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CENTRO UNIVERSITÁRIO PARA O DESENVOLVIMENTO DO ALTO VALE DO ITAJAÍ JEAN WATHERKEMPER SUSAN ELIZABETH KRÜGER IMPERMEABILIZAÇÃO RIO DO SUL 2015 CENTRO UNIVERSITÁRIO PARA O DESENVOLVIMENTO DO ALTO VALE DO ITAJAÍ JEAN WATERKEMPER SUSAN ELIZABETH KRÜGER IMPERMEABILIZAÇÃO Trabalho a ser apresentado para a disciplina Revestimentos e Materiais, do curso de Bacharel Arquitetura e Urbanismo, das áreas socialmente aplicáveis, do Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí, para obtenção de nota final da disciplina. Prof.: Joice Warling RIO DO SUL 2015 RESUMO A vida útil de uma construção está diretamente ligada a impermeabilização da estrutura, na qual protege a estrutura contra a ação nociva da água, eles cumprem a função de barrar física para conter a água (umidade e infiltrações), e previnem também o aparecimento de machas de bolor, espaçamento de azulejos, surgimento de goteiras e a corrosão da armadura. Os impermeabilizantes são utilizados praticamente em todas as partes da construção, como as fundações, subsolos, áreas molháveis, lajes, piscinas, reservatórios e paredes de contenção. Para o processo de impermeabilização hoje temos inúmeras soluções no mercado, que possuem suas diferentes formas de aplicação e custos. No Brasil estes fabricantes se encontram presentes em diversas regiões, onde possuem diversos catálogos para atender as mais variadas necessidades que as construções exigiram. Também vale ressaltar que estes materiais impermeabilizantes são divididos em dois grupos, os rígidos e os flexíveis. Palavras-chave: Impermeabilizantes. Produtos. Vantagens. Durabilidade. Custos e Benefícios. LISTA DE FIGURAS Figura 1 - NBR 9575 ................................................................................................................ 18 Figura 2 - Custos da Impermeabilização .................................................................................. 21 Figura 3 - Hidrofugante ............................................................................................................ 21 Figura 4 - Argamassa Polimérica ............................................................................................. 22 Figura 5 – Aplicação da Emulsão Acrílica ............................................................................... 22 Figura 6 - Manta Asfáltica ........................................................................................................ 23 Figura 7 - Aplicação de Calafetador ......................................................................................... 24 Figura 8 - Hidro-repelente ........................................................................................................ 24 Figura 9 - Impermeabilizantes Rígidos .................................................................................... 25 Figura 10 - Membranas Flexíveis ............................................................................................. 26 Figura 11 – Membranas Moldadas em Obra ............................................................................ 30 Figura 12 - Membranas Sintéticas ............................................................................................ 31 Figura 13 - Catalogo Inkor ....................................................................................................... 48 Figura 14 - Catalogo Inkor ....................................................................................................... 48 Figura 15 - Catalogo Inkor ....................................................................................................... 49 Figura 16 - Catalogo Inkor ....................................................................................................... 49 Figura 17 - Impermeabilização com Lona ................................................................................ 50 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Materiais Rígidos e Flexíveis .................................................................................. 26 Tabela 2 - Produtos e Aplicações ............................................................................................. 27 Tabela 3 - Classificação de Desempenho ................................................................................. 28 Tabela 4 - Tipos de Asfalto ...................................................................................................... 28 Tabela 5 - Membranas Moldadas na Obra................................................................................ 29 Tabela 6 - Materiais Sintéticos ................................................................................................. 32 Tabela 7 - Catálogo SELAMIX ................................................................................................ 32 Tabela 8 - Catalogo SELAMIX ................................................................................................ 34 Tabela 9 - Catalogo SELAMIX ................................................................................................ 36 Tabela 10 - Catalogo SELAMIX .............................................................................................. 38 Tabela 11 - Catalogo SELAMIX .............................................................................................. 40 Tabela 12 - Catalogo SELAMIX .............................................................................................. 41 Tabela 13 - Catalogo SELAMIX .............................................................................................. 42 Tabela 14 - Catalogo SELAMIX .............................................................................................. 44 Tabela 15 - Catalogo SELAMIX .............................................................................................. 45 Tabela 16 - Catalogo SELAMIX .............................................................................................. 47 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 7 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................................ 8 2.1 PRIMEIRO REGISTRO DE IMPERMEABILIZAÇÃO .................................................... 8 2.2 NBR 9575/2003 IMPERMEABILIZAÇÃO, SELEÇÃO E PROJETO ............................... 8 2.2.1 Normas regulamentadoras ............................................................................................. 9 2.2.1.1 Normas Regulamentadoras da Impermeabilização segundo a nbr 9575/2010 ..... 10 2.2.1.2 NBR 9575 ..................................................................................................................... 10 2.3 O QUE É, ONDE SE APLICA E QUEM FAZ O SERVIÇO? .......................................... 18 2.4 CONDIÇÕES GERAIS DE EXECUÇÃO ......................................................................... 19 2.5 TIPOS DE UMIDADE ....................................................................................................... 19 2.6 ONDE DEVEMOS IMPERMEABILIZAR ....................................................................... 20 2.7 BONS MOTIVOS PARA IMPERMEABILIZAR ............................................................... 20 2.8 SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO – o que é? E para que servem? ..................... 21 2.9 IMPERMEABILIZANTESRÍGIDOS E FLEXÍVEIS ...................................................... 24 2.10 MEMBRANAS MOLDADAS NO LOCAL .................................................................... 30 2.11 MEMBRANAS SINTÉTICAS ........................................................................................ 31 2.12 CATÁLOGOS DA REGIÃO COM MATERIAIS IMPERMEABILIZANTES ............. 32 2.13 CURIOSIDADES ............................................................................................................. 50 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 51 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 52 7 1 INTRODUÇÃO O objetivo com a elaboração deste trabalho é relatar soluções para problemas encontrados em residência, devido a um fator que está presente desde o início dos tempos, a umidade e a infiltração, e mostrar também que podemos evitar tais problemas com alguns procedimentos de impermeabilização. OBJETIVOS GERAIS: compreender de maneira coerente como acontece um processo de impermeabilização, e como agir quando nos deparamos com algum problema pela má impermeabilização ou não impermeabilização da construção. OBJETIVOS ESPECIFICOS: conseguir levar a teoria para a pratica, além de estimular um senso crítico, e poder observar com clareza métodos corretos da aplicação desta impermeabilização. 8 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 PRIMEIRO REGISTRO DE IMPERMEABILIZAÇÃO Está na bíblia: procure no Gênesis 6 (v.14) lá pode se encontrar o primeiro registro de impermeabilização da história. Durante as instruções para a construção da grande arca de Noé, Deus teria dito: “Faze para ti uma arca de madeira resinosa: farás compartimentos e a revestirás de betume por dentro e por fora”. Essas ordens foram providenciais para gerar um barco seguro e salvar as espécies no dilúvio. Madeira resinosa: vem de uma arvore, cuja madeira Noé usou na construção da arca, mas que não pode ser identificada com qualquer grau de certeza. (Gên 6:14) À base da similaridade entre este nome hebraico e o termo hebraico para “alcatrão” (“betume”), alguns a relacionam com algum tipo de árvore resinosa. Os peritos geralmente preferem o cipreste, que é uma árvore muito durável, extremamente resistente à decomposição. Betume: é mistura liquida, escura e de alta viscosidade, de cor escura e inflamável, é formada de hidrocarbonetos pesados com outros compostos oxigenados, nitrogenados e sulfurados, que podem ocorrer na natureza como também pode ser obtido de maneira artificial no processo de destilação do petróleo, e é popularmente conhecido como piche. E com isso podemos concordar com as palavras de Antoine de Saint-Exupéry (Silenciar, 2013): O futuro não é um lugar onde estamos indo, mas um lugar que estamos criando. O caminho para ele não é encontrado, mas construído e o ato de fazê-lo muda tanto o realizador quando o destino. 2.2 NBR 9575/2003 IMPERMEABILIZAÇÃO, SELEÇÃO E PROJETO Pela ironia do passado o primeiro projeto a qual se teve a preocupação com a impermeabilização foi com a construção da arca de Noé, no qual se possui registros em Gêneses “Faze uma arca de tabuas de cipreste, nela faras compartilhamento, e calafetarás com betume por dentro e por fora” (6:14), (grifo nosso). Mesmo se tratando de uma engenharia naval e por mais antiga que a história seja, já pode-se observar claras indicações das necessidades da impermeabilização, em sua etapa de projeto. A NBR 9575 teve sua primeira versão em 1986, e foi revisada no ano de 2003, dentre os aspectos mais importantes e necessários para a elaboração do projeto de 9 impermeabilização, segundo a NBR de 2010 “as edificações e construções em geral, em execução ou sujeitas a acréscimo ou reconstrução, ou ainda aquelas submetidas a reformas”. A NBR 9575 é denominada: Impermeabilização – seleção e projeto, define “estabelece as exigências e recomendações relativas à seleção e projeto de impermeabilização, para que sejam atendidos os requisitos mínimos de proteção da construção contra a passagem de fluidos, bem como os requisitos de salubridade, segurança e conforto do usuário, de forma a ser garantida a estanqueidade dos elementos construtivos que a requeiram”. Executar devidamente um projeto de impermeabilização é um procedimento de responsabilidade, que viabiliza a execução e controle da impermeabilização e por consequência bom desempenho dos sistemas de impermeabilização aplicados. É conhecido como principais vantagens da elaboração de projeto de impermeabilização, segundo a NBR 9575/2003: a) Compatibilização dos demais projetos complementares diante de interfaces, especialmente com instalações e estrutura. b) Especificação não apenas dos materiais aplicados, mas também dos procedimentos detalhados de execução, possibilitando assim dentre outras ações a contratação de empresas terceirizadas, fato que é a realidade da grande maioria das construtoras residenciais da região metropolitana do Recife. c) Determinação das áreas impermeabilizadas por especialistas, segundo as solicitações de exposição, assim como conforto dos usuários, como, por exemplo, a necessidade de isolamento térmico especialmente em lajes de cobertas impermeabilizadas com a ausência de telhas. d) Possibilidade de fiscalização dos serviços pela equipe da obra devidamente treinada. e) Conhecimento dos quantitativos gerais ligados a impermeabilização, possibilitando planejamento financeiro e executivo. Em muitos casos a engenharia de impermeabilização é simplesmente "abolida", contradizendo o princípio básico de que o concreto não é impermeável, e com a penetração de umidade a deterioração do concreto armado é inevitável gerando comprometimento da segurança estrutural (STORTE, 2009). 2.2.1 Normas regulamentadoras NBR 8083 – Materiais e sistemas utilizados em impermeabilizações. NBR 9574 – Execução de impermeabilização. 10 NBR 9575 - impermeabilização, seleção e projeto. NBR 9685 – Emulsões Asfálticas sem carga para impermeabilizações. NBR 9689 – Materiais e sistemas de impermeabilizações. 2.2.1.1 Normas Regulamentadoras da Impermeabilização segundo a nbr 9575/2010 2.2.1.2 NBR 9575 [...] Artigo: 3 TERMOS E DEFINIÇÕES Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições: 3.1 acrílico para impermeabilização: polímeros obtidos através de monômeros acrílicos e de seus derivados 3.2 aditivo impermeabilizante produto adicionado à argamassa ou ao concreto até a quantidade de 1% em relação ao peso do produto final, para promover propriedades impermeabilizantes 3.3 água de condensação: agua proveniente da condensação de água presente no ambiente sobre a superfície de um elemento construtivo, sob determinadas condições de temperatura e pressão 3.4 água de percolação: água que atua sobre superfícies, não exercendo pressão hidrostática superior a 1 kPa (0,l m.c.a) 3.5 água sob pressão negativa: água, confinada ou não, que exerce pressão hidrostática superior a 1 kPa (0,l m.c.a), de forma inversa à impermeabilização 3.6água sob pressão positiva: água, confinada ou não, que exerce pressão hidrostática superior a 1 kPa (0,l m.c.a), de forma direta à impermeabilização 3.7 aplicação: técnica para compor a execução de um sistema de impermeabilização. 3.8 argamassas com aditivo impermeabilizante: tipo de impermeabiIizag60 de argamassadosada em obra, aplicada em substrato de alvenaria, constituída de areia, cimento, aditivo impermeabilizante e água 3.9 argamassa modificada com polímero: tipo de impermeabilização dosada em obra, aplicada em substrato de concreto ou alvenaria, constituída de agregados minerais inertes, cimento e polímeros 11 3.10 argamassas polimérica: tipo de impermeabilização industrializada, aplicada em substrato de concreto ou alvenaria, constituída de agregados minerais inertes, cimento e polímeros, formando um revestimento com propriedades impermeabilizantes 3.11 armadura para impermeabilização: componente da camada impermeável destinado a absorver esforções mecânicos, o qual deve ser compatível com o tipo de impermeabilização 3.1 2 asfalto modificado com adição de polímeros: produto obtido pela modificação do cimento asfáltico de petróleo com polímeros, de modo a serem obtidas determinadas características físico-químicas 3.1 3 asfaltos elastómerico: produto obtido pela adição de polímeros elastomericos no cimento asfáltico de petróleo, em temperatura adequada 3.1 4 asfalto plastomérico: produto obtido pela adição de polímeros plastomericos no cimento asfáltico de petróleo, em temperatura adequada 3.1 5 asfalto modificado sem adição de polímeros: produto obtido pela modificação do cimento asfáltico de petróleo com reações físico-químicas, de modo a serem obtidas determinadas características 3.1 6 asfalto oxidado: produto obtido pela passagem de uma corrente de ar através de uma massa de cimento asfáltico de petróleo, em temperatura adequada 3.1 7 asfalto para impermeabilização: produto resultante de uma modificação físico- química do cimento asf6ltico de petróleo (AAP) 3.1 8 asfalto policondensado: produto obtido por reação de condensação em um reator de processo contínuo com variação de pressão, resultando em um aumento médio do peso molecular da massa de cimento asfáltico de petróleo 3.1 9 assessoria e consultoria de impermeabilização: atividades de caráter essencialmente técnico que abrangem assuntos especializados, analise técnica e estudos relacionados à impermeabilização 3.20 camada de amortecimento: estrato com a função de absorver e dissipar os esforços estáticos ou dinâmicos atuantes sobre a camada impermeável, de modo a protege-la contra a ação deletéria destes esforços 3.21 camada de berço: estrato com a função de apoio e proteção da camada impermeável contra agressões provenientes do substrato 3.22 camada de imprimação: estrato com a funç5o de favorecer a aderência da camada impermeável, aplicado ao substrato a ser impermeabilizado 12 3.23 camada de proteção mecânica: estrato com a função de absorver e dissipar os esforços estáticos ou dinâmicos atuantes por sobre a camada impermeável, de modo a protegê-la contra a ação deletéria destes esforços 3.24 camada de proteção térmica: estrato com a função de reduzir o gradiente de temperatura atuante sobre a camada impermeável, de modo a protegê-la contra os efeitos danosos do calor excessivo 3.25 camada de regularização horizontal ou contra piso: estrato com as funções de regularizar o substrato, proporcionando uma superfície uniforme de apoio, coesa, perfeitamente aderida e adequada à camada impermeável, e de fornecer a ele um certo caimento ou declividade 3.26 camada de regularização vertical: estrato com a função de regularizar o substrato, proporcionando uma superfície uniforme de apoio, coesa, perfeitamente aderida e adequada à camada impermeável 3.27 camada drenante: estrato com a função de facilitar o escoamento de fluidos que atuam junto a camada impermeável 3.28 camada impermeável: estrato com a função de prover uma barreira contra a passagem de fluidos 3.29 camada separadora: estrato com a função de evitar a aderência de outros materiais sobre a camada impermeável 3.30 cimento asfáltico de petróleo (GAP): produto obtido no fundo da torre de vácuo, após a remoção dos demais destilados de petróleo 3.31 cimento modificado com polímero: tipo de impermeabilização industrializada, aplicada em substrato de concreto ou alvenaria, constituída de cimentos e polímeros, formando um revestimento com propriedades impermeabilizantes 3.32 emenda: processo pelo qual se obtém a continuidade da camada de impermeabilização, visando assegurar a estanqueidade, durabilidade e desempenho previsto em norma específica do produto. Pode ser executada emenda por sobreposição ou emenda de topo 3.33 emulsão acrílica: dispersão de polímeros acrílicos em agua 3.34 emulsão asfáltica: produto resultante da dispersão de asfalto em água, através de agentes emulsificantes 3.35 estanqueidade: propriedade de um elemento (ou de um conjunto de componentes) de impedir a penetração ou passagem de fluidos através de si. A sua determinação está associada 13 a uma pressão-limite de utilização (a que se relaciona com as condições de exposição do elemento ao fluido) 3.36 estruturante: ver 3.1 1 3.37 fissura ne substrato: abertura ocasionada por deformações ou deslocamentos do substrato, que pode ser classificada em estática ou dinâmica - cíclica, finita ou infinita - e cuja amplitude é variável (a seleção do tipo de impermeabilização deve prever a amplitude de abertura e classificaç5o da fissura) 3.38 impermeabilidade: propriedade de um produto de ser impermeável aos fluidos. A sua determinação está associada a uma pressão-limite convencionada em ensaio específico 3.39 impermeabilização: conjunto de operações e técnicas construtivas (serviços), composto por uma ou mais camadas, que tem por finalidade proteger as construções contra a ação deletéria de fluidos, de vapores e da umidade 3.40 impermeabilização aderida: conjunto de materiais ou produtos aplicáveis às partes construtivas, totalmente aderidos ao substrato 3.41: impermeabilização flexível: conjunto de materiais ou produtos que apresentam características de flexibilidade compatíveis e aplicáveis. As partes construtivas sujeitas à movimentação do elemento construtivo. Para ser caracterizada como flexível, a camada impermeável deve ser submetida a ensaio específico 3.42 impermeabilização não aderida: conjunto de materiais ou produtos aplicáveis as partes construtivas, totalmente não aderidos ao substrato 3.43 impermeabilização parcialmente aderida: conjunto de materiais ou produtos aplicáveis às partes construtivas, parcialmente aderidos ao substrato 3.44 impermeabilização rígida: conjunto de materiais ou produtos que não apresentam características de flexibilidade compatíveis e aplicáveis as partes construtivas não sujeitas a movimentação do elemento construtivo 3.45 impermeável: produto (material ou componente) impenetrável por fluidos 3.46 infiltração: penetração indesejável de fluidos nas construções 3.47 junta: abertura com geometria uniforme e bem definida, entre elementos ou componentes construtivos contíguos, dimensionada com a função de separá-los e permitir a livre movimentação relativa entre as partes 3.48 manta para impermeabilização: produto impermeável, pré-fabricado, obtido por processos industriais, tais como calandragens ou extensão 3.49 mástique: produto industrializado, com características de deformação plástica, para preenchimento, calafetação ou vedação de aberturas, tais corno trincas, fendas ou juntas 14 3.50 membrana para impermeabilização: camada de impermeabilização moldada no local, com características de flexibilidade e com espessura compatível para suportar as movimentações do substrato, podendo ser estruturada ou não 3.51 pintura de proteção: camada com características específicas, aplicada como pintura, com a função de protegera impermeabilização ou elemento construtivo 3.52 projeto de impermeabilização: conjunto de informações gráficas e descritivas que definem integralmente as características de todos os sistemas de impermeabilização empregados em uma dada construção, de forma a orientar inequivocamente a produção deles. O projeto de impermeabilização é constituído de três etapas sucessivas 3.52.1 estudo preliminar: conjunto de informações legais, técnicas e de custos, composto por dados analíticos que tem como objetivo determinar e quantificar as áreas a serem impermeabilizadas, de forma a atender às exigências de desempenho em relação estanqueidade dos elementos construtivos e a durabilidade frente à ação de fluidos, vapores e umidade 3.52.2 projeto básico de impermeabilização: conjunto de informações gráficas e descritivas que definem as soluções de impermeabilização a serem adotadas numa dada construção, de forma a atender às exigências de desempenho em relação à estanqueidade dos elementos construtivos e durabilidade frente a ação de fluidos, vapores e umidade. Pela sua característica, deve ser feito durante a etapa da coordenação geral das atividades de projeto 3.52.3 projeto executivo de impermeabilização: conjunto de informações gráficas e descritivas que detalha e especifica, integralmente e de forma inequívoca, todos os sistemas de impermeabilização a serem empregados numa dada construção. Pela sua característica, é um projeto especializado e deve ser feito concomitantemente aos demais projetos executivos 3.53 sistema de impermeabilização: conjunto de produtos e serviços (insumos) dispostos em camadas ordenadas, destinado a conferir estanqueidade a uma construção 3.54 sobreposição: ver emenda 3.32 3.55 solução asfáltica elastómerica: dissolução de asfalto elastómerico em solventes orgânicos 3.5 trinca: ver fissura 3.37 3.57 umidade proveniente do solo: água absorvida pelo substrato, proveniente do solo 3.58 véu estruturante: produto industrializado, utilizado como armadura, composto por fibras (de vidro, polipropileno, poliéster, náilon) distribuídas multidirecionalmente [...] 15 Artigo 6 PROJETO 6.1 Elaboração e responsabilidade técnica 6.1.1 O projeto básico de impermeabilização deve ser realizado para obras de construção civil de uso público, coletivo e privado, por profissional legalmente habilitado. 6.1.2 Os projetos executivos de impermeabilização, bem como os serviços decorrentes, devem ser realizados por profissionais legalmente habilitados. 6.1.3 Em todas as peças gráficas e descritivas (projeto básico, projeto executivo e projeto "como construído"), devem constar os dados do profissional responsável habilitado. Artigo 6.2 REQUISITOS GERAIS 6.2.1 A impermeabilização deve ser projetada de modo a: a) evitar a passagem de fluidos evapores nas construções, pelas partes que requeiram estanqueidade, podendo ser integrados ou não outros sistemas construtivos, desde que observadas normas específicas de desempenho que proporcionem as mesmas condições de estanqueidade; b) proteger os elementos e componentes construtivos que estejam expostos ao intemperismo, contra a ação de agentes agressivos presentes na atmosfera; c) proteger o meio ambiente de agentes contaminantes por meio da utilização de sistemas de Impermeabilização; d) possibilitar sempre que possível acesso impermeabilização, com o mínimo de intervenção nos revestimentos sobrepostos a ela, de modo a ser evitada, tão logo sejam percebidas falhas do sistema impermeável, a degradação das estruturas e componentes construtivos. 6.2.2 O projeto deve ser desenvolvido em conjunto e compatibilizado com os demais projetos de construção, tais como arquitetura (projeto básico e executivo), estrutural, hidráulico-sanitário, águas pluviais, gás, elétrico, revestimento, paisagismo e outros, de modo a serem previstas as correspondentes especificações em termos de tipologia, dimensões, cargas, ensaios e detalhes construtivos. [...] Artigo 6.4 DETALHES CONSTRUTIVOS O projeto executivo de impermeabilização deve atender aos seguintes detalhes construtivos: 16 a) a inclinação do substrato das áreas horizontais deve ser definida após estudos de escoamento, sendo no mínimo de 1% em direção aos coletores de água. Para calhas e áreas internas é permitido o mínimo de 0,5%; b) os coletores devem ter diâmetro que garanta a manutenção da seção nominal dos tubos prevista no projeto hidráulico após a execução da impermeabilização, sendo o diâmetro nominal mínimo 75 mm. 0s coletores devem ser rigidamente fixados a estrutura. Este procedimento também deve ser aplicado aos coletores que atravessam vigas invertidas; c) deve ser previsto nos planos verticais encaixe para embutir a impermeabilização, para o sistema que assim o exigir, a uma altura mínima de 20 cm acima do nível do piso acabado ou 19 cm do nível máximo que a água pode atingir; d) nos locais limites entre áreas externas impermeabilizadas e áreas internas, deve haver diferença de cota de no mínimo 6 cm e ser prevista a execução de barreira física no limite da linha interna dos contramarco, caixilhos e batentes, para perfeita ancoragem da impermeabilização, com declividade para a área externa. Deve-se observar a execução de arremates adequados ao tipo de impermeabilização adotada e selamentos adicionais nos caixilhos, contramarco, batentes e outros elementos de interferência; e) toda instalação que necessite ser fixada na estrutura, no nível da impermeabilização, deve possuir detalhes específicos de arremate e reforços da impermeabilização; f) toda a tubulação que atravesse a impermeabilização deve ser fixada na estrutura e possuir detalhes específicos de arremate e reforços da impermeabilização; g) as tubulações hidráulica, elétrica, de gás e outras que passam paralelamente sobre a laje devem ser executadas sobre a impermeabilização e nunca sob ela. Estas tubulações, quando aparentes, devem ser executadas no mínimo 10 cm acima do nível do piso acabado, depois de terminada a impermeabilização e seus complementos; h) quando houver tubulações embutidas na alvenaria, deve ser prevista proteção adequada para a fixação da impermeabilização; i) as tubulações externas às paredes devem ser afastadas entre elas ou dos planos verticais no mínimo 10 cm; j) as tubulações que transpassam as lajes impermeabilizadas devem ser rigidamente fixadas a estrutura; k) quando houver tubulações de água quente embutidas ou sistema de aquecimento de pisos, deve ser prevista isolação térmica adequada destas para execução da impermeabilização; 17 l) todo encontro entre planos verticais e horizontais deve possuir detalhes específicos da impermeabilização; m) os planos verticais a serem impermeabilizados devem ser executados com elementos rigidamente solidarizados as estruturas, até a cota final de arremate da impermeabilizaç5o, prevendo-se os reforços necessários; n) a impermeabilização deve ser executada em todas as áreas sob o enchimento. Recomenda-se também executa-la sobre o enchimento. Devem ser previstos, em ambos os níveis, pontos de escoamento de fluidos; o) as arestas e os cantos vivos das Áreas a serem impermeabilizadas devem ser arredondados sempre que a impermeabilização assim requerer; p) as proteções mecânicas, bem como os pisos posteriores, devem possuir juntas de retração e trabalho térmico preenchidos com materiais deformáveis, principalmente no encontro de diferentes planos; q) as juntas de dilatação devem ser divisoras de agua, com cotas mais elevadas no nivelamento do caimento, bem como deve ser previsto detalhamento específico, principalmentequanto ao rebatimento de sua abertura na proteção mecânica e nos pisos posteriores; r) todas as áreas onde houver desváo devem receber impermeabilização na laje superior e recomenda-se também na laje inferior; s) nos locais onde a impermeabilização for executada sobre contra piso, este deve estar perfeitamente aderido ao substrato. 18 Figura 1 - NBR 9575 Fonte: Portal Metálica (site, 2015). 2.3 O QUE É, ONDE SE APLICA E QUEM FAZ O SERVIÇO? A impermeabilização é uma tecnologia utilizada para que as construções possam ter uma maior vida útil, onde os inimigos silenciosos como a umidade, a agua, e o vapor, estes que muitas vezes são os causadores dos problemas que encontramos como as goteiras, manchas nas paredes, estragam pinturas e azulejos, e esta tecnologia de impermeabilização veio para sanar os estragos que estes vilões causam. Impermeabilizar é proteger uma estrutura contra estes estragos da umidade, isso faz com que estes produtos que são utilizados para tal efeito impedem a passagem de agua, através das lajes, paredes entre outros. Segundo a norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que rege a seleção e projeto da impermeabilização (NBR 9575/2003), há duas maneiras de barrar a entrada da água. Uma é com os chamados sistemas rígidos – em que a massa usada como reboco recebe polímeros, cristalizantes ou hidrofugantes e, dessa forma, evita que a água se infiltre nos poros do concreto. A outra, dos sistemas flexíveis, compõe-se de mantas (as famosas mantas negras de asfalto, que vêm prontas de fábrica) ou membranas moldadas na 19 obra – ambas contam com asfalto em sua composição e formam uma camada sobre a superfície a ser protegida. (Squaiella, Roberta, Janeiro,2015). 2.4 CONDIÇÕES GERAIS DE EXECUÇÃO A executante da impermeabilização deve receber uma série de documentos técnicos necessários para o desenvolvimento dos serviços, como indicado nas normas técnicas, conforme descrito a seguir. • Memorial descritivo e justificativo; • Desenhos e detalhes específicos; • Especificações dos materiais a serem empregados e dos serviços a serem realizados; • Planilha de quantidade de serviços a serem feitos; • Indicação da forma de medição dos serviços a serem realizados. 2.5 TIPOS DE UMIDADE Primeiramente é preciso conhecer o problema na qual esteja envolvido a umidade, saber de onde ele vem é o fator mais importante para que possamos combater antes que estes venham a causar algum dano a estrutura em si ou de um modo geral. UMIDADE DO SOLO: é um elemento natural da terra. Absorvida pelo concreto da fundação sobe e causa prejuízos como descolamento do piso ou bolor em rodapés. ÁGUA DE PERCOLAÇÃO: geralmente é a chuva que cai e escorre (ou seja, não exerce pressão sobre a superfície). Por exemplo: provoca infiltração na laje da varanda. O que pode acontecer também é um vazamento no piso no andar de cima e surgir no teto do andar de baixo, algo que acontece em apartamentos e sobrados. CONDENSAÇÃO: é o vapor que fica no banheiro depois de uma chuveirada e deixa a superfície dos azulejos úmida, também acontece na cozinha quando não se possui um sistema com uma coifa, para que a umidade seja retirada do ambiente, pois este é o culpado pelo bolor do forro. ÁGUA SOB PRESSÃO: ela aplica certa força sobre a laje ou a parede. Em piscinas, é chamada de água sob pressão positiva pois empurra a camada protetora de dentro 20 para fora e, se encontrar falha, gera vazamento. Há também a água sob pressão negativa, que vem da terra e provoca bolor em paredes no subsolo. Ousarei expor aqui a mais importante, a maior, a mais útil regra de toda a educação? É não ganhar tempo, mas perdê-lo. (ROUSSEAU. 2014. p.01) 2.6 ONDE DEVEMOS IMPERMEABILIZAR Telhados e coberturas planas; Terraços e áreas descobertas; Calhas de escoamento de águas pluviais; Caixas d’água, piscinas e tubulações industriais; Pisos molhados, tais como banheiros, cozinhas e áreas de serviço; Paredes onde a água escorre e recebem chuva de vento; Esquadrias e peitorais de janelas; Soleiras de portas que abrem para fora; Água contida no terreno, que sobre por capilaridade ou infiltra-se em solos abaixo do nível freático, entre outros. 2.7 BONS MOTIVOS PARA IMPERMEABILIZAR Além dos problemas com as estruturas devido a umidade, você já se deu o trabalho de imaginar o que aconteceria caso a armação de uma laje enferrujasse? Os desgastes provocados por estes trazem muita dor de cabeça aos moradores com as goteiras provocadas pela agua em dias de chuva, por isso são necessárias constantes reformas e novas pinturas para as paredes que vivem manchadas (ou descolorem). Quanto mais cedo se realizar uma impermeabilização, mais barato se tornará. O ideal é incluir esse item na fase de projeto. Se por ventura isso não ocorreu na fase do projeto, ou quando não se percebeu os primeiros ataques da umidade e infiltrações, prepare o bolso pois segundo uma pesquisa para que possa ser sanado este problema ira se gastar 15 vezes mais do que o prevenir. 21 Figura 2 - Custos da Impermeabilização Fonte: PBI- Programa Brasileiro de Impermeabilização (site, 2015) 2.8 SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO – o que é? E para que servem? Hidrofugantes: Produto destinado a repelir água através da redução do ângulo de molhagem dos poros de um determinado substrato, pode ser adicionado às argamassas ou alvenarias ou aplicado sobre elas. Repelem a água, podendo ter sua aplicação diretamente sobre as superfícies minerais. Indicados para tijolo e concreto aparentes, cerâmica porosa, fachadas de pedra e telha cerâmica. Figura 3 - Hidrofugante Fonte: Oigaestudio (site, 2015) Argamassa Polimérica: é um bi componente, pré-dosado, composto por cimento, aditivos, agregados e polímero que, juntos, formam um revestimento impermeável. Indicada 22 para piscinas, poço de elevadores, rodapés, áreas frias (banheiros, cozinhas, áreas de serviço), subsolos, reservatórios e caixas d'água. Figura 4 - Argamassa Polimérica Fonte: Plastilit (site, 2012) Emulsão Acrílica: É feita com base acrílica e elastômero, formando uma membrana líquida, é aplicada a frio e moldada no local. Indicada para superfícies expostas, como lajes, marquises, coberturas e paredes sujeitas à ação da chuva. Figura 5 – Aplicação da Emulsão Acrílica Fonte: JVEsportes (site, 2013) Manta Asfáltica: Pré-fabricada e composta por asfalto modificado com polímeros e armada com estruturante. Formada por filamentos de poliéster ou véu de fibra de vidro, confere ao produto grande resistência mecânica, sendo indicada para estruturas sujeitas a 23 movimentação e fissuras. Indicada para lajes transitáveis (planas ou inclinadas), jardineiras, floreiras, piscinas, áreas frias, reservatórios e caixas d'água. Figura 6 - Manta Asfáltica Fonte: WMA (site, 2012) Emulsão Asfáltica: É um mono componente e aplicada a frio como pintura em demãos, requerendo proteção mecânica. Indicada para lajes, terraços e áreas frias. Figura 4 - Emulsão Asfáltica Fonte: FERREIRA, Romário. Equipe de Obra (2013) Calafetador: é utilizado para preencher juntas (internas ou externas, horizontais ou verticais). Indicado para vedação em caixilhos e vedações em geral. 24 Figura 7 - Aplicação de Calafetador Fonte: 3M (site, 2015) Hidro-repelente: Tem a função de repelir a água, não forma filme ou altera a aparência do substrato. Indicado para superfícies minerais,como tijolos e concreto aparentes, cerâmica porosa, fachadas de pedras e telha cerâmica. Figura 8 - Hidro-repelente Fonte: Nitidus (site, 2015) 2.9 IMPERMEABILIZANTES RÍGIDOS E FLEXÍVEIS Impermeabilizantes rígidos: são vendidos como uma argamassa industrializada, ou também podem ser encontrados para venda como um impermeabilizante como bi componentes ou aditivos químicos para argamassa. Estes produtos se incorporam a estrutura, 25 adquirindo suas características, com a cura adequada, pois é um material que apresenta uma baixa porosidade e uma grande estanqueidade. Estes impermeabilizantes poder ser encontrados também na forma de pinturas, pois também formam um revestimento impermeável. Figura 9 - Impermeabilizantes Rígidos Fonte: FERREIRA, Romário. Equipe de Obra (2013) Impermeabilizantes flexíveis: são encontrados em formas de mantas pré-fabricadas ou moldados no local da obra que depois de secas formam uma membrana protetora. Este produto garante a estanqueidade das estruturas ao mesmo tempo em que estas membranas são mais elásticas e se adaptam as movimentações as quais são sujeitas. A manta asfáltica que, formada por filamentos de poliéster ou véu de fibra de vidro, confere ao produto grande resistência mecânica, sendo indicada para estruturas sujeitas a movimentação e fissuras. As especificações da maneira de aplicação deste material dependem de diversos fatores, como a movimentação estrutural, exposição aos fenômenos climáticos, a existência ou não de transito de veículos e pessoas e a exposição de agentes químicos e algumas variáveis sempre devem ser levados em consideração na hora de optar pelo material e a maneira adequada para a aplicação. A engenheira Virginia Pezzolo, da Proassp Assessoria e Projetos, explica o funcionamento básico desses sistemas. "Em tudo que é enterrado, costuma-se usar o sistema rígido. Daí para cima utiliza-se o flexível, porque a parte superior da estrutura tende a se movimentar mais". 26 Figura 10 - Membranas Flexíveis Fonte: Triplicoarquiteturaeengenharia (instagran, 2015). Tabela 1 - Materiais Rígidos e Flexíveis RIGIDOS FLEXIVEIS APLICAÇÕES INDICADAS Sua aplicação é recomendada para as partes mais instáveis da edificação. São locais menos sujeitos ao aparecimento de trincas e fissuras, que podem comprometer a impermeabilização. Por isso, a principal utilização ocorre em fundações, pisos internos em contato com o solo, contenções e piscinas enterradas. A elasticidade desses produtos faz com que eles sejam mais indicados a estruturas sujeitas a movimentações, vibrações, insolação e variações térmicas (dilatação e contrações). Por isso são mais utilizados em lajes (térreo e cobertura), banheiros, cozinhas, reservatórios elevados e terraços. COMO SÃO VENDIDOS Com aditivos químicos para argamassas ou industrializados. Também são encontradas misturas aplicadas em forma de pintura, formando um revestimento impermeável. Os sistemas flexíveis são encontrados na forma de mantas, aderidas ou não a estrutura. Também faz parte desse grupo de misturas moldadas no local, que depois de secas formam uma membrana Argamassas impermeabilizantes; Mantas asfálticas Membranas asfálticas moldadas no local 27 EXEMPLOS Cimentos poliméricos; Cristalizantes; Resinas epóxi. (a quente ou frio); Mantas de PEAD, PVC, EPDM; Membranas de poliuretano, de poliúria, resinas acrílicas etc. Fonte: FERREIRA, Romário. Equipe de Obra (2013) Tabela 2 - Produtos e Aplicações PRODUTO CARACTERISTICAS APLICAÇÕES INDICADAS CRISTALIZANTES São compostos químicos de cimento aditivado, resinas e agua. O produto é aplicado diretamente sobre a estrutura a ser impermeabilizada. Ao entrar em contato com a agua da infiltração, cristaliza-se e preenche-se os porros do concreto, constituindo uma barreira impermeável. Áreas sujeitas a infiltração ou umidade, reservatórios enterrados, baldrames, piscinas enterradas, entre outros. ARGAMASSA IMPERMEÁVEL São argamassas de cimento e areia que adquirem propriedades impermeabilizantes com aditivos que repelem a agua (hidrofugantes), líquidos ou em pó. Deve ser aplicado a locais que não estejam sujeitos a trincas e fissuras, no emboço de revestimento de baldrames e paredes e no assentamento de alvenarias em contato com o solo. Baldrames, piscinas, subsolos, pisos que estejam em contato com o subsolo, argamassa de assentamento de alvenarias, etc. ARGAMASSA POLIMÉRICA Argamassas industrializadas disponíveis no mercado na versão bi componente (cimento aditivado e resinas liquidas), devendo estas serem misturadas e homogeneizadas antes da aplicação, onde formam um revestimento impermeável resistente a umidade e ao encharcamento. Reservatórios, piscinas enterradas, subsolos, Paredes, pisos frios, baldrames, etc. CIMENTO POLIMÉRICO Revestimento impermeável semiflexível aplicado com uma trincha ou brocha. É um sistema bi componente (componente em pó com fibras e componente liquido), que forma uma pasta cimentícia resistente a umidade que sobe pelas paredes e pela fundação. Ideal para áreas aterradas. Reservatórios aterrados, baldrames, floreiras sobre a terra, poço de elevador, muro de arrimo, etc. Impermeável a agua e ao vapor, é um revestimento com uma grande resistência química e mecânica. A base de resinas de epóxi, Tanques de armazenamento de produtos químicos, tubos 28 EPÓXI bi componente, com ou sem adições, é indicado para a impermeabilização e proteção anticorrosiva de estruturas de concreto, metal e argamassas metálicos. Fonte: FERREIRA, Romário. Equipe de Obra (2013) Tabela 3 – Classificação de Desempenho TIPO CARACTERISTICAS APLICAÇÕES 1 São mantas de desempenho básico. Com uma resistência e elasticidades baixas. São indicadas para locais com pouco transito e carregamentos leves. Este material praticamente não é usado nas obras brasileiras. Pequenas lajes não expostas ao sol, banheiros, cozinhas, varandas, baldrames, e vigas- calha, etc. 2 É um produto com resistência mecânica adequada para carregamento leves a moderados, como áreas internas de residências, pequenas lajes e fundações. Também podem ser utilizadas na impermeabilização com mantas duplas. Lajes sob telhado, banheiros, cozinhas, baldrames, etc. 3 Mantas de resistência mecânica e elasticidade elevadas, desenvolvidas para estruturas sujeitas a movimentações e carregamentos típicos de um edifício residencial ou comercial. Lajes maciças pré-moldadas, steel deck, piscinas, terraços, camadas de sacrifício de dupla camada, etc. 4 Trata-se de um material de alto desempenho de maior vida útil. São indicados para estrutura sujeitas a maior de formações por dilatação ou por grandes cargas, como obras viárias e de infraestrutura. Lajes de estacionamentos, tanques e espelhos da agua, tuneis, viaduto, rampas, heliportos, etc. Fonte: FERREIRA, Romário. Equipe de Obra (2013) Tabela 4 - Tipos de Asfalto TIPO CARACTERISTICAS ELASTOMERICAS Os elastômeros são substancias que misturados ao asfalto formam uma manta mais elástica. PLASTOMERICAS As mantas fitas com asfaltos misturados a plastomerosapresentam uma boa resistência mecânica, térmica e química. Fonte: FERREIRA, Romário. Equipe de Obra (2013) 29 Tabela 5 - Membranas Moldadas na Obra TIPO CARACTERISTICAS APLICAÇÕES ASFALTOS MOLDADOS A QUENTE É o sistema tradicional do Brasil, utilizado desde o início das impermeabilizações no país. Consiste da moldagem de uma membrana impermeabilizante por meio de sucessivas demãos de asfalto derretido intercalado com telas ou mantas estruturais. Ideal para pequenas dimensões ou com lajes medias ou que contenham muitos recortes. E a produtividade da aplicação é baixa. Cozinhas, banheiros, lajes de cobertura, área de serviços, terraços, tanques, piscinas, reservatórios, etc. SOLUÇÕES E EMULSÕES ASFÁLTICAS Produtos compostos com a mistura de asfalto, modificadas ou não por polímeros, em agua ou solvente. São aplicadas a frio como primers ou como impermeabilização de áreas internas, estruturada com telas, e seu tempo de cura costuma ser bem maior do que os demais sistemas impermeabilizantes. Principalmente como pintura de ligação, cozinhas, áreas de serviço, banheiros, pequenas lajes, floreiras. MEMBRANAS DE POLIURETANO É um impermeabilizante bi componente aplicado a frio, com grande estabilidade química, aderência a diversos tipos de superfícies, elasticidade e resistência a elevadas temperaturas, e a aplicação geralmente é feita em locais mais agressivos. Lajes e áreas molháveis, tanques de efluentes industriais e esgotos, reservatório de agua potável. MEMBRANA DE POLIUREIA Revestimento aplicado a spray com um equipamento de pulverização. Indicado para locais onde a liberação da área é rápida, pois a secagem deste produto acontece rapidamente. Depois de aplicado possui uma grande resistência química e mecânica. Pisos industriais, revestimento internos de tanques, tanques de tratamento de agua e afluentes, piscinas, lajes e telhados. MEMBRANA ACRÍLICA É formado por uma resina acrílica, normalmente dispensa agua, executada com diversas mão intercaladas por estruturante. Resistente aos raios solares (ultravioleta), devem ser aplicadas em superfícies expostas e não transitáveis. Deve ser aplicada também em locais onde a área inclinada deve ser maior de 2% para que não fique agua acumulada, e venha a danificar a estrutura. Sheds, coberturas inclinadas, abobadas, telhas pré- moldadas ou equivalentes. As resinas termoplásticas são impermeabilizantes bi componentes flexíveis, 30 RESINA TERMOPLÁSTICA composta por uma parte liquida (resina acrílica) e outra em pó (cimento aditivado). Misturados formam uma pasta, que é aplicada com uma broxa com várias demãos, que podem ou não serem estruturadas por telas de poliéster. Não é resistente a pressão negativa da agua. Piscinas, reservatórios de agua, pisos frios e rodapés de paredes de drywall. Fonte: FERREIRA, Romário. Equipe de Obra (2013) 2.10 MEMBRANAS MOLDADAS NO LOCAL A impermeabilização moldada in loco é obtida pela aplicação, a frio ou a quente, de sucessivas demãos de um impermeabilizante líquido na superfície a ser tratada, que forma, depois de seco, uma membrana flexível e sem emendas. Os produtos desse sistema variam em relação à flexibilidade, à resistência aos raios solares e aos procedimentos de aplicação, entre outros aspectos. Os sistemas moldados in loco são indicados para espaços menores ou de acesso mais difícil, como áreas molháveis e pequenas lajes, onde o uso de mantas asfálticas é contraindicado. Sobretudo no caso das membranas líquidas aplicadas a frio, é preciso respeitar o consumo do produto indicado na embalagem, assim como o número de demãos, já que a economia nesse serviço pode resultar em uma impermeabilização deficiente. Figura 11 – Membranas Moldadas em Obra Fonte: FERREIRA, Romário. Equipe de Obra (2013) 31 2.11 MEMBRANAS SINTÉTICAS As mantas pré-fabricadas à base de diferentes tipos de materiais sintéticos (PEAD, PVC, TPO, EPDM, etc.) também podem ser utilizadas nos sistemas impermeabilizantes. Feitas de ligas elásticas e flexíveis, adaptam-se com facilidade a locais sujeitos a movimentações e vibrações. Também são resistentes aos raios ultravioleta e a ataques químicos, dependendo de sua formulação. O uso das geomembranas de PEAD e EPDM é mais indicado para obras de maior porte, como lagos artificiais, aterros sanitários e tanques. Além de proteger as estruturas, a impermeabilização nesses casos também tem o objetivo de preservar o meio ambiente. Elas criam uma barreira física que evita a contaminação do solo e de lençóis freáticos por material orgânico decomposto, óleos e combustíveis. As mantas de EPDM, assim como as de TPO e PVC, também são bastante utilizadas em obras de edificações, principalmente na impermeabilização de coberturas. Há produtos disponíveis na cor branca, que, segundo o Green Building Council Brasil, reflete os raios solares e, com isso, ajuda a diminuir a temperatura no interior da edificação e no seu entorno. De acordo com a engenheira Virgina Pezzolo, da Proassp, a procura por essas mantas tem aumentado em função das certificações para edifícios sustentáveis, como os selos Leed e Aqua. Figura 12 - Membranas Sintéticas Fonte: FERREIRA, Romário. Equipe de Obra (2013) 32 Tabela 6 - Materiais Sintéticos MATERIAL CARACTERISTICAS APLICAÇÕES PEAD As geomembranas de polietileno de alta densidade (PEAD), tem em sua composição cerca de 97,5% de polietileno virgem e 2,5% de fuligem (negro de fumo), responsável pela resistência aos raios ultravioleta. Também contém a dição de substancias químicas, que aumentam a resistência do produto a intemperes, ao calor e a degradação. Aterros sanitários, lagoas de rejeitos industriais, tanques de estações de tratamento de esgoto, lagos artificiais e lagos de criação de peixe artificiais. EPDM O etileno-propileno-dieno-monomero (EPDM) é um tipo de borracha que pode ser bastante esticada. Isso permite que a geomembrana com material se molde praticamente a qualquer tipo de superfície. O material também é usado na fabricação de mantas resistentes a penetração de raízes e micro- organismos. Reservatórios, lagos artificiais, tanques de criação de peixe, canais de irrigação (geomembrana), cobertura (mantas). PVC As mantas de PVC podem ser empregadas na impermeabilização de estrutura de concreto (tuneis, lajes, subsolos, etc.) e coberturas. As mantas desenvolvidas para coberturas são resistentes aos raios solares e podem ficar expostas as intemperes. Também há mantas resistentes a penetração de raízes e micro-organismos. Tuneis, subsolos, fundações, telhados e coberturas. TPO Essas membranas são fabricadas com material termoplástico flexível e reforçado com uma malha de poliéster. Tem grande resistência a rasgos, perfurações, bactérias, raios solares e ações climáticas. Coberturas. Fonte: FERREIRA, Romário. Equipe de Obra (2013) 2.12 CATÁLOGOS DA REGIÃO COM MATERIAIS IMPERMEABILIZANTES Este conteúdo que segue a baixo foi retirado de material encontrado na região que possuem produtos impermeabilizantes. Estes dados foram retirados dos catálogos das seguintes empresas: Inkor, Selamixe Sela infiltrações. Tabela 7 - Catálogo SELAMIX SELAMIX DESCRIÇÃO Impermeabilizante cimentício rígido monocomponente Selamix pode ser aplicado em quaisquer superfícies de alvenaria, que não 33 CARACTERÍSTICAS apresentam problemas estruturais ou de fissuramento. Possui resistência a pressão negativa e positiva da agua, podendo ter ou não a presença de umidade ou lençóis freáticos. Produto de fácil aplicação, bastando misturar a agua na proporção correta, com ótimo rendimento por m². Após a aplicação, Selamix passa a fazer parte da superfície, aceitando qualquer tipo de revestimento ou acabamento. Em reservatórios proporciona agua inodora e cristalina. UTILIZAÇÃO Pode ser aplicado em caixas d’ agua de tijolo, de alvenaria, de blocos de concreto, de pedra, de fibrocimento, piscinas de alvenaria térreas, floreiras térreas ou aéreas, marquises, caixas de gordura, subsolos, tuneis, muros de arrimo, fossas, esterqueiras e pequenas lajes de concreto sem contrapiso, etc. COMPOSIÇÃO Cimento Portland, cargas minerais e aditivos especiais. COR Branca e cinza. RENDIMENTO Consumo médio aproximado de 1kg/m²/ demão. Em prevenção a umidade, utilizar 3 demãos. Em reservatórios, cisternas, piscinas, e outras formas de armazenamento de agua utilizar 4 demãos. ARMAZENAMENTO Deve ser mantido em temperatura ambiente, em local seco e arejado, sobre estrados, para que não ocorram alterações em suas características iniciais. VALIDADE 24 meses dentro da embalagem original não violada. LIMPEZA A limpeza de equipamento e ferramentas pode ser feita com agua enquanto o produto não estiver seco. Após secas limpar as ferramentas mecanicamente. EMBALAGEM Embalagens com 5 e 18kg. PREPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE Calcular a superfície a sem impermeabilizada. Limpar a superfície adequadamente, removendo totalmente as partículas soltas ou rebarbas da concretagem. As áreas sujas com concreto antigo ou limo, lavar bem a escova ou lava jato. Em superfícies calfinadas fazer a remoção de 100% da área. Havendo umidade ascendente, retirar todo o reboco a uma altura de 1,2 m do baldrame. Aplicar Selamix nos tijolos e concretar novamente, deixando a distância e 1cm do piso e preencher com Selamix. Não aplicar Selamix diretamente sobre materiais com superfícies ou camadas que contenham derivados de petróleo, tais como: tintas, vernizes, emulsão asfáltica, cola, impermeabilizantes a base de resinas e outros, sendo nesse caso necessário fazer a retirada de 100% da área. A superfície ode será utilizado cola a base de PVA, deverá ser executado um contrapiso após a aplicação do Selamix. Em lajes e pisos, havendo fissuras, trincas e juntas de dilatação, faça primeiro a recuperação com Eliminetrinca preenchendo totalmente a juta e na superfície aplicar 10cm para cada lado do centro da junta. Em seguida colocar tela de poliéster a aplica mais uma demão de Eliminetrinca, formando uma camada com espessura de 3mm nas duas demãos. A cura do Eliminetrinca ocorre em 48 horas em tempo bom, não podendo chover ou molhar o Eliminetrinca durante este período. Nunca aplicar Selamix em lajes que possuam contrapiso ou nata de 34 cimento, devendo estas serem removidas, aplicando Selamix diretamente no concreto da laje. PREPARO DO PRODUTO Misturar o produto com um agitador de 3 a 5 minutos ou com uma espátula durante 8 a 10 minutos para obter uma massa liquida densa e sem grumos. Após a mistura, deixar a massa descansar por 15 minutos antes de iniciar a aplicação, bater novamente e após isso bater de 10 em 10 minutos. Preparar somente a quantidade a ser utilizada em cada demão, não podendo ser aproveitada a sobra para a demão seguinte. Diluir o produto em aproximadamente 40% de agua. Para cada aplicação em grandes áreas, preparar somente a quantidade do produto em que possa ser aplicada em no máximo 1 hora. APLICAÇÃO DO PRODUTO Molhar bem a superfície com agua, evitando empoçamento. Utilize uma broxa, pincel ou vassoura de pelo, passando de 8 a 10 vezes o mesmo lugar de forma alongada para fechar os poros e compactar melhor o produto. As demãos seguintes devem ser feitas da mesma forma como a primeira, molhando a áreas e passando a vassoura repetidamente sobre o produto. Não fazer a aplicação em superfícies com temperatura superior a 22ºC, se necessário aplicas após as 16:00 horas. Selamix deve ser aplicado em demãos cruzadas com intervalos de 6 horas entre as aplicações em condições normais e 24 horas em locais úmidos ou sujeitos a pisoteamentos. A secagem total após a última demão é de 48 horas de tempo bom. O produto preparado deve ser aplicado dentro de uma hora depois do preparo. Caso a aplicação seja executada em piso de concreto, após a cura do Selamix, faça um contrapiso de proteção. Fonte: Krüger (2015) Tabela 8 - Catalogo SELAMIX ELIMINETRINCA DESCRIÇÃO Selante elástico. CARACTERÍSTICAS Eliminetrinca é um selante elástico, monocomponente, tixotrópico, de elevado desempenho, de plastificação interna e com elevado teor de elastômero. Polimeriza-se em contato com o ar. Elimine trinca é um produto que já vem pronto para a aplicação, não deve ser misturado, nem diluído em qualquer outro produto. UTILIZAÇÃO O produto é indicado para reparos de fissuras de retenção, junção de pré-moldados, rachaduras, concertos de telhas de fibrocimento e calhas (alumínio, fibras, zinco, PVC e madeira). COMPOSIÇÃO Resinas acrílicas, cargas inertes, conservantes e aditivos. COR Branco. RENDIMENTO 1kg de Eliminetrinca rende 10 metros lineares de juntas com 1cm de largura por 1cm de profundidade. ARMAZENAMENTO Deve ser mantido em temperatura ambiente, em local seco e arejado, sobre estrados, para que não ocorram alterações em suas características iniciais. 35 VALIDADE 24 meses dentro da embalagem original não violada. LIMPEZA A limpeza de equipamento e ferramentas pode ser feita com agua enquanto o produto não estiver seco. Após secas limpar as ferramentas mecanicamente. EMBALAGEM Embalagens com 500g; 1kg; 5kg e 20kg. PREPARO DO PRODUTO Eliminetrinca já vem pronto para o uso. O elimine trinca não deve ser misturado a qualquer tipo de produto, quer seja pó ou liquido. APLICAÇÃO DO PRODUTO Trincas e Fissuras: abrir com raspador ou talhadeira as fissuras e trincas em formato de “V”, alargando a e aprofundando mesma. Remover todas as partículas soltas e pó. Aplicar o Eliminetrinca com uma espátula até nivelar coma superfície. Aguardar 24 horas e se ocorrer adensamento do produto, aplicar novamente o Eliminetrinca, nivelando-o com a superfície. Esperar a secagem de 24 horas para depois aplicar qualquer tipo de argamassa ou pintura. Rachaduras: abrir as rachaduras com raspador ou talhadeira as fissuras e trincas em formato de “V”, alargando a e aprofundando mesma. Remover todas as partículas soltas e pó. E se ocorrer adensamento do produto, aplicar novamente o Eliminetrinca, nivelando-o com a superfície. Em seguida aplique uma demão de Eliminetrinca na superfície de 5 a 6 cm de largura para cada lado do centro da rachadura. Coloque uma tela de poliéster e aplique novamente o Eliminetrinca sobre a tela nivelando com a superfície, deixando uma espessura mínima de 3mm nas duas demãos. No reboco se necessário, faça um rebaixamento, para que a aplicação fique dentro do reboco, deixando que o nivelamento fique perfeito. Após 24 horas da última aplicação, poderáser aplicado qualquer tipo de revestimento ou pintura. Juntas de Dilatação: as larguras das juntas devem obedecer às normas da ABNT. Preencher a junta até nivelar o Eliminetrinca com a superfície. Aguardar 24 horas e se ocorrer adensamento do produto, aplicar novamente o Eliminetrinca, nivelando-o com a superfície. Aguardar 24 horas para iniciar a aplicação de qualquer revestimento. Contrapisos: em contrapisos, verificar se o mesmo está firme e efetuar juntas de dilatação a casa 20m², em toda a área, com cortes de 1cm de largura, em toda a espessura do contrapiso, que deverão ser preenchidas com o Eliminetrinca. Aguardar 24 horas e se ocorrer adensamento do produto, aplicar novamente o Eliminetrinca, nivelando-o com a superfície. Em seguida aplique uma demão de Eliminetrinca na superfície de 10 a 12cm da largura para cada lado do centro da junta. Coloque uma tela de poliéster e aplique novamente o Eliminetrinca sobre a tela nivelando com a superfície, deixando uma espessura mínima de 3mm nas duas demãos. Aguardar 24 horas. Telhas: Eliminetrinca pode ser usado em telhas e calhas de fibrocimento, alumínio, zinco e PVC. Aplicar o Eliminetrinca sobre a 36 superfície até nivelar. Em seguida aplique uma demão de Eliminetrinca na superfície da telha de 5cm de largura para cada lado da trinca. Coloque uma tela de poliéster e aplique novamente o Eliminetrinca sobre a tela nivelando com a superfície, deixando uma espessura mínima de 3mm nas duas demãos. Em telhas de fibrocimento, para bloquear a evolução da trinca, faça um buraco de 8 a 10cm, 5cm após as extremidades da trinca. CUIDADOS Durante a aplicação e o processo de cura, o Eliminetrinca não pode ter contato com a agua. O Eliminetrinca, depois de curado, não pode ficar submerso, portanto em superfícies horizontais, o mesmo deve estar com no mínimo 1% de inclinação, para o escoamento da agua. As camadas do Eliminetrinca, aplicadas sobre a superfície com tela de poliéster devem ter no mínimo 3mm de espessura com duas demãos. Qualquer tipo de poeira, sujeira ou oleosidade, inibem a aderência do Eliminetrinca a superfície. Fonte: Krüger (2015) Tabela 9 - Catalogo SELAMIX ISOLAJE DESCRIÇÃO Impermeabilizante semi-flexível bi componente. CARACTERÍSTICAS Isolaje é um revestimento impermeabilizante, semi-flexível, bi componente (A+B), desenvolvido para tratar de superfícies de alvenaria e concreto, argamassas isentas de cal e sem qualquer aditivo impermeabilizante. Não necessita de superfícies com tratamento de primer e ou chapisco. Possui ótima aderência e excelente resistência mecânica, podendo receber qualquer tipo de revestimento, como tintas, contrapiso, argamassas para cerâmica. Não altera a potabilidade de agua, sendo atóxico e inodoro. Resiste a altas pressões hidrostáticas positivas. Pode ser aplicado em conjunto com tela de poliéster. UTILIZAÇÃO É indicado para a aplicação em lajes de concreto sem contrapiso. É também indicado para a aplicação em estruturas de concreto elevadas ou apoiadas sobre base de concreto armado como, caixas d’ agua, reservatórios, piscinas e floreiras. COMPOSIÇÃO Componente A: liquido, na cor branca, composto de resina acrílica. Componente B: pó, na cor cinza, composto de cimento, agregados minerais inertes e aditivos. COR Cinza. CONSUMO Isolaje rende 1kg/m² por demão. Depois de finalizada aplicação de todas as demãos, a espessura da camada de Isolaje deve ser uniforme, para garantir resistência mecânica ao mesmo. Fachadas: aplicar duas demãos, com total de 2kg/m² Floreiras: aplicar 4 demãos, com total de 4kg/m² Lajes sem contrapiso: aplicar 4 demãos, com total de 4kg/m² 37 Caixas d’ agua, piscinas, reservatórios (elevados): aplicar 4 demãos, com total de 4kg/m² ARMAZENAMENTO Deve ser mantido em temperatura ambiente, em local fresco e arejado, sobre estrados. VALIDADE 24 meses dentro da embalagem original não violada. LIMPEZA A limpeza de equipamento e ferramentas pode ser feita com agua enquanto o produto não estiver seco. EMBALAGEM Baldes plásticos com 3,6kg e 18kg, com peso total dos componentes A+B. PREPARO DA SUPERFICIE A superfície deve estar curada e seca, isenta de: poeira, óleo, graxa, partes soltas ou degradadas, desmoldantes, nata de cimento, e rebarbas da concretagem. Não aplicar Isolaje sobre superfícies com problemas estruturais que tenham aplicações de produtos à base de petróleo. Também não é indicado Isolaje sobre argamassas que contenham cal e aditivos impermeabilizantes. As imperfeiçoes devem ser previamente corrigidas com argamassa de cimento e areia 1:3. Cantos vivos devem ser chanfrados. A temperatura ambiente não deve ultrapassar 25ºC. Umedecer a superfície com agua sem encharcar, somente na primeira demão. Em cantos, tubos ralos e conexões recomenda-se utilizar Sanflex com tela de poliéster para maior resistência. Caso a laje tenha contrapiso utilizar Sanflex. Se a laje apresentar qualquer tipo de fissura, trinca ou junta de dilatação, deverá ser recuperada com Eliminetrinca, antes de iniciar a aplicação da Isolaje. Aplicar Eliminetrinca, pressionando-o para dentro com uma espátula até atingir o fundo da superfície de 10cm para cada lado do centro da junta; colocar tela de poliéster e aplicar outra demão de Eliminetrinca, formando uma espessura de 3mm na superfície, nas duas demãos. A cura do Eliminetrinca ocorre em 24 horas de tempo bom, não podendo chover ou molhar o Eliminetrinca durante a cura. Após a cura do Eliminetrinca, iniciar a aplicação do Isolaje. As superfícies devem ter queda de no mínimo 1% de inclinação. PREPARO DO PRODUTO Medir a superfície a ser impermeabilizada e calcular a quantidade de produto necessária conforme o rendimento por m² e o tipo de superfície a ser tratada, informada no consumo. Adicionar o componente B (pó) ao componente A (liquido). Misturar de preferência com agitador mecânico durante 3 minutos, ou com uma espátula até obter uma mistura liquida, densa, sem grumos. Para a aplicação em grandes áreas, preparar somente a quantidade de produto a ser aplicada em um período de 30 minutos, misturando novamente a massa a cada 10 minutos. Preparar somente a quantidade a ser utilizada em cada demão. Não 38 podendo ser aproveitado a sobra da mistura na demão seguinte. APLICAÇÃO DO PRODUTO A aplicação poderá ser feita com um rolo de pintura antigotas, vassoura com pelos, pincel ou trinchas. É recomendada a utilização de vassoura de pelos ou trinchas, pois melhora o rendimento e a penetração do produto na superfície. Aplicara quantidade de demãos conforme tipo de aplicação e rendimento por m² indicada no item de consumo. Se ocorrer a necessidade de misturar quantidade menor do que a da embalagem, utilizar o volume de 3:2 dos componentes A+B. aguardar os intervalos entre as demãos até atingir o consumo recomendado. O intervalo entre a duas demãos é de 6 horas com tempo bom. Em ambientes com baixa temperatura ou pouca ventilação, o tempo de secagem pode se prolongar, nesse caso aguardara secagem total para a demão seguinte. Na aplicação em lajes sem contrapiso, recomenda-se a colocação de tela de poliéster em toda a área. Em áreas expostas ao sol 9raios ultravioletas), e áreas sujeitas ao trafego, após a aplicação da Isolaje, deve ser executado uma proteção mecânica, com um contrapiso, em toda a área. Em tanques para criação de peixes, verificar o pH da agua antes do uso. Realizar após a cura um teste de estanqueidade, submetendo a estrutura impermeabilizadacom agua, por no mínimo 72 horas, para verificar se que não houveram falhas na aplicação. Em reservatórios, executar a sanitização e desprezar o primeiro carregamento de agua, para consumo humano e animal. Fonte: Krüger (2015) Tabela 10 - Catalogo SELAMIX SANFLEX DESCRIÇÃO Impermeabilizante flexível, monocomponente. CARACTERÍSTICAS Sanflex é um impermeabilizante flexível, desenvolvido para superfícies de alvenaria. Possui excelente aderência aos substratos cimentícios, acompanhando eventuais movimentações, podendo receber revestimentos, como tintas emborrachadas e contrapiso. UTILIZAÇÃO É indicado para a aplicação em lajes de concreto sem contrapiso. É também indicado para a aplicação em estruturas de concreto elevadas ou apoiadas sobre base de concreto armado como, caixas d’ agua, reservatórios, piscinas e floreiras. COMPOSIÇÃO Resina à base de dispersão acrílica, agregados minerais e aditivos especiais. COR Sanflex é fornecido na cor Branco RENDIMENTO O consumo de Sanflex em 4 demãos deverá ser superior a 2 kg por m2, com espessura W mínima de 2mm após a cura. O rendimento pode variar conforme a porosidade da superfície. ARMAZENAMENTO Deve ser mantido em temperatura ambiente, em local seco e arejado, para que não ocorram alterações em suas características iniciais. VALIDADE A validade do Sanflex é de 24 meses, dentro de sua embalagem original não 39 violada. LIMPEZA A limpeza de equipamentos e ferramentas deverá ser efetuada com água, enquanto o produto não estiver seco. EMBALAGEM Sanflex é fornecido em baldes plásticos de 1 kg, 3,6 kg e 18 kg. PREPARO DA SUPERFICIE A superfície deverá estar curada e seca, isenta de poeira, óleos, graxa, partículas soltas, rebarbas de concretagem. Não aplicar Sanflex sobre superfícies com problemas estruturais e que tenham aplicação de produtos à base de petróleo. Para a aplicação em caixas d'água aéreas, deve-se limpá-las, esperar a secagem antes da aplicação. As imperfeições do concreto e cantos vivos, devem estar previamente corrigidas com argamassa. A temperatura da superfície a ser aplicada deve ser inferior a 35°C. Na aplicação em lajes recomendamos a colocação de tela de poliéster em toda área. Em qualquer estrutura sujeita a movimentação, tubos, ralos, conexões e cantos, recomenda-se colocar tela de poliéster para maior resistência. Em lajes com contrapiso, verificar se o mesmo está firme antes de iniciar a aplicação do Sanflex. O contrapiso estando solto deverá ser trocado. Em lajes, deverá ser efetuado juntas de dilatação conforme normas da ABNT a cada 20m2, em toda a área, com cortes de pelo menos 0,5 cm de largura, em toda a espessura do contrapiso, que deverão ser preenchidas com Sanflex. Após 6 horas iniciar o processo de aplicação normal de Sanflex. Correção de trincas e rachaduras. Em rachaduras e trincas no piso, abrir e limpar a mesma com largura e profundidade de 1cm. Em trincas e rachaduras de maior profundidade, recomendamos a aplicação de Sanflex em camadas de l cm no máximo, até nivelar com a superfície, aguardando a secagem mínima de 24 horas entre elas. Após o preenchimento total da junta com a superfície, iniciar a aplicação das 4 demãos de Sanflex com tela de poliéster. PREPARO DO PRODUTO Misturar, de preferência com agitador mecânico, para homogeneizar o produto. APLICAÇÃO DO PRODUTO A aplicação poderá ser feita com rolo de pintura antigotas, vassoura de pelos macios, pincel ou trinchas. Aplicar 4 demãos com consumo superior a 2 kg por m2, com espessura mínima de 2mm após a cura. O rendimento pode variar conforme a porosidade do local. O intervalo mínimo para cada aplicação é de 6 horas com tempo bom. Em ambientes com baixa temperatura ou pouca ventilação o tempo de secagem pode prolongar-se, neste caso aguardara secagem total para dar a demão seguinte. Após a aplicação da última demão, a secagem final se dá em 72 horas, em condição de tempo bom. Na aplicação em lajes recomendamos a colocação de tela de poliéster em toda a área, que deverá ser aplicada na segunda demão, aplicando o Sanflex, em seguida colocar a tela de poliéster e novamente repassar o Sanflex sobre a tela fundindo-a no produto. A tela deve transpassar 5cm em cada emenda. Em áreas expostas ao sol (raios ultravioletas) e áreas sujeitas a tráfego, deve ser 40 feita uma proteção mecânica, com um contrapiso. Em tanques para a criação de peixes verificar o pH da água antes do uso. Realizar, após a cura, o teste de estanqueidade, submetendo a estrutura impermeabilizada com água, por no mínimo 72 horas, para certificar-se que não houve falhas na aplicação. Fonte: Krüger (2015) Tabela 11 - Catalogo SELAMIX IMPER2000 DESCRIÇÃO IMPER 2000 fundo preparador impermeabilizante, semi-flexível, bi componente. CARACTERÍSTICAS IMPER 2000 foi desenvolvido para aplicação em rebocos, com a finalidade de cobrir a porosidade, eliminar fissuras de retração e impermeabilizar a parede contrabatidas de Chuva. Fundo de fácil aplicação, com aspecto branco leitoso. Produto inodoro, não tóxico, ótima aderência, conferindo-lhe ótima durabilidade. IMPER 2000 é semi-flexível, resiste somente a pressão positiva. UTILIZAÇÃO Indicado especialmente para impermeabilizar paredes e fachadas contrabatidas de chuva e tratamento de fissuras. IMPER 2000 deve ser aplicado em rebocos novos. Áreas com pintura devem ser lixadas. COMPOSIÇÃO Componente A-líquido - resinas acrílicas. Componente B- pó - cargas minerais e aditivos. COR Branco. VALIDADE 24 meses dentro da embalagem original não violada. EMBALAGEM Embalagens plásticas de 1 Kg e 5Kg UTILIZAÇÃO É indicado para massa de reboco, assentamento e contrapiso Composição Cargas minerais e aditivos especiais. RENDIMENTO O rendimento do ADITIVO REBOCO R-321 é de lkg por saco de cimento na proporção de 1:3 (cimento x areia). Tipo de massas Cimento Areia Aditivo R-321 REBOCO 1 saco 50kg 40 pás ou 8 baldes (18 litros) 1 kg (850m1) ASSENTAMENTO 1 saco 50kg 40 p ás ou 8 baldes (18 litros) 1 kg (850m1) CONTRA-PISO 1 saco 50kg 35 pás ou 7 baldes (18 litros) 750gr (650m1). O rendimento é de aproximadamente 400g por m por demão. Aplicar no mínimo 2 demãos. PREPARO DA SUPERFICIE Lavar as paredes com lava jato e aguardara secagem antes da aplicação. A superfície deve estar firme e em bom estado de conservação, isenta de umidade, poeiras, graxa, mofo ou bolor. Caso apresente problema de umidade ascendente, deve-se primeiro impermeabilizar com Selamix. Corrigir falhas. 41 PREPARO DO PRODUTO Calcular a quantidade de produto necessária, utilizando o consumo indicado no item rendimento. Adicionar o componente 8 (pó) ao componente A (líquido), na proporção de 1:1, misturando de preferência com agitador mecânico durante 5 minutos para obter uma massa pastosa sem grumos. Deve ser aplicado no máximo em 60 minutos. Preparar a massa em betoneira colocando primeiramente a água (90% do total necessário). - Adicionar o Aditivo R-321 junto com a água. Em seguida colocar o cimento e após colocar a areia deixando bater por 5 minutos adicionando água até obter o ponto desejado. Em caso de uso de areias muito finas aumentar a proporção de cimento podendo chegar a 1:2 (cimento x areia). Não exceder a dosagem do aditivo conforme indicado na tabela. Não adicionar outro tipo de aditivo. APLICAÇÃO DO PRODUTO A aplicação
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