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Resumo de Farmaco Prova 2

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Antiinflamatórios não esteroidais
O processo inflamatório agudo caracteriza-se pela curta duração e apresenta os sinais cardeais da inflamção, quais sejam: dor, calor, rubor, tumor e perda de função; além da liberação de células polimorfonucleares (neutrófilos, eosinófilos e basófilos). 
Já o processo inflamatório crônico além de perdurar por um período indeterminado, não apresenta um padrão tão estereotipado, variando de acordo com os tipos de mediadores celulares e humorais envolvidos, liberando células mononucleares (monócitos e linfócitos). Outras células, tais como as células endoteliais, macrófagos, mastócitos, além das plaquetas, também podem estar envolvidas. Deste momento em diante, o processo inflamatório passa para a fase de reparação, no caso de uma evolução favorável, por meio da eliminação do agente causal, formação de tecido de granulação e cicatrização. Se o processo não caminhar para a resolução, poderá ocorrer a supuração, ou seja, os microrganismos superam as defesas orgânicas, lisando as células leucocitárias e formando o pus, ou então poderá haver cronificação do processo.
Vários são os mediadores químicos envolvidos no desenvolvimento do processo inflamatório, podendo ser de origem tissular, como: aminas vasoativas, PAF (fator de ativação plaquetária), eicosanoides, citocinas, radicais livres superóxidos, óxido nítrico e neuropeptídios, ou de origem plasmática, como: sistema complemento, de coagulação e das cininas.
Ao contrário da Histamina, os eicosanoides não são pré-formados nos tecidos, sendo a sua produção vinculada a uma série de estímulos (síntese de novo). Assim, uma injúria qualquer que danifique a membrana das diferentes células do organismo será capaz de liberar frações de fosfolipideos, denominados ácidos araquidônicos, através da ação enzimática da fosfolipase A2 (PLA2) que, no estado não ativado, encontra-se na forma esterificada, ligada à membrana celular. O ácido araquidônico, quando liberado, não tem ação inflamatória; entretanto, os produtos de sua degradação, formados através da ação de enzimas denominadas cicloxigenase e lipoxigenase, são mediadores químicos fundamentais para o desenvolvimento do processo inflamatório.
A quebra do acido araquidônico pelas cicloxigenase origina as prostaglandinas (PGs) e tromboxanas (TXs). Por sua vez, as lipoxigenases dão origem aos leucotrienos (LTs). As PGI2 são produzidas preferencialmente no endotélio, enquanto as TXAs são obtidas a partir de plaquetas. As lipoxigenases são encontradas nas células plaquetárias pulmonares e leucocitárias, originando os leucotrienos.
Além da atividade anti-inflamatória, os AINEs também são utilizados no combate à dor e à febre. O processo febril ocorre quando os leucócitos, que estão fagocitando partículas estranhas, liberam pirogênios endógenos (citocinas) que após serem liberadas, ligam-se a receptores endoteliais cerebrais ou interagem com células da micróglia, ativando a formação de ácido araquidônico, via fosfolipase A2. Então, a COX 2 cerebral produz PGE2, que, por sua vez, aumenta a temperatura corporal faz com que o organismo reaja como se a temperatura externa estivesse baixa, produzindo vasoconstrição periférica, piloereção e tremores (mecanismos geradores de calor).
A dor periférica é iniciada por bradicinina e histamina e amplificada pela ação das PGs, principalmente a PGE2 e a PGI2, através de sua ligação a receptores nociceptivos, verificando-se a diminuição do limiar doloroso e a promoção de descargas elétricas, através da variação no potencial de repouso dos nociceptores. Esta ação resulta em estímulos dolorosos, em função da estimulação de regiões talâmicas. A PGI2 está relacionada com a hiperalgia imediata e de curta duração, enquanto as PGE2 se relacionam com a hiperalgia longa.
Características gerais dos AINEs
Varias são as ações terapêuticas dos AINEs, como no caso das ações anti-inflamatórias, analgésicas, antitrombóticas e antiendotóxicas. Eles podem atuar no SNC, promovendo ação antipirética e também analgésica. Estas ações decorrem, em grande parte, da ação inibitória sobre as enzimas que degradam o acido araquidônico: cicloxigenase e lipoxigenase. A ação antitrombótica esta relacionada com a inibição da síntese de TXs, e a ação antiendotoxica com a diminuição de eicosanoides, como as prostaciclinas e TXs.
Os AINEs têm maior efeito sobre a dor somática do que sobre a dor visceral, porem só serão eficazes nas dores potencializadas pela presença de PGs, ou seja, principalmente aquelas ocasionadas pela presença de PGs, associadas aos processos inflamatórios. A ação anti-inflamatória dos AINEs é particularmente importante em processos inflamatórios de tecidos moles, utilizados em desordens musculoesqueléticas. Alguns anti-inflamatórios demonstram ação condroprotetora, a utilização dos AINEs nas terapias de degenerações articulares deve ser cautelosa, já que alguns deles potencializam a degeneração.
A formulação de compostos na forma de sais sódicos torna-se mais bem absorvida pelo organismo. Após a absorção em sua maior percentagem estão ligados as proteínas plasmáticas. São excretados em urina básica, e preferencialmente pela bile.
Modo de Ação
A ação terapêutica decorre da inibição das enzimas que degradam o Ácido Araquidônico que são a cicloxigenase e lipoxigenase. Relembrando que os AINEs não agem em causa de base e não interferem no eixo hipotalâmico-hipofisário hormonal. Eles apenas inibem as vias da inflamação e não as enzimas! 
Aumenta dose e tempo de tratamento não potencializa o efeito.
Produtos originados pela COX-1 são PGs relacionados com reações fisiológicas renais, gastrointestinais e vasculares. Estas PGs controlam a intensidade da secreção gástrica através de um mucoprotetor e dilatam vasos renais em casos de hipóxia. A inibição da COX-1 aumenta secreção ácida e faz vasoconstrição renal. As PGs produzidas pela COX-2 participam de eventos inflamatórios, álgicos e térmicos. Já as PGs produzidas pela COX-3 atuam no SNC e órgãos do sentido, o que explica o porquê do paracetamol não ter atividade anti-inflamatória.
× Caráter periférico: anti-inflamatória, analgésica, antitrombótica, antiendotóxica
× Caráter Central: ação antipirética e analgésica
× Ação antitrombótica está relacionada com a inibição da síntese de TXs
× Ação antiendotóxica: diminuição quantitativa de eicosanoides, como prostaciclinas e TXs, que são responsáveis por alterações cardiovasculares e metabólicas no choque endotóxico.
Os AINEs em geral basicamente não permitem liberação excessiva de eicosanoides, o que diminui a sensibilização dos nociceptores, além de diminuir a quantidade de analgésicos e anestésicos aplicados. As ações analgésicas dos AINEs em associação com outros anestésicos tanto imediatamente antes, como durante o processo cirúrgico podem produzir um efeito de sedação ou ataxia, além de permitirem a recuperação mais rápida da anestesia e não promoverem tolerância ou dependência farmacológica.
A produção de eicosanoides (derivados do ac. Araquidônico) pode ser inibida por inibição da liberação de ac. Araquidônico, antagonismo de receptores, inibição de eventos de transdução que ocorrem após ocupação dos receptores ou inibição das oxigenases nos ácidos graxos.
Muitos AINEs são utilizados nas desordens musculoesqueléticas, pois são importantes no tratamento de inflamação em tecidos moles, responsáveis pela resistência ao movimento das articulações. Alguns apresentam ação condroprotetora, logo a utilização na terapia de degenerações articulares deve ser cautelosa, pois alguns podem aumentar o quadro patológico ao aumentarem a degradação como por exemplo: Ácido Acetilsalicíloco, fenilbutazona, indometacina, ibuprofeno e naproxeno.
Farmacocinética
Meia vida de uma substância difere muito de espécie para espécie na classe dos AINEs. Animais mais novos não tem sistema enzimático hepático suficientemente maduro e idosos tem uma menor suficiência renal e hepática. A absorção dessa classe de medicamento geralmente ocorre de forma rápida, mas em equinos podeser retardada devido à ligação dos AINEs a componentes alimentares no TGI.
Após absorção, maior parte do medicamento se encontra ligada à proteínas plasmáticas (99%), sendo o volume de distribuição pequeno sendo este concentrado no plasma e fluidos extracelulares. Os AINEs são em grande maioria ácidos fracos (excessão do Paracetamol e derivados do Ac Carboxílico e Ac Acetilsalicílico), o que confere grande afinidade a áreas inflamadas pois o pH baixo dessas áreas favorece grande concentração de AINEs. Também devido ao baixo pH, os AINEs são facilmente excretados na urina básica, por isso a aplicação de substancias alcalinas auxiliará no restabelecimento do paciente em casos de superdosagem.
Efeitos Colaterais
Potencial terapêutico e efeitos colaterais das diferentes bases atuam pelos mesmos processos fisiológicos, e em geral são obtidos pela inibição de enzimas que atuam sobre produtos derivados da membrana celular. A maioria das associações assim como o uso prolongado (+ 5 dias) leva ao aumento dos efeitos colaterais. Em pacientes com comprometimento renal ou hepático os efeitos colaterais também são potencializados. 
A inibição seletiva da cicloxigenase leva a via das lipoxigenases, favorecendo a formação de LTs e fazendo com que o processo inflamatório ocorra da mesmo maneira, mas por outros mecanismos. A maioria dos AINEs inibe a via das cicloxigenases, contudo existem algumas bases que inibem preferencialmente a via das lipoxigenes e tem aquelas bases que inibem ambas as vias (dupla ação). A maioria dos AINEs inibe as duas COX, mas tem preferência pela COX-1. Isso nos leva a efeitos colaterais como gastrites difusas, erosões gástricas, ulcerações, gastroenterites hemorrágica fatal, falhas renais agudas, injúrias renais crônicas, síndromes necróticas e nefrites. A ação dos AINEs inibindo PGs (PGe2, PGI2) causam a vasodilatação renal além de liberarem renina e a transferência de eletrólitos, o que leva a diminuição do fluxo renal e da filtração glomerular. 
Os cães eliminam preferencialmente por vias biliares (reciclagem êntero-hepática), o que os predispõe a uma maior ocorrência de lesões na parte inferior do TGI. Sendo que no TGI ocorre erosão da mucosas devido a não neutralização do HCl pelas PGs. A inibição das TXs por sua vez causa aumento do sangramento pois prejudica a coagulação e agregação plaquetária. Como os AINEs diminuem a secreção mucosa estomacal, não se recomenda o uso dos AINEs com estômago vazio pois aumentam a secreção gástrica podendo causar lesão. Também é recomendado o uso de Omeprazol para balancear o efeito.
Pró-drogas: agentes que atuam através de seu metabólitos.
Antiinflamatórios removedores: atual sobre os radicais livres já formados no processo inflamatório, catalisam ou decompõe.
Utilização conjunta de corticosteroides pode agravas efeitos colaterais dos AINEs. Também se deve evitar associação com outras substâncias que produzam nefrotoxicidade. Não se deve também usar em gestantes pois PGs atuam no desenvolvimento do feto. O medicamento apresenta uma maior meia vida em neonatos e idosos por isso se deve aumentar intervalo de aplicação. 
Derivados do Ácido Carboxilico
Promovem uma analgesia leve, tendo ação antipirética e anti-inflamatória. São bem absorvidos por via oral, mas não se deve dar de estômago vazio. Em altas doses esse medicamento leva ao aumento do tempo de sangramento e pode provocar acidose. Diferentemente dos outros AINEs, os derivados do ácido carboxílico apresentam 50-70% de ligação com as proteínas plasmáticas. São administrados na forma BID. 
 × Equinos: apresenta pouca potência, tendo uma meia vida (MV) de 1 hora. 
 × Felinos: Afeta a estrutura da hemoglobina do gato, o que causa hemólise. Nos gatos apresentam uma meia vida de 36 horas porque o gato tem uma deficiência na Glicuroniltransferase, uma enzima hepática responsável pela biotransformação desse medicamento. A conjugação do medicamento ao ácido glicuronico também afeta a atuação desse medicamento. Os sintomas de intoxicação são: anorexia, hemorragia gástrica, vomito, anemia e febre. 
 × Bovinos: Diminui a produção leiteira
 × Cães: Meia vida de 8 horas.
Derivados do Ácido Acético
Possuem ação dual afetando a cicloxigenase a lipoxigenase, tendo alta potência anti-inflamatória e analgésica. São menos irritantes a mucosa gástrica que os derivados do ácido acetilsalicílico. É condroprotetor e indicado para o tratamento de artrites não infecciosas e miosites. Um dos grandes exemplos é o Diclofenato, Voltaren e Cataflan. 
× Cães: Não usar o diclofenato que causa ulceras gástricas, 1 comprimido causa uma ulcera perfurante em um cachorro de 50kg.
Derivados do Ácido Propriônicos
Existem 4 grandes grupos o Ibuprofeno, Naproxeno, Carpofeno e Cetoprofeno. 
A família do Ibuprofeno (Brufen, Ibuprofeno e Advil) inibe a COX-1 e COX-2 na mesma proporção e de forma irreversível e apresenta bons resultados em choques endotóxicos, mastites, adesões cirúrgicas. 
A família do Naproxeno ( Anaprox, Equiproxen e Flanax) apresentam também boa ação em alterações musculo-esqueléticas, tendo portencia anti-inflamatoria, antipirética e analgésica. Se usa de maneira SID e se tem que ter cautela ao usar em cães.
A família do Carprofeno (Rimadyl e Zenecarp) tem uma rápida absorção oral, metabolismo hepático e excreção renal. É um potente anti-inflamátorio e também tem uma boa ação para alterações musculo-esqueléticas, mas tem um baixo potencial analgésico. É melhor para cães porque inibe a COX-2 mais do que a COX-1, podendo ser usado por até 2 semanas (um dos poucos AINEs que pode). Pode ser aplicado de forma BID em cães. Em felinos deve ser dado em dose única e é péssimo para equinos pois o custo é inviável. 
A família do Cetoprofeno (Ketofen e Profenid) é muito usada para cirurgia em região de boca e face. É contra indicado para pacientes que tenha histórico de ulcerações e portadores de alterações hematológicas e de medula óssea. É o mais seguro para equinos. 
Derivados do Ácido Aminonicotínico
O mais famoso dessa classe a Flunizina Meglumina (Banamini, Desflan e Banoxine), sendo bem absorvidos de forma oral tendo uma boa meia vida e alta taxa de ligação a proteínas plasmáticas (fator de segurança). Possuem metabolismo hepático e excreção renal, com uma toxidade intermediaria se comparado com outros AINEs. São indicados para choque séptico pois tem a capacidade de redução dos níveis de eicosanoides e de substancias importantes nesse processo, basicamente eles tem função de estabizacao de memebrana o que diminui o risco de sepse ou retarda o seu processo. 
O grande problema deles é que mascaram a sintomatologia dando falsa impressão de recuperação. 
 × Equinos: diarreia de potros, choque, coline, doença respiratória, inflamações pre e pos-operatórias. 
 × Cães: Discopatias, artrites, colalso cardíaco, diarreia, choque e alterações oculares. Contudo, pode causar insuficiência renal aguda. 
 × Bovinos: Doencas respiratórias agudas, mastite, choque, febre, dor e diarreia
Ácido Enólico
- Pirazolonas
O medicamento mais conhecido é a Fenilbutazona e Metamizol (Dipirona). Os derivados da Fenilbutazona possuem uma discreta atividade antiespasmódica. Podem causar redução do fluxo renal, redução da síntese de glicosaminoglicanos e redução de agregação placentária (menor taxa de coagulação). São bem absorvidos por via oral e podem causar necrose se feito por SC ou IM. 
 × Equideos: muito bom para o tratamento de clauticações e possui um baixo custo
 × Bovinos: resíduos no leite e na carne por 37 horas. 
Os derivados do metamizol tem efeito antiespasmódico sobre musculo liso do TGI e útero. Também deixa resíduos no leite e na carne. 
 - Oxicans
Meloxican tem execelente acao analgésica e antipirética, sendo um portente inibidpr de TXA e PGI. 
PAGINA 17
Antiparasitários
De todos os animais, os ovinos são os mais sensíveis aparasitoses que é uma das principais causas de morte na ovinocultura. Nos últimos anos poucas bases vêm surgindo, o que se fazia era/é aumentar a concentração, o que fez com que as verminoses criassem resistência e os animais tivessem maiores chances de sofrer um efeito colateral. 
Piperazina e fenotiazina foram os primeiros antiparasitários. Os benzemidazóis, pirimidinas, imidotiazóis, Salicilanilidas e lactonas macrocíclicas foram surgindo com o passar do tempo. 
Atualmente se tem estabelecido que um fármaco ideal deve ter composição química estável (antes e depois da administração); ação sobre formal adultas e imaturas do parasita; ação sobre animais de diferentes faixas etárias e espécies; eficácia contra cepas resistentes; não interferir na imunidade do animal; ter alta margem de segurança; ausência de resíduo em tecidos e dose ótima (eliminação de mais de 95%) e ser preferencialmente de fácil adminitração; ter boa tolerância e palatabilidade.
Fatores a serem levados em consideração:
Se busca eliminar o agente ou manter a carga parasitária a níveis toleráveis. 
Nenhum fármaco atua contra todos parasitas e em todas fases do desenvolvimento, por isso se deve repetir a medicação depois de 21 dias. 
95% dos parasitas estão no ambiente e que apenas 5% estão no animal. Um manejo sanitário que evite a proliferação de parasitas no ambiente é de fundamental importância. 
Especificidade de raça: cães de raça de pastoreio, principalmente os Collie, não podem tomar ivermectina, pois causa mutação no gene MDR1 (efeito teratogênico). 
Adaptação de dose terapêutica de uma espécie para outra: caprinos necessitam de maiores doses que ovinos
Animais com alta Carga parasitária: obstrução intestinal e/ou de vasos sanguíneos.
Idade dos animais: formação de sistemas enzimáticos
Peso: evitar sub-doses, resistência 
Fisiopatologias: gestantes, nefropatas, hepatopatas, desidratados e proteinemicos
Caso citado pelo professor:
- Fipronil (Frontline): Medicamento lipossolúvel, portanto não se deve dar banho 2 dias antes e 2 dias depois da aplicação. Assim o medicamento espalha de acordo com a camada de gordura da pele. O problema desse tipo de medicamento é que o animal precisa sugar pra ele funcionar, portanto o animal ainda pode contrair a babesia. 
- Fipronil + Metopreno (Frontline Plus): não deixa a pulga sair da capa de quitina, matando a pulga por inanição. O fetropene é por contato, por isso que “limpa” o ambiente. 
- Coleiras Antiparasitárias normalmente são repelentes. 
- Um bom protocolo anti-parasitário vermífuga a fêmea antes de cruzar e o filhote depois de 30 dias. Caso a fêmea precise de um vermífugo, o ideal é o Fembendazol que é melhor para fêmea gestantes pois tem um baixo potencial teratogênico.
Classificação dos Antiparasitários 
× Compostos Inorganicos: Sais de metais, são comulmente anticestódeos. 
× Compostos Orgânicos: tratamento de aves, arecolina
× Orgânicos Sintéticos: mais usados atualmente
Formas de Administração
× Suspensão líquidos ou liofilizados: indicados para filhotes
× Pasta: bom para equinos
× Comprimidos
× Grânulos ou cubos: incorporados na ração sendo usados para suínos. 
× Bolus: utilizado para ruminantes, mas são ineficientes pois tem liberação lenta e irregular além do rumen ser um compartimento diluidor. 
× Via parenteral: São bases de baixa solubilidade, não devem ser aplicadas por via parenteral (IM, SC, IV)
A escolha da via de administração depende do efeito esperado (localizado ou sistêmico), latência para o efeito, características físico químicas do fármaco. O intestino delgado é o principal local de absorção de medicamentos feitos por via oral, pois tem alta vascularização, contudo para que o medicamento seja bem absorvido ele tem que ser uma base/ácido fraco ou um composto neutro. Para animais poligastricos devemos lembrar do rumem que é um compartimento diluidor, o que dificulta a absorção e distribuição do antiparasitário, portanto a concentração do fármaco vai diminuindo até chegar na biofase podendo ocorrer sub e superdoses.
A via transmucosa ou tópica também é muito utilizada para se obter feito não sistêmico. Para funcionar o medicamento tem que ter afinidade oleosa. A aplicação tipo pour on ou spot on são um bom exemplo, ocorrendo no dono e cerdelha do animal principalmente para o controle de ectoparasitas. 
Antiparasitários
 × Endoparasiticidas: benzimidazóis, imidotiazóis, pirimidinas, piperadinas, praziquantel.
 × Endectocidas: avermectinas, milbenicinas
 × Antiprotozoários: aceturato de diaminazeno, imidocarb, metronidazol , piremetamina. 
Obs: Doxiciclina apesar de ser um ATB (bacteriostático) age contra epatozoon, erliquiose, babesia, riquetcioses. Ela não mata, diminui a carga parasitária permitindo que o sistema imune atue. Até hoje não foi relatada resistência com frequência. 
Anti-Helmínticos
As helmintoses constituem um grave problema sócio-economico, por causarem grandes prejuízos e serem zoonoses. A finalidade do tratamento é limitar a eliminação de ovos e larvas nas fezes e, consequentemente, reduzir o número de estágios infectantes no meio onde vivem os hospedeiros.
Os nematódeos (vermes cilíndricos) constituem a classe de maior destaque entre os helmintos, por sua patogenicidade e ampla distribuição geográfica. Os céstodeos (vermes chatos segmentados) tem importância relacionada com a saúde pública, pela transmissão da cisticercose e hidatiose para o homem. Os trematódeos (vermes chatos) possuem a Fascíola hepática como o verme de maior interesse dentro da Medicina Veterinária.
Os prejuízos decorrentes das helmintoses nos animais se traduzem, principalmente, por perda de peso, crescimento tardio e predisposição a outras doenças.
*endectocidas: ação para endo e ecto parasitas.
× Modo de ação dos anti-helmínticos:
As bases farmacológicas interferem na produção de energia, na coordenação neuromuscular e na dinâmica microtubular dos parasitas, causando a destruição dos parasitas por inanição quando são esgotadas suas reservas energéticas ou a sua expulsão, decorrente de paralisia. A interferência na coordenação neuromuscular ocorre quando o anti-helmintico inibe a ação neurotransmissores excitatório (acetilcolina) ou inibitório (ácido gama-aminobutírico GABA), o que resulta na paralisia espástica e flácida do parasito, respectivamente.
Para combater o maior número de parasitas de uma única vez, associações de compostos efetivos contra ascarídeos, ancilostomídeos e cestódeos estão disponíveis para pequenos animais, como o praziquantel associado ao pirantel ou febantel.
Agentes anticestódeos e antitrematódeos
× Substitutos fenólicos
× Modo de ação:
Os substitutos fenólicos interferem no metabolismo respiratório dos helmintos, bloqueando a produção de energia por inibição da fosforilação oxidativa mitocondrial. Os fenóis são desacopladores da fosforilação oxidativa, provavelmente por facilitarem o retorno dos íons H+ para a matriz mitocondrial, desfazendo assim o gradiente de pH responsável pela síntese de ATP. Após o esgotamento de suas reservas energéticas, os parasitos morrem por inanição. Estes medicamentos causam também o desprendimento do escólex da mucosa intestinal e das proglotes proximais do cestódeo.
× Farmacocinética:
Os fenólicos associam-se fortemente as proteínas plasmáticas, favorecendo a sua distribuição para os tecidos e eliminação lenta no organismo. A biotransformação ocorre no trato gastrointestinal e no fígado. São eliminados principalmente pelas fezes, através da via biliar.
O nitroscanato é absorvido no trato digestivo.
O nitroxinil, quando administrado via parenteral atinge a sua maior atividade, visto que por via oral os microrganismos do rúmen o biotransformam reduzindo sua eficácia. A absorção é sistêmica e a biotransformação ocorre no fígado.
A alta afinidade dos substitutos fenólicos as proteínas resulta no longo período de carência para consumo da carne e leite.
× Efeitos tóxicos:
A margem de segurança destes fenólicos não é tão alta como a de outros compostosanti-helminticos. Quando usado na dose remendada pode causar perda do apetite e diarreia. Em doses elevadas, observam-se cegueira e sinais característicos de intoxicação por compostos desacopladores da fosforilação oxidativa como: hiperventilação, hipertemia, convulsões, taquicardia. Efeitos teratogênicos foram observados com o uso do niclofolan.
*bovinos são menos tolerantes ao niclofolan.
*cães tratados com nitroscanato podem apresentar vômitos.
*nitroxinil causa efeitos tóxicos como taquicardia, taquipneia e hipertemia.
Endoparasiticidas
× Benzimidazois
× Classificação: 
- Tiazólicos: tiabendazol, cabendazol
- Metilcarbamatos: parbendazol, mebendazol, flubendazol, albendazol, fembendazol, aoxfendazol
- Helogenados: triclabendazol
- Pró- benzimidazois: febantel, tiofanato, netobimin. (Se tornam mais ativos depois de biotransformados)
× Modo de ação:
Despolarização da tubulina: os microtúbulos, estruturas que compõem o citoesqueleto das células, modificam-se por processos de polimerização e despolimerização das subunidades da proteína tubulina. A ligação dos benzimidazóis a tubulina do parasito resulta na sua despolimerização e consequentemente, alterações dos microtúbulos, interrompendo processos vitais para a função celular, como a divisão mitótica, transporte de nutrientes e alterações na forma da célula.
Inibição da enzima fumarato-redutase nas reações mitocondriais levando a morte do parasita por inanição.
× Farmacocinética:
Os benzimidazois são medicamentos antinematódeos. Esses classe de medicamentos é insolúveis em água, sendo os tiazólicos mais hidrossolúveis. Benzimidazóis como, por exemplo, o fenbendazole são mais bem absorvidas em meio alcalino.
No medicamento é absorvido no trato gastrointestinal, biotransformado no fígado ou no TGI pela microbiota (menor parte). A principal via de excreção é a biliar. 
Não deve ser usado em fêmeas em lactação, pois passar para o neonato pelo leite sendo então biotransformado no fígado do filhote. A grande maioria dos benzimidazois também não deve ser dado para fêmeas gestantes por ter efeito teratogênico, a única excessão é o fembendazol que é relativamente seguro. Por terem uma alta taxa de ligação a proteínas plasmáticas os benzimidazóis são bem tolerados e tem ampla margem de segurança sendo excelente para a primeira doze de um filhote. 
× Efeitos tóxicos:
Apresentam boa tolerabilidade e alta margem de segurança. Devido a sua baixa solubilidade e alta afinidade a tubulina do parasita. Causam efeitos teratogênicos (deformidades rotacionais e flexionais nos membros).
× Imidotiazóis
Principalmente o levamisol e tetramizol. 
× Modo de Ação
Agonistas colinérgicos que interferem na coordenação neuromuscular causando uma paralisia espástica no parasita. São eficazes contra nematódeos gastrointestinais e pulmonares, tendo portanto um menor espectro de ação. Contudo, esse medicamento pode ter efeito no hospedeiro, pois os receptores do parasita e do hospedeiro são iguais. 
× Farmacocinética
São bem absorvidos por via oral- rápida (pico plasmático em 2 a 3 horas), tendo uma smpla distribuição nos tecidos. Sofrem biotransformação hepática, sendo 90% eliminado na urina em 24h. A eficácia está relacionada com o pico plasmático.
× Efeitos tóxicos
Não é recomendado para fêmeas em lactação pois passa para o neonato via leite. Ele possui uma baixa segurança, apresentando efeitos semelhantes a intoxicação colinérgica. Reza a lenda que não tem efeito teratogênico, mas não é bom confiar. O medicamento também não deve ser associado a outros colinominéticos (agonistas colinérgicos) pois causam sinergismo por potencialização. 
Para bovinos o período de carência é de 2 dias para leite e 7 dias para carne. Equinos e caninos são mais susceptíveis a intoxicação. Vale lembrar que é um medicamento DL50, o que significa que se você dobrar a doce do medicamento ele é letal.
× Tetraidropirimidinas / Pirimidinas
Os principais medicamentos são o pirantel, morantel e oxantel.
× Modo de ação:
As pirimidinas são pouco absorvidas no trato gastrointestinal, sendo muito bons para nematódeos gastrointestinais como ascarídeos e ancilostomídeos (vermes cilindricos). Possuem ação nicotínica na junção neuromuscular, relaxamento da musculatura e causando o desprendimento do parasita. 
Medicamento é administrado via oral tendo um maior efeito em monogástricos, pois o pH estomacal favorece absorção e atuação do medicamento. É biotransformados no fígado, a maior parte é excretada nas fezes com a excessão dos cães, que fazem a maior parte da excreção pela urina. Como uma grande parcela desse medicamento é eliminada de forma inalterada apelas fezes ele ajuda no controle ambiental dos parasitas. 
× Efeitos tóxicos:
Vômitos e cólicas em cães. Contudo, os efeitos tóxicos são raros e restritos ao TGI.
× Avermectinas e Milbemicina
Funcionam como endectocida, as formas mais conhecidas das avermectinas são ivermectina, abamectina e doramectina. Já as formas mais conhecidas das milbemicinas são moxidectin, milbeicina e oxina. Esse medicamento age contra a maioria dos nematoides (berne, miíase e sarnas), mas não age contra trematódeos, cestoides, pulgas e sugadores em geral pois o GABA não é essencial como transmissor periférico,
× Modo de ação:
As lactonas macrociclicas potencializam a ação inibidora neuronal no cordão nervoso ventral dos parasitos que é mediada pelo acido gama-aminobutirico (GABA). Estes medicamentos, conhecidos como agonistas do GABA, atuam sobre os canais de cloro e estimulam a liberação pré-sinaptica deste neurotransmissor através doaumento de sua ligação aos receptores pós-sinapticos. Deste modo, o canal de cloro é aberto, aumentando a condução intracelular do neurotransmissor e consequentemente alterando a membrana do neurônio, hiperpolarizando-a, resultando na paralisia motora do tipo flácida e eliminação do parasito.
× Farmacocinética:
Aplicadas em sua maioria por via subcutânea o que prolonga a sua residência no organismo. Quando administrado por via oral são absorvidas pelo TGI mas no caso de ruminantes esse medicamento sofre uma inativação parcial no rúmen o que diminuiu sua absorção para apenas 25 a 30%. Também são absorvidas pela pele quando aplicadas por via percutânea. 
A excreção destes medicamentos ocorre em maior parte através das fezes, como composto original e em menor proporção na urina e no leite.
× Efeitos tóxicos:
Apresentam uma considerável margem de segurança, geralmente não causam efeitos tóxicos nos animais, pois apresentam alto peso molecular e não atravessam facilmente a barreira hematoencefálica. Podem manifestar sinais de intoxicação como convulsão, depressão, tremores, ataxia, vômitos, letargia, salivação e midríase, resultando muitas vezes na morte dos animais.
Não de ser usado em fêmeas em lactação (com exceção da eprinomectina), bezerros com menos de 4 meses e em cães de pastoreio, devido ao alto índice de mutação e problemas teratogênicos.
× Piperazina
Piperazina foi um dos primeiros medicamentos. Possui um uso restrito a terapêutica de massa de aves e suínos. Possuiu boa eficiência contra ascarídeos (espectro reduzido) e nematoides, causando um bloqueio neuromuscular no parasita, mas é insuficiente para mata-lo por isso são comuns reinfestações e vermes vivos nas fezes. Possuiu baixa toxicidade, mas pode causar alterações no SNC se administrado em altas doses. Só é recomendada para outros animais como uma base alternativa em casos extremos de resistência.
× Pirazinoisoquinolonas / Praziquantel
As pirazinoisoquinolonas são atualmente os medicamentos de eleição no tratamento das infecções por cestódeos em animais domésticos, não sendo usado em grandes animais por questões econômicas. O febantel e o paraziquantel não são muito usados quando não estão associados.
× Modo de ação:
Estes medicamentos tem efeito no parasito, sobre o potencial de membrana das células musculares, promovendo a entrada do íon cálcio para o interior da célula, o que resulta na contração muscular, na vasodilatação e desintegraçãodo tegumento do helminto (Vacuolização do tegumento). Um outro efeito destes medicamentos é sobre o metabolismo de carboidratos do parasito, causando sua morte por inanição.
× Farmacocinética:
O praziquantel é ligeiramente solúvel em água e muito bem absorvido por via oral, sendo 80% do medicamento absorvidos pelo trato digestivo, porção inicial do intestino delgado. A biotransformação ocorre no fígado, e os metabólitos ativos são distribuídos rapidamente nos tecidos, sendo eliminados após quatro a seis horas. É excretado nas fezes ou urina. O epsiprantel, por outro lado, é pobremente absorvido no trato gastrointestinal.
× Efeitos tóxicos:
É um medicamento muito seguro, raramente determina efeitos colaterais. Contudo, ele não é recomendado para filhotes com menos de 4 semanas. Vale lembrar que o uso concomitante com dexametasona reduz sua eficácia.
Ectoparasiticidas
Mais difíceis de controlar que os endoparasitas, precisa controlar o ambiente pois é onde se encontra a maior parte. Os artrópodes possuem mecanismos bioquímicos para se manterem insensíveis aos inseticidas, como alteração nas propriedades do sítio de ação do inseticida e mudanças nas taxas de metabolismo e no transporte do inseticida e mudanças nas taxas de metabolismo e no transporte do inseticida no seu interior.
A subdosagem e a pressão de seleção, ou seja, a intensificação de aplicações, tem sido os principais fatores associados ao surgimento de cepas resistentes.
× Organofosforados
São compostos orgânicos, derivados do ácido fosfórico. São normalmente associados com os piretróides. Clorofenvinfós em associação com piretróides é recomendado para bovinos no combate ao carrapato B. microplus e ao berne.
× Modo de ação:
Os organofosforados são inseticidas e/ou acaricidas que se ligam irreversivelmente ao sítio esterasico da enzima colinesterase, que é responsável pela cisão da molécula de acetilcolina. Este processo resulta no acumulo de acetilcolina nos locais onde este neurotransmissor é liberado, promovendo uma hiperexcitabilidade e hiperatividade no parasito, seguindo de incoordenação muscular, convulsões e morte.
× Efeitos tóxicos:
O índice de segurança é geralmente pequeno. Os efeitos são letargia, anorexia, diarreia, polaciúria, vômitos, salivação e tremores musculares. O sulfato de atropina reduz parcialmente estes efeitos tóxicos.
× Formamidinas ou Imidinas (Amitraz)
É exclusivo para ectoparasitas como sarnas, piolhos e carrapatos. 
× Modo de ação:
É um agonista adrenérgico que causa a inibição da MAO (monoaminooxidase). A enzima MAO possui ação catalisadora da desaminação das catecolaminas, aumentando então os níveis de noradrenalina e serotonina no organismo, causando depressão do sistema nervoso. Ele também atua nos os canais de sódio, paralizando a musculatura genital das teleoginas, inibindo sua oviposição.
× Farmacocinética:
Biotransformação no fígado e excreção via bile nas fezes e urina. Instável em meio ácido, sendo hidrolisado e absorvido no estomago quando administrado via oral. Pode ser utilizado por via tópica, sendo absorvido em maior quantidade quando a pele do animal possui lesões ou esta inflamada, basicamente quando integra ocorre uma menor absorção.
× Efeitos tóxicos: 
Pois baixa toxicidade, contudo, não é indicado para equinos pois inibe a Substancia P, causando ílio paralítico (relaxamento do m.liso intestinal) e consequentemente compactação e timpanismo no intestino grosso. Ele causa um efeito sedativo em cães, não sendo recomendado para cães com diabetes mellitus devido a sua alteração na relação glicose/insulina.
 Reversão com ioimbina, atipamezole ou tolazolina em forma IV. Efeito residual de 7 a 9 dias. Incluído na classe das formamidina (mesmo da xilasina), efeito sedativo transitório que não significa intoxicação.
× Piretróides
× Modo de ação:
Os piretroides possuem propriedade lipofílicas que facilitam a sua penetração nos artrópodes através de sua cutícula rica em lipídeos. São levados pela hemolinfa para as células nervosas. O sitio de ação destes agentes é o canal de sódio destas células, aumentando a condutância deste íon. 
Os piretroides do tipo I prolongam o influxo de sódio, reduzem tanto o fluxo da corrente de sódio como o efluxo de potássio causando um estado de desequilibro, provocando inquietação, incoordenação, fraqueza e paralisia. 
Os piretroides do tipo II causam despolarização da membrana nervosa sem descargas repetitivas e reduzem a amplitude do potencial de ação. Também se admite que essa classe atue como agonista em receptores colinérgicos nicotínicos e como antagonista nos do acido gama-aminobutírico (GABA). Ações dos piretroides promovem inibição de cálcio, magnésio, ATPase e sobre a calmodulina, responsável pela ligação intracelular dos ions de cálcio, também foram descritas.
Basicamente, os piretroides inibem o transporte de Na e K no sistema nervoso. Os piretroides mais comuns são a Flumetrina, permetrina, cipermetrina e a deltametrina.
× Farmacocinética:
Os piretroides são pouco absorvidos pela pele, ocorrendo maior absorção nas mucosas, particularmente do trato digestivo e respiratório. Uma das principais vias de biotransformação é a hidrolise da molécula por carboxilesterases e oxidases da fração microssomal dos tecidos. A conjugação com sulfatos, glicuronideos, taurina, glicina e outras substancias no fígado faz parte deste processo, que é semelhante em diversas espécies animais. As principais vias de eliminação são as fezes e urina. Resíduos de piretroides e de seus metabolitos podem ser encontrados no leite semanas após a aplicação tópica. 
Efeitos tóxicos:
A atividade inseticida dos piretroides pode ser aumentada com a adiçaõ de algumas substancias que, embora não tenham ação inseticida, competem com o piretroide pela mesma via metabólica, potencializando os efeitos tóxicos destes sobre os mamíferos. 
É um medicamento pouco tóxico, contudo em caso de hipersensibilidade podem ocorrer alterações na musculatura da boca (animal fica se lambendo). Atualmente não há antídoto específico para reverter intoxicação.
Piretroides do tipo I produzem a síndrome T, caracterizada por hiperexcitabilidade, agressividade, tremores, fraqueza, e respostas de sobressalto. Os piretroides do tipo II produzem a síndrome CS, cujos sinais clínicos são: coreoatetose, salivação profunda, movimento de pedalar, convulsões clonicas, incoordenação e desorientação.
× Imidacloprid
Indicado como pulicida (adultas e larvas).
× Modo de ação:
Interferem na transmissão de impulsos no sistema nervoso dos insetos. Essa droga exerce seu efeito ligando-se aos sítios receptores nicotínicos no neurônio pós-sinaptico.
× Farmacocinetica:
Absorvido pelo TGI, distribuído uniformemente pelo organismo, excretada nas fezes e urina. Na forma spot-on é distribuído por toda a pelo do hospedeiro. Chega a sua eficácia máxima em até 24 horas. 
× Fipronil
Não utilizar em bovinos que estejam em lactação ou no 1º trimestre da gestação. 
× Modo de ação:
Inibe competitivamente o GABA, fixando se no receptor no interior do canal de cloro, inibindo o fluxo celular dos ions, anulando assim o efeito neurorregulador do GABA e causando a morte do parasito por hiperexcitação.
× Efeito tóxico
É muito eficaz contra pulgas (adultas e larvas), mas tem efeito moderado contra carrapato. Existe em forma spray, top-spot e spot-on. Apresenta baixa toxidade podedendo ser utlizado em filhotes. 
Endectoparasiticidas
× Avermectinas e milbemicinas
Denominam-se endectocidas devido a seu amplo espectro de ação. Sendo que a Eprinomectina não deixa resíduo no leite.
× Modo de ação:
Propõe-se que as lactonas macrociclicas potencializem a ação inibidora neuronal mediada pelo GABA, promovendo hiperpolarização do neurônio e, portanto, inibindo a transmissão nervosa.
Provocam ataxia e paralisia dos insetos e nematódeos, enquanto mamíferos intoxicados exibem hiperexcitação, incoordenação e tremores, caminhando para ataxia e coma.
Antiprotozoários
× Aceturato de Diaminazeno
Interfere na síntese de DNAdo parasita, provocando ataxia e paralisia dos insetos e nematódeos. Possuiu um potencial tóxico elevando.Quando intoxicado o animal apresenta alterações no sistema nervoso. Os sinais clínicos são salivação, tremores musculares, degeneração hepática, renal e cardíaca. Se pode usar atropina como antídoto.
 É eficaz no tratamento de babesiose. Contudo, ele precisa entra nas hemácias para destruir o parasita, para isso lisa as hemácias. O tratamento durante altas cargas parasitológicas aumenta os efeitos colaterais.
	× Imidocarb
Causa a vacuolização do citoplasma do parasita, redução dos ribossomos e dilatação da cisterna do núcleo. Não é recomentado em quadro avançados devido aos efeitos tóxicos (colinérgicos). Esse medicamento não é totalmente metabolizável, possuindo uma eliminação lenta e níveis sanguíneos prolongados. É mais agressivo que o azeturato de diaminazeno pois tem eliminação lenta e níveis sanguíneos prolongados.
É utilizado para a profilaxia da babesiose e anaplasmose em animais de produção (introdução de animais susceptíveis em áreas de risco), usando-se metade a dose terapêutica. 
	× Metronidazol
Causa a interrupção na síntese de DNA nos parasitas, sendo utilizado principalmente para Trichomonas sp. , Giardia sp., Histomonas meleagrides e Bactérias anaeróbicas (é antibacteriano além de antiparasitário). É bem absorvido por via oral tendo uma ampla distribuição pelo organismo. Sua excreção se da pela urina.
Não é muito tóxico para cães, mas pode provocar distúrbios neurológicos (tremor, fraqueza, ataxia). Não recomendado durante prenhez ou lactação
	× Pirimetamina
Causa a inibição da enzima tatraidrofolase-redutase, sendo muito utilizado para o tratamento de malária em humanos e de toxoplasmose em animais quando associado à sulfonamidas (ATB à base de sulfas).
É um medicamento muito pouco palatável, de absorção razoável e pode causar depressão da medula óssea e deficiência de ácido fólico no hospedeiro. Essa deficiência pode causar efeito teratogênico no terço inicial da gestação. O quadro é reversível com suplementação de ácido fólico.
Antimicrobianos
Estes agentes podem ser específicos ou inespecíficos. Os antimicrobianos inespecíficos atuam sobre MO em geral, quer sejam patogênicos ou não, são eles os antissépticos e os desinfetantes que servem para limpar instalações e equipamentos. Os antimicrobianos específicos atuam sobre MO responsáveis pelas doenças infecciosas que acometem os animais, são os quimioterápicos e os antibióticos.
Antibióticos: substancias químicas (medicamentos) produzidas por MO, ou os seus equivalentes sintéticos, que tem a capacidade de, em pequenas doses, inibir o crescimento (bacteriostático, fungistatico, etc.) ou destruir (bactericida, fungicida, etc.) MO causadores de doenças.
Antibióticos biossintéticos: são aqueles obtidos a partir de cultura de MO, na qual se acrescentam substancias químicas capazes de alterar a estrutura molecular do antibiótico que esta sendo produzido.
Antibiótico semi-sinteticos: são obtidos em laboratório acrescentando-se radicais químicos ao núcleo ativo de um antibiótico isolado de um meio de cultura, no qual cresce um MO.
Sintobioticos: antibióticos obtidos exclusivamente por síntese laboratorial, porem a partir do estudo dos precursores obtidos de MO.
Classificação dos antimicrobianos (ATM)
× Antibacterianos
 - Estrutura química
 - Ação biológica
 - Espectro de ação (longo ou curto)
 - Mecanismo de ação
× Antifúngicos
× Antivirais
Fatores determinantes na prescrição de antimicrobianos
A prescrição de um antimicrobiano envolve a tríade: o agente etiológico, o antimicrobiano especifico e o paciente. As propriedades do antimicrobiano ideal são: 
Destruir o MO, em vez de inibir o seu desenvolvimento.
Possuir amplo espectro de ação sobre os MO patogênicos.
Ter alto índice terapêutico.
Exercer atividades em presença de fluidos do organismo (exsudato ou pus)
Não interferir as defesas do organismo (síntese de anticorpos, migração de células de defesas).
Não produzir reações de sensibilização alérgica.
Não favorecer o desenvolvimento de resistência bacteriana.
Distribuição por todos os tecidos e líquidos do organismo, em concentrações adequadas.
Poder ser administrado por diferentes vias (oral, parenteral e local).
Preço acessível.
A posologia e a duração do tratamento são fatores ligados ao antimicrobiano que devem ser cuidadosamento considerados na terapêutica. As condições do paciente, as condições patológicas prévias (nefropatias, hepatopatias, etc.), prenhez, fatores genéticos, entre outros, devem ser considerados quando da escolha de um antimicrobiano.
Mecanismo de Ação
× Atividade Bactericida ou Bacteriostática
A atividade do medicamento depende da concentração do mesmo no local de infecção e, dependendo do agente pode haver mudança na ação do medicamento. Para testar a eficácia do medicamento contra uma bactéria se faz um Testes de ação biológica.
No teste de ação biológica os medicamentos são testados pelo seu CIM ([ ] inibitória mínima) e pelo seu CBM ([] bacteriostática mínima), sendo feito também uma cultura e antibiograma (mostra sensibilidade e percentual de cada antimicrobiano como resposta). Se usar um ATM sensível na cultura, contudo ele não funcionar no tratamento do animal, significa que a resposta pode estar alterada. Para fazer cultura do material coletado, o animal não pode estar usando ATM pois vai apresentar falsos negativos.
Penicilinas e animoglicosídeos são bactericidas, enquanto macrolídeos e tetraciclinas são bacteriostáticos.
× ATM concentração dependente x tempo dependente
Medicamento concentração dependente são os aminoglicosídeos, quinolonas, metronidazol, polimixinas. Nesses tratamentos se uma uma maior concentração de medicamento com um maior intervalo de tempo. Esse tipo de tratamento leva a uma maior erradicação dos agentes. Para aumentar a eficiência do medicamento se aumenta a concentração, colocando com maior intervalo de tempo entre as doses. 
Os medicamentos tempo dependente mais comuns são os Betalactêmicos, macrolídeos, tetraciclina e as sulfas. Aplica-se o medicamento por um tempo maior, em maiores doses com menores concentrações.
× Mecanismo de atuação
Inibindo a síntese da parede celular bacteriana: betalactâmicoa (penicilinas e cefalosporinas)
Alterarando a permeabilidade da membrana celular bacteriana: polimixinas e antifúngicos sistêmicos (nistanina e anfotericina B)
Inibindo a síntese ou a função dos ácidos Nucleicos: rifamicinas e quinolonas (enrofloxisana)
Inibem a síntese proteica e atuando como bactericidas: aminiglicosídeos (estreptomicina, neomicina, amicacina)
Antimetabólitos (inibem a síntese do ac. Fólico): sulfonamidas e trimetopim
Observações do professor:
Processos fechados como piometra e abcessos não tem concentração de ATM suficiente para agir, pois o corpo encapsula e as vezes excluí. O que se faz e drenar e pode ser usado ATM tópico (mas não tem efeito interessante). 
Causas do insucesso da terapia antimicrobiana
Os principais motivo de insucesso de uma terapia é:
Tratamento de infecções não sensíveis (viroses), 
Erro na escolha do ATM ou na posologia (dose/tempo/[ ], tempo dependente ou [ ] dependente), 
Presença de focos infeciosos encistados
Presença de tecido necrótico onde o medicamento não chega, ou pela presença de urólitos ou corpo estranho.
Persistência (sensível in vitro mas não tem resultado positivo in vivo),
Resistência do microorganimos
Erro na frequência de administração.
O principal motivo de insucesso é a resistência bacteriana. A resistência bacteriana adquirida pode ser por mutação (ocorre por acaso) ou transferência de genes de resistência. A transferência genômica pode ser tanto cromossômica como extracromossomica (através do plasmidio). A transferência gênomica ocorre por 3 meios:
Transdução: transferência de genes de resistência por um bacteriófago. É o principal meio de resistência do Staphylococcus aureus à penicilina, eritromicina, cloranfenicol e tetraciclinaConjugação: passagem de plasmídeo, por contato via fímbria ou ponte sexual. Há possibilidade de resistência cruzada. Principal mecanismo de resistência dos bacilos gram-negativos
Transposição: trânsposons- segmentos de DNA
Por fim, a resistência bacteriana funciona através da inativação do fármaco por enzimas ou modificação nos seus receptores na célula. As mutações (principal mecanismo de resistência) acaba por fazer uma seleção de cepas mutantes resistentes.
Em casos de extrema resistência se tem as superbactérias, que muitas vezes são as mais comuns, mas tem cepas resistentes a vario antimicrobianos pois tiveram contato com diversas frações de antimicrobianos. Para o nosso azar, essa resistência é passada geneticamente.
Associação de antimicrobianos
Sempre que possível, deve-se evitar a associação de antimicrobianos, porém em algumas situações ela é necessária como no caso de tratamento de infecções mistas, em que os MO são sensíveis a diferentes antimicrobianos, para evitar ou retardar o aparecimento de resistência ou quando as associações potencializam a ação do medicamento tais como:
A combinação das sulfas com o trimetoprim tem efeito bactericida, mas isolados são bacteriostáticos.
Bactericida + bactericida = efeito sinérgico ou aditivo.
Bactericida + bacteriostático = efeito sinérgico, aditivo ou antagonista.
Bacteriostático + bacteriostático = efeito aditivo.
Antimicrobiano e o período de carência
Período de carência, de retirada, de depleção ou de depuração é o tempo necessário para que o resíduo de preocupação toxicológica atinja concentrações seguras.
Sulfas, Quinolonas e outros Quimioterápicos
Sulfaonamidas
São efetivas contra bactérias Gram-positivas, algumas Gram-negativas e protozoários (toxoplasma gondii, Isospora, Eimeria), sendo que esse medicamento não causa alteração na flora ruminal. São excelentes para infecções agudas. Nas infecções crônicas, principalmente aquelas com produção de grandes quantidades de debris, não respondem bem ao tratamento com este quimioterápico. 
 A sulfa impede a formação de ácido fólico, o que impede a formação de novas cadeias de DNA. Contudo, as sulfas não funcionam para bactérias que usam o ácido fólico do hospedeiro tais como a Leptospira. A resistência bacteriana as sulfas normalmente ocorre de maneira gradativa e lenta, contudo o uso prolongado e errôneo fez com que a resistência surgisse rapidamente.
A dose inicial das sulfas deve ser maior do que as doses de manutenção subsequentes, sendo um medicamento dose dependente, sendo um bacteriostático que atua como bactericida em altas doses (podem ocorrer reações adversas). A sulfa é comumente usada contra coccidioses. 
Atualmente as sulfas as sulfas são usadas somente associadas ao trimetoprim. O trimetroprim tem uma ação antimicrobiana mínima sozinho, mas com a sulfa o efeito é potencializado para bacteriostático. 
× Classificação das Sulfonamidas
 - Sistêmicas de curta ação
Tem rápida absorção e excreção, exibindo intervalos entre doses de 4 a 6 horas, porém possui baixa taxa de ligação as proteínas plasmáticas, isso significa que uma grande quantidade do medicamente fica livre o que aumenta a taxa de depuração aumentando a chance de acumulo causando cristaluria. É muito usada em aves, coelhos e herbívoros contudo não se deve usar isoladamente em carnívoros pois podem causar cristalúria. 
Exemplo: Sulfametazina
- Sistêmica de ação intermediária
Rapidamente absorvidos e tem eliminação lenta. Indicado para o tratamento de infecções urinarias, entéricas e sistémicas. Podem ser usados para todas as espécies. 
Exemplo: Sulfametoxazol e Sulfadiazina
- Sistêmica de ação prolongada
Eliminação ultralenta, com meia vida plasmática gigante. São ideias para carnívoros e determinam níveis plasmáticos baixos. Apesar de não penetrarem no SNC, na presença de insuficiência renal podem determinar quadro de intoxicação graves.
Exemplo: Sulfadoxina
- Uso entérico
 		Baixíssima absorção, tem sua ação restrita ao TGI. Após a ingestão são hidrolisadas no lumen do colon em sulfanilamida ativa.
Exemplo: Sulfaguanidina
× Modo de ação:
As sulfonamidas, quando administradas em concentrações terapêuticas, são bacteriostáticas e, em concentrações altas, são bactericidas, mas nestas concentrações podem causar graves reações adversas no hospedeiro. 
As Sulfas são análogos do ácido p-amiobenzoico (PABA) que é essencial na formação do ácido Fólico, sendo este indispensável para síntese de DNA e RNA bacteriano. Esse medicamento funciona como um antimetabólitos, pois o PABA e sulfas são antagonistas competitivos, assim um desloca a ligação do outro.
Sulfa inibe 1º sítese que converte PABA em ácido Di-hidropteroico, o que diminuí formação do precursor do ácido Fólico (di-hidrodólico) tendo portanto uma função bacteriostática, pois não vai afetar as bactérias já formadas. O Trimetropim por sua vez impede que o ácido Fólico se converta em ácido Tetra-hidrofólico, o que impede a síntese de DNA, RNA e proteínas tendo a associação destes função bactericida. 
× Farmacocinética:
As vias de administração dependem do derivado de sulfa escolhido. Diferentes derivados possuem diferentes meia vidas dependendo da forma de aplicação. Outro fato importante é que a via de aplicação também interfere na distribuição do medicamento. No pH fisiológico, as sulfas com baixo pK apresentam alto grau de ligação com as proteínas, e o contrario ocorre com aquelas sulfas com alto pK.
Absorção varia conforme a espécie, sendo mais rápida em aves (tratamento maciço de cocidioses) e mais lento em bovinos (aplicação deveria ser parenteral). 
As sulfas se distribuem amplamente por todos os tecidos do organismo. Estes quimioterápicos atravessam a barreia hematoencefálica e placentária, podendo apresentar níveis fetais semelhantes aos dos plasmáticos. Os níveis plasmáticos podem variar de acordo com o medicamento. 
São biotransfromadas no fígado passando por uma acetilação e oxidação que gera um metabólito chamado acetilsulfatiazol. O acetilsulfatiazol é menos solúvel e tem maior capacidade de causar irritação e toxicidade renal, podendo formar cristais o que é indesejável já que a sua eliminação se faz por via renal (filtração glomerular ou secreção tubular). Uma pequena porção de sulfas pode ser eliminada por saliva, suor e leite. O consumo do leite deve ser feito apenas 4 dias após o encerramento do tratamento.
× Observações importantes no tratamento com sulfas:
Se fizermos a administração das sulfas com antiácidos, a absorção do medicamento diminui drasticamente.
Se tratar com sulfa ao mesmo tempo que outro medicamente que compete com o PABA, como por exemplo o fipronil e a procaina, um dos dois vai ser deslocado.
A Sulfa é muito usada para diarreia, mas não pode ser associado com vit B pois essa é estimuladora do ac fólico, logo vai contra a ação da sulfa. 
Sulfas de curta duração podem causar cristalúria pois se ligam pouco à ptn’s plasmática, sobra muito e grande quantidade vai ser eliminada pela urina. As de longa duração se ligam mais a ptn’s plasmáticas, vai menos quantidade para urina.
Analgésicos e antiinflamatórios (indometacina, fenilbutazona e salicilatos) aumentam a potência e diminuem a meia vida plasmática das sulfas
Os sais monossódicos das sulfas podem ser administrados por via intravenosa, com exceção da sulfadimidina e sulfadimetoxina sódica. Estes quimioterápicos não devem ser administrados por nenhuma outra via parenteral, pois são altamente alcalinos e instáveis.
Anticonvulsivantes e digitálicos são potencializados pelas sulfas- favorece o desligamento das reservas
× Mecanismos de resistência as Sulfas
 - Resistência Natural: bactérias não necessitam sintetizar seu próprio ácido fólico, podendo utilizar o folato pré-formado como o caso da leptospira
 - Adaptação enzimática: os microorganismos passam a utilizar vias alternativas par a obtenção de mebólitos essenciais, inativando a droga.
× Efeitos tóxicos:
Os sintomas são aumento de salivação, diarreia, hiperpnéia, excitação,fraqueza muscular e ataxia. A toxidade crônica mais comumente observada é a cristalúria sulfonamídica, sendo este efeito relacionado com a precipitação das sulfas e principalmente seus metabólitos acetilados nos túbulos contorcidos renais. Por isso, deve-se evitar que o tratamento com as sulfas se prolongue por um período superior a 1 semana.
Trimetoprim e outros inibidores de redutase
A afinidade do trimetoprim pela enzima bacteriana é de aproximadamente 20 a 60 mil vezes maior do que pela dos mamíferos. Portanto, o trimetoprim é um quimioterápico bastante seguro.
O trimetoprim pode ser utilizado isoladamente ou associado com as sulfas, que é muito vantajoso, já que quando se associam produzem efeito sinérgico, já que atuam em etapas diferentes na produção do ácido tetraidrofólico. Outra vantagem desta associação é a menor incidência de resistência bacteriana. A associação de sulfa e trimetoprim possuem efeito bactericida. Possuem espectro de ação contra Gram-negativas e positivas, para o tratamento de infecções do sistema respiratório, digestivo e urinário.
O ormetoprim é um outro inibidor da diidrofolato redutase que tem como vantagem sobre o trimetoprim sua meia vida maior.
Quinolonas
A primeira quinolona introduzida foi o ácido nalidixico, seguindo-se a flumequina e o ácido oxonilico. As quilonas são divididas em gerações. 
As quinolonas de primeira geração são eficientes contra Enterobacteriaceae, combatem infecções urinárias de difícil tratamento, possuem atividade contra Pseudomonas aeruginosa, anaeróbios e bactérias Gram-positivas. Contudo, elas apresentam uma grande taxa de resistência por isso são difíceis de se achar no mercado. Os medicamentos mais conhecidos são o Ácido nalidíxico, oxolínico e flumequina.
 Já as de segunda geração são denominadas de fluorquinolonas e possuem atividade contra os mesmos MO das de primeira geração e ainda atingem Chlamydia sp., Mycoplasma sp. E legionella sp. São as mais utilizadas e a primeira escolha quando tratando de infecções urinárias e gastrointestinais, pois nesse tipo de infecção a predominância de bactéria Gram -. Os medicamentos mais conhecidos dessa classe são Enrofloxacina, norfloxacina (cistite), ciprofloxacina, ofloxacina, esparfloxacina, lomefloxacina, floroxacina, pefloxacina.
Observação do Professor: 
As Bactérias mais comuns que causam cistite são E. coli, Clebsiela e Proteus. Todas são Gram – e na teoria as fluorquinolonas funcionam muito bem, mas as cepas podem ter adquirido resistência. 
As de terceira atuam contra os mesmos MO da de segunda geração e são eficientes contra S. pneumoniae. As mais comuns são levofloxacina, esparfloxacina, moxifloxacina. Elas produzem efeitos cardiotoxicos e fototoxicos (maior potência, mais efeitos colaterais). Já as de quarta geração possuem potente atividade contra os anaeróbios, mas pode causar necrose hepática. A mais comum é a trovafloxacina. Ambas as gerações são dificieis de se achar. 
As fluorquinolonas produzem poucos mutantes resistentes.
× Modo de ação:
As quinolonas são antimicrobianos bactericidas e sua atividade antimicrobiana se relaciona com a inibição das topoisomerases bacterianas do tipo II, também conhecida como DNA girase. As topoisomerases são enzimas que catalisam a direção e a extensão do espiralamento das cadeias de DNA. Estes quimioterápicos inibem a DNA girasse, impedindo o enrolamento da hélice de DNA numa forma superespiralada, basicamente impedindo sua conformação e por isso, sua função.
× Farmacocinética:
Podem ser administradas por VO, SC, IM e IV, tendo uma distribuição ampla. Uma das principais vantagens do uso das fluorquinolonas é o seu largo volume de distribuição, além da baixa ligação com as proteínas plasmáticas. As fluorquinolonas são parcialmente biotransformadas, sendo excretadas na urina e na bile como substancia ativa.
× Efeitos tóxicos:
São medicamentos bem tolerados e as reações adversas são raros. Os principais efeitos adversos são vomito, diarreia, dor abdominal entre outros.
Por ter uma baixa taxa de ligação as proteínas plasmáticas, grande parte do medicamento fica livre. Esse medicamento se distribui tão bem que pode atingir tecido ósseo e os dentes. Em filhotes pode afetar as epífises causando a calcificação da mesma e consequentemente distúrbios de crescimento, por isso não se deve dar esse medicamento para animais menores de 8 meses. 
Esse medicamento também tem efeito teratogênico, não sendo recomendado para animais gestantes. 
Em casos de tratamento prolongado, ele pode causar cristalúria em animais com urina alcalina (não inclui cães e gatos), para evitar basta manter o animal hidratado. Ele também pode causar degeneração de retina em gatos, e em cães alterações na espermatogênese e atrofia testicular.
× Interações medicamentosas:
As quinolonas diminuem significativamente o metabolismo hepático de algumas substancias, através da inibição do sistema microssomal P-450. 
A administração concomitante com antiácidos, produtos com ferro ou multivitamínicos diminui a biodisponibilidade das quinolonas. 
As quilonas sofrem interação com AINES provocando excitação do SNC, com a farvarina aumentando o tempo de protrombina (sangramento), com a cefalosporinas , com o clorofenicol e com as tetraciclinas. O uso de cloranfenicol (inibidor de síntese proteica) ou rifamicina (inibidor da síntese de DNA), concomitantemente ao uso de quinolonas, produzirá efeito antagônico, pois é necessário haver produção de RNA e síntese proteica para que a quinolona desempenhe seu efeito bactericida.
Derivados nitrofuranicos
Os derivados nitrofuranicos possuem amplo espectro de ação contra bactérias Gram-negativas, Gram-positivas e alguns protozoários e fungos. Podem ser bactericidas ou bacteriostáticos dependendo da dose. É um medicamento dose dependente. 
Sua grande vantagem é sobre a resistência bacteriana, que ocorre raramente. O uso por via sistêmica tem sido bastante limitado, devido aos efeitos tóxicos frequentes. A atividade antimicrobiana dos derivados nitrofuranicos é bastante reduzida em presença de pus, sangue e leite. Os 3 compostos mais utilizados são a nitrofuratoína, Furazolidona e Nitrofurazona. 
× Nitrofurantoína
Usado para tratamento de infecções do trato urinário, principalmente em cães. Pode ser administrada por via oral, mas sua meia vida plasmática é pequena sendo rapidamente excretado pelos rins. Ele atravessa barreira hematoencefálica e placentária. A biotransformação ocorre em vários locais, mas ocorre principalmente no fígado. É contra indicado em animais com nefropatias e cautela com aqueles que possuem histórico de diabetes e anemia.
× Furazolidona
Usado para infecções de TGI, possuindo propriedades semelhantes a nitrofurantoina. 
× Nitrofurazona
Uso tópico para o tratamento de queimaduras, metrites, mastites, etc
Antibióticos betalactâmicos
Agem impedindo a síntese da parede celular. Como a parede celular é uma estrutura fundamental para a manutenção da vida da bactéria, a supressão da sua síntese conduz a morte da célula. Uma outra vantagem é que, como apenas as bactérias têm parede celular esses medicamentos são altamente específicos. São bactericidas tempo dependentes. 
As penicilinas e as cefalosporinas não são capazes de atuar sobre a parede celular já formada. Para ação bactericida destes antibióticos é preciso que os microrganismos estejam se multiplicando (fase de log). As bactérias ditas Gram-positivas possuem apenas acamada basal, e as Gram-negativas possuem uma camada adicional lipídica. As penicilinas e cefalosporinas inibem a transpeptidase, enzima que participa da última etapa da síntese da parede celular.
O que esse medicamento faz basicamente é inibir a clivagem da D-alanina terminal das cadeias, causando rigidez e instabilidade. Essa função se da pelo anel betalactâmico na estrutura das penicilinas e cefalosporinaa.
A resistência aos betalactamicos se da pela dificuldade do ATB penetrar na camada externa da parede, pela dificuldade do ATB atingir o sítio de ligação e pela produçãode betalactamases (mais importante) que quebram o anel betalactâmico. Essas betactamases podem ou não ser específicas para cefalosporinases ou penicilinases.
Observação do professor:
Diedroestreptomicina é o ATM de eleição para tratamento da leptospirose. 1° animoglicosídeo descoberto mais diidratado, sendo que inda não aconteceu resistência. Praticamente todos ATM que interferem na síntese proteica são bacteriostáticos. Exceto os aminoglicosídeos que são bactericidas.
Penicilinas
São os ATB mais antigos, sendo que a únicas naturais são a benzipenicilinas e derivados, o restate é produzido de modo semi-sintético.
× Penicilina G
A mais potente é a penicilina G, sendo a única usada em terapêutica. As penicilinas G são divididas em sódica, potássica, procaína e benzatina, cada uma com uma maior vida plasmática, respectivamente. Elas atuam principalmente sobre Gram-positivas. 
Seu curto espectro de ação, principalmente contra gram + tais como estreptococos, actinomyces, listeria monocytogenes e clostridium) não é necessariamente ruim, pois desde que se conhece o microoganismo e sua sensibilidade ao fármaco (cultura e antibiograma) ela pode ser extremamente eficaz. A penicilina G também não age contra pseudômonas e a maioria das enterobacteriaceae pois produzem penicilases que são enzimas normalmente causadoras de resistência.
 A penicilina G (benzilpenicilina) é inativada pelo pH ácido do estomago, razão pela qual é usada exclusivamente por vias parenterais. Apenas a penicilina G cristalina pode ser aplicada por via intravenosa, as demais (procaína e benzatina) só devem ser usadas por via SC ou IM (profunda, devido ser bastante dolorosa).
A penicilina G, procaína e benzatina tem uma taxa de ligação as proteínas plasmáticas de 60% e permanecem no organismo animal por tempo prolongado sendo então chamadas de penicilinas de longa duração ou de depósito. A penicilina G tem dificuldade de atravessar a barreira hematoencefálica quando íntegra. Não são biotransformadas no organismo, sendo eliminada por secreção tubular (90%) ou filtração glomerular (10%).
× Penicilina V
Também chamada de fenoximetilpenicilina , se difere destas unicamente pelo fato de ser resistente ao pH ácido do estomago, podendo portanto, ser administrada por via oral. Ela age principalmente contra Gram + interferindo na síntese da parede celular (peptídeosglicano).
× Penicilinas resistentes as penicilases
Alguns MO produzem uma enzima capaz de cindir o anel beta-lactamico das penicilinas, fazendo com que o antibiótico perca sua atividade antimicrobiana. Essas penicilinas resistentes também são conhecidas como Antiestafilocócicas. Com pesquisas e tudo mais surgiram penicilinas resistentes a penicilases sendo estas as isoxazolilpenicilinas, as meticilinas e a nafcilina.
As isoxazolilpenicilinas que são estáveis em meio ácido, biotransformadas no fígado, sendo eliminadas por via renal. As mais conhecidas são oxaciclina, cloxacilina e a cicloxacilina.
A meticilina é acido sensível não sendo administrada via oral, biotransformada no fígado; e a nafcilina que é administrada preferencialmente por vias parenterais e é biotransformada no fígado.
× Penicilinas de amplo espectro de ação
As penicilinas de amplo espectro de ação são semi-sinteticas e surgiram na busca de medicamentos cada vez mais eficientes, mas todas são sensíveis a penicinilases. Para tentar burlar essa desvantagem se busca um efeito sinérgico com inibidores das betalactamases, que ocorre principalmente para também evitar resistência. Um gradeexemplo é o Ácido Clavulâmico + amoxilina, o ácido clavulâmico sozinho não tem efeito bactericida ou bacteriostático, só inibe a B-lactamase o que potencializa a função da amozilina. 
O principal grupo das penicilinas de amplo espectro é a aminopenicilinas, que englona a ampicilina e derivados e a amoxicilina. 
× Ampicilina e derivados
É ácido estável, sendo bem absorvida por via oral, pode também ser administrada por vias parenterais. agem em cocos G+ e G- e bacilos G- .É eliminada predominantemente sob a forma de urina e bile. 
× Amoxicilina 
Possui absorção no trato digestivo (90% da dose), tendo o mesmo espectro de ação que as ampicilinas. 
× Toxidade e feitos adversos
São pouco tóxicos mesmo em altas dozes pois as células animais não apresentam parede celular. As reações adversas mais comuns são as reação alérgica (farmacodermia), que são mais comuns com as penicilinas naturais. Em altas doses podem ocorrer também anorexia, excitação, morte (principalmente em equinos). As reações adversas mais comuns são anemia hemolítica e trombocitopenia (destruição de plaquetas)
Cefalosporinas
As cefalosporinas são bactericidas e tempo dependentes. As cefalosporinas de primeira geração possuem espectro de ação antimicrobiana mais estreito, atinge as Gram-positivas, estafilococos produtores de penicilase. Os medicamentos de primeira geração mais comuns são a cefalotina e a cefalexina. 
As cefalosporinas se 2ª geração são pouco menos ativas que as de 1ª geração contra bactérias Gram-positivas, porem tem maior atividade contra bactérias entéricas Gram-negativas. O medicamento mais comum dessa classe é a cefoxitina. Contudo, essa classe caiu em desuso pois desenvolveram a terceira geração.
As cefalosporinas de terceira geração possuem maior espectro de ação contra bactérias Gram-negativas, inclusive tem certa estabilidade na presença de beta-lactamases, porém são menos ativas contra bactérias Gram-positivas. O medicamento ceftiofur é o mais conhecido dessa classe, sendo o medicamento mais usado em casos de septicemia, mas precisa de um ATB em associação para destruir as bactérias. Outro medicamento importante dessa classe é a ceftriaxona.
× Farmacocinética
É semelhante a das penicilinas. A cefalotina, a cefoxitina e a ceftriaxona podem ser feito por IV ou IM. A cefalexina é um dos poucos medicamentos feitos por via oral. O ceftiofur só pode ser via intramuscular. 
× Efeitos Tóxicos e Adversos
Os efeitos adversos são raros sendo alguns relacionados com via de aplicação. A via IM, por exemplo, é dolorosa e podem aparecer irritações locais ou abcessos. Não há registros de efeitos teratogênicos.
Nefrotoxicidade raramente é relatada e ocorre principalmente em pacientes neonatos, idoso ou nefropatas. Se associado a aminoglicosídeos que também são nefrotóxicos, o potencial nefrotóxico do medicamento aumenta.
Outros Betalactamicos
Dentre os betalactâmicos inibidores das lactamases, o principal é o ácido Clavulânico. Ele sozinho tem atividade ATM desprezível, mas quando associado a penicilinas ele tem ação bactericida. 
 
Antibióticos que interferem na síntese proteica – Bactericidas 
Aminoglicosídios
Os aminoglicosídeos são bactericidas, e os mais conhecidos são a estreptomicina, canmicina e a gentamicina.
Atividade predominante contra Gram-negativos, sendo por isto associados as penicilinas naturais (Gram-positivas), visando ampliar o espectro de ação. 
× Modo de ação
Estes antibióticos interferem na síntese proteica bacteriana, promovendo a formação de proteínas defeituosas. Os aminoglicosídios entram pelos canais de porina e ligam-se a subunidade ribossomal 30S, fazendo com que o rubossomo mude o receptor da subunidade da proteína. Isso provocando a leitura incorreta do código genético, o que permite a incorporação de aminoácidos incorretos na cadeia polipeptídica. Esta proteína defeituosa formada na presença dos aminoglicosídios é fundamental para o metabolismo da bactéria, levando a morte celular.
Observação do Professor: 
Se associa o Ceftiofur com os aminoglicosídeos apesar do seu potencial nefrotóxico. Isso se faz porque o ceftiofur desorganiza a parede bacteriana formada e acaba por destruir a parede bacteriana em formação. Essa destruição/desorganização causa um aumento de permeabilidade, o aminoglicídeo não precisa passar pelo canal de porina, o que auxilia na entrada do medicamento dentro da bactéria potencializando a sua ação. Em casos graves de sepse é vale pena, o que você deve fazer é umexame de urina periódico. Em casos de cristalúria você deve avaliar se vale a pena ou não suspender um dos medicamentos. 
× Bases
Classificação quanto a potência, espectro e estabilidade: Amicacina > Tobramicina ≥ Gentamicina > Neomicina = Camicina > Estreptomicina (indicação pontual) 
Amicacina e Tobramicina são unteis contra pseudômonas aeruginosa, Salmonela e Brucella spp .
Estreptomicina e Di-hidro estreptomicina agem contra micobactérias e lestospira spp. São menos ativas contra outros MO, mas contra essas bactérias especificamente esse medicamento é muito bom.
Amicacina é o maior espectro do grupo. São as mais resistente à inativação enzimática da bactéria, as menos nefrotóxica e menos ativas contra estreptococos. 
× Farmacocinética
A absorção dos aminoglicosídios no trato digestivo é desprezível pois são bases fortes. Contudo, se quiser uma ação no TGI faze-los por via oral é uma opção, pois os aminoglisídios são ativos na luz intestinal quando administrados por via oral. Esse medicamento é normalmente feito na forma tópica ou por via parenteral, quando se visa o tratamento de infecções sistêmicas.
Ligam-se pouco as proteínas plasmáticas (<25%) e não são biotransformados de maneira significante no organismo animal. A eliminação renal do agente na sua forma ativa ocorre por filtração glomerular. Em casos de pacientes com nefropatias pode ocorrer a degeneração tubular pois o medicamento é excretado na forma ativa, o que causa escoriação das células com liberação de proteínas que vão se aglomerando e dilatando o tubo até serem eliminados. Presença de cilindros na urina, pois não existe cilindruria sem lesão tubular.
Um outro problema para pacientes nefropatas é que níveis plasmáticos de aminoglicosídios poden ficar muito altos devido à baixa taxa de ligação e depuração, o que promove efeitos tóxicos.
× Resistência 
Ocorre basicamente por 3 mecanismos: alteração do local de ligação do ribossomo, redução da penetração do antibacteriano e por modificação enzimática. 
Alteração do local de ligação no ribissomo: ocorre uma mutação CRS da subunidade, fazendo com que o medicamento perca o encaixe com o ribossomo, causando incapacidade de ligação e, portanto, resistência.
Redução da penetração do ATB: Alteração mutagênica que muda a quantidade ou o calibre dos canais de porina, o que altera a permeabilidade da membrana diminuindo o transporte do AMG para dentro da célula.
Modificação enzimática: é a mais frequente e de maior importância. Fosfotransferases, adeniltransferases, acetiltransferases são grupos enzimáticos que alteram a conformação do ATM. Elas modificam a estrutura dos AMG impedindo a ligação aos ribossomos. Um único plasmídeo pode conferir resistência cruzada a outros ATB, como os que vão atuar nas subunidades 30s e 50s tais como tetraciclinas, glicosaminas e macrolídeos. 
× Efeitos tóxicos
Não tem muito efeito colateral pois geralmente são seletivos para subunidades 30s ou 50s das bactérias enquanto animais tem subunidades 60s e 40s. Contudo, os efeitos tóxicos mais comuns são ototoxidade e nefrotoxicidade que ocorrem porque estes tecidos contem concentrações mais elevadas de fosfolipideos fazendo com que os aminoglicosídios catiônicos sejam atraídos para os fosfolipídios aniônicos.
A nefrotoxicidade pode causar necrose tubular aguda pois há deposição de proteínas e formação de cilindros, desorganização de organelas e causando morte celular.
Outros fatores auxiliam na predisposição a toxidade tais como uma posologia superior a 7 a 10 dias, um tratamento simultâneo com outros de potencial nefrotóxico (especialmente AINES), a idade do animal e doença renal pré-existente. 
Para minimizar a toxicidade, devemos dar os AMG na forma SID em concentrações elevadas (dose dependente), o que diminuiu o tempo de exposição do animal ao medicamento. Sendo que, doses altas IV podem causar bradicardia. 
Esses medicamentos atravessam a placenta, podendo causar lesões otológicas e renais no feto.
× Indicações
Estreptomicina: leptospira e mycobacterium, sendo esse medicamento menos tóxico
Gentamicina: infecções renais, pois é eliminado na forma ativa na urina. Possuiu efeito nefrotóxico no uso prolongado, podendo causar septicemias. É o único AMG que tem ação contra Gram +.
Neomicina: infecções tópica, oftálmológicas, otológicas e digestivas. Possuiu uma maior toxicidade.
Tobramicina: maior índice terapêutico e menor risco de toxicidade. 
× Interações
Pode ocorrer um sinergismo se administrado junto com betalactâmicos. Os betalactamicos agem na parede bacteriana permitindo uma maior entrada dos AMG.
Quando associado com cefalosporinas, esse medicamento possuiu um maior potencial nefrotóxico. Dar um diuréritico para tentar diminuiu o potencial nefrotóxico sem é uma opção pois, diuréticos como a tiazidas e furosemida potencializam efeitos ototóxicos.
Antibióticos que interferem na síntese proteica - Bacteriostáticos
Macrolideos 
Esses medicamentos possuem anel lactônico macrocíclico, sendo das parentes das lactonas macrocíclicas (anti-helmíntico tipo a milbenicina). Eles possuem uma certa limitação na medicina veterinária porque apesar de poderem ser feitos VO em carnívoros, eles causa toxicidade por VO em herbívoros.
Existem 3 grandes bases dessa classe: a Eritromicina, a Espiramicina e a Azitromicina. Todas atingindo uma alta concentração no interior das células (fagócitos). 
A espiramicina é muito usada para profilaxia de boca (associado com imidazol), tem um menor espectro de ação e menor concentração tissular que a eritromicina, podendo ser feito por via oral. 
A azitromicina possui um maior espectro de ação e uma farmacocinética favorável.
× Modo de ação
São bacteriostáticos, mas em altas concetrações podem ser bactericidas. São medicamentos tempo e dose dependente. Eles funcionam impedindo a síntese proteica bacteriana, ligando-se a subunidade 50S do ribossoma, impedindo a translocação do RNAt e inibindo a enzima peptidiltransferase (impedindo o alongamento da cadeia peptídica). 
São seguros porque não agem nas células de mamífero que usam subunidades 40s e 60s. São antagonistas do clorofenicol pois se ligam no mesmo sítio, portanto não devem ser feitos juntos caso contrário uma droga será deslocada gerando efeitos adversos. 
× Resistência
Ocorre basicamento por 3 mecanismos: pela modiciação do local de ligação, efluxo ativo e enzimas que hidrolizam o anel de lactona. 
Modificação no local de ligação: ocorre uma metilação do receptor, o que gera também uma resistencia cruzada com lincosasmidas.
Efluxo ativo: ocorre uma redução de permeabilidade da membrana para o medicamento que está entrando na célula. Ao mesmo tempo, ocorre um aumento da permeabilidade dos canais de porina que causa efluxo (saída) do ATB que já estava dentro da célula. Isso altera parede e a membrana celular.
Enzimas que hidrolisam o anel de lactona: é menos comum, mas também ocorre.
O grande problema da geração de resistência é que se criar resistência a uma base, pode acabar criando resistência à outra base também, pois todas elas agem na mesma subunidade ribissomal. 
× Farmacocinética
São bases fracas, bem toleradas por VO, exceto eritromicina. Possuem uma baixa taxa de ligação a proteínas plasmáticas, se ligando majoritariamente à glicoproteína ácida (18-30%), não dependendo portanto da albumina. Por isso, se o animal apresentar um quadro de hipoalbuminemia não tem problema usar macrolídeos.
São biotransformados por enzimas microssomais hepática (desmetilação), tendo uma eliminação 90% biliar e o resto é renal.
× Toxidade
Efeitos colaterais relativamente baixos. Pode haver uma irritação no local de aplicação já que a forma IM causa dor. Se dever ter cuidado com a forma IV para não provocar tromboflebites e periflebites.
 Distúrbios GI são os mais comuns, causando diarreia por ação direta do ATB na maioria das espécies, não sendo indicada para ruminantes e se deve tomar cuidado com equinos.
× Indicações e Interações
Apesar do cuidado para equinis, eritromicina

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