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RADIOLOGIA Ciência ou estudo da radiação em medicina, que utiliza os raio-x, substância radioativas. É utilizada mais para diagnóstico. * A importância das radiografias odontológicas, permitem a profissional identificar muitas condições que poderiam passar clinicamente despercebidas. O exame clínico tem a visão clínica dos tecidos moles e dentes. A radiografia detecta doenças ou condições que não apresentam sinais clínicos ou sintomas. O raio x “ilumina o histórico do paciente”. Histórico - Foi descoberto 08/11/1895, pelo professor Wilhelm Conrad no instituto de física. Descrição de sua descoberta - Os raios x atravessam corpos opacos a luz. - Provocam fluorescência em certos materiais. - A radiopacidade dos corpos é proporcional à sua densidade, à espessura. - Não são refletidos por campos magnéticos. - Não sofrem polarização. - São invisíveis. - Impressionam filmes fotográficos. - Os raios-x originam-se do ponto de impacto dos raios catódicos no vidro de gás. - Os raios-x propagam-se em linha reta. - Não são refratários nem refletíveis, nem podem ser focalizados por lentes. Vinte dias após a comunicação de Rontgen, houve a primeira radiografia dental. Antigamente os filmes eram feitos manualmente. * Começou com as técnicas intrabucais: - Bissetriz: introduzida por Weston Price - Paralelismo: F. Gordon 1947 - Interproximal: Howard Riley Raper em 1925 A técnica extrabucal mais utilizada é a radiografia panorâmica. Física da Radiação Matéria: qualquer coisa que ocupa lugar e possui massa. Sua unidade fundamental é o ÁTOMO. # Átomo: - porção central: Núcleo - Elétrons: Orbitária Núcleo: composto por partículas de prótons e nêutrons. O número de prótons e nêutrons determina a massa ou peso atômico sendo o número de prótons igual ao número de nêutrons e estes determinam o número atômico. Cada átomo tem um número atômico que vai do 1 até 105. São classificados de crescente de acordo com o seu número atômico na tabela periódica dos elementos. Elétrons: negativo, pouca massa, giram em torno de camadas bem definidas as órbitas. O núcleo tem carga positiva dividida em prótons e nêutrons. Possui várias camadas que são separados por uma força. K L M 2 8 16 A energia para remover um elétron de sua camada deve ser maior que sua energia de ligação. 1 KeV = 1000 KeV Radiação é a emissão de energia. Ionizantes: as radiações que ao atravessar uma substância tem a propriedade de remover elétrons orbitais de átomos constituintes de moléculas. Ionização: Produção de íons, átomo que ganha ou perde elétrons tornando-se eletricamente instável. Pode ser dividido em dois grupos: - Corpusculares - Eletromagnéticas Corpusculares: É formado por partículas diminutas de matéria que possuem massa e se propagam em alta velocidade em linha reta, energia cinética. Os feixes de elétrons em alta velocidade gerados em tubo de raio-x ao se chocarem com o vidro produzem raio-x. Radiação eletromagnético: Energia ondulatória (sem massa) através do espaço ou matéria. Geralmente produzida pelo homem. Ex: raios ultravioleta. Radiação X: Eletromagnetismo (sem massa). Os fótons de raios x integram com a matéria que eles penetram causando ionização. Propriedades dos Raios X - São invisíveis. - Não possui massa. - São eletroneutros. - Propagam como onda, alta frequência. - Caminham em linha reta. - Não podem ser convergidos para um ponto de divergem a partir de um ponto. - Podem penetrar líquidos, sólidos e gases. A composição da matéria determina se os raios x serão absorvidos ou não. - Interagem com a matéria em que penetram causando ionização. - Podem provocar fluorescência em determinada substância ou emissão de radiação de longo comprimento de onda. - São capazes de formar imagens em filmes fotográficos. - Causam modificações biológicas nas células vivas. No nível atômico quatro possibilidades podem acontecer quando um fóton de raio x interage com a matéria: Nenhuma interação: quando produz a imagem radiográfica passando pelo corpo do paciente sem causar interação. Efeito fotoelétrico: o fóton de raio-x colide com um elétron forte ligando a uma camada mais intensa, deixando de existir, sendo totalmente absorvido. Espalhamento Compton: o fóton perde parte de sua energia menor, interage até que sua energia se esgote. Espalhamento coerente: 1 fóton de raio-x interage com um mais externo e nada acontece. Partes componentes do aparelho de raio-x: - Painel de controle - Braço extensor - Cabeçote Tubo de Raio X * O cátodo (+) dispara no ânodo (-), tornando energia eletromagnética (raio-x). * O colimador de chumbo filtra o raio-x para passar. Voltagem: Determina a velocidade dos elétrons que viajam do cátodo para o ânodo. Quando a voltagem é aumentada a velocidade também terá aumento, assim eles atingiram o ponto focal com maior força e energia, tendo com resultado feixe de raio-x mais penetrante com onda de menor comprimento de onda. (65 a 100 KeV). Densidade: Escurecimento generalizado do filme. Maior KV mais escuro, quanto menor mais claro. Distância: Quanto a distância foco-filme aumenta a intensidade menor. Contraste: Diferente que existe entre áreas mais escuras. Menor KV filme bom, com alto contraste, isto é, menos tons de cinza, que é utilizado para detectar cáries. Tempo de exposição: Intervalo de tempo que o raio-x é emitido. Aumentando o KV, pode diminuir o tempo de exposição. # Efeitos biológicos das radiações ionizantes Exposição => Absorção => Efeito biológico Somático Genético Somáticos: Comprometem a saúde da pessoa. Câncer, catarata, leucemia. Genética: A pessoa irradia, não sofre nada, mas seus descendentes sim. Físico: Íons instáveis. Físico-químico: Radicais livre. Biológicos: Radicais reagem entre si, formando efeitos. * Raio x, período latente varia com a dose. => MAIS intensa a dose, MENOR o período latente. # Morfológicas = celulares / funcionais - Dose - Metabolismo - Tamanho área irradiada - Sensibilidade do tecido - Estágio de desenvolvimento das células. Obs: As células mais novas absorvem mais raio x. MAIOR atividade mitótica, MAIOR radiossensibilidade MAIOR fluxo O2, MAIOR radiossensibilidade MAIOR metabolismo celular, MAIOR radiossensibilidade MAIOR vascularização, MAIOR radiossensibilidade # Proteção do Operador - Se auxílio, pedir ao acompanhante. - Permanecer pelo menos 1,80m da cabeça do paciente e um ângulo de 90° a 135° como feixe primário. - Nunca ficar na direção do feixe útil. # Proteção do Paciente - Filmes mais sensíveis. - Processamento correto do filme. - Feixe de radiação. - Técnica radiográfica. - Protetores de chumbo. - Comunicação com o paciente. - Indicação (qual radiografia tirar). # Classificação das células quanto radiossensibilidade em ordem decrescente: - Linfócitos. - Eritroblastos. - Granulócitos. - Mieloblastos. - Células epiteliais. - Células endoteliais FILMES RADIOGRÁFICOS Filme é o receptor de imagem. Estímulo Raio x Objeto Dente Imagem Filme Composição do filme radiográfico Base Camada adesiva Emulsão (gelatina) – composta de cristais de haletos Capa protetora Base do filme: É flexível de poliéster transparente levemente azulada para aumentar a qualidade da imagem. Usada com espessura de 0,2mm de modo a suportar calor, exposição química e umidade. Objetivo: Dar suporte para emulsão e fornecer firmeza. Camada adesiva: É uma fina camada de adesivo que cobre ambos os lados da base. Objetivo: Serve para aderir a emulsão à base. Emulsão: Sensível aos raios x. Camada colocada sobre ambos os lados da camada adesiva. Constituída de: Gelatina e Cristais de haletos. Objetivo: Confere ao filme a sensibilidade à radiação. Gelatina: No processamento a gelatina absorve as soluções químicas e permite uma reação com cristais de prata. Objetivo: Usada para manter e dispersar milhões de cristais de haleto de prata pela base. Cristaisde haletos: Formada na sua maior parte por brometo de prata. Objetivo: Absorver e armazenar a energia da radiação x durante a exposição. Camada protetora: É um recobrimento fino e transparente sobre a emulsão. Objetivo: Proteger a emulsão da manipulação e dos danos mecânicos do processamento. Protege para não haver danificação da imagem. # Formação da imagem latente: Cristais de brometo de prata ----- Rx átomo de prata e brometo separados Imagem latente # Tipos de filmes radiográficos odontológicos Três tipos: - Filme intrabucal - Filme extrabucal - Filme para duplicação 5,7 x 7,6 dentes oclusais 3,7 x 4x1 periapical e interproximal 2,2 x 3,5 periapical e interproximal pediátrico * Lado liso mais próximo ao dente virado para o raio x e com picote “para dentro”. # Identificação do filme - Picote (convexidade para vestibular). - Estrutura anatômicas (superior ou inferior). - Avaliar status como se estivesse de frente para o paciente. * Status periapical de paciente são 14 radiografias divididos em arcada dentária de tal maneira: Região de molares, região de pré-molares, região de caninos, região de incisivo, região de caninos, região de pré-molares, região de molares. Para tirar essas radiografias começas do lado superior direito (SD), superior esquerdo (SE), inferior esquerdo (IE) e inferior direito (ID). # Velocidade do filme intrabucal Determinada por: - Tamanhos de cristais de haleto de prata. - Espessura da emulsão. - Presença de corantes e sensibilizantes. MAIORES cristais, MAIOR velocidade, MENOR imagem qualidade. Revelador sempre do lado direito. Devemos sempre começar pelo lado direito o revelador. Água – Fixador – Água – Revelador # Processamento do filme Tem o objetivo de converter a imagem latente (visível) e preservá-la de modo que se torne permanente e não desapareça da radiografia. # Da imagem latente à imagem visível # Imagem visível A imagem visível é formada por áreas: - Preta radiação passa com facilidade “tecidos moles” - Brancas - Cinzas Cárie tom acizentado # Radiolúcido (tom escuro) e Radiopaco (tons claros) Radiolúcida: É aquela que prontamente permite a passagem do raio x, maior quantidade de radiação chega ao filme consequentemente mais cristais de prata serão expostos. Radiopaca: É aquela que resiste a passagem de raio x restringindo a quantidade de radiação que chega ao filme consequentemente menos cristais de prata serão expostos. * Quando se tem uma imagem radiolúcido, não há tratamento endodôntico. # Tipos de câmara escura Câmara escura: Portátil /Quarto Na câmara escura não se pode manipular celular, pois queima o raio x com a luz. # Soluções empregadas no processo de revelação - Solução reveladora - Água - Solução fixadora Solução Reveladora: Contém quatro ingredientes básicos. Agente redutor Preservativo Acelerador Retardador Agente redutor: Hidroquinona: converte cristais de haleto de prata metálica, vagarosamente gera tons pretos e o contraste da imagem. Elon: converte os cristais de haleto de prata metálica, rapidamente gera tons cinza na imagem. Preservativo: Sulfito de sódio: previne a ação rápida dos agentes redutores. Acelerador: Carbonato de sódio: ativa os agentes redutores, fornecendo ambiente alcalino necessário e amolece a gelatina da emulsão do filme. Retardador: Brometo de potássio: inibe a ação de revelador sobre os cristais de haleto de prata não expostos. Solução Fixadora: Contém quatro ingredientes básicos. Agente fixador Preservativo Agente endurecedor Acidificante Agente fixador: Tiossulfito de sódio ou tiossulfito de amônia (hipo) – remove todos os cristais de haleto de prata não expostos da emulsão. Preservativo: Sulfito de sódio – previne a oxidação do agente fixador. Agente endurecedor: Alúmen de potássio – endurece e contrai a gelatina. Acidificante: Ácido acético, ácido sulfúrico – neutraliza a ação do revelador alcalino. # Métodos de processamento Processamento manual Tempo/Temperatura Método visual ou inspencional Processamento automático Método tempo/temperatura Baseado no tempo de revelação e na temperatura da soluções. Temperatura da substância para saber quanto tempo deixa. MAIS quente em MENOS tempo. Método visual ou inspencional Este método não é utilizado na rotina clínica e sim por técnicos especializados, pois em caso de exposição exagerada ou insuficiente aos raios x este erro pode ser corrigido. # Sequência para o processamento radiográfico tempo/temperatura Agite soluções. Verifique a temperatura (nunca acima de 33 graus que amolece muito e abaixo de 16 graus endurece muito – o ideal é 20 graus). Colocar filme na colgadura. Mergulhar o filme no revelador ( de 1 a 2 min). Enxágue o filme completamente. Fixe adequadamente. Lave completamente. Secar. # Os NÃO do processamento - NÃO permitir a entrada de luz na câmara escura. - NÃO usar lâmpada e filtro de segurança inadequadas. - NÃO usar soluções reveladores e fixadores antigas, contaminadas ou mal misturadas. - NÃO usar solução reveladora muito quente ou muito fria. - NÃO trocar, após manipulação do filme, o seu lugar no suporte, para não criar dificuldades de identificação. - NÃO trocar a superfície do filme com dedos úmidos ou suados. - NÃO levar o invólucro protetor e o filme juntos à revelação. - NÃO inverter a sequência de revelação, foi convencionado o revelador à direita, água ao centro e fixador à esquerda. - NÃO deixar o filme em contato com as paredes do tanque ou mesmo com outro filme, pois impediria ação uniforme do revelador. - NÃO deixar o filme parcialmente imerso no revelador ou no fixador. Exame Radiográfico Periapical *Objetivo: obter uma vista dos ápices dos dentes e das estruturas que o rodeiam. *Indicações: nódulos e calcificações pulpares, fraturas, reabsorções e focos periapicais que atingem o órgão dental, observação do tamanho, numero e forma das raízes e das condutas radiculares, relação das raízes com o seio maxilar. Técnicas Técnica da bissetriz (cone curto) Técnica do paralelismo (cone longo) *Bissetriz: a imagem projetada tem o mesmo comprimento e as mesmas proporções do objeto, desde que o feixe de raio x central seja perpendicular á bissetriz do ângulo formado pelo filme e objeto. -posição da cabeça do paciente: Mx: plano de Camper Md: linha trago comissura-labial -colocação do filme: lado de exposição voltado para o localizador, região a ser radiografada deve ser centralizada, picote deverá ficar dirigido para oclusal mesial, ultrapassando a face oclusal 2 a 3 mm, nos molares e pré-molares o longo eixo do filme deverá ser paralelo ao plano horizontal e perpendicular quando se radiografam os incisivos. Mx: dedo polegar da mão do lado oposto a ser radiografado. Os demais dedos espalmados em posição de continência. Md: dedo indicador da mão do lado oposto a ser radiografado, o dedo polegar apoiado sob o mento e os demais fechados. Ângulos de incidência do feixe de RX - os ângulos são utilizados para que nos ajudem a obter um melhor resultado radiográfico com mínimo de distorção. 1. Horizontais (mesial e distal) 2. Verticais (incisal e cervical) VARIAÇÃO VERTICAL MX MD Molares +20° a 30° -0° a -5° Pré-molares +30° a 40° -5° a -10° Caninos +40° a 45° -10° a -15° Incisivos +45° a 50° -15° a -20° Horizontal-maxila *área de incidência: ápice nasal (Incisivo superior) (+40° a 50°) *área de incidência: asa do nariz (caninos) (+40° a 45°) *área de incidência: centro da pupila (pré-molares) (+30° a 40°) *área de incidência: 1,0 cm atrás da comissura palpebral (molares) (+20° a 30°) Mandíbula –as mesmas referências citadas acima só muda o ângulo (negativo) *Paralelismo: o filme é colocado na boca com posicionadorperiapical, paralelamente ao longo do eixo dental a ser examinado. O cabeçote do raio x deve ser posicionado formando um ângulo reto com dente e o filme. Bissetriz x Paralelismo Vantagens: menos distorção de forma e tamanho, não é necessário posicionar corretamente o paciente, maior simplicidade de execução da técnica, a exposição do paciente aos RX é menor e as radiografias são padronizadas. Desvantagens: maior possibilidade de movimento, porque o tempo de exposição é menor, não deve ser usado em crianças e pacientes de temperamento extremamente nervoso, proporciona desconforto, maior custo operacional.
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