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Microeconomia: Conceitos e Aplicações

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  Economia	
  
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ECONOMIA 
 
CONCEITO DE MICROECONOMIA 
 
Microeconomia é o ramo da Economia que estuda o comportamento das unidades de 
consumo: indivíduos e/ou famílias e empresas (firmas). 
 
APLICAÇÕES DA ANÁLISE MICROECONÔMICA 
 
A análise microeconômica é muito importante para a família, empresas e governo (elaboração 
de política econômica). 
 
Para as EMPRESAS pode ajudar nas seguintes decisões: 
 
• Política de preços da empresa • Política de propaganda e publicidade 
• Previsão de demanda e faturamento • Localização da empresa 
• Previsão de custo de produção • Diferenciação de mercados 
• Escolha da melhor alternativa de 
produção 
 
• Escolha da melhor combinação de 
fatores 
 
• Avaliação e elaboração de projetos 
 
Para o GOVERNO pode ajudar: 
 
• Avaliação de projetos públicos 
• Controle de mercados e preços 
• Política salarial 
• Efeito de impostos sobre os mercados 
• Políticas de preços mínimos 
• Política de subsídios 
CLASSIFICAÇÃO DOS BENS 
 
ü Bens econômicos: é aquele que possui uma raridade relativa (escasso) e, portanto, 
um preço 
 
ü Bens não econômicos (bens livres): abundantes e úteis aos homens. Encontram-se 
disponíveis a custo zero (por exemplo: ar atmosférico e água de rio) 
 
Importante: se a água utilizada para irrigação, esta deixa de ser um bem não econômico 
pois deverá paga-se pelo seu consumo. 
Classificação dos bens econômicos: 
 
A) Bens de consumo final (adquiridos pelas famílias) 
§ Bens de consumo durável – utilizados durante um tempo relativamente longo. 
Exemplos: Automóveis, geladeiras, televisores, DVDs, bicicletas, etc 
§ Bens de consumo semi-duráveis – Camiseta, calça, sapato – utilizados durante um 
tempo relativamente médio. 
§ Bens de consumo não durável – utilizados apenas uma vez ou poucas vezes Exemplo: 
Refrigerante, alimentos, pasta de dente, escova de dente, etc. 
 
B) Bens de consumo intermediário (insumos): 
São utilizados pelas empresas, direta e indiretamente, para a fabricação de outros bens. 
Ex: matérias-primas, barras de ferro, peças de reposição, componentes e materiais de 
escritório. Importante: tem ciclo curto no processo de produção. 
 
C) Bens de capital: 
Também empregados direta e indiretamente na geração de outros bens, têm ciclo longo. 
Ex: máquinas, equipamentos, prédios, e material de transporte. 
 
Bens de produção: compreendem os bens de consumo intermediário e os bens de 
capital. 
 
FUNCIONAMENTO DOS MERCADOS 
 
Um mercado é um arranjo que permite aos compradores e aos vendedores trocarem coisas. 
Usamos os “mercados” para fazer nossos intercâmbios, trocando o que possuímos pelo que 
desejamos. 
 
Se cada pessoa fosse auto-suficiente, produzindo tudo o que consome, não haveria 
necessidade de mercados. 
Principais mercados: 
 
a) Mercado de produtos 
b) Mercado de trabalho 
c) Mercado de capitais 
 
Importante: 
 
ü Os mercados determinam os preços dos bens e serviços e esses preços orientam as 
decisões sobre o que e quanto deverá ser comprado e vendido (produzido) 
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ü As decisões tomadas nos mercados são resultados da interação das ações de milhões 
de pessoas, cada uma agindo de acordo com seu próprio interesse. 
ü Mercado: Lei da Oferta e Lei da Demanda!busca-se o equilíbrio (preços) 
 
IMPORTANTE: Ao considerar o comportamento dos agentes econômicos (consumidores e 
empresas), a teoria microeconômica adota a perspectiva de otimização de objetivos sujeita as 
restrições orçamentárias e tecnológicas. Isso significa que: 
 
Consumidores: 
Otimização: Procuram maximizar sua satisfação ao optar por consumir um determinado 
conjunto de bens e serviços. 
Restrição: São limitados pela renda disponível (restrição orçamentária) 
 
Empresas: 
Otimização: Buscam maximizar seus lucros, 
Restrição: a) São limitadas pela tecnologia de produção, b) São limitados pelos desejos dos 
consumidores e, c) São limitados pelo ambiente do mercado (concorrência). 
TEORIA DA DEMANDA E DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR 
 
As famílias e as empresas são os principais agentes em um sistema econômico. Nesta parte 
trataremos em particular dos consumidores ou as famílias. Trataremos também do 
comportamento destes consumidores ou famílias em relação às suas decisões ou escolhas. 
Teoria da Demanda - Análise 
 
Pelo lado da demanda de um mercado, os consumidores compram bens e serviços das 
empresas. Nestas situações a principal pergunta que fazemos é: 
 
 
“Quanto de determinado bem ou serviço os consumidores estão dispostos a 
comprar em certo período de tempo”? 
 
 
A demanda reflete uma decisão sobre quais desejos serão satisfeitos. Então, a procura de 
determinado produto é determinada pelas várias quantidades que os consumidores estão 
dispostos e aptos a adquirir, em função de vários níveis possíveis de preço, em dado período 
de tempo. 
 
 
 
 
 
Exemplo: Consumo de pacotes de biscoitos por mês 
 
Preço Quantidade (pacotes) 
$ 4,00 3 
$ 3,50 5 
$ 3,30 6 
$ 2,00 9 
$ 1,00 15 
 
Importante: Devemos lembrar que os consumidores possuem padrões de comportamento 
diferentes entre eles; as necessidades são diferentes (utilidade do produto) e diferença na 
sensibilidade (preço e quantidade). 
DETERMINANTES DA DEMANDA 
 
Definição: A quantidade demandada de um bem ou serviço é a quantidade que o consumidor 
planeja comprar em determinado período de tempo a um determinado preço. 
 
O quanto de determinado bem ou serviço um indivíduo está disposto a comprar vai depender 
de inúmeras variáveis ou determinantes. É importante conhecer alguns destes determinantes: 
 
Abaixo estão listadas algumas variáveis: 
 
Ø Preço do bem que deseja adquirir 
Ø Preços dos bens substitutos 
Ø Preço dos bens complementares 
Ø Renda do consumidor (salário familiar) 
Ø Gosto ou preferência do consumidor. 
Ø Expectativa do consumidor quanto aos preços futuros 
Ø A tradição e os hábitos culturais 
Ø Tamanho da população 
Ø Os processos de urbanização 
Ø A propaganda (marketing) 
Ø Nível de educação e idade dos consumidores 
Ø Disponibilidade de mercadorias 
Ø A moda 
Ø O clima 
Ø O gênero (sexo) 
Ø A ocupação no mercado de trabalho 
Ø As estações do ano 
Ø A religião 
 
 
 
 
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A demanda de um bem qualquer é, portanto a resultante da ação conjunta ou combinada de 
todas essas variáveis. No entanto, a teoria da demanda concentra-se, normalmente, em quatro 
desses determinantes, quais sejam: 
 
Ø o preço da mercadoria 
Ø o preço de outras mercadorias (produtos substitutos e complementares) 
Ø a renda dos consumidores 
 
 
Importante: 
1. Todos nós sabemos que o sistema econômico está permanentemente em movimento, 
ou seja, a cada segundo as variáveis econômicas estão se movimentando, se 
alterando. 
2. Na maioria das vezes torna-se difícil fazer determinadas análises com as variáveis em 
movimento, somos obrigados a fazer analises estáticas comparativas. 
3. Então, a partir de agora, sempre que nos referirmos a uma relação entre duas 
variáveis, vamos supor que as outras variáveis relevantes não se alteram. 
 
 
Adota-se a condição “CETERIS PARIBUS” 
 
Definição: A expressão em latim “ceteris paribus” significa algo como “todos os demais fatores 
relevantes permanecem inalterados, ou seja, constantes. 
LEI DA DEMANDA 
 
Definição da Lei da Demanda: Quanto maior for o preço, menor será a quantidade demandada 
em determinado período de tempo, ceteris paribus. 
 
A seguir temos um exemplo numérico bem simples. A tabela abaixo representa a demanda 
mensal de um consumidor por pão de queijo. 
 
Preço Quantidade 
$ 0,00 70 
$ 1,00 63 
$ 2,00 56 
$ 3,00 49 
$ 4,00 42 
$ 5,00 35 
$ 6,00 28 
 
	
  
 
A) Relação entre a quantidade demanda e o preço do produto 
 
 A quantidade procurada(demandada) do produto varia inversamente ao 
comportamento do seu preço, ou seja, se o preço do produto aumentar, a sua quantidade 
procurada diminuirá. Se o preço reduzir, a quantidade procurada aumentará, ceteris paribus as 
demais variáveis. 
 
Reação típica dos consumidores aos preços: 
§ os preços constituem uma espécie de obstáculo para os consumidores (maior os 
preços, menor a quantidade consumida) 
§ efeito substituição: quando o preço de determinado produto aumenta, e dos substitutos 
continuam constantes, os consumidores tendem a substituí-los: manteiga e margarina, 
café e chá e outros. 
Exceções á teoria da demanda (não reais) 
 
Bem de Giffen: Um bem cuja demanda aumenta quando seu preço sobe e diminui quando seu 
preço desce, aparentemente contrariando a lei da demanda. Essa forma de comportamento 
dos consumidores foi verificada por Robert Giffen (1837-1910) ao observar que as famílias 
mais pobres compravam mais batata (ou pão) à medida que seu preço aumentava. 
 
Explicação: A batata para a família mais pobre, tinha relativa importância na sua cesta de 
consumo. Inicialmente, embora mais cara, a batata ainda era considerada produto barato, mas 
ao continuar tendo o preço em elevação, a família passava a reduzir o consumo de outros 
produtos (mais caros). Para compensar a redução dos outros alimentos, aumentava-se o 
consumo de batatas. 
 
A quantidade demandada de um bem varia diretamente com o preço do bem, ceteris paribus 
(curva de procura positivamente inclinada). É um tipo de bem inferior. 
 
 
Bens de Veblen: Efeito de snobismo ou de Veblen: o consumo de um bem aumenta quando o 
preço sobe, por parte dos consumidores que pretendem exteriorizar o seu poder de compra. 
(mesmo gráfico do Bem de Giffen) 
 
IMPORTANTE: 
• Doutrina do Consumo Conspícuo ou de Ostentação - Thorstein Bunde Veblen (1857-
1929) – Conhecidos como Bens de Veblen: diz respeito aos bens que conferem 
prestígio ao seu possuidor. 
• Paradoxo de Giffen – Sir Robert Giffen (1837-1910) – Conhecido como Bens de Giffen: 
constatou na Irlanda (sec. XIX) que um aumento no preço da batata tornava a carne 
inacessível a famílias de baixa renda. 
• Efeitos dinâmicos de expectativas: o preço de certa mercadoria cai, a quantidade 
procurada deve cair se houver a expectativa de que os preços continuarão a cair 
(Bolsa de Valores) 
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B) Relação entre a quantidade demandada e o preço dos outros 
produtos 
 
 
BENS SUBSTITUTOS 
 
Se o aumento no preço do bem X aumentar a demanda pelo bem Y. Estes produtos são 
chamados de bens substitutos. 
 
Exemplo: Uma mudança no preço do bem X (exemplo: manteiga) poderá aumentar ou reduzir 
a demanda do bem Y (exemplo: margarina). 
 
Outros exemplos: 
 
Ø Carros “Flex”: aumenta o preço da gasolina ! provoca aumento no consumo de 
álcool. 
Ø Diminui o preço da Coca-Cola!reduz o consumo de Pepsi. 
 
 
BENS COMPLEMENTARES 
 
Se o aumento do preço do bem X ocasionar uma queda na demanda do bem Y, os bens serão 
chamados complementares. 
 
Exemplo: 
 
Ø Diminui o preço dos computadores!aumenta o consumo de componentes para 
computadores. 
Ø Aumenta o preço da pizza!diminui o consumo de refrigerantes, catch-up, mostarda. 
C) Relação entre a quantidade demandada e a renda do consumidor 
 
Em geral, existe uma relação direta entre RENDA e DEMANDA. ! Quando a renda cresce a 
demanda do bem deve aumentar. 
 
Quando esta relação ocorre, chamamos os bens de BENS NORMAIS. 
 
 
EXCEÇÕES: 
 
BENS INFERIORES: bens cuja demanda reduz quando a renda aumenta 
 
 
 
Exemplos: 
a) Carne de segunda 
b) Roupas de marcas inferiores 
c) Viagens “hotéis menos sofisticados” 
 
BENS DE CONSUMO SACIADO: o indivíduo pode estar totalmente satisfeito com o consumo 
de um determinado bem. Aumento da renda não proporciona aumento de seu consumo. 
! 
Exemplos: 
a) Alimentos 
b) Eletrodomésticos 
 
DEMANDA INDIVIDUAL E DEMANDA DE MERCADO 
 
A curva de demanda de mercado de um bem mostra a relação entre o preço do produto e a 
quantidade que todos os consumidores juntos dispostos a comprar desses produtos, ceteris 
paribus 
Bibliografia: 
PINDYCK, R. S. & RUBINFELD, D. L. Microeconomia. São Paulo: Prentice Hall, 2002. 
PINHO, D. B. & VASCONCELLOS, M. A. S. De. Manual de Economia. 3 ed. São Paulo: 
Saraiva, 2001. SOUZA, N. J. Curso de Economia. São Paulo: Atlas, 2000.

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