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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE ITUVERAVA FACULDADE DR. FRANCISCO MAEDA Augusto Roberto Da Silva RETICULO PERICARDITE TRAUMÁTICA EM BOVINO - RELATO DE CASO ITUVERAVA 2021 AUGUSTO ROBERTO DA SILVA RETICULO PERICARDITE TRAUMÉTICA EM BOVINO - RELATO DE CASO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Fundação Educacional de Ituverava, Faculdade Dr. Francisco Maeda para obtenção do título de bacharel em Medicina Veterinária. Orientador (a): Prof. Dr. Romeu Moreira dos Santos ITUVERAVA 2021 AUGUSTO ROBERTO DA SILVA RELATO DE CASO: RETICULO PERICARDITE TRAUMÁTICA EM BOVINOS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Fundação Educacional de Ituverava, Faculdade Dr. Francisco Maeda para obtenção do título de bacharel em Medicina Veterinária. Orientador (a): Prof. Dr. Romeu Moreira dos Santos Ituverava, 16 de novembro de 2021. BANCA EXAMINADORA Orientador: _______________________________________________________________ Prof. Dr. Romeu Moreira dos Santos Examinador: _______________________________________________________________ Prof. Dr. Cleber Jacob Silva de Paula Examinador: ______________________________________________________________ Prof. Dr. Leomam Almeida Couto AGRADECIMENTOS Agradeço aos meus pais, José Roberto e Alice, por todo apoio e por acreditarem no meu sonho, e estarem sempre ao meu lado por toda trajetória. A minha irmã Camila por todo carinho e apoio e ao meu cunhado Anthero, que é um exemplo, visto que é veterinário e contribui para a escolha desta profissão. Minha linda e amada sobrinha Aurora e aos meus tios e tias. Vozinha querida, Maria Senhorita, obrigada por todo amor. Aos meus colegas de sala e estágio, e aos meus amigos de longa data, vocês foram cruciais para tornar minha vida mais leve. A Todos os meus professores, desde os ensinos fundamental e médio, não poderia deixar de agradecê-los por toda base, que foi fundamental para meu caminho. Em especial, quero deixar meu carinho aos professores do IF, vocês são incríveis. Meus professores da Fafram que dividiram tempo e conhecimento, me auxiliando nesta jornada tão significativa. Ao pai maior Deus, e a mãe Aparecida por me proporcionarem toda a estrutura física e mental e por me abençoarem sempre. E por fim, ao meu orientador, por toda paciência e carinho, sou grato por ter tido alguém tão sensacional para me dar diretrizes neste momento singular de minha vida, obrigada professor Romeu. RESUMO A reticulo pericardite traumática (RPT), é uma patologia secundaria a um trauma recorrente, muito comum na clínica de bovinos, por serem animais pouco seletivos no momento da alimentação. É causada pela ingestão de corpos estranhos, geralmente com formato pontiagudo lanceolado, o qual após a deglutição adentra a cavidade ruminal e devido a sua motilidade, este corpo estranho se aloja em outra cavidade pré-estomacal do bovino, conhecida como reticulo. A posição anatômica desta cavidade, é próximo ao diafragma e pericárdio, o que possibilita a perfuração da parede do reticulo, podendo perfurar o pericárdio, causando complicações que podem levar o paciente a morte. É importante estabelecer padrões necroscópicos para melhor identificação da causa mortis em bovinos que apresentam RPT, uma vez que nem sempre o corpo estranho é visível, o que pode gerar dúvidas sobre a causa da enfermidade. Portanto, este trabalho teve como objetivo relatar os achados necroscópicos em um bovino, apresentando inflamação do pericárdio associado a trauma por corpo estranho advindo do retículo. Palavra-chave: Bovinocultura. Corpo estranho. Necropsia. Retículo. SUMMARY Traumatic pericarditis reticulum (TPR) is a secondary pathology to a recurrent trauma, very common in the clinic of cattle, given the fact that these animals are not very selective at the time of feeding. It is caused by the ingestion of one or more foreign bodies, usually with a pointed lanceolate shape which after swallowing enters the rumen cavity, and due to factors such as: rumen motility, size and weight, this foreign body lodges in another pre-stomach cavity of the bovine, known as reticulum which, in turn, due to its anatomical position is close to the pericardium. After lodging in this cavity, this foreign body can perforate the wall of the reticulum, reaching the pericardium, and can perforate it, thus causing further complications, even leading to death. It is important to establish necroscopic patterns for better identification of the cause of death in cattle that have TPR, since the foreign body is not always visible and the disease is often confused with other diseases. Based on this, this work aims to report the necroscopic findings in a bovine presenting pericardium inflammation associated with accentuated agglomeration of fibrinous exudate in the pericardium region, being associated with trauma by a foreign body. Keyword: Cattle. Strange body. Necropsy. Reticle. LISTA DE FIGURAS Figura 1: Cadáver em bom estado nutricional. ............................................................. 18 Figura 2: Presença de sangue em região nasal. ............................................................. 18 Figura 3: Região traqueobrônquica .............................................................................. 18 Figura 4: Pré-estômagos. ............................................................................................. 19 Figura 5: Baço com aspecto gelatinoso indicativo de autólise. ...................................... 20 Figura 6: Fígado e vesícula biliar ............................................................................... 21 Figura 7: Intestinos ..................................................................................................... 21 Figura 8: Rim ............................................................................................................. 22 Figura 9: Pulmões ....................................................................................................... 23 Figura 10: Coração e pericárdio................................................................................... 23 Figura 11: Cavidade Peritoneal e Abdominal ............................................................... 24 Figura 12: Ossos e articulações. .................................................................................. 24 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 9 2. REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................. 10 2.1 ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO DE BOVINOS.......................................... 10 2.2 RETICULO.................................................................................................................... 11 2.3 DOENÇAS QUE ACOMETEM O RETICULO ............................................................. 11 2.4 RETICULO PERICARDITE TRAUMÁTICA ............................................................. 12 2.5 ETIOLOGIA .................................................................................................................. 13 2.6 SINAIS CLÍNICOS ....................................................................................................... 13 3. DIAGNOSTICO ......................................................................................................... 15 3.1 ACHADOS DE NECROPSIA........................................................................................ 15 3.2 TRATAMENTOE PROGNÓSTICO ............................................................................. 16 4. RELATO DE CASO .................................................................................................. 17 4.1 ACHADOS ANATOMOPATOLÓGICOS ..................................................................... 17 5. DISCUSSÃO ............................................................................................................... 25 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 27 REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 28 9 1. INTRODUÇÃO O Brasil atualmente conta com um vasto rebanho bovino, composto por 214,7 milhões de cabeças. Fato que torna o país responsável pela maior produção de carne exportada do mundo, reconhecido a nível nacional e internacional (EMBRAPA, 2021). Devido aos avanços tecnológicos na pecuária o país conseguiu exportar seus produtos em grande quantidade. Fatores como a melhoria da nutrição, sanidade e genética dos animais, contribuíram para tal fato. Além disso, com o surgimento de novas formas de produção na pecuária a criação intensificada, os animais confinados, começaram a receber dietas formuladas e totalmente disponibilizadas em comedouros. (VACCINAR, 2021). Embora possa ajudar no aumento da produtividade dos animais, as dietas confinadas fortalecem a ingestão de alimentos que podem ser prejudiciais, visto que os animais se tornam vulneráveis a baixa seletividade alimentar, podendo ingerir componentes que não fazem parte da sua dieta habitual, o que pode levar a complicações e causar a morte dos bovinos. (EMBRAPA, 2021). Dentre as enfermidades relacionadas aos hábitos alimentares dos bovinos cita-se a reticulo pericardite traumática (RPT). (VACCINAR, 2021) A Reticulo pericardite traumática, é uma patologia associada a baixa seletividade alimentar dos bovinos. Está relacionada principalmente com a ingestão de corpos estanhos, com formato pontiagudo que possam causar uma lesão perfurocortante. Estes, ao serem deglutidos, passam pelo esôfago chegando ao rúmen e se alojam em um compartimento chamado retículo, o qual tem posição anatômica próxima ao diafragma e pericárdio e consequentemente do coração. Quando o material estranho se aloja na parte ventral do reticulo, por movimentos reticulares e pelo simples ato de caminhar do animal, esse objeto acaba perfurando a parede do reticulo e diafragma, podendo chegar a perfurar o pericárdio, e em casos severos pode acabar perfurando o musculo cardíaco, dando origem ao estado mais grave da enfermidade (MARQUES ET AL., 1990). Embora seja uma doença comum na bovinocultura, existe uma dificuldade em esclarecer o diagnóstico necroscópico muitas vezes confundido apenas como pneumonia lobar e piotórax, pois geralmente o corpo estranho não é facilmente encontrado dando diagnósticos apenas presuntivos. Portanto, este trabalho apresenta como objetivo relatar detalhadamente necropsia de um bovino acometido pela RPT com o intuito de evidenciar os achados anatomopatológicos da doença. 10 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1 ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO DE BOVINOS. O sistema digestório dos mamíferos se inicia na boca, onde ocorrem a trituração do alimento que facilita na deglutição deste. A secreção de saliva auxilia na umidificação, e em alguns casos a amilase salivar auxilia no início da digestão química de alguns alimentos. Na boca encontra-se estruturas sendo essas: língua, lábios, dentes, cavidade oral propriamente dita além de estruturas acessórias que tem como intuito ajudar na deglutição e secreção de saliva. (KONIG, LIEBICH. ET AL., 2004). A língua é uma estrutura importante na apreensão, transporte e deglutição dos alimentos, ela auxilia na liberação de saliva. Além de conter a estrutura chamada tônus lingual que atua aumentando a força preênsil para a obtenção do alimento e auxiliando na deglutição do bolo alimentar. Além das papilas que podem ser diferenciadas em; filiformes, fungiformes, foliadas e valadas, tendo funções sensoriais e gustativas ajudando na seletividade mesmo que baixa dos alimentos. (DYCE. ET AL., 2004) O esôfago é um órgão tubular de formato cilíndrico, composto por camadas musculares, promove a ligação da cavidade oral propriamente dita ao rumem, tem a função de transportar alimentos sólidos, líquidos. Embora sua ação no processo de ruminação seja crucial, o esôfago não realiza absorção e nem liberação de enzimas digestivas, sendo utilizado única e exclusivamente para transporte. (MACHADO ET AL., 2016; FUBINI ; DUCHARME, 2017). Os ruminantes, são animas que possuem não apenas um estômago visto que são animais pluricavitários, são elas o rumem, retículo, omaso e abomaso cada uma destas cavidades tem sua função estabelecida no que tange a digestão dos alimentos. Algumas cavidades têm funções fermentativas, outras tem funções mecânicas, com intuito de diminuição de partículas e a última cavidade ou também chamado estômago verdadeiro, compreendido por abomaso tem função de digestão química. (BERCHIELLI, ET AL., 2006). O rumem é subdividido em sacos sendo estes um dorsal e um ventral, separados por pregas musculares, sua localização anatômica é lateralizada para a esquerda do abdômen se estendendo ventralmente para a direita (BERCHIELLI, ET AL., 2006). O reticulo é uma estrutura que compõe o trato gastrointestinal de formato circular esférico localizado imediatamente ventral à junção gastresofágica e acima processo xifoide esterno, se liga ao rumem por uma prega chamada prega rumino-reticular que ao se contrair, da ligação ao rumem fazendo com que esses dois órgãos trabalhem juntamente apesar de diferenças anatômicas visíveis. (KONIG, H. E.; LIEBICH, H. G. ET AL 2004). 11 O omaso tem sua localização voltada à direita da câmara rumino reticular, tem formato anatômico de uma esfera achatada, se comunica diretamente com o reticulo e com o abomaso através de duas estruturas conhecidas como óstio reticulomasal pelo outro lado pelo óstio omasoabomasal, esse compartimento tem importante função para os ruminantes pois é onde ocorre grande parte da absorção da água ingerida. O abomaso é a última cavidade desses quatro compartimentos e tem sua função equivalente ao estômago dos animais não ruminantes. (KONIG, LIEBICH. ET AL., 2004). Em animais jovens, ou seja, ainda ruminantes não funcionais, este compartimento ocupa o maior espaço dentro da cavidade abdominal, em animais já adultos ruminantes propriamente ditos ele se encontra entre a primeira e a segunda vertebra lombar com sua maior parte se estendendo a esquerda da linha média, faz uma curva com formato de L, com sua parte pilórica delgada ele se desloca transversalmente subindo em direção ao costado direito desembocando no duodeno. (DIRKSEN, 1993). 2.2 RETICULO O reticulo é uma das cavidades que compõem um dos compartimentos responsáveis pela digestão dos ruminantes, este compartimento encontra se diretamente ligado ao rumem o qual tem grande capacidade de armazenagem de alimento. O reticulo se encontra diretamente ligado ao compartimento ruminal e alguns Arquivo Pessoales o descrevem com um compartimento conjunto, ou seja, rumino-reticular. O reticulo tem seu formato esférico e achatado de tamanho bastante inferior ao do rumem, tem sua posição cranial ao mesmo e se encontra caldalmente ao diafragma, e ventralmente direcionado a junção gastresofágica logo acima da estrutura xifoide. (DYCE, ET AL., 2004). O epitélio que compõem a parede do reticulo é estratificado que se assemelha muito a mucosa do rumem apresentando se em formato bem caracterizado de favos compostos por cristas e músculos responsáveis pelo efeito de regurgitação para que se torne possível aruminação. (KONIG, LIEBICH. ET AL., 2004) 2.3 DOENÇAS QUE ACOMETEM O RETICULO Há uma enorme diversidade de patologias que podem acometer o reticulo, dentre elas estão a reticulo pericardite traumática, reticulites, afecções rumino-reticulares, indigestão vagal, abcesso reticular. A síndrome de HOFLUND ou Indigestão vagal se caracteriza por uma lesão no nervo vago, a qual pode ser total ou parcial podendo atingir qualquer área dessa inervação (SANTOS.et al., 2010). 12 A indigestão vagal ou síndrome de Hoflund é caracterizada por um comprometimento (lesão, compressão ou inflamação) total ou parcial do nervo vago ao longo do seu curso (SANTOS.et al., 2010). Na região do mediastino o nervo vago se bifurca na altura do pericárdio se transformando em ramo dorsal e ramo ventral, estes por sua vez de fundem novamente no intuído de formar os troncos vagais dorsal e ventral, se estendendo pelo abdome, uma parte desse tronco é responsável por inervar partes craniais e mediais do reticulo, omaso e abomaso, já a outra parte é responsável por inervar o rumem e outros segmentos do estomago (DYCE, 2010). A reticulo pericardite traumática ocorre quando o bovino realiza a ingestão de algum objeto pontiagudo, perfuro cortante e este por sua vez se aloja no reticulo, que por sua localização anatômica tende a reter materiais de densidade maior. Este corpo estranho tende a perfurar a parede do reticulo podendo achegar ao pericárdio causando complicações maiores podendo culminar ao óbito do animal em questão (RADOSTITS, ET AL., 2002). 2.4 RETICULO PERICARDITE TRAUMÁTICA A reticulo peritonite traumática (RPT) é causada consequentemente após a ingestão de algum objeto de formato lanceolar e ou pontiagudo, causando a perfuração da parede do reticulo, e muitas das vezes perfurando o diafragma e pericárdio devido proximidade anatômica entre eles. A doença pode evoluir para outros distúrbios patológicos como pericardites, tamponamento cardíaco, pneumonia, pleurisia mediastinite, abcesso hepático, esplênico ou diafragmático, contudo tornando o diagnostico difícil e o prognostico muito reservado (RADOSTITS, ET AL., 2002). A anatomia dos bovinos possui algumas particularidades, dentre elas são destacadas: amplas cristas palatinas e língua e mucosa oral com papilas voltadas para sentido caudal, o que dificulta a ejeção do corpo estranho para fora da boca. O fato de não conseguir expelir a partícula, faz com que este seja encaminhado para o esôfago até que seja totalmente deglutido. As funções anátomo-fisiológicas das cavidades pré-estomacais auxiliam na penetração do corpo estranho, como na mucosa do reticulo que são compostas por estruturas laminares, facilitando a penetração além da cavidade reticular a qual se encontra inserida ventralmente na saída do esôfago facilitando a queda de corpos estranhos no reticulo (FEITOSA et al.,2014). Os bovinos adultos têm maior predisposição a essa enfermidade, pelos simples fatos de serem animais que tem baixa seletividade durante o ato alimentar. Bovinos estabulados ou em regime de confinamento aparecem como a maior porcentagem de animais acometidos com a patologia por serem alimentados com ração. Os corpos estranhos geralmente são partes de maquinários agrícolas como parafusos ou pregos, em alguns casos são frequentes em 13 necropsias pedaços de arames e alguns objetos variados no retículo/rúmen que levam ao desenvolvimento dessa enfermidade (RADOSTITS et al., 2002). O diagnóstico da reticulo pericardite é de certa forma laborioso, por não haver meios de uma inspeção segura e direta do reticulo, devido a sua posição anatômica. Por se encontrar devidamente inserido sob o gradil costal, são poucas alterações visíveis macroscopicamente durante os exames clínicos, alterações comuns com assimetria do contorno abdominal e torácico não são observadas (FEITOSA, ET AL.,2014). É importante realizar uma análise completa durante a observação de mudanças na posição quadrupedal e movimentação do animal, o qual assume posições que evidenciam dor e ou desconforto abdominal, algumas posições atípicas são comumente observadas e podem auxiliar no diagnóstico clínico da patologia, como movimentos de andar vagaroso e tentativas de descompressão da região afetada como manter os membros anteriores mais altos que os posteriores (FEITOSA, ET AL 2014). Alguns testes foram desenvolvidos afins de auxiliar o médico veterinário no diagnóstico da patologia. Segundo Feitosa et al. (2014) o teste de palpação profunda é realizado com a mão fechada e incidindo certa pressão sobre a região xifoide afim de observar alterações que identifique a presença de dor ao realizá-lo. Outros fatores a serem levados em consideração no momento de investigação da suspeita clínica são os sinais clínicos patognomonicos da enfermidade, apatia, anorexia, ingurgitamento de pulso e das jugulares além do abafado som das bulhas cardíacas (MARQUES ET AL., 1990). 2.5 ETIOLOGIA Bovinos tem uma baixa seletividade, quando se fala de ingestão de alimentos, ou seja, eles podem ingerir partículas que nãos seriam adequadas e que podem causar injurias em seu trato gastrointestinal. O que causa essa patologia possivelmente são corpos estranhos geralmente oriundos de partes de maquinários agrícolas como parafusos ou pregos, em alguns casos são frequentes em necropsias pedaços de arames e alguns objetos variados no retículo/rúmen que levam ao desenvolvimento dessa enfermidade (RADOSTITS et al., 2002) 2.6 SINAIS CLÍNICOS Vários são os sinais dessa patologia, porém alguns deles são essenciais para se ter um diagnóstico preciso, o que pode melhorar e antecipar a conduta do médico veterinário aumentando as chances de sucesso no prognostico do animal acometido. Outras patologias 14 possuem sinais clínicos semelhantes o que dificulta a conclusão do diagnóstico. Os sintomas mais comuns são: febre, queda brusca na produção, anorexia, depressão e dificuldades respiratórias (REEF ; MCGUIRK, 2002). Há sinais mais específicos que são atrelados a patologia, dentre eles o ingurgitamento de veias jugulares, as quais ficam com aspecto duro, edema em região de peito, e abdômen. Na auscultação podemos dividir em duas fases. Primeira, quando não houve o derrame pode se ouvir um som bem característico, segunda fase quando ocorre o derrame os sons tendem a ficar mais abafados e menos audíveis, podendo haver o som de borbulhas (RADOSTITS, ET AL., 2002). 15 3. DIAGNOSTICO O avanço tecnológico, propiciou á medicina veterinária uma gama de exames para se diagnosticar uma reticulo pericardite traumática. Dentre eles, provas práticas com o animal até exames laboratoriais podem auxiliar a um diagnóstico mais preciso da patologia. A análise do teor de cloretos no suco ruminal é uma importante ferramenta diagnóstica para a constatação do refluxo abomasal. O valor elevado do cloreto no suco ruminal (>30 mEq/L) sugere indigestão secundária causada por refluxo abomasal ou obstrução do fluxo intestinal (GARRY, 2006). Os principais diagnósticos diferenciais incluem reticulo peritonite traumática crônica, compactação abomasal por causas dietéticas e compactação omasal. A estenose funcional pilórica apresenta um mau prognóstico, pois, na maioria dos casos, tem-se dificuldade em identificar a localização da lesão (RADOSTITS, ET AL., 2002). Os achados necroscópicos sugerem que a extensa aderência encontrada em todos os órgãos na parede abdominal e, principalmente, a aderência reticular podem ter gerado uma lesão no nervo vago, predizendo o diagnóstico de síndrome de Hoflund. Esses achados, associados à dilatação dos pré-estômagos e abomaso com conteúdo liquefeito juntamente com os achados clínicos e laboratoriais, confirmaram o diagnóstico de Síndrome de Hoflund (Estenose Funcional Posterior) levando ao quadro de estenose funcional pilórica(BRAUN; STEINER; KAEGI, 1990). O exame ecocardiográfico pode ser uma alternativa para diagnóstico em casos de reticulo pericardite (BRAUN, 2009). 3.1 ACHADOS DE NECROPSIA Oliveira et al. (2013) ao estudarem casos de reticulo pericardite em abatedouros observaram que 74% dos animais apresentavam perfuração do saco pericárdico e aderências reticulares, porém em somente 34% foi possível a visualização dos corpos estranhos. Fica claro que a alimentação está atrelada aos objetos encontrados no corpo dos bovinos, sendo estes na maioria dos casos os precedentes para a enfermidade. Ao encontrar objetos pontiagudos no trato gastrointestinal de animais, particularmente dos bovinos a preocupação é que estes podem se alojar dentro do retículo, causando perfurações da mucosa, podendo chegar ao pericárdio e assim levando o animal a desenvolver uma pericardite traumática. Na melhor das hipóteses o objeto pode desintegrar-se ou mesmo progredir até ser eliminado do trato intestinal (Barker et al. 1993). 16 3.2 TRATAMENTO E PROGNÓSTICO O diagnostico se faz necessário, porém é difícil identificar primariamente para iniciar o tratamento, A exploração da cavidade abdominal através da laparotomia exploratória também é indicada como diagnóstico (FILHO, 2011). O tratamento consiste em manipulação de antibiótico e remoção do objeto através de cirurgias, ambos os tratamentos aumentam a sobrevivência do animal, contudo em caso de mais graves a função do coração fica comprometida devido à extensa insuficiência cardíaca que os animais acometidos podem desenvolver. (RADOTITS et al., 2002). Uma maneira de prevenir a RPT, principalmente, quando se trata de animais com alto valor zootécnico, é através da administração oral de imãs profiláticos. Esses imãs atraem principalmente prego e arame e outros objetos de composição ferrosa e como ficam presos ao imã, evita a perfuração dos órgãos (CARNEIRO et al., 2017). A recuperação do animal acometido está ligada ao tempo de penetração do objeto e remoção do mesmo, e ao acometimento ou não de outros órgãos vitais (RADOTITS et al., 2002) 17 4. RELATO DE CASO Para a realização deste relato, foi analisado o prontuário clínico/patológico de um bovino oriundo da cidade de Pitangueiras-SP, da raça nelore, fêmea, com idade média de 5 anos e peso aproximado de 600 kg. O animal apresentou quadro clínico de pneumonia, secreção nasal, febre e prostração seguida de morte súbita, e imediatamente foi encaminhado para o setor de patologia do hospital veterinário da Faculdade Doutor Francisco Maeda localizada na cidade de Ituverava, interior de São Paulo, para exame necroscópico no mesmo dia. Segundo os dados do prontuário, 5 dias antes do óbito a vaca amanheceu debilitada com sinais de dor ao se levantar. Dois dias depois em que o animal apresentou sinais de dor, deu-se início a um quadro de pneumonia, com secreção nasal, febre e prostração. No dia anterior ao óbito o animal apresentava acentuada anorexia, desidratação, fezes secas e enegrecidas com piora do quadro e óbito posteriormente. Baseados nos comentários do responsável, o animal permanecia em semiconfinamento aberto com manejo de pasto. Tinha contato com outros bovinos, e constatou-se que a pouco tempo um touro da mesma raça apresentou sinais clínicos semelhantes, indo a óbito, mesmo iniciando o tratamento contra alguma infecção e verminose. Outras informações relevantes também foram relatadas como a vacinação do animal para carbúnculo sintomático, gangrena gasosa dos bovinos, edema maligno, enterotoxemia, tétano, botulismo e aftosa. A vermifugação foi realizada há 3 meses com doramectina. Mesmo apresentando os sinais clínicos o animal não foi tratado para infecções com antibiótico ou outras medicações. Ao chegar no laboratório de patologia veterinária o animal ficou em decúbito lateral esquerdo o que influenciou em alterações cadavéricas como acentuado timpanismo de origem cadavérica. 4.1 ACHADOS ANATOMOPATOLÓGICOS Ao iniciar a necrópsia, avaliamos o cadáver externamente, a fim de evidenciar quaisquer alterações dignas de notas. O cadáver se encontrava em bom estado nutricional, como mostra a figura 1, mas foi evidenciado escore corporal, que baseados em uma escala de 1 a 5, o tamanho deste era 3,5. Nesta inspeção, foi constatado a presença de carrapatos Rhipicephalus (Boophilus) microplus. 18 Fonte: Arquivo Pessoal, 2020. Na inspeção realizada nas mucosas, nasais, oculares, orais e pubianos, foi constatado que as mucosas nasais e orais, estavam parcialmente congestionadas, com presença de sangue, como demonstra a figura 2. Na traqueia havia e acentuada hiperemia e edema em região traqueobrônquica com fluído mucopurulento. Em toda região da traqueia a mucosa apresentava coloração esverdeada (pseudomelanose). (figura 3). Figura 2: Presença de sangue em região nasal. Fonte: Arquivo Pessoal, 2020. Figura 3: Região traqueobrônquica apresentava-se hiperemica e com conteúdo esverdeado. Fonte: Arquivo Pessoal, 2020. Feito as inspeções externas, foi realizada necrópsia para análise minuciosa dos órgãos, para tal foi realizado corte mentopubiano, ao qual utilizou-se faca magarefe. A primeira parte a ser analisada, é a cavidade abdominal, evidenciando os primeiros órgãos, o corte é necessário para adentrar a cavidade abdominal. Figura 1: Cadáver em bom estado nutricional. 19 Ao abrir a cavidade abdominal, o rúmen foi o primeiro órgão avistado, este apresentava intenso acúmulo gás (meteorismo cadavérico) (seta vermelha), com presença excessiva de conteúdo alimentar volumoso. A serosa se apresentava pálida e com vasos ingurgitados, parede normal e mucosa com maceração post mortem. (figura 4). Na sequência foi analisado o reticulo, onde foi realizada toda inspeção interna e externa, ou seja, de conteúdo, papilas e mucosas, nesta porção encontrou-se a perfuração feira por um objeto metálico onde foi causado perfuração do pericárdio, o que desencadeou a insuficiência cardíaca atrelada a pneumonia essas alterações culminaram na reticuloperdicadite. Reticulo apresentava em sua mucosa acentuada maceração post mortem, presença de conteúdo similar ao rúmen, contudo foi encontrado corpos estranhos semelhantes a lascas e pregos de origem metálica. Na transição com o omaso foi visualizada presença de lesão ulcerativa. A serosa se encontrava aderida ao diafragma com deposição de fibrina (seta amarela). No omaso foi observado mucosa hiperêmica com discreta ulceração focal. No abomaso foram encontrados uma grande quantidade corpos estranhos de origem rochosa (pedras) e conteúdo líquido amarronzado (seta verde). Figura 4: Pré-estômagos. Fonte: Arquivo Pessoal, 2020. 20 Na inspeção de mucosas, externas e internas, averiguou-se que o baço apresentava aspecto gelatinoso (autólise) e discretamente aumentado a coloração vermelho escuro na superfície de corte, com superfície lisa, com bordas normais. (figura 5). No fígado observou-se acentuada hepatomegalia com padrão lobular alterado, presença de rugosidades e coloração esverdeada na região capsular. Em região diafragmática foi visualizado intensa presença de conteúdo fibrinótico aderido parcialmente ao diafragma, retículo e rúmen. Na superfície de corte foi evidenciado vasos congestos e coloração amarelada difusa. Vesícula biliar (seta vermelha): apresentava-se repleta, com mucosa espessa e sem a presença de colélitos. (figura 6). Fonte: Arquivo Pessoal, 2020. Figura 5: Baço com aspecto gelatinoso indicativo de autólise. 21 Figura 6: Fígado, apresentava hepatomegalia, Aspecto fiável e coloração amarelada durante o corte, vesícula biliar apresentava-se repleta de conteúdo como indica a seta vermelha. Fonte: Arquivo Pessoal, 2020. No intestino delgado(duodeno, jejuno e íleo) foi observado na serosa, discreta coloração avermelhada com vasos ingurgitados (seta vermelha) e parede espessada. A mucosa apresentava-se de forma hiperêmica, com conteúdo líquido amarelado (seta amarela) e odor relativamente forte. Demais áreas intestinais apresentavam colorações pálidas e com acúmulo de gás. (figura 7). Figura 7: Intestinos, com presença de ingurgitamento de vasos e coloração avermelhada indicativo de hiperemia como indica a seta vermelha. A mucosa do intestino apresentava-se hiperemica e com conteúdo amarelado como indica a seta amarela. Fonte: Arquivo Pessoal, 2020. 22 Ainda na cavidade abdominal, foi feita inspeção externa e interna nos rins, onde evidenciou-se moderada autólise no direito. Na superfície capsular pode-se visualizar coloração marrom pálido. Além disso, na superfície de corte foi demonstrado discreta pielonefrite com secreção mucopurulenta (seta vermelha). No rim esquerdo foi demonstrado acentuada hiperemia indicativa de processo inflamatório. (figura 8). Figura 8: Rim esquerdo apresentando hiperemia figura B e Rim direito apresentando pielonefrite (seta vermelha) figura B Fonte: Arquivo Pessoal, 2020. de fibrina aderida a pleura parietal. Linfonodos mediastinais aumentados. Foi feita secção do diafragma, para análise da pressão, os pulmões demonstraram intensa presença de exsudato fibrinopurulento. Lobos pulmonares em processo de hepatização cinzenta com diminuição da crepitação (aspecto de borracha). Intenso edema pulmonar com líquido mucopurulento. A pleura apresentou aderência e acúmulo de fibrina, quadro típico de pleuropneumonia. Aspecto de emborrachado durante os cortes transversais. (figura 9) A B 23 Figura 9: Pulmões com acentuada pneumonia lobar, grande acúmulo de fibrina observada em ambas as imagens. Fonte: Arquivo Pessoal, 2020. Em análise do saco pericárdico e dos átrios e ventrículos, pode-se observar na região pericárdica intenso acúmulo de fibrina com a presença de aderências em região diafragmática e pulmonar mediastinal. Em região apical foi visualizado lesão perfurocortante de aproximadamente 2cm, na abertura do pericárdio foi demonstrado acentuado acúmulo de líquido sanguinolento (hemopericárdio). O coração apresentava discreta autólise com áreas focais de miocardite. (figura 10). Figura 10: Coração e pericárdio. Fonte: Arquivo Pessoal, 2020. 24 Fonte: Arquivo Pessoal, 2020. Fonte: Arquivo Pessoal, 2020. Na figura 12, pode-se evidenciar alterações no líquido sinovial (seta amarela) com aumento da viscosidade e coloração amarelada, o corte nas articulações, desarticula os mesmos, o que facilita a inspeção e avaliação do líquido sinovial, neste caso devido ao fato de se encontrar mais espesso e amarelada, conclui-se que pode haver septicemia. (figura 12). Abertura na caixa craniana com para a avaliação, evidenciou autólise, porém não foi encontrado morte programada da célula. Figura 12: Ossos e articulações. Fonte: Arquivo Pessoal, 2020. Baseado nos achados macroscópicos, o animal apresentou um possível quadro de insuficiência respiratória associada a choque séptico, sendo esta alteração considerada como Figura 11: Cavidade Peritoneal e Abdominal 25 causa mortis, já que ele desenvolveu intenso quadro de pneumonia lobar mucopurulenta com processo fibrinoso, seguido de óbito. A presença de lesões em vísceras da cavidade abdominal sugere quadro de infecção/inflamação de origem infecciosa. Tais alterações podem ser de fato associado à um quadro de retículo pericardite traumática, tanto devido a proliferação de microrganismos patogênicos (pneumonia, hepatite, pericardite) em regiões da cavidade abdominal e torácica, quanto, também resultante da perfuração por objeto estranho perfuro cortante de origem metálica semelhante a um prego, encontrado em região de rúmen-retículo, ocasionando um quadro de septicemia e de insuficiência pulmonar. 5. DI 26 6. SCUSSÃO O relato de caso deste trabalho, mostra que o animal ingeriu objetos que perfuraram a parede do reticulo e pericárdio, porém, outras patologias acometeram o animal em questão levando-o a óbito. Segundo Moreira e Serrano (2011), a hepatomegalia, pode ocorrer em razão da estase venosa, devido à lesão cardíaca ocasionada pelo material perfurante. Smith (2006) ressalta que a inflamação promove o acúmulo de líquido ou exsudato entre os pericárdios visceral e parietal, comprometendo o enchimento diastólico cardíaco, esse fluido comprime o átrio e ventrículo direitos não permitindo um enchimento completo dos mesmos, o que resulta no quadro de insuficiência cardíaca congestiva (RADOSTITS et al., 2007). As mucosas estavam com início de congestão. Linfonodos inalterados, sem coágulos e sem aparente ruptura vascular. Baço com início de autólise. O coração apresentava início de autólise e foi encontrado um objeto perfuro cortante de origem metálica, o que ocasionou acúmulo de líquidos sanguinolento, devido o material perfurante levar consigo bactérias do rúmen que contaminam o fluido pericárdico, achados comuns que caracterizam a RPT (SMITH, 1993; PEEK ; MCGUIRK, 2008). A pericardite consiste em uma inflamação do pericárdio, membrana serosa que envolve o coração, e ela pode ser classificada de três maneiras distintas: efusiva (que se dá pelo acúmulo de líquidos com grandes quantidades de proteínas), fibrinosa (com deposições de fibrina) e constritiva (quando a fibrose impede os batimentos cardíacos) (DENTE et al, 2018 Embora haja sinais clínicos divergentes, a patologia é iniciada devido a ingestão de alimentos com formato pontiagudo, as deficiências nutricionais em bovinos coligadas à baixa seletividade dessa espécie os levam a desenvolver hábitos inadequados no apetite levando-os a consumir corpos estranhos como madeira, pedras, areia, dentre outros (Martins et al. 2004). Tais atos causam a perfuração do reticulo e ocasiona insuficiência respiratória levando o animal a óbito. 27 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS . O caso relatado enfatiza a necessidade de melhoria nos prognósticos, para que se evite perdas de animais associadas a ingestão de objetos perfurantes, que são vinculados a dietas contínuas dos bovinos. Diante disto, o diagnostico só foi preciso após necropsia do animal, o que evidencia a necessidade de exames mais criteriosos em bovinos para evitar que o animal venha a óbito. As patologias no reticulo estão sempre associadas a alimentação dos bovinos, cabe ao produtor se atentar ao tipo de materiais que possam causar perfurações. O cuidado com o cocho pode amenizar a ingestão de objetos pontiagudos, evitando assim o sofrimento ao animal. Portanto, o diagnóstico precoce e bem criterioso atrelado a profilaxias eficazes principalmente ao cuidado com os materiais que estão misturados ao alimento, são cruciais para evitar patologias que podem trazer danos ao bem-estar animal e consequentemente prejuízos aos produtores rurais. 28 REFERÊNCIAS BERCHIELLI, T.T.; PIRES, A.V.; OLIVEIRA, S.G. 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