, animação ou simplesmente de moderação nas reuniões de grupo sejam rotativas no grupo.” (pg. 40)
Formulação do objetivo
“Um grupo que não tem claramente definido qual é seu objetivo nunca será produtivo nem tampouco gratificante (nem mesmo com o passar do tempo).” (pg. 40)
“Por isso, e como uma das primeiras condições que devem existir para uma boa ação de grupo, é necessário que haja uma clara definição e formulação do objetivo que se tem em vista. E isto deve ser feito desde o primeiro momento. Um grupo não é constituído simplesmente para ser grupo, mas para algo. Quando os objetivos não são determinados de fora, mas correspondem às necessidades de todos os membros e estes participaram em sua elaboração, o grupo se sente mais unidos e trabalha com maior interesse na conquista dos mesmos”. (pg. 40)
Flexibilidade
“Para que um grupo seja produtivo não basta que seu objetivo esteja claramente formulado. É necessário, também, que exista um programa de ação ou agenda, que permita ir conquistando os fins propostos. Este programa deverá ser cumprido até que se alcancemos objetivos fixados ou se formularem outros novos com base nas novas necessidades ou problemas”. (pg. 40-41)
“O estabelecimento dos objetivos, a avaliação contínua e a flexibilidade são as chaves de um planejamento efetivo. Quando a comunicação é livre e rápida, os planos flexíveis e a avaliação eficiente, os membros podem proceder a um efetivo estabelecimento dos objetivos e a uma acertada escolha de atividades”. (pg. 41)
Consenso
“A decisão por consenso é a que resulta de um esforço para chegar a um acordo ou postura relativa, na qual se procura colher opiniões, sugestões e propostas diferentes, incluindo os interesses e motivações não coincidentes”. (pg. 41-42)
“Um grupo deve não só tomar decisões, mas também - se é que interessa que o grupo continue – contemporizar e procurar satisfazer os interesses e apreciações dos participantes. Em geral, para trabalhar em comum é preciso fazê-lo á base do consenso, que é uma forma de assumir democraticamente a realidade de uma sociedade pluralista, onde a unidade se dá na pluralidade. O consenso se torna possível a convivência e o crescimento do grupo, evitando conflitos posteriores à tomada de decisões, precisamente como consequência da forma como estas foram tomadas.” (pg. 42)
Compreensão do processo
“O grupo deve prestar atenção tanto ao que faz, como à forma de fazê-lo. A compreensão deste processo grupal permitirá melhorar a participação e comunicação no grupo, aumentar potencialmente a produtividade e melhorar sua capacidade de auto-ajuda”. (pg. 42)
Avaliação contínua
“Para um bom funcionamento do grupo convém que ele saiba sempre em que grau está avançando em direção aos objetivos propostos, se estes correspondem às necessidades de seus membros e se existe um bom nível de gratificação e crescimento pessoal no grupo”. (pg. 43)
“Deve existir uma avaliação contínua, tanto da produtividade e do rendimento grupal (esforço para alcançar os objetivos fixados), como do processo grupal, ao qual nos referimos.” (pg. 43)
“Isto permitirá introduzir no andamento do grupo as mudanças necessárias nos momentos oportunos. Quem determinará quando e como será mais apropriada a avaliação deverá ser o grupo”. (pg. 43)
Visão de conjunto das técnicas grupais
“De um modo geral, podemos classificar as técnicas em três grandes classes ou tipos:
● As técnicas de iniciação grupal, cujo objetivo é propiciar o conhecimento mútuo, a integração e desinibição no grupo. Em resumo, tratam de “criar o grupo” mediante a obtenção de uma atmosfera grupal de confiança e boa comunicação, gratificante para os membros do grupo como pessoas.
● As técnicas de produção grupal que são orientadas à organizar o grupo para uma tarefa específica, da forma mais eficaz e produtiva possível. Elas permitem principalmente conseguir um bom rendimento grupal, mas sempre dentro de um clima gratificante.
● As técnicas de mediação e avaliação grupal projetadas para avaliar permanente ou periodicamente os processos que o grupo está vivendo, seja no aspecto dos resultados ou conquistas obtidos, seja no aspecto dos métodos e procedimentos empregados, ou o nível de satisfação pessoal e relações humanas gratificantes no seio do grupo.
● As técnicas de coesão grupal. Estas técnicas (que são de dinâmica de grupais) podem estar orientadas à conseguir:
- a fiança do grupo: são todas aquelas técnicas que tornam explícitos, impulsionam e reforçam os valores e ideologias do grupo;
- a construção grupal: são orientadas a fortalecer a estrutura operativa/funcional do grupo (explicitam papéis, lideranças, redes de comunicação, etc);
- a projeção grupal: são as que permitem ao grupo conhecer como ele está se projetando em seu ambiente social imediato, ou tomar consciência do lugar que ocupa no contexto social mais amplo.” (pg. 44-45)
Técnicas de iniciação grupal
“Primeiras impressões; cinco características; apresentação por pares; três experiências; quem é você...” (pg. 45)
Técnicas de mediação e avaliação grupal
“Questionários de avaliação geral; questionários de avaliação do trabalho do grupo; questionários de reuniões...” (pg. 46)
Técnicas de coesão grupal
“Ilhas, escla x-y, construção e destruição do mundo, cartel...” (pg. 46)
Técnicas de iniciação grupal
“Técnicas de iniciação, são todas aquelas que podemos utilizar para gerar condições de configuração grupal. Trata-se de técnicas que podem ajudar-nos a introduzir o grupo e seus membros na iniciação da vida em grupo propriamente dita”. (pg. 48)
“Desinibição, conhecimento mútuo, descoberta das potencialidades e forças do grupo, desenvolvimento máximo da participação e criação de um ambiente fraterno e de confiança, são os objetivos básicos destas técnicas”. (pg. 48)
“O propósito da utilização destes procedimentos é conseguir uma atmosfera cordial, permissiva e gratificante no grupo, para ajudá-lo a construir-se como tal, a fortalecer-se em seu processo concreto e a criar um clima favorável para a tarefa específica que se propôs realizar”. (pg. 48)
“É lógico que existe uma grande variedade de técnicas, e nem todas se adaptam a qualquer grupo e situação particular. Daí a necessidade de conhecer muito bem os objetivos do grupo e sua situação atual para selecionar, adaptar e/ou criar a técnica (ou as técnicas) mais adequadas. Por outro lado, convém levar em conta que a formação de um grupo pode dar-se de duas formas: o grupo surge de modo espontâneo, e o grupo é criado para algo.” (pg. 49)

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