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APOSTILA DE radiologia @odontodn Tópicos 1. Natureza, produção e física da radiação 2. Ampolas e aparelhos radiográficos 3. Técnicas radiográficas intra orais 4. Biossegurança em radiologia 5. Receptores de imagem 6. Radiografia odontológica digital 7. Anatomia radiográfica 7.1 Anatomia da maxila em periapicais 7.2 Anatomia da mandíbula em periapicais 7.3 Anatomia em oclusais 8. Métodos radiográficos de localização 9. Efeitos biológicos da radiação 10. Radiografias panorâmicas 1. Natureza, produção e física da radiação - A radiografia é uma representação bidimensional de estruturas tridimensionais. - Uma boa anamnese e exame físico pode dispensar a radiografia, que é um exame complementar. Origem dos elementos radioativos: - Elementos radioativos emitem radiações ionizantes -Elemento radioativo: tem massa, consegue se isolar e gera uma radiação ionizante (energia) - Isótopo (derivados dos elementos químicos) - Radiação ionizante: energia (fenômeno físico), onda eletromagnética. Porém, nem toda radiação tem massa (não é elemento radioativo). - Radiação: transmissão de energia através do espaço, da matéria e do vácuo. DOSE EFETIVA - O exame radiográfico deve ser um exame de rotina na odontologia. Nem todos os pacientes necessitam de radiografia. - Deve ser analisado as necessidades individuais na anamnese e exame físico Doses de radiação - Fundo natural: 3,1 mSv - As estrelas produzem os isótopos radioativos, que geram a radiação de fundo natural (iodo, césio, potássio 40)- radiação cósmica - Ex: Areias monazíticas de Guarapari - Viagens de avião: quanto maior a altitude, maior a exposição para radiação - Raízes de legumes, banana, castanha do pará - Fontes artificiais: - Aparelhos raio X, reatores nucleares e bens de consumo - Diagnóstico: 3,0 mSv. - A odontologia ocupa 0,2% da exposição radiográfica - Por mais que a odontologia corresponda apenas a 0,2% da dose de radiação, o dentista deve se precaver para expor o paciente aos menores níveis de radiação, pois é somada ao paciente todas as outras doses, como exames médicos. - Bens de consumo: 0,1 mSv - Cigarro, televisores HISTÓRIA: - Os raios X foram descobertos pelo físico Roentgen em 1895 por meio da aceleração de elétrons - Roentgen estabeleceu uma ddp entre os elétrons, fazendo com que os elétrons caminhassem de um pólo ao outro. Com a ddp, descobriu a sensibilização de placas fotográficas. DIVISÕES: - Radiodiagnóstico: pesquisa de alterações - Radioterapia: busca de alterações neoplásicas - Radiologia artística: exame de autenticidades de obras de arte pinturas - Radiologia espectroscópica: identificação de elementos químicos em algumas peças como pneus em empresas automobilísticas - Radiologia fotoquímica: análise da radiação em substâncias fotoquímicas - Radiologia industrial: esterilização de alimentos ou controle de peças - Símbolo trifólio: alerta radiação, presente em clínicas que realizam radioterapia ou radiodiagnóstico. - Radiação: transmissão de energia através do espaço, da matéria (tecidos do corpo) e do vácuo (ampola). - Toda dose gera uma radiação, pois pelo menos um átomo será ionizado. Gera alterações cromossômicas. CONCEITOS BÁSICOS: - Matéria: ocupa lugar no espaço e tem massa e é formada por átomos. - Toda dose gera uma radiação, pois pelo menos um átomo será ionizado. Gera também alterações cromossômicas. - Ex: Potássio 40 é matéria, raio X não. ESTRUTURA DAS MATÉRIAS - Núcleo: possui nêutrons e prótons (+) Possui mais energia. - Eletrosfera: elétrons (-). Possui pouca massa mas ocupa a maior parte do átomo. - Divididos em camadas ao redor do núcleo. Camada K= 2 e- Camada O= 32 e- - Elétrons separados por subníveis - Quanto mais próximo do núcleo, mais energia o elétron possui - Átomo neutro: número de prótons = elétrons - Número atômico: Z - Número de massa: A - A= Z=N NÚMERO ATÔMICO (Z) - As estruturas do corpo se diferenciam pelo número atômico (Z), ou seja, o número de prótons. - Estruturas de elevado número atômico barram a radiação, ou seja, a radiação não atinge esses tecidos, gerando uma imagem brancas (radiopaca), como dentes, ossos e restaurações - Estruturas de baixo número atômico, como tecidos moles absorvem mais radiação e imprimem imagens radiolúcidas - Logo, Z osso > Z tecido mole EMISSÃO DE ENERGIA - Colisão da radiação com o núcleo com a eletrosfera gera dois efeitos (excitação e ionização), sendo que a probabilidade de colisão com o núcleo é menor devido a seu tamanho reduzido - Se a energia for elevada, ela expulsa um elétron (ionização). Se a energia for parcial, ocorre somente uma excitação, mas depois do estímulo volta a situação inicial. - Quanto uma energia (raio X) é imposto aos elétrons, eles sofrem dois processos: 1. Excitação: absorve energia e é deslocado para uma camada mais externa (excitado) 2. Ionização: transformação do átomo em íon. O átomo perde um elétron, gerando dois íons (um positivo e um negativo). - Radiação secundária: sai dos tecidos podendo alterar o operador. NATUREZA DAS RADIAÇÕES: - Radiação corpuscular ou particular: contém massa. Estrelas sofrem desintegração e produzem elementos naturais, ou em usinas ocorre fissão dos elementos químicos. Ex: iodo, carbono 14 - Radiação eletromagnética: partícula sem massa, onda (raio X). Propagação de energia em ondas - Quanto maior o comprimento de onda menor sua penetrância - A radiação gera calor (ex: microondas) Radiação corpuscular - Partícula alfa α: radiação que contém massa. Formada por dois prótons e dois neutros (hélio), em formato de gás - Emitida a partir do núcleo de metais pesados - Pequena capacidade de penetração e alta capacidade de ionização - Por ter massa, a partícula alfa é mais pesada e mais difícil de penetrar - Adentra o tecido mole e ioniza, não adentra nos ossos - Partícula beta β: apresenta penetrância um pouco maior do que a alfa, porém, ainda menos do que o raio X que não possui massa alguma. - Potássio 40 - Se os elétrons forem proveniente de elementos radioativos, são partículas beta - Raios catódicos: feixes de elétrons, logo, possuem massa. - Se os elétrons forem provenientes de aceleração (processo físico), são raios catódicos. - Produzidos artificialmente, como televisores Radiação eletromagnética - Quanto maior o comprimento de onda menor sua penetrância - Nesse exemplo, a terceira onda é a menos penetrante, enquanto a primeira é a mais penetrante. - λ maior penetra menos que λ menor - A radiação X tem a velocidade da luz no vácuo (3. 10^8 m/s) - A velocidade da radiação é constante - A frequência e o comprimento de onda determinam a penetrância da radiação - Grande comprimento de onda se relaciona com baixa frequência, logo, baixa penetração e energia - Em uma radiografia, vários raios X são emitidos, e conjunto desses raios é chamado de Fótons. - Cada fóton tem uma energia, dependendo do comprimento de onda. Quanto menor o comprimento de onda, maior a energia. - A energia é medida em nanômetro (eV). - Logo, quanto maior o número em eV, maior a energia, maior penetrância - O espectro do comprimento de onda deve ser entre 0,001 a 0,1 nm para ser considerado um comprimento de onda de bom diagnóstico - Acima desse valor, ocorre apenas excitação e o filme radiográfico não é impresso o suficiente, gerando mais danos ao paciente.PRODUÇÃO DOS RAIO X ● ampola: onde é produzido o raio x. -Vidro plumbífero: A ampola é feita de vidro plumbífero (chumbo), pois o chumbo barra a radiação ionizante e possui um Z (número atômico) alto. Os raios X que não saem pela janela são barrados pelo vidro plumbífero. - O cátodo e o ânodo realizam ddp (diferença de potencial), criada a partir do momento em que o aparelho de raio X é ligado na tomada - Após o disparo, a ddp promove um aquecimento do filamento de tungstênio - Cátodo: polo negativo. Fonte de elétrons que contém um filamento de tungstênio. Ele aquece e promove uma nuvem de elétrons, que convergem no cálice de cobre e por conta da ddp são acelerados, colidindo com o ânodo. - Ânodo: polo positivo, inclinado em 20 graus com a vertical (efeito Benson). Recebe os elétrons acelerados pelo cátodo. Contém uma pastilha de tungstênio, os elétrons se chocam e produzem o raio X. - Tungstênio: elevado número atômico e elétrons, por isso é um bom elemento para gerar nuvem de elétrons, e as chances dos elétrons chocarem com o ânodo aumenta. Além disso, possui alto ponto de fusão, importante para não derreter - Liberação de raios X para muitas direções, porém, apenas o raios X que passam na janela aparecem na radiografia. Os outros raios são barrados pelo vidro plumbífero. - Não existe elemento radioativo dentro da ampola, o raio x é dado pelo choque dos elétrons. - Janela: por onde sai o raio X, composto de vidro comum. PROCESSOS DA RADIAÇÃO: 1. Radiação de Bremsstrahlung (freamento): O elétron se choca no núcleo dos átomos do tungstênio ou elétron passa perto do núcleo e desvia. Essa reação gera radiação com comprimentos de onda menores e mais penetrantes - 99% da energia é convertida em calor - É a maior parte da radiação formada - A reação de freamento depende da distância do elétron com o núcleo (quanto maior a distância, menor a probabilidade), energia cinética e da carga do núcleo - Se houver choque direto com o núcleo, toda energia é transformada em raios X - São emitidos raios X de várias energias. O feixe é policromático/heterogêneo. 2. Radiação característica: elétron não se choca no núcleo, mas remove um elétron de um orbital. - Não é a mais frequente, logo, a menor porção de radiação emitida. Pois não é todo elétron que expulsa que forma raio X, apenas os elétrons da camada K, e são 2. - O elétron remove um elétron de uma camada da eletrosfera, e com isso, um elétron de uma camada mais externa ocupa o espaço que foi liberado. Nesse movimento, ocorre a liberação do raio X. - Não é todo elétron expulsado que forma raio X, apenas os elétrons da camada K, pois possuem mais energia. O fato dessa camada possuir apenas 2 elétrons justifica porque a reação de freamento é mais comum. CLASSIFICAÇÃO DAS INTERAÇÕES DO RAIO X COM A MATÉRIA - Espalhamento coerente (Thompson) - 8% - A energia dos fótons baixa é liberada, porém, sua energia é menor do que a energia de ligação dos elétrons. - Com isso, o fóton interage com um elétron da camada mais externa. Depois disso, acontece vibração (excitação), e o fóton é liberado com a mesma energia e uma trajetória diferente. - O feixe de radiação incidente interage com o elétron mais externo e transfere sua energia. O átomo fica excitado e libera a energia através de um fóton com o mesmo comprimento de onda, e a energia igual a que incidiu em uma trajetória diferente. - Comprimento de onda pequeno - Por ser um efeito de excitação, não gera radiação ionizante (menos prejudicial) - Efeito fotoelétrico/absorção fotoelétrica - 30% - Efeito responsável pela tonalidade de cinza nas radiografias - Interação por absorção - Um fóton incidente que possui energia igual ou maior que a ligação de um elétron das camadas K e L (mais energia) incide em um elétron dessas camadas, transferindo sua energia ao mesmo - Parte da energia do fóton é usada para romper a ligação desse elétron e o restante da energia é transferido ao elétron que é ejetado com energia cinética, então, denominado fotoelétron. - Após a ejeção do fotoelétron, o átomo apresentará uma vacância - O elétron de uma camada vizinha preenche essa vacância emitindo um fóton na forma de radiação característica (secundária) e velamento na imagem. - A radiação característica é aquela que não tem comprimento de onda capaz para gerar uma imagem. O raio X é gerado na substituição do fotoelétron pelo elétron da camada vizinha. - Efeito ou espalhamento compton - (62%) - Processo de absorção e espalhamento que ocorre com fótons de alta energia (acima de 50 kEV) - O fóton de raios x incidente interage um um elétron fracamente ligado na camada mais externa do átomo - Um fóton incidente reage com um elétron mais externo do átomo, expulsando-o da eletrosfera e ionizando este átomo - O fóton continua então a se propagar, porém, em uma direção diferente da incidente e com energia menor e comprimento de onda maior, uma vez que parte dessa energia foi transferida ao elétron - Os fótons espalhados poderão adquirir diferentes ângulos da trajetória em reação a incidente, inclusive como radiação secundária, que pode ser prejudicial ao contraste da imagem. - Diferença entre fotoelétron e espalhamento comum: no fotoelétron, ocorre a interação com um elétron de camadas mais energéticas (K e L, mais próximas do núcleo), enquanto no espalhamento comum a interação se dá com os elétrons de camadas mais externa, logo, possuem menos energia. No espalhamento, o feixe de raio X produzido apresenta trajetória diferente da que incidiu, causando também a radiação secundária. PROPRIEDADE DOS RAIOS X 1. Propagam em linha reta e à velocidade da luz no vácuo 2. São divergentes e os feixes policromáticos 3. São inodoros e invisíveis, mas produzem fluorescência e fosforescência em certas substâncias 4. Não são desviados por campos elétricos ou magnético 5. Provocam ionização nos sistemas biológicos e podem alterar o metabolismo celular, as mitoses e produzir quebras cromossômicas 6. Separam compostos de prata e sensibilizam filmes radiográficos 7. Atravessam corpos opacos 8. Não podem ser focalizados por lente 2.Ampolas e aparelhos radiográficos REVISÃO PRODUÇÃO DOS RAIOS X - A produção de raios X requer: - Fonte de elétrons (cátodo) - Aceleração de elétrons - Alvo ou anteparo (ânodo), onde os elétrons serão freados - Cátodo: polo negativo, fonte de elétrons - Refletor côncavo de molibdênio que contém tungstênio, que gera uma nuvem de elétrons - Cálice/taça protege o filamento e mantém os elétrons mais próximos, fazendo com que eles se choquem - Ânodo: polo positivo - Contém a área focal (pastilha de tungstênio com 1mmx3mm), incrustada em uma haste de cobre (bom dissipador de calor) - Angulação de 20 graus com a vertical (Efeito Benson) EFEITO BENSON - Inclinação de 20 graus: diminui a área ativa da pastilha de tungstênio, produzindo menos penumbra (menor velamento da imagem). -Anodo rotatório: não recebe muitos elétrons em uma só área, distribuindo os choques EMISSÃO TERMOIÔNICA: produção da nuvem de elétrons, acontece no cátodo. A corrente elétrica que supre o aparelho chega até o filamento, aquecendo-o. TRANSFORMADORES: - No cabeçote estão transformadores de baixa e alta tensão - Transformador de baixa tensão: diminui a tensão do aparelho, importante para que o filamento de tungstênio sensível não se quebre.- Ligado ao cátodo - Transformador de alta tensão: Ao fechar o circuito cátodo ânodo ocorre a ddp, que faz os elétrons se acelerarem. Para isso, 70 mil volts são necessários, e a corrente possui 110 volts. Nesse caso, é utilizado o transformador de alta tensão - Ligado ao cátodo e ânodo - Possui uma quantidade maior de bobinas - Diminui a quantidade de raios X - Determina a qualidade de raios X - Relativo a quantidade de elétrons emitidos (9 ou 10 miliamperes) - A ampola é revestida por cobre para ajudar a não dissipar radiação RENDIMENTO: - O aparelho de raio X apresenta um rendimento ruim, já que 99% da energia é convertida em calor - Usando os 70KVP, deve render no mínimo 0,5% - Não se deve aumentar o tempo e nem a dose de radiação antes de confirmar que o rendimento é de no mínimo 0,5%. Se o valor for menor do que o de referência, o problema está no aparelho e não no tempo de exposição e dose. - Tempo de exposição: 0,8s para anteriores e 0,9 em intrabucais para posteriores em adultos. CIRCUITOS ELÉTRICOS - A corrente elétrica é alternada, e apenas uma fase (a positiva) do ciclo gera raio X - Limita a produção de raios X a metade positiva do ciclo da corrente, sendo uma medida de radioproteção - Raios X policromáticos: - Os raios X produzidos são formados como um feixe, ou seja, um conjunto de fótons (que por sua vez, é um conjunto de energia) com diferentes comprimentos de onda e energia - Logo, os comprimentos de onda são heterogêneos ou policromáticos, sendo que um comprimento de onda grande apresenta menos energia e menor capacidade de penetrância, enquanto um comprimento de onda menor apresenta mais energia e maior penetração. - Miliamperagem: o aparelho marca o número de pulsos, possui leva em conta as oscilações. Entretanto, as variações são muito pequenas e imperceptíveis. - Controla a quantidade de raio X produzido, que por sua vez dita o grau de escurecimento da imagem(contraste): de 10 (bom) a 15 miliamperes, sendo que em 15 a imagem é queimada. - 12 a 15 é usado em extrabucais -Quanto maior o número de pulsos (miliamperagem), maior será a dosagem da radiação - Miliamperagem intrabucal =10 e miliamperagem extrabucal =12 - De acordo com a miliamperagem a quilovoltagem é regulada o contraste - O aparelho vai até 5 segundos, porém não deve ser utilizado todo esse tempo - A qualidade dos raios X tem a ver com o poder de penetração Componentes do aparelho radiográfico - Não possui elemento radioativo dentro dele - Somente produzirão raios X se forem conectados a tomada 1)Corpo 2) Cabeçote (contém cilindro localizador) 3) Braço articular 4) Painel de controle ● Painel de controle - Onde é selecionado o tempo de exposição ● Cabeçote - Componentes: - Ampola geradora de raios X - Transformadores do circuito - Câmara de expansão - Óleo - Blindagem e revestimento - Filtros - Diafragma - Colimadores - Localizadores - Goniômetro - Ampola: - Possui câmara de expansão, radiador de altas e dissipador: são responsáveis pela dissipação do calor -Janela: focaliza e direciona o raio X, onde o raio deve sair. Não possui elemento radioativo dentro dele. - Filtros: placa feito de alumínio, para os aparelhos intrabucais deve ter 2,5mm. - Barra os raios X com maior comprimento de onda com baixo poder de penetração, diminuindo a dose do paciente (radioproteção) - A própria janela é um filtro, pois feixes com comprimento de onda muito grande são barrados. O óleo também barra os raios X e o filtro é a última etapa. - Medidas de radioproteção do aparelho: cobre, janela óleo,filtro e diafragma pois barram os raios X com comprimento de onda grande e ineficazes. - Diafragma: elimina os raios X mais divergentes, reduzindo as dimensões do feixe, evitando que a área de incidência no paciente ultrapasse o diâmetro de 6 ou 7cm. - Colimador: feito de chumbo e encaixado no diafragma e localizado externamente - Sua função é direcionar o feixe de radiação, que já vem filtrado e com dimensões menores já que o feixe passou pelo diafragma. -Aproveitando os feixes menos divergentes. - Cilindro localizador: quando feito de chumbo apresenta função similar ao colimador - É aberto, permitindo que os feixes passem por ele (sem interação, para não produzir radiação secundária) - Se o cilindro for fechado (cone) ou de acrílico e não de chumbo, os raios X interagem com ele, produzindo a radiação secundária. - Goniômetro: responsável por medir a angulação vertical de radiação. - 0 a 5 graus: parâmetro no goniômetro para molares - Deve ser avaliado e usado como parâmetro, ou seja, devo chegar para ver se a angulação será eficaz para a ● Braço articulado: - Permite movimentos no cabeçote. - Conduz os fios elétricos. - Quanto maior o número de articulações, mais fácil a movimentação ● Painel de controle: - Responsável pela regulagem dos parâmetros de exposição. Composta por: interruptor, regulador do tempo de exposição, dispositivo (botão) de disparo, dispositivo sonoro. 3.Técnicas radiográficas intra orais - Técnicas intraorais são as que o receptor de imagem fica dentro da boca do paciente técnicas - Periapical: Registro do periápice. - Radiografia odontológica mais comum -Uso em exodontia - Interproximal: observa-se a face proximal dos dentes, não abrange a raíz - Oclusal: paciente retém o filme na boca com a oclusão dos dentes. → Protegidos por invólucros: papel escuro tal se inicia na crista óssea alveolar interproximal - Lâmina de chumbo (barra a radiação para que não volte aos tecidos), papel preto e filme no meio (medida de radioproteção) ● Técnica da bissetriz -TEOREMA DA ISOMETRIA DE CIESZYNSKI - A radiografia é uma projeção da imagem real, logo, sujeita a física das projeções. - O teorema diz que a imagem projetada terá o mesmo comprimento e proporções do objeto se o feixe central do raio x incidir perpendicularmente à bissetriz do ângulo formado pelos planos do filme e do objeto ● Técnica do paralelismo - Nessa técnica é usado um posicionador - O receptor de imagem fica paralela ao longo eixo do dente, e o raio X incidido perpendicular ao plano e ao longo eixo do dente. - Na bissetriz, o filme é mantido em posição pelo dedo do paciente. Com isso, é considerado a curvatura do arco dental. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS -Técnica mais simples de ser realizada quando comparada a da bissetriz - Menor grau de distorção - Níveis ósseos detalhados - Desnecessário alterar a posição do paciente - Possível reprodutibilidade e padronização - Maior custo operacional, pois demanda um autoclave para os posicionadores - Maior distância entre o plano do receptor de imagem quanto da radiação ao receptor de imagem - Pode ser desconfortável ao paciente abrir a boca para colocar o posicionador - O uso do posicionador possibilita maior chance de movimentos do paciente, podendo danificar a imagem INDICAÇÕES - As mesmas que na bissetriz, já que também é uma periapical, ou seja, documentação da coroa, periápice e periodonto COMPARAÇÃO PARALELISMO X BISSETRIZ - Apenas o paralelismo usa o receptor de imagem, logo, é mais simples - Bissetriz causa menos desconforto ao paciente caso o paciente possua abertura bucal menor - Técnica do paralelismo possui menos chance de distorção - ângulo reto - Na bissetriz, a distância fonte objeto é menor. No paralelismo é mais distante, então, é aumentado o tempo de exposição a radiação, ou seja, uma maior dose de radiação é absorvida pelo paciente 3.1 Técnica periapical - Registro da coroa, periápice e periodonto- 2 técnicas: bissetriz ou paralelismo - Diagnóstico em endodontia, exodontia e observação de decíduos - Usado uma margem de segurança de 4 a 5 mm da borda do dente e do filme. RECEPTOR DE IMAGEM - O raio X deve incidir na face ativa, que é a não colorida. Além disso, a face ativa não possui relevo (“escama de peixe”) EXECUÇÃO DA TÉCNICA ● Preparo do paciente - Posição da cabeça do paciente - Seleção das regiões (14) - Posicionamento do receptor - Manutenção do receptor na boca - Angulação vertical e horizontal do feixe de raio X - Áreas de incidência (não passar de 7cm) - Posicionamento do paciente: Planos de referência: - Plano sagital mediano: divide a cabeça em lado esquerdo e direito, perpendicular ao chão - Plano de Camper: plano horizontal, paralelo ao plano do solo. Junção da asa do nariz até o tragus; Usado na arcada superior - Plano de Camper modificado: usado para o arco inferior. Nesse plano, o paciente deve realizar leve inclinação para trás. Esse plano vai da comissura do nariz até o tragus - Para a tomada radiográfica do arco inferior, o paciente deve inclinar ligeiramente sua cabeça para trás - Seleção das 14 regiões: - Centralização dos dentes alvos ● Região superior: 7 filmes - Primeiro filme: molares - Segundo filme: pré molares - Terceiro filme: canino e incisivo lateral - Quarto filme: incisivos centrais superiores ● Região inferior: 7 - Molares (3) : 2 filmes - Pré molares : 2 filmes - Caninos : 2 filmes - Incisivos laterais e centrais: 1 filme → 14 regiões: dois filmes para cada região, para ser radiografado direito e esquerdo. Os incisivos centrais são registrados de ambos os lados em um único filme. - Posicionamento do receptor: picote (“bolinha”) do filme deve estar para incisal ou oclusal - 4 ou 5mm deve ser usado como margem de segurança para que a coroa não seja corada. Entretanto, uma margem exagerada cortaria a raiz. - Dentes anteriores: filme posicionado paralelo ao longo eixo do dente (vertical) - Dentes posteriores: filme posicionado na horizontal - Manutenção do receptor na boca: - Maxila: dedo polegar da mão oposta é responsável por segurar o filme na boca, espalmar a mão - Na região dos incisivos, pode ser usado qualquer um dos dedos -Mandíbula: dedo indicador da mão do lado oposto, fechar a mão - O polegar estará apoiado na face e os demais dedos fechados - Angulação vertical: movimentação do goniômetro - De baixo pra cima: angulação negativa - De cima pra baixo: angulação positiva - Ângulo vertical muito elevado: perpendicular ao receptor de imagem, encurtando o dente, pode sobrepor tecido mole - Angulação vertical muito baixa: alongamento do dente, cortando seu ápice - A angulação alta leva em conta apenas o número, e não o sinal (positivo e negativo) - Angulação vertical recomendada: ANGULAÇÃO HORIZONTAL - Movimentação do cabeçote em forma de círculo ao redor do paciente - Fazer com que o feixe de raio X incida paralelamente às superfícies interproximais dos dentes - Com isso, a imagem é emitida sem sobreposições - Ângulo horizontal inadequado: sobreposição das faces proximais dos dentes - Angulação horizontal recomendada 3.2 Técnica oclusal PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS - Manutenção do filme pela oclusão do paciente - Indicada para visualização de áreas maiores, que não podem ser identificadas em uma periapical - Por abranger área maior, exige menos radiação do que 7 periapicais. Por isso, é usado como “triagem” - Permite a observação de cialolito (doença na glândula submandibular) - Picote deve ser posicionado por vestibular EXAMES PARA A MAXILA - Oclusal total - Parcial (incisivos, caninos, pré molares e molares, assoalho do seio maxilar, túber) - Mais usadas: total e incisivos, as outras estão sendo substituídas por panorâmicas e - Oclusal total - O filme é posicionado na horizontal (maior lado perpendicular ao plano sagital mediano) - O feixe de raio X é incidido na glabela (osso frontal) - Angulação horizontal: 0 graus (não deve ser movida) - Angulação vertical: +65 graus - Incisivos - Rotacionar o filme, tornando o seu maior lado paralelo ao plano sagital mediano (vertical) - O ponto de incidência do raio X é feito no ápice nasal - Angulação horizontal: 0 graus (não deve ser movida) - Angulação vertical: +65 graus - Caninos - Lado maior paralelo ao plano sagital mediano (vertical) - Lateralizar o filme na região de canino, para isso, girar o cabeçote em 45 graus - Angulação horizontal: 45 graus - Angulação vertical: +65 graus - Área de incidência: forame infraorbitário - Pré molares e molares - Angulação horizontal: 65 graus - Angulação vertical: 90 graus - Muito semelhante a periapical, mas é mais abrangente. Bom para dente inclusos ou raiz no seio maxilar - Área de incidência: forame infraorbitário - Oclusal para assoalho do seio maxilar - Essa técnica sofre muita sobreposição, inclusive do processo zigomático da maxila e por isso está em desuso - Angulação vertical: 80 graus - Angulação horizontal: 0 graus - Área de incidência: forame infraorbitário - Oclusal para túber - Angulação vertical:45 graus - Angulação horizontal: 45 graus - Área de incidência: 3cm atrás da comissura palpebral externa - Oclusal total da maxila - Angulação vertical: 65 graus - Angulação horizontal: 0 graus - Segurar com o dedo (Não vai aparecer na radiografia pois é barrado pela lâmina de chumbo) EXAMES PARA A MANDÍBULA - Oclusal total inferior - Face ativa voltada para baixo, de onde sai o raio X - Angulação vertical: 90 graus, perpendicular ao filme - Angulação horizontal: 0 graus - Incidir o feixe de raio X no meio do assoalho bucal (parte inferior do queixo) - Filme horizontal - Parcial - Angulação vertical: 90 graus - Angulação horizontal: 0 graus - Similar a total, porém mais lateralizada - Filme na vertical - Permite observar cialolitos - Sínfise - Angulação vertical: -55 graus - Angulação horizontal: 0 graus - Incidir feixes no ápice do queixo - Sínfise: região anterior da mandíbula - Indicações: dente incluso ou observação de cialolitos 3.3 Técnica interproximal (bite wing) CARACTERÍSTICAS - Impressão das coroas dos dois arco em um único filme - Não aparece a raiz completa, logo, é ruim para diagnósticos exodontonticos - Permite dissociação das interproximais, ou seja, essas faces não devem ser sobrepostas - Sobreposição relacionada a angulação horizontal - Nessa técnica, o picote estará para a mesial - Difícil de ser realizada, pois é muito fácil de ocorrer sobreposição das faces INDICAÇÕES - Identificação de lesões de cárie, lesões periodontais, alterações na câmara pulpar, etc - Diagnóstico e proservação (não é toda lesão que será aberta, em alguns casos, flúor + higiene bucal ajuda) de lesões de cárie muito comuns nas faces proximais - Avaliação de restaurações - Pesquisa de perda óssea alveolar TIPOS DE FILME - Tamanhos semelhantes - Filme caro e pouco utilizado devido a dificuldade de angulação para pré molares e molares ao mesmo tempo - Possui aleta pré fabricada, inserida no filme - Posicionadores: receptor vertical e horizontal - Os posicionadores são caros e mais comuns em dentes posteriores - Para dentes anteriores não é uma técnica muito usada pois são dentes de fácil diagnóstico, e a periapical já é suficiente - Face ativa voltada para o feixe de raioX - Possui haste que acompanha a angulação no cabeçote Regiões: pré molares - Incidência: no centro das coroas Molares - Incidência: entre a face mesial do segundo molar e distal do primeiro molar 4.Biossegurança em radiologia PROPÓSITO - Evitar a infecção cruzada - Não promover contaminação ambiental, por meio do descarte correto CLASSIFICAÇÃO DA ANVISA - Área crítica: existe risco elevado de desenvolvimento de infecções relacionadas a assistência. Ex: sala cirúrgica - Área semicrítica: moderado a baixo risco para infecções relacionadas a assistência (clínica de radiologia) - Área não crítica: risco mínimo. Ex: área administrativa, recepção MEDIDAS DE PROTEÇÃO - EPI - Revestir com PVC toda a área que irei tocar - Vestimenta plumbífera Gerenciamento de resíduo - O resíduo é acondicionado em recipiente de plástico duro. O recipiente deve comportar no máximo 2L - Empresas retiram esse resíduo e fazem o descarte correto - Os resíduos podem ser líquidos (ex: revelador) ou sólidos (ex: amálgama) PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA - Vestimenta: roupas brancas e compridas - EPI: Avental, touca, óculos, luvas, máscara - Lavagem das mãos: pia, sabão líquido (para a contaminação da mão não vá para o sabonete), porta papel toalha - Lixeira para material contaminado e lixo reciclável - Barreiras: saco plástico/filme de PVC - recobrimento dos equipamentos, cabeçote do raio X, encosto da cadeira, bancada auxiliar, controle do aparelho de raio X NA CLÍNICA: TRABALHO A QUATRO MÃOS - O operador utiliza luvas e manuseia o material, enquanto o auxiliar manipula as superfícies livres de contaminação - O auxiliar é responsável por colocar o avental plumbífero e protetor de tireóide, faz o processamento radiográfico e recobrimento das áreas com PVC - Transporte do filme com PVC até a câmara escura e iniciar o processamento - Na câmara escura: plástico não contaminado vai para o lixo comum - Papel preto, lâmina de chumbo e radiografias com erro vão para o lixo químico - Depois do processamento, o auxiliar remove as barreiras e avental RESÍDUOS RADIOLÓGICOS - A: infectante - Luvas usadas - Barreiras usadas (PVC) - Algodões e gases usados - B: químico - Substâncias químicas e metais pesados - Filmes velados ou radiografias erradas - Papel preto - Lâmina de chumbo - Líquido do revelador (hidroquinona), líquido fixador de prata - Água de lavagem - São lixo sem bactéria porém que contém risco químico - C: comum - Guardanapo do paciente → Biossegurança: - Lavagem das mãos antes e depois - Utilizar luvas descartáveis durante todo o processo - Se estiver trabalhando sozinho, colocar sobreluva - Realizar a desinfecção de aparelhos - Remover os invólucros do filme 5. Receptores de imagem - Receptor de imagem: Elemento que entra em contato com o raio X, seja ele filme ou sensor no caso de imagens digitais. - Existem filmes que se processam automaticamente - A face colorida é a face inativa, não voltada para o cilindro COMPONENTES DO FILME Lâmina de chumbo - Voltada para a face inativa do filme - Impede o velamento da imagem feita pela radiação secundária - Apresenta ranhura “escama de peixe”. O filme exposto inadequadamente (face inativa voltada para o dente) pode imprimir essas ranhuras, permitindo também a identificação de radiografias realizadas com a parte posterior do filme embalada - Proteção contra radiação ionizante, visto que barra a radiação secundária FILMES - Constituído de base leitosa de poliéster, que confere rigidez ao filme - A base leitosa contém um adesivo de ambos os lados - O adesivo fixa a emulsão do filme - A emulsão é composta por sais de prata (brometo ou iodeto de prata) - Protegendo a emulsão está a gelatina, para que os cristais não se dissolvam ● Classificação quanto a utilização 1. Extrabucais 2. Intrabucais (oclusal, periapical, interproximal) 3. Filmes dosimétricos: filmes que medem dose de radiação ionizantes - Necessários para operadores de raios X - Mede a dose de radiação emitida pelo aparelho - Medida de radioproteção para o operador, que recebe a radiação do aparelho diariamente - Localizado no corpo do profissional 4. Filmes duplos: dois filmes em um único envelope, duplicando uma mesma imagem. Útil para entregar a outro dentista → Existem filmes únicos ou duplos, e os tamanhos variam conforme o tipo de filme e se for adulto ou infantil ● Filmes intrabucais - Menores do que os extrabucais - São separados - Necessita de estojos (chassis) para que a luz não altere o filme - Utilizar placas que em contato com o raio X promove fluorescência, potencializando o efeito do raio X, o que permite uma diminuição na dose de radiação Tipo 1: Periapical - 1.0: infantil pequeno (menor filme) - 1.1: adulto ou criança grande - 1.2: adulto grande - Sempre avaliar o tamanho da boca do paciente. Se a boca da criança permitir o filme adulto é mais benéfico, pois abrange uma área maior com a mesma dose de radiação Tipo 2: Interproximal Tipo 3: Oclusal ● Filme extrabucais - Vão estar em estojos (chassis), que contém uma placa de cada lado (placa intensificadora, contém bário e promove fluorescência que amplifica o efeito dos raio X) SENSIBILIDADE DO FILME - Um filme mais sensível precisa de menos radiação ionizante - A sensibilidade se relaciona com os sais de brometo e iodeto de prata, logo, quanto mais sais, maior a sensibilidade - Sensibilidade se relaciona também com velocidade PROCESSAMENTO RADIOGRÁFICO - Após retirar o filme da boca do paciente é obtida uma imagem latente (invisível), que só será vista após o processamento - O processamento descreve as etapas requeridas para converter imagem latente em imagem visível - Ocorre interação entre o raio X e os sais de prata Primeira etapa: conversão da imagem latente em imagem visível - Transformação dos sais de prata ionizados em prata metálica (escura e impressa no filme) - A prata não ionizada é eliminada no fixador - Por isso, o fixador e o revelador são separados, já que o fixador contém prata e o revelador elementos tóxicos - Cheiro acético: fixador (ácido) - ETAPAS: 1. Revelador 2. Lavagem intermediária 3. Fixador 4. Lavagem final 1. Revelador: - Colocar no revelador assim que abrir o filme - O revelador está na câmara escura, e nenhuma luz deve interferir nesse processo pois os sais de prata podem interagir com luz e calor - Contém elon/metol: redutor rápido, responsável por reduzir os sais em prata metálica, representando os tons escuros - Hidroquinona: redutor lento - Carbonato de sódio: torna o meio alcalino (básico), além de expandir e amolecer a gelatina - Brometo de potássio: restringente do elon e hidroquinona - Sulfito de sódio: antioxidante (conservador) - Água: solvente → Existe mais prata metálica na restauração de amálgama ou no dente? - No dente - A matéria absorve parte dos raios x, sendo que estruturas com maior Z absorvem menos raios X - O revelador transforma os sais de prata em prata metálica, produzindo uma imagem escura - Quanto mais raios X passarem, mais prata é ionizada - A restauração absorve menos raios X, logo, terá menos prata ionizada no filme e ficará mais clara - A restauração ficará clara, pois a aparição da prata metálica torna a região escurecida- Onde apresenta mais prata metálica, câmara pulpar ou esmalte? - Câmara pulpar, pois o esmalte apresenta um Z maior, logo, absorve mais raios X e sobra menos prata ionizada, logo, fica claro. A câmara pulpar aparecerá escura - Restauração em resina: antes, não eram radiopacas (branca) na radiografia, hoje, foram adicionados micropartículas que a torna identificável na radiografia. → O tempo da etapa do revelador e do fixador depende da temperatura, pois quanto maior a temperatura, menos tempo utilizado - A concentração também influencia, já que em concentrações maiores, menos tempo levará para a reação ocorrer, enquanto uma solução mais diluída requer mais tempo de processamento - O excesso do tempo no revelador causa uma imagem muito escura 2. Lavagem intermediária - É feita com água, remove o excesso de revelador e o neutraliza - 20 a 30s - É possível finalizar na água corrente 3. Fixador: - Imprime os tons claros da imagem - Elimina os sais de prata que não foram ionizadas - Possui ácido acético, o que pode exalar cheiro de vinagre - Alúmen de potássio: contrai e endurece a gelatina (emulsão), já que está na fase final do processamento radiográfico - Sulfito de sódio: antioxidante -Água: solvente (em comum com revelador) 4. Lavagem final - Remover emulsão remanescente - Água corrente: 5 minutos ou 10 minutos em água parada - Evita radiografias amareladas ● Secagem - Processamento de seco a seco: - Depois de tirar os invólucros, passar no revelador, água, fixador, água e levar para a secagem (a temperatura ambiente ou na estufa) - Ao levar na estufa, a radiografia se torna mais resistente - Ambiente sem poeira para que as partículas não imprimam imagem - Não secar a radiografia com a seringa tríplice pois pode romper a gelatina do filme ● Montagem - Procedimento cujo objetivo é organizar as radiografias em cartelas de acordo com as regiões anatômicas. MÉTODOS DE PROCESSAMENTO 1. Método visual/inspecional - O tempo e a temperatura não são padronizados, logo, as imagens radiográficas também não são -Aferir a temperatura com termômetro de imersão -Método visual: análise da cor do líquido para saber se está bom (trocar a cada 7 dias) 2. Processamento automático feito pela PROCESSADORA -Método temperatura tempo pré estabelecidos (técnicas preconizadas) - Qualidade constante - Tempo de processamento reduzido, visto que não existe lavagem intermediária (1 a 2 minutos) - Menor área requerida - Elimina câmara escura e fase de leitura da radiografia molhada - Composto por cilindros que já tiram o excesso de revelador da gelatina, caindo direto no fixador. Removem o fixador e o filme vai para a água para retirar resíduos. - Existem também ventiladores, logo, ocorre a secagem do filme na própria processadora - “Entra o filme e sai a radiografia pronta” CÂMARA ESCURA - Portátil, quarto escuro ou labirinto - Equipamentos da câmara escura: - Mesa manipuladora - Dispensador de chassis - Colgaduras - Filtros de segurança - Tanques de processamento - Portátil - Fabricada por material opaco - Deve-se ter um cronômetro, tabela de revelação e termômetro para que o método tempo temperatura seja eficaz - A tabela é feita pelo fabricante do líquido, e de acordo com a temperatura aferida, um tempo no cronômetro é selecionado - Quarto escuro - Contém porta e em uma bancada estão os líquidos - Contém luz de segurança para os operadores se localizarem, mas não é suficiente para sensibilizar o filme (localizada a 1,20m do tanque e com 15W) - Labirinto - Não possui porta, mas corta a luz - Também possui a luz de segurança, que deve ser 120cm do tanque e ter 15W de potência 6.Radiografia odontológica digital EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS - Aparelho de raio X (mesmo aparelho das radiografias convencionais) - Sensor sólido ou placa de armazenamento de fósforo - Computador - Monitor - Monitoria de dados - Meio de armazenamento para transferência PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS - Imagem instantânea, não necessita revelação - Extrabucais ou intrabucais - Permite melhor diagnóstico e possibilidade de zoom - O paciente mantém o filme na boca e o fio que sai dele - Nas radiografias convencionais, o filme retém, armazena e exibe a imagem. Já nas digitais, o registro é feito pelo sensor (placa de armazenamento de fósforo), a exibição em um monitor e armazenamento pelo computador - Visa a redução da radiação emitida, pois apresenta maior sensibilidade, permitindo um menor tempo de exposição. Caso a radiação não seja reduzida, o aparelho de raio X não é bom. - Todos os aparelhos digitais tem a premissa de que seus receptores de imagens serão mais sensíveis. -Uma maior sensibilidade leva um menor tempo de exposição HISTÓRICO 1. CCD-RCG: dispositivo de carga acoplada - Pequena área ativa - Mais de 14 radiografias eram realizadas para ter a arcada completa 2. Digora: - Possui placa de armazenamento de fósforo (placas ópticas) de diversos tamanhos (infantil, intermediário..) - Pixels um pouco maiores (64 micrômetros), enquanto nos sensores do estado sólido variam de 20 a 30 micrômetros - Um pouco menos de nitidez do que do que o convencional - Quanto maior o grânulo do filme, mais rápido ele é - O aumento da placa aumenta o tamanho do armazenamento. Uma infantil é mais leve do que uma adulta, por exemplo - Dá a opção de reduzir o pixel, alterando a matriz e o tamanho do arquivo → A radiografia convencional (intraoral) é considerada padrão outro, porque possui 20 pares de linha por milímetro - Depois dele, estão os sistemas de estado sólido - Em seguida, placas de armazenamento de fósforo RADIOGRAFIA DIGITALIZADA - Usada em época de transição, antes da radiografia ser totalmente digital l- A técnica com o filme e o processamento químicos não deixaram de existir na radiografia digitalizada - Radiografia com filme + scanner de alta resolução com um adaptador de transferência acoplado ou câmeras digitais e enviadas ao computador - Maior tempo de trabalho quando comparada tanto com a digital quanto a convencional - Vantagens: - Manipulação digital da imagem para melhor diagnóstico (rápido acesso e transmissão) - Recuperação de radiografias subexpostas (muito clara) - Registro perene - Transferência de informações -Desvantagens: - Não elimina o processamento químico radiográfico - Despesas com scanner, câmera, computador e monitor - O processo de digitalização adiciona ruído físico na imagem, dificultando o diagnóstico ( uma lesão de cárie, ou pequenas alterações de cinza na imagem são encobertas por conta desse ruído químico. - Não melhora radiografias danificadas durante o processamento químico PIXEL - Menor unidade de formação da imagem, formado por quadrados de 20 a 30 micrômetros - Ao dar zoom, é possível observar os pixels, isso é reconhecido como uma imagem pixelada - Uma resolução espacial maior se relaciona com pixel menor - Matriz da imagem: conjunto de linhas e colunas de pixels - Quanto menor o tamanho dos pixels, maior a matriz - Apresenta 255 combinações. Quanto maior o número, mais clara é o local radiografado - O olho humano capta cerca de 40 tons de cinza, sendo desnecessário tantas combinações - Uma imagem com muitos pixels é grande, por isso vai precisar de uma quantidade de armazenamento maior - Uma imagem com menos pixels gera menos detalhes Maior matriz: - Maior resolução espacial da imagem - Maior magnificação da imagem no monitor - Maior a memória necessária Menor matriz: - Menor a resolução espacialda imagem - Menor a magnificação da imagem - Menos memória necessária BITS - A informação da imagem é decomposta em bits - É um conjunto de dados binários (combinação de 2 dígitos) decodificado por programas específicos em um equipamento eletrônico - Algoritmos são fórmulas matemáticas que transformam dados digitais numéricos em imagens - A quantidade necessária para se trabalhar é 8 bits para cada byte do computador → O processo - Após a sensibilização do sensor, o dado binário vai medir a intensidade de radiação após passar pelos tecidos. Esses dados coletados são passados para o computador e através dos algoritmos transformará esses dados em imagem visível por meio de escalas de cinza. ● Sistemas de aquisição da radiografia digital - Diretos: vão direto para o computador. detector de estado sólido - CCD - Possui cabo de fibra óptica e dispositivo de carga acoplada, que sai de um sensor e vai direto para o computador - Um chip com cristais de silício é usado para a captação de raios X, convertendo a energia em sinal eletrônico - Placa de cintilação: aumenta a eficiência da conversão (similar as da radiografia extra bucal intensificadora, fluorescência) - Aquisição direta: os raios X atingem o sensor e o cabo de fibra óptica transforma essa energia dos raios X em um sinal digital instantâneo que já aparece direto no computador - CMOS - São semicondutores, pois não possuem o cabo de fibra óptica - Possui antena que capta instantaneamente a radiofrequência e leva ao computador instantaneamente - Mais encorpado - Maior quantidade de componentes eletrônicos (por isso mais encorpado) que controlam a conversão da energia dos raios X em sinal eletrônico - Cada cristal possui seu transistor que envia a informação separadamente, a antena é ligada no computador e a imagem é apresentada, enquanto no CCD todo o sinal vai direto para o computador → Nesse tipo de receptor, se é descrito que possui 3x4 de área por exemplo, ela será menor devido a grande quantidade de componentes. A dimensão é maior que a área ativa - Área ativa menor: apenas um único dente é registrado - Isso implica em diferentes formas do posicionamento do sensor, pois o posicionamento comum pode cortar o ápice radicular ou parte da coroa - Existem receptores sólidos extraorais (CCD), para realizar panorâmica ( Orthophos XG Plus e Orthopantomographic OProo D-) - Indiretos: placa de fósforo fotoestimulável. Após realizar a imagem, é levada para um scanner, e ali existe um tempo de leitura (tempo inexistente dos diretos) - PSP - A placa de fósforo é composta por uma base de poliéster recoberta por uma camada de cristais de fluoreto de bário, capaz de armazenar a energia do raio X. Um fino feixe de laser varre a placa e a energia armazenada pelos cristais é liberada e conduzida a um fotomultiplicador, que transforma em energia luminosa. Essa é convertida em um sinal eletrônico, aparecendo no monitor como uma imagem digital → A área ativa da placa deve ficar voltada para a região escura, protegida da luz para porque o sensor pode ser apagado. Ao contrário do filme - Fatores a serem considerados: - Quanto maior a resolução do scanner, mais tempo de leitura e maior o tamanho do arquivo - A resolução do scanner pode ser alterada Estado sólido Placa de armaz. de fósforo Não requer preparo do sensor Permite apagar as imagens se necessário Inflexível (cabo de fibra ótica não pode dobrar) Não pode dobrar Computador deve ser ativado para a exposição radiográfica As placas podem ser guardadas para posterior escaneamento Aquisição e apresentação da imagem quase imediata Requer escaneamento em penumbra ● Qual escolher: sólidos ou PSP? - Fatores a serem considerados: 1. Especialidade - Crianças podem não tolerar os sólidos na boca (maiores) - Bom para endodontia por trazer imagens instantâneas 2. Quantidade de profissionais - Clínicas com vários profissionais podem ser beneficiadas pelo uso do PSP por adquirir várias placas para apenas um scanner. Entretanto, tem a possibilidade de armazenar adequadamente e aos poucos escanear 3. Custo: não deve ser o principal ponto - A qualidade do diagnóstico é mais importante - Escala dinâmica: quantidade de tons de cinza de acordo com a dose de raios X - Receptores em estado sólido: necessário fazer teste para descobrir a escala - Sistemas diretos: escala dinâmica menor, radiografias queimam com facilidade. - Sistemas indiretos: ampla escala dinâmica, ou seja, se aplicar uma alta dose de radiação pode ainda assim gerar uma boa radiografia. Isso é perigoso pois em radiografias digitais a meta é sempre reduzir a dose de radiação ● Algoritmos para melhorar diagnóstico por imagem digital - No computador existem alguns algoritmos no software para melhorar a qualidade da imagem - Esses sistemas podem proporcionar: - Filtros: inversão/negativo, pseudocores - Relevos 3D - Manipulação do brilho e contraste ● Local de execução do exame - Se não for necessário obter a imagem instantaneamente, o indireto pode ser usado ● Manipulação de brilho - Útil para avaliar: - Cárie: reduzir o brilho - Perda óssea: aumentar o brilho ● Subtração radiográfica digital: - Obtenção de duas imagens iguais (padronizadas) - A imagem é melhorada quando é superposta uma na outra e subtraída as tonalidades de cinza. VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS IMAGENS DIGITAIS - Vantagens: - Manipulação digital (zoom) - Redução da dose de radiação ao paciente - Obtenção de cópias idênticas sem necessidade de repetição - Registro perene - Transferência de informações - Eliminam o processamento radiográfico químico, e consequentemente, não haverá radiografias amareladas, escurecidas, etc - Desvantagens: - Elevado custo inicial - Uso obrigatório de computador - Elevado custo para reposição de insumos CONTROLE DE INFECÇÃO - PVC ou envelopes plásticos personalizados para o PSP (alto custo) - Continua sendo necessária a colocação de barreiras no cabeçote e outros locais necessários IMPLICAÇÃO LEGAL DAS IMAGENS DIGITAIS - Os softwares dos sistemas digitais arquivam a radiografia original, além das manipuladas. Todavia, existem softwares capazes de rastrear qualquer modificação da imagem inicial - A radiografia digital já é aceita por juízes 7. Anatomia radiográfica IMAGENS RADIOGRÁFICAS - Imagem radiopaca: “clara”. Absorve mais raio X, alta densidade - Imagem radiolúcida: “escura”. Absorve menos raios X, baixa densidade. ORDEM DECRESCENTE DE RADIOPACIDADE - Esmalte> lâmina dura e crista óssea alveolar > dentina e cemento > osso alveolar > câmara pulpar e condutos radiculares > espaço de ligamento periodontal - Não é possível observar a polpa radiograficamente, apenas a câmara pulpar ESMALTE - Composição: acelular, 96% de minerais (hidroxiapatita), 2% mat. orgânico acelular, 2% água - Diante dessa composição, é possível dizer que é a estrutura mais radiopaca do órgão dental, pois possui alta densidade e alta absorção de raio X DENTINA - Composição: tem célula, 70% de minerais (hidroxiapatita), 20% mat. orgânico celular, 10% água - A dentina é radiopaca, menos que o esmalte, eles se diferencia bem por causa da sua porcentagem de minerais POLPA DENTÁRIA - Composição: tecido conjuntivo frouxo e feixes vasculares nervosos - O mais correto é descrever a imagem como câmara pulpar e canal radicular - Acâmara pulpar é bem distinguível nos molares e pré molares superiores birradiculares, geralmente contínua com os condutos CEMENTO - Mesma densidade que a dentina - Reveste toda a raiz - Não é visto em radiografia - Radiopaco ESPAÇO DO LIGAMENTO PERIODONTAL - Composto por fibras colágenas - Fina linha que contorna as raízes - Mais largo próxima à crista alveolar e ápice radicular - Radiolúcido LÂMINA DURA - Contorno ósseo localizado ao redor do dente - Geralmente, é uma linha contínua. Em situações patológicas (periapicais e periodontais), há o rompimento da lâmina dura - Radiopaca - 1 mm de espessura (mais espessa que o ligamento periodontal, linha radiolúcida imediatamente contígua que contorna a raiz). - Mais espessa na crista óssea alveolar - A lâmina tende a ser mais radiopaca que o osso alveolar, porque quando a radiação passa pela lâmina dura ocorre uma soma de densidades CRISTA ÓSSEA ALVEOLAR - Linha radiopaca continua, delgada e lisa, cobrindo o osso contido nas cristas passando de um dente ao outro, sem interrupção. - 1,5mm abaixo da junção amelocementária - Tende a ser pontiaguda entre os incisivos - Caso houver esfumaçamento ou perda precoce da crista óssea alveolar, a técnica radiográfica escolhida deve ser a interproximal, pois é possível dissociar as faces proximais. Para isso, deve ser regulada a angulação horizontal. - Com perda óssea avançada, na radiografia periapical pela técnica do paralelismo, o receptor de imagem fica paralelo ao dente e ocorre uma projeção geométrica do dente e osso mais fidedigna. Mas em uma perda óssea avançada, a melhor técnica é a interproximal. - Molares: crista óssea alveolar plana - Caninos: crista óssea alveolar pontiaguda OSSO ALVEOLAR - Cortical: trabéculas internas que protegem o osso que envolve o dente. Geralmente, podem ser observada na parte inferior - Linhas ósseas radiopacas: trabéculas. Corresponde a uma região de maior tensão durante a mastigação. Ex: indígenas sambaquis ficavam muito agachados. Com base nessas linhas ósseas, observava-se diferente densidades dependendo da atividade do indivíduos. Ou seja, as linhas tornam diferentes formas dependendo do trabalho ósseo. - Mandíbula Devido a maior movimentação a mandíbula durante a mastigação, seu trabeculado ósseo é maior, assim como os espaços radiculares (radiolúcidos), tanto na região posterior quanto na anterior, porém, são mais evidentes posteriormente. - Maxila - Na região anterior da maxila, as trabéculas são finas e mais numerosas - Os espaços medulares são difíceis de observar - Na parte posterior da maxila as trabéculas passam a ser mais definidas devido aos efeitos da mastigação. Mesmo assim, a parte posterior da mandíbula possui trabéculas mais evidentes. 7.1 Anatomia radiográfica da maxila em periapicais ● Posicionamento da maxila no crânio: - Se relaciona com o nariz e com os olhos - Bipartida - Apresenta muitas estruturas que se apresentam sobrepostas em uma radiografia periapical ● Características - Osso poroso ou esponjoso, o que gera uma maior quantidade de espaços medulares - Trabéculas finas e numerosas, menos evidentes que na mandíbula - As trabéculas ósseas (radiopacas) circundam os espaços medulares (radiolúcidos) - Na região anterior, as trabéculas são mais irregulares, finas e numerosas, e os espaços medulares são pequenos - Na região posterior, devido ao maior esforço mastigatório, as trabéculas são mais numerosas - A ausência de trabeculado pode sugerir alteração patológica com destruição óssea. Em um cisto, por exemplo, não é possível ver o trabeculado ósseo REGIÃO DE INCISIVOS CENTRAIS - Septo nasal: vômer + lâmina perpendicular do etmóide. Por possuir componentes ósseos, imprime imagem radiopaca - Maxila determina o assoalho da cavidade nasal. A parte anterior do assoalho da fossa nasal também imprime uma estrutura radiopaca (abertura piriforme) - Sombra do ápice nasal como linha (sombra) radiopaca, mesmo sendo tecido mole. Isso ocorre devido a sobreposição das estruturas, havendo soma de densidades. - Não aparece em toda imagem, apenas em imagens com angulações verticais menores. - Em pacientes edêntulos o osso tem dimensões menores, aparecendo o ápice nasal com mais frequência - Espinha nasal anterior: ponto de união entre a maxila direita e esquerda - Aparece em forma de V, próximo a cavidade nasal - Conchas nasais inferiores: são ósseas, logo, aparecem radiopacas - Se localizam laterais ao septo nasal - Tamanho decrescente: concha inferior > média > superior - Normalmente estão lateralizadas no espaço aéreo, porém, dependendo da anatomia individual, podem estar centralizadas no espaço aéreo - Forame incisivo: saída do canal nasolacrimal - Abriga nervos e vasos, que não imprimem imagem radiográfica. Portanto, o forame aparece como uma imagem radiolúcida - Localizado entre os incisivos centrais, em forma de gota - Sutura intermaxilar: aberta na ortodontia para separação da maxila - Estrutura radiolúcida, pois é um espaço que contém densidade reduzida - Seio maxilar: - Estrutura radiolúcida, e sua parede que a delimita é radiopaca - O tamanho da cavidade varia dependendo da anatomia do paciente REGIÃO DE INCISIVOS LATERAIS E CANINOS - Linha radiopaca na segunda imagem: parede lateral basal do seio maxilar cruzando com a parede da cavidade nasal, formando o “Y invertido”. - Sutil linha radiolúcida impressa no seio maxilar na segunda imagem é a artéria alveolar superior posterior. REGIÃO DE PRÉ MOLARES -Assoalho do seio maxilar: estrutura radiopaca - Se a parede do seio maxilar estiver próximo ao ápices radiculares significa que eles estão muito próximos, portanto, não devem ser usado curetas ou qualquer instrumento para que não ocorra a conexão buco sinusal. - Septos do seio maxilar: estruturas radiopacas que separam o seio em várias lojas - Impressão da artéria alveolar superior posterior radiolúcida, linha na loja direita do seio maxilar - Projeção do sulco nasolabial: soma de tecido mole da bochecha com o do lábio. - Acontece em pacientes que tiveram perda dentária, pois isso possibilita a soma de outras estruturas - Ramos da artéria alveolar superior posterior: estrutura radiolúcida REGIÃO DE MOLARES - Osso esfenóide: dá origem ao hâmulo pterigóideo. Esse osso vem da maxila até a base do crânio, e abriga a hipófise. - Em uma imagem de molar superior, além da maxila também ocorre a impressão de estruturas do osso esfenóide (hâmulo), zigomático e processo coronóide da mandíbula. - Processo zigomático da maxila: estrutura fortemente radiopaca (devido a soma de densidades) em forma de “U” contínua com o osso zigomático, também radiopaco. - Abaixo do processo zigomático está uma linha radiopaca mais fina que representa o seio maxilar - Osso zigomático - Túber da maxila: região mais posterior da maxila, após o último molar 7.2 Anatomia radiográfica da mandíbula em periapicais REGIÃO ANTERIOR - Mesmo na região anterior, as trabéculas (linhas radiopacas) são mais espessas e visíveis do que na mandíbula. - Apresenta espaços medulares maiores, permitindo a melhor observação das trabéculas REGIÃO POSTERIOR - Trabéculas mais horizontais e espaços medulares ainda mais amplos REGIÃO DE INCISIVOS - Processo geniano: estruturas radiopacas de reforço ósseo, projetada para a face vestibular, mesmo sendo localizados na face lingual. - Além de serem projetados para outra face, existetambém a projeção da foramina em cima do processo geniano, enquanto ele fica naturalmente acima dele. Entretanto, também podem estar dissociadas (depende da anatomia do paciente) - Importância na inserção de músculos - Foramina lingual: ponto radiolúcido projetado no centro do processo geniano - Protuberância mentual: estrutura radiopaca, forma de V invertido - Área de reforço que possui indicação de sua remoção para realizar enxertos - Foramina lingual: - Canais nutrientes: estrutura radiolúcida REGIÃO DE CANINOS - Forame mentual: - Canal mandibular e base da mandíbula: estruturas radiopacas - O canal mandibular é uma faixa radiolúcida no osso. Compreendido por duas linhas, cortical inferior e cortical superior. Sua visualização só é possível devido essas linhas que o delineiam. - Abriga o nervo alveolar inferior, contendo feixe vásculo nervoso, por isso, imprime imagem radiolúcida REGIÃO DE PRÉ MOLARES - Forame mentual: REGIÃO DE MOLARES - Linha oblíqua: linha fortemente radiopaca que cruza os molares inferiores na região coronária e no terço cervical da raiz, por vestibular. - Reforço ósseo que abriga inserção muscular, localizado externamente, enquanto a linha milo hióidea é interna. - Linha milo hióidea: inserção do músculo milo hióideo, que forma o assoalho bucal - Também corresponde a um reforço ósseo - Localizada um pouco abaixo comparada a linha oblíqua - Fóvea submandibular: estrutura radiolúcida. - Glândula submandibular, inserida na mandíbula. Quanto corresponde a uma estrutura tênue é chamada de fóvea submandibular. - Se assemelha a um cisto 7.3 Anatomia em radiografias oclusais - Corresponde a uma radiografia oclusal total da maxila, pois o longo eixo do filme está perpendicular ao plano sagital mediano 1- Lábio superior 2- Sutura intermaxilar: linha radiolúcida entre as raízes dos incisivos centrais 3- Espinha nasal anterior 4- Septo nasal: estrutura (faixa) radiopaca entre as fossas nasais (áreas radiolúcidas bilaterais) - Dá continuidade a sutura intermaxilar 5- Cavidade nasal 6- Assoalho da fossa nasal: linha radiopaca bilateral, acima dos ápices dos dentes anteriores, marcada pelas setas. - Formato de V. No V está a espinha nasal anterior, e o ápice do V corresponde ao canal incisivo 7. Forame incisivo: aparece entre os incisivos e na linha mediana, como imagem radiolúcida oval 8. Parede lateral do forame incisivo 9. Seio maxilar 10. Canal nasolacrimal: conexão entre a cavidade nasal e lacrimal - Projetado na oclusal na região posterior - Área radiolúcida oval/circular - Localizada próximo aos molares por lingual, posterior ao processo frontal da maxila 11. Seio maxilar (Extensão palatina) 12. Seio maxilar (expansão anterior) 13. Sombra do osso frontal - Abertura superior do canal incisivo: área radiolúcida oval bilateral, acima da espinha nasal anterior, no interior da fossa nasal. - Localizados entre as raízes dos incisivos centrais superiores - A junção dos dois canais formam o forame incisivo - A projeção da abertura superior do canal incisivo está marcado com o cursor - O canal incisivo realiza a comunicação dos nervos com a cavidade nasal e bucal 8. Métodos radiográficos de localização - Pelo princípio da radiografia, é comprovado que ocorrem sobreposição de imagens, e objetos distintos geram a mesma imagem. Por isso é necessário o estudo dos métodos de localização das estruturas nas radiografias. - Como nesse caso, diferentes formatos geométricos (cone, cilindro, círculo) geram a mesma imagem. limitação das radiografias - A radiografia corresponde a uma representação bidimensional de estruturas tridimensionais. Em uma tomografia, a imagem é tridimensional. - Sobreposição de raízes em molares (importante na endodontia) e de estruturas ósseas. - Em uma radiografia de molar, ocorre as sobreposição da face mesial na distal ou da face vestibular ou lingual, dependendo da imagem. Portanto, em nenhuma radiografia haveria como ver todas as faces simultaneamente. - Obtenção de imagem com duas exposições (obter duas radiografias). Dose maior de radiação para o paciente, no entanto, é importante para o tratamento, como na endodontia. vantagens da localização - Relação custo benefício satisfatória (método convencional) - Utilização de aparelhos convencionais - Facilidade na execução - Facilidade na interpretação da imagem (tomografia cone beam pode gerar artefatos que dificultam a interpretação). MÉTODOS RADIOGRÁFICOS DE LOCALIZAÇÃO - Método de Clark - Método de Miller-Winter - Método de Donovan - Método de Parma - Método de Le Master (usado para remover processo zigomático da raíz dos molares superiores) - Técnicas conjugadas e uso de contraste (ex: periapical conjugada com oclusal). Contraste: usado para diferenciar imagens radiopacas das radiolúcidas. ● Método de Clark - Paralaxe ou deslocamento horizontal do cabeçote e cilindro localizador do aparelho de raio X. - Deslizamento de 5 graus - Ex: ao olhar o dedo indicador e médio de frente ocorre sobreposição, mas ao deslocar a cabeça e observá-los mais lateralmente, posso visualizar os dois dedos separadamente. O dedo mais distante desloca junto com a movimentação da cabeça, enquanto o mais próximo (indicador) se desloca no sentido contrário. - Quando dois objetos de sobrepõe, se o observador se deslocar, o objeto mais próximo dele se desloca virtualmente ao sentido contrário, enquanto o objeto mais distante se desloca virtualmente para o mesmo sentido. - Ex: em um molar, a raiz mesiovestibular encobre a mesiolingual. Ao deslocar o cabeçote para a esquerda por exemplo, a raíz mesiolingual ficaria mais anterior. Se deslocaria virtualmente para a esquerda enquanto a mesiovestibular se deslocaria virtualmente para a direita. ● Indicações: - Localização de dentes não irrompidos - Dissociação de condutos radiculares - Localização de corpos estranhos - Localização de anomalias e processos patológicos - É utilizado principalmente para a maxila ● Procedimentos técnicos - Duas exposições radiográficas, resultando em duas imagens. - Primeira radiografia: periapical ortorradial (técnica convencional para a região considerada) - Segunda radiografia: periapical mesiorradial e distorradial Segunda radiografia: outra radiografia periapical da mesma região com angulação horizontal variando de 5 a 10 graus para distal ou mesial. - Primeira radiografia (ortorradial): ocorrerá a sobreposição dos objetos. - Segunda radiografia (mesio ou distorradial): objetos dissociados ● Interpretação: “As imagens radiográficas dos objetos que aparentemente acompanharem o desvio do cabeçote (deslocamento virtual, objeto mais distante) estarão situadas próximo à face lingual ou palatina, e as imagens dos objetos que aparentemente se deslocarem para o lado contrário estarão situadas próximo à face vestibular.” ● Método de Miller Winter - Técnica do ângulo reto ou dupla incidência - Permite visualizar a região radiografada em três planos (primeiramente, na periapical, é possível ver a largura, altura e posteriormente uma oclusal para captar a espessura) INDICAÇÃO - Localização vestíbulo lingual de dentes inclusos, processos patológicos e corpos estranhos na região compreendida entre caninos e segundos molares inferiores. - Útil para odontopediatras PROCEDIMENTOS TÉCNICOS -Primeira radiografia: periapical de interesse, obtendo noção de altura e largura - Segunda radiografia:oclusal (com receptor de tamanho periapical) da região de interesse, obtendo noção da localização vestíbulo lingual ● Método de Donovan - Modificação na radiografia oclusal do método de Miller Winter para casos específicos (observação do terceiro molar) INDICAÇÕES 1. Localização de terceiros molares inferiores não irrompidos, posicionados muito posteriormente/próximo ao ramo ascendente da mandíbula; em alguns casos, com retenção transversa; 2. Determinação da expansão óssea vestibulolingual causada por processos patológicos na região do trígono retromolar e ângulo mandibular. COMPARAÇÃO - No método de Donovan, o filme é posicionado mais posteriormente, a fim de observar um terceiro molar incluso PROCEDIMENTOS TÉCNICOS 1. Posiciona-se o receptor de imagem, de modo oblíquo, sobre o ramo ascendente da mandíbula, abrangendo a área do trígono retromolar; 2. Com o auxílio do dedo indicador da mão oposta, o paciente mantém a borda anterior do receptor apoiada sobre a superfície oclusal do segundo molar inferior ou do rebordo alveolar, caso este dente esteja ausente - Incidir o feixe de raio X próximo ao ângulo da mandíbula - Por essa técnica, a dose de radiação quando comparada com uma radiografia periapical deve ser maior, já que o feixe deve atravessar a mandíbula. 3. O feixe de raios X deve ser direcionado perpendicularmente à face ativa do receptor, o que é conseguido rotacionando-se a cabeça do paciente para o lado oposto ao radiografado e direcionando-se o feixe incidente para o ângulo mandibular e o feixe emergente para o ápice nasal; 4. Utiliza-se o dobro do tempo de exposição (1,8s) empregado no exame periapical para a região de molares inferiores; - O tempo de exposição é muito grande. Por isso, normalmente é realizado uma panorâmica 5. O picote do receptor de imagem deve ser posicionado para o lado vestibular, a fim de evitar erros de interpretação. ● Método de Parma - Proporciona alterações na radiografia periapical quanto o dente está muito apical. -O posicionamento do receptor de imagem, é colocado com seu maior eixo inclinado em relação ao plano oclusal, aumentando a altura da área registrada. Dobrar um pouco das bordas inferior e superior para não machucar. Mesmo assim, a altura oclusoapical é aumentada. INDICAÇÕES - Localização dos ápices dos terceiros molares inferiores que tenham seu longo eixo inclinado para o lado mesial, e suas relações com o canal mandibular. Hoje, seria realizada uma tomografia cone beam. - Localização de processos patológicos alveolares na região distal ao terceiro molar inferior. PROCEDIMENTOS TÉCNICOS 1. Posicionar o receptor de imagem internamente (por lingual) e paralelo ao longo eixo dos molares inferiores. Então, promover uma inclinação do seu maior eixo/lado em relação ao plano oclusal; 2. Para uma maior comodidade, o receptor poderá sofrer dobras: na parte inferior, voltada para o lado da língua em contato com o assoalho bucal; na parte superior, voltada para as faces oclusais - A área de abrangência para visualização do terceiro molar aumenta, enquanto para primeiro diminui. Entretanto, o terceiro é o alvo. A área de abrangência não aumenta tanto quanto em uma panorâmica cone beam. ● Método de Le Master - Pode ser utilizado quando a técnica radiográfica periapical da bissetriz é executada para o exame da região de dentes molares superiores, onde ocorre, com grande frequência, a sobreposição da imagem do processo zigomático da maxila e do osso zigomático com aquela correspondente à região periapical desses dentes. - Método comumente usado até hoje, devido a grande quantidade de estruturas na região de molares superiores. - Alteração da angulação vertical PROCEDIMENTOS TÉCNICOS - Rolinho de algodão fixado na parte inferior do filme (próxima ao picote). -Colocar o algodão com o filme na maxila diminuindo necessidade de angulação vertical - A maior angulação leva a uma maior sobreposição de estruturas, e nessa técnica ocorre uma menor sobreposição - O filme se torna mais paralelo ao longo eixo do dente 1. Fixar um rolete de algodão com fita adesiva, na face ativa do receptor de imagem, de modo a mantê-lo apoiado na região cervical das faces palatinas dos molares superiores. 2. Este procedimento melhora as condições de paralelismo entre o receptor de imagem e os dentes. Ademais, associa-se a uma diminuição da angulação vertical. Indicações 1. Identificar lesões nas regiões periapicais dos molares superiores 2. Evidenciar os limites radiculares durante o tratamento endodôntico 3. Observação de resultados de cirurgias paraendodônticas e obturações retrógradas 4. Localização de raízes residuais dos molares superiores ● Uso de contraste - O contraste é aplicado para visualizar melhor alguma estrutura (destaque). 9. Efeitos biológicos da radiação ionizante e radioproteção FONTES DE RADIAÇÃO 1. Fontes naturais: elementos naturais radioativos na natureza, como areias monazíticas, ricas em tório (ex: Guarapari) - Fonte natural de radiação externa: radiação cósmica, gás radônio e as próprias areias citadas - Fonte natural de radiação interna: potássio 40 presente nas verduras (couve, cebola, cenoura…) é naturalmente radioativo 2. Fontes artificiais: aparelhos de raio X, reatores nucleares, radioisótopos artificiais (césio 137), bens de consumo (cigarro, televisores com tubos com rádios catódicos) - Radiação cósmica e terrestre > radiação diagnóstica > outros > radiação interna > poeira radioativa - A radiação diagnóstica é em sua maioria da parte médica, e não odontológica. Alguns protocolos foram revisados para diminuir essa taxa UNIDADES DE MEDIDA DAS RADIAÇÕES IONIZANTES 1. Doses de exposição: - A interação entre raios x (energia) com o ar gera a dose de exposição - raios x ou gama → ar → cargas elétricas por massa desse ar = dose de exposição - Ar: composto de gases que possuem massa ● Unidades - Unidade tradicional: RÖENTGEN - 1R= 2,58 . 10^-4 C/Kg - C/Kg: Coulomb por quilograma (carga pro massa) - Atualmente, o R está sendo substituído por C/Kg - O Kg mede a massa do ar 2. Dose absorvida - Após o raio X ser produzido, ele entra em contato com o ar gerando a dose de exposição. Depois disso, o raio X atravessa o ar, penetrando no corpo. - Nem toda a dose de exposição será absorvida pelo corpo, já que alguns feixes com onda muito grande não são absorvidos, formando radiação secundária (de escape, prejudicial). - A dose absorvida é a energia média (Joule) cedida pela radiação ionizante para a matéria por unidade de massa. ● Unidades - A unidade de dose absorvida é Gray (Gy). - Energia / massa: 1 gray = 1 J/Kg - A unidade tradicional era Rad, e 1 Gy = 100 rad - Em tratamento por radioterapia, uma dose típica absorvida por um tumor é cerca de 2 Gy (200 rad) em cada aplicação! Uma das consequências é a redução da vascularidade do tecido afetado - Por isso, realizar uma exodontia em um paciente que passou por radioterapia, existe o risco de osteorradionecrose (necrose óssea), onde não acontece o reparo do alvéolo e gerando infecção disseminada. - A dose absorvida é diferente para diversos tecidos, gerando diferentes efeitos a partir de diferentes tipos de radiação = dose equivalente DOSE EQUIVALENTE - Portanto, a dose equivalente leva em conta o tipo de radiação - Depende do fator de qualidade: Tipo de radiação Fator de qualidade Raios X, gama e beta 1 Nêutrons, prótons 10 Particular alfa 20 - A dose equivalente é multiplicada pelo fator de qualidade (x1 nos raios x, ou seja, os
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