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Doenças em Viveiros Florestais e Manejo Universidade do Estado de Mato Grosso Faculdade de Ciências Biológicas e Agrárias Curso de Engenharia Florestal Disciplina: Patologia Florestal PRINCIPAIS DOENÇAS EM VIVEIROS FLORESTAIS • Dentre os problemas patológicos em viveiros florestais as doenças fúngicas são as mais comuns e as mais importantes. • Problemas de natureza não infecciosa, decorrentes de condições anormais ou extremas de fatores ambientais (temperatura, umidade, etc.), ou de práticas culturais incorretas, como aplicação de pesticidas e fertilizantes de modo inadequado. • “Damping-off”: de pré-emergência ou de pós-emergência. São inúmeros os fungos causadores de “damping-off”:, Rhizoctonia solani, Botrytis cinerea, Cylindrocladium spp, Pythium sp e Sclerotium sp são os mais comuns em nossos viveiros. PRINCIPAIS DOENÇAS EM VIVEIROS FLORESTAIS • Podridões de raiz: Ocorrem em plantas com sistema radicular já desenvolvido. Fusarium sp e Cylindrocladium sp são os patógenos mais comuns. • Doenças foliares e caule . Espécies de Cylindrocladium são os agentes causais mais comumente envolvidos Botrytis cinerea,Phytophthora sp e Cercospora sp também causam lesões na parte aérea. Eucalyptus sp. • Damping off: Cylindrocladium spp, Pythium spp, Rhizoctonia solani, Botrytis e Fusarium sp. • Podridão de Estacas de Eucalipto em Casa de Vegetação : o fungo Cylindrocladium crotalariae causa lesões basais e/ou intercalares nas estacas, levando-as a morte e ao total apodrecimento. • Ferrugem por Puccinia psidii Winter :esporulação amarelo-gema- de-ovo, nas partes tenras (limbos, pecíolos e ponteiros), que posteriormente ressecam restando apenas necroses nas partes afetadas. Principais ocorrências em viveiros nas fases de enraizamento, aclimatação, crescimento e rustificação: • Cylindrocladium spp. e Botrytis cinerea – podridão de estacas, manchas foliares e canela preta; •Quambalaria eucalypti – manchas foliares e anelamento de caule; • Rhizoctonia solani – podridão de estacas; • Bactérias dos gêneros Xanthomonas e Pseudomonas – manchas foliares e desfolhas. Eucalyptus sp. Damping off causado por Rhizoctonia sp. Podridão de estacas causado por Cylindrocladium sp. Eucalyptus sp. Esporulação de P. psidii Eucalyptus sp. • Oidium sp.: o agente causal é o Oidium eucalipti Hospedeiros: Corymbia citriodora, E. benthamii, E. urophylla e E.grandis têm se apresentado como altamente suscetíveis em viveiro e casa-de-vegetação. • Mofo-cinzento: causado por Botrytis cinerea na água de irrigação. Eucalyptus sp. Oídio em mini-jardim clonal Eucalyptus sp. Botrytis cinerea em muda Mofo cinzento Eucalyptus sp. • Bacteriose ou murcha bacteriana: Ralstonia solanacearum . Manchas foliares necróticas da parte baixa, em plantas de jardim clonal; Alto índice de mortalidade de plantas na fase de enraizamento; Alto índice de mortalidade de mudas; presença de pus bacteriano em pecíolos e caules . Exsudação de pus bacteriano Morte jardim clonal SERINGUEIRA • DOENÇAS POR FASE DE CULTIVO • Colletotrichum • Fusarium • Lassiodiplodia • Phomopsis Fungos veiculados pelas sementes ou presentes no substrato Semeadura Repicagem SERINGUEIRA • FORMAÇÃO DOS PORTA-ENXERTOS – Colletotrichum – Fusarium (via solo) – Lassiodiplodia – Phomopsis – Microcyclus ulei – Nematóides (via solo) Formação dos cavalos (porta-enxerto SERINGUEIRA • ENXERTIA – Colletotrichum – Lassiodiplodia – Phomopsis Falta de assepsia na enxertia Enxertia Condução do enxerto Escaldadura ou cozimento pelo calor Falta d’ água Patógenos no toco podado DANOS DANOS Antracnose causado por Colletotrichum gloeosporioides Seleção das mudas para plantio SERINGUEIRA • CONDUÇÃO DO ENXERTO E SELEÇÃO DE MUDAS – Colletotrichum - antracnose – Alternaria – mancha de alternaria – Microcyclus – mal das folhas Pinus sp. • DETERIORAÇÃO DE SEMENTES: Fusarium oxysporum (p. elliottii) – Diretamente relacionado ao tombamento de plântulas – Assepsia nos lotes de sementes • DAMPING OFF: Pythium spp, Rhizoctonia sp, Fusarium sp., Phytophthora sp. Pinus sp. • PODRIDÃO DE RAÍZES: – Fusarium, – Cylindrocladium, – Armillaria (árvores) e – Diplodia pinea – Cylindrocladium clavatum (P. caribaea var.hondurensis e P. oocarpa) Pinus sp. • SECA DAS ACÍCULAS: Cylindrocladium, Mycosphaerella, Cercospora pini- densiflorae – Cylindrocladium pteridis • limitada às regiões Nordeste e Norte do Brasil – Mycosphaerella pini, • Espécies suscetíveis: Pinus pinaster e P. radiata – Cercospora pini-densiflorae • Sp. suscetível Pinus caribaea, Pinus sp. • SECA DOS PONTEIROS: Sphaeropsis sapinea, • Causador de infecções primárias e secundárias em ramos, podridão de raiz e colo e cancros em ramos e troncos • Grau de suscetibilidade: • P. radiata é altamente suscetível, seguida por P. nigra, P. pinaster, P. sylvestris, P.ponderosa e P. canariensis. P. patula • Sp Resistentes: P. caribaea, P. elliottii e P. taeda Pinus sp. Figura 1 Sinais e sintomas de doenças causadas por Sphaeropsis sapinea: ataque à casca de P. patula Pinus sp. Figura 2 Sinais e sintomas de doenças causadas por Sphaeropsis sapinea: azulamento da madeira de P. taeda. Araucaria angustifolia • PODRIDÃO DE RAIZ E CAULE: • Armillaria mellea, Diplodia pinea. – Diplodia pinea – podridão do colo e raízes, – Armillaria mellea – Em viveiros só ocorre em mudas passadas, com mais de 8 meses de idade Calophyllum brasiliensis - Guanandi • PODRIDÃO DE COLO EM MUDAS DE GUANANDI (Calophyllum brasiliensis Cambess.) causado por Sclerotium rolfsii Sacc.. • Patógeno de solo • Doença de grande impacto na produção de mudas, causando grande perdas de plântulas em estágio inicial principalmente nos canteiros de germinação. • Controle de umidade • Controles químicos • Manejo na densidade de sementes por m² Calophyllum brasiliensis - Guanandi A: Reboleiras em canteiros de germinação atacado por Sclerotium rolfsii; B, C e E: sementes colonizadas pelo patógeno; D: Necrose causada por Sclerotium rolfsii. Manejo de Doenças em Viveiros Florestais Manejo de Doenças em Viveiros Florestais Manejo AÇÃO DE MANEJAR 1. Mover, executar com as mãos. 2. Dirigir ; administrar. 3. Dominar; manobrar; manipular. Manejo Integrado de Doenças (MID) Adoção de medidas e princípios que se aplicam visando o patógeno, o hospedeiro e o ambiente por meio da redução ou completa eliminação de inóculo inicial, redução na taxa de progresso da doença e por meio de manipulação do período de tempo em que a cultura fica exposta ao patógeno (Zambolim et al. , 2004). Formas de Disseminação • Vento; • Água; • Solo; • Insetos; • Ferramentas de poda; • Contato planta a planta, dentre outros. ÁGUA • Fonte límpida ou poço artesiano ou filtrada ou clorada; • Manejo correto. SUBSTRATO • Esterilizado; • Cuidado no manuseio; • Boa drenagem; • Evitar alto teor de matéria orgânica. FUNCIONÁRIO • Conhecimento; • Treinamento; • Incentivo.TRANSPORTE • Minimizar o trânsito de máquinas no viveiro; • Cuidado no transporte das mudas. Limites do viveiro Cerca Viva Cerca viva/Quebra vento • Prevenir a entrada do patógeno; • Exclusão Portaria Rodo-Lúvio • Derivados de cloro; • Exclusão. • Pé-de-Lúvio: Amônia quaternária e cobre; • Desinfecção de mãos: Digluconato de clorhexidina. Galpão Limpeza de tubetes Enchimento de tubetes Evitar contato com partículas de solo; Não reaproveitar o substrato. Mini- Jardim Clonal Brita • Desinfecção de tesouras de coleta e poda, caixas de coleta de brotos com álcool ou solução de hipoclorito; • Descartar fragmentos de folhas e brotos não utilizados; • Limpeza do plástico de cobertura; – Oídio; • Limpeza do calhetão ao substituir o material genético; – Estruturas de resistência; • Canteiros suspensos; • Irrigação controlada (umidade); • Boa aeração entre mudas. Plantio Das miniestacas • Tecido vegetal tenro; • Utilizar material propagativo livres de patógeno; – Sementes ou estacas; – Erradicação ou minimização dos patógenos agregados as estacas. • Seleção de estacas. Mini-Estaquia Enraizamento Casa de Vegetação • Canteiros elevados; • Irrigação controlada (umidade); • Plástico de cobertura limpo; • Pouca movimentação; • Menor tempo possível de permanência das mudas; • Retirada de mudas doentes, mortas, folhas caídas e recipientes sem mudas; • Densidade moderada; Antecâmara Pé-de-Lúvio Pé-de-Lúvio Adaptação e Rustificação • Seleção de mudas doentes, mortas, retirada de folhas caídas e recipientes sem mudas; • Densidade moderada; • Controlar a irrigação; • Cobertura do solo com brita ou similar; • Telado para evitar queima de coleto ou queima por geada. Expedição • Seleção de mudas doentes; – Evitando levar fonte de inóculo inicial para doenças no campo; • Esterilizar ferramenta de corte utilizada na poda; • Menor tempo possível de permanência das mudas no viveiro e em campo; Defensivos • Adequados; • Minimizar o uso de defensivos; • Aplicações mistas ou alternadas e pela integração destes com outras estratégias de controle; • Usar controle biológico e métodos alternativos; • Problema: Produtos para área florestal. Nutrientes • Equilibrados; • Evitar excesso de nitrogênio (ocorre uma diminuição da resistência a doenças). Considerações finais • Muda : base da silvicultura; • Sanidade começa no viveiro; • Item fundamental para uma boa produção. • Estrutura do viveiro depende das condições climáticas da região?
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