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Fibro Edema Gelóide

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FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL
Fibro Edema Gelóide (Celulite)
Celulite = inflamação do tecido celular
CÉLULA
ITE
CELULITE
NÃO DEFINE O SEU VERDADEIRO SIGNIFICADO
O termo celulite foi utilizado na década de 20, porém, há controvérsia quanto à utilização do termo, em virtude de NÃO se encontrar infiltrado inflamatório nas observações histopatológicas. 
Alguns outros termos são utilizados para designar a celulite: lipodistrofia localizada, lipodistrofia ginóide, paniculopatia edemato-fibroesclerótica.
Fibro Edema Gelóide (FEG)
	Trata-se de uma desordem localizada que afeta o tecido dérmico e subcutâneo, com alterações vasculares e lipodistrofia com resposta esclerosante, que resulta no inestético aspecto macroscópico.
	O FEG, além de ser desagradável aos olhos, do ponto de vista estético, acarreta problemas álgicos nas zonas acometidas e diminuição das atividades funcionais. É uma afecção que provoca sérias complicações, além de dores intensas e problemas emocionais.
Definição 
	Alquier & Paviot, em 1920, definiram o FEG como uma distrofia celular complexa, não inflamatória do tecido mesenquimatoso, acompanhada de uma alteração do metabolismo hídrico, ocasionando uma saturação do tecido conjuntivo pelos líquidos intersticiais. Essa reação seria uma resposta elementar do tecido conjuntivo a toda agressão, fosse traumática, tóxica, infecciosa ou endócrina.
	Binazzi, associa o FEG com insuficiência venosa crônica no nível de MMII pela presença de micro hemorragias, sintomas de parestesias, cãimbras, sensação de peso, dor à palpação local e diminuição da temperatura tecidual nos locais afetados.
Aspectos Histológicos do FEG
1ª Fase: caracteriza-se por hipertrofia de células adiposas (um acúmulo de lipídios se desenvolve no adipócito) atraso na facilidade de drenagem do líquido inter-celular tecido inundado a persistência desta congestão implica compressão dos vasos mais importantes, que ficam incapazes de desempenhar o seu papel normal e são obrigados a dilatarem-se.
2ª Fase: o líquido lançado no tecido conjuntivo, contém todos os resíduos das diferentes células das regiões vizinhas provocam reações químicas tentando defender-se contra esses elementos anormais ocorre o espessamento dos septos interlobulares, proliferação das fibras colágenas e, de maleável torna-se em consistência gelatinosa.
Aspectos Histológicos do FEG
3ª Fase: Este aumento na densidade do conjuntivo promove irritação das fibras teciduais, promovendo uma lesão acelerada. Origina-se um verdadeiro tecido fibroso que comprime artérias, veias e nervos, formando uma barreira a todas as trocas vitais.
4ª Fase: o tecido fibroso torna-se esclerosado (duro, firme), sem qualquer possibilidade de libertação. O endurecimento tecidual produz irritação nas terminações nervosas, resultando em dores à palpação, desproporcionais à pressão exercida, ou mesmo sem motivo exterior. 
Etiologia
Fatores predisponentes:
Genéticos;
Idade: a medida que a idade avança, por razões de ordem endógena ( das necessidades energéticas) e exógena (hábitos de vida sem uma regulamentação dietética adequada) ocorre o agravamento do FEG.
Sexo: a mulher apresenta um número duas vezes maior de adipócitos em relação ao homem. O corpo feminino tem tendência ao acúmulo graxo nos glúteos e coxas ao passo que o homem acumula gordura no abdome.
Etiologia
Desequilíbrio hormonal: o estrógeno é o principal hormônio envolvido e principal responsável pelo agravamento do FEG.
Fatores Determinantes:
Estresse, fumo e sedentarismo;
Maus hábitos alimentares.
Fatores Condicionantes: os fatores determinantes criam pertubações hemodinâmicas que podem:
Aumentar a pressão capilar;
Dificultar a reabsorção linfática.
Aspectos Clínicos
Os sinais patológicos do FEG são facilmente verificáveis por testes simples e seguros. Em certos estágios não é necessário teste algum, pois o simples olhar permite identificar a infiltração tecidual. O tecido encontra-se:
Flácido, com relevos e depressões.
A inspeção deve ser efetuada com a paciente em posição ortostática. A posição de decúbito não é adequada, uma vez que os tecidos se acomodam em decorrente ação da gravidade, mascarando os sintomas. Além das alterações de relevo inspeciona-se alterações associadas como: coloração tecidual, varizes, estrias, tônus muscular e dor à palpação.
“Teste da casca de laranja”
	Pressiona-se o tecido adiposo entre os dedos polegar e indicador ou entre as palmas das mãos, e a pele se parecerá com uma casca de laranja, com aparência rugosa.
“Teste de Preensão” (Pinch Test)
	Após a preensão da pele juntamente com a tela subcutânea entre os dedos, promove-se um movimento de tração. Se a sensação dolorosa for mais incômoda do que o normal, este também é um sinal do FEG, onde já se encontra alteração da sensibilidade.
Exames Complementares
Termografia: método que utiliza placas flexíveis, compostas de cristais termossensíveis de colesterol, cuja função é avaliar e classificar o FEG de acordo com a temperatura cutânea superficial, diretamente relacionada com alterações circulatórias ocasionadas pelo distúrbio. Após o contato placa-pele por alguns segundos, surge um “mapa” de cores, indicando a diferença de temperaturas em áreas localizadas da superfície cutânea. Quanto mais uniforme for a imagem, com coloração verde ou rosada, menor é o envolvimento circulatório da área.
Exames Complentares
Ecografia Bidimensional: avalia a textura dos tecidos conjuntivos, bem como suas espessuras, sendo possível a observação da ocorrência de edemas na região.
Estágios do FEG
FEG Brando (Grau I): somente é percebido pela compressão do tecido entre os dedos ou da contração muscular voluntária. Nesta fase, o FEG ainda não é visível somente à inspeção, e não há alteração da sensibilidade à dor.
Estágios do FEG
FEG Moderado (Grau II): as depressões são visíveis mesmo sem a compressão dos tecidos, sujeitas a ficarem ainda mais aparente durante a compressão dos mesmos. Com a luz incidindo lateralmente, as margens são especialmente fáceis de serem delimitadas, já havendo alteração da sensibilidade.
Estágios do FEG
FEG Grave (Grau III): o acometimento tecidual pode ser percebido em qualquer posição, ortostática ou em decúbito. A pele fica enrugada e flácida. A aparência, por apresentar-se cheia de relevos, assemelha-se a um “saco de nozes”, a sensibilidade à dor está aumentada e as fibras do conjuntivo estão quase totalmente danificadas.
FEG grau I é sempre curável.
FEG grau II é frequentemente curável.
FEG grau III é incurável, mas passível de melhora.
Formas Clínicas
FEG Consistente (Duro): executando-se o teste de preensão, nota-se o aspecto de acolchoamento, e a manipulação destas superfícies dá a impressão de manipular “grãos de chumbo”. É encontrado nos obesos, indivíduos de peso médio ou ligeiramente elevado, e em indivíduos que praticam atividade física e apresentam a musculatura bem definida.
Formas Clínicas
FEG Difuso (Flácido): apresenta-se em indivíduos com hipotonia muscular. Os tecidos encontram-se sem consistência, tornando-se difícil encontrar os contornos da área afetada. Na palpação, nota-se com facilidade vários núcleos endurecidos e placas rígidas. Os edemas ocorrem pela ausência de resistência dos tecidos que permitem um acúmulo fácil de líquidos, além do déficit circulatório associado.
Formas Clínicas
FEG Edematoso: apresenta consistência variável, às vezes firme ou por vezes flácida, situando-se num grau médio entre esses dois extremos. À primeira vista é facilmente confundido com o edema simples semelhante ao que se encontra nos pacientes acometidos por patologias cardíacas ou renais. É diferenciado pela presença de bordoletes, pela percepção de placas rígidas, aspecto enrugado ou “casca de laranja”. É encontrado em qualquer faixa de idade ou de peso.
Formas Clínicas
FEG Misto: frequentemente encontra-se as formas mistas. FEG firme nas coxas associado ao flácido no abdome, ou então
FEG muito firme na coxa (lateralmente), acompanhado de um muito flácido medialmente.
Tratamento cirúrgico
SUBCISÃO (SUBCISION):
	Técnica cirúrgica utilizada no tratamento das depressões do relevo cutâneo, deslocando as fibras de alto teor fibrótico. O procedimento é executado em nível ambulatorial, e tem início com a delimitação das depressões, que serão destacadas com uma marcação. Posteriormente executa-se a anestesia tópica com vasoconstritor e um estilete especial tipo agulha é inserido na pele, sendo movimentado em “leque” no plano desejado, seccionando os septos fibrosos até que os mesmos deslizem livremente pelo tecido. O plano de dissecação abrigará um hematoma. Utiliza-se uma compressão de 4 Kg por 4 a 5 minutos com a finalidade de delimitar o hematoma. 
SUBCISION
	O uso de malha compressiva na região operada, por 10 a 30 dias auxilia na eliminação do edema. As etapas da reabilitação pós-cirúrgica são:
DLM (melhora a cicatrização e previne o edema);
Gelo nas primeiras 24 horas;
UST (3 MHz) após 24 horas com intensidade de 0,4 a 0,6 Wcm no modo contínuo ou pulsado a 50% (atenua os hematomas, diminuindo conseqüentemente o risco de fibrose);
Massagem de fricção, desde que não promova novas pétequias ou hematomas (prevenção de aderências);
Laser após 24 horas, com densidade de energia de 8 J/cm de forma pontual (estimulação do processo de cicatrização).
Terapia Medicamentosa
	A mesoterapia ou intradermoterapia é uma terapêutica empregada em várias especialidades médicas, que visa utilizar a derme como receptora e difusora de pequenas quantidades de medicamentos. 
	Esse método terapêutico consiste em efetuar, através de uma pistola com agulha de 4 mm, injeções intradérmicas de misturas de diferentes substâncias farmacológicas.
Terapia Medicamentosa
	Principais ativos farmacológicos utilizados para tratar:
Tecido adiposo (gordura localizada): metilxantinas (teobromina, teofilina, aminofilina, cafeína);
FEG: Silício e Centelha Asiática;
Microcirculação: castanha-da-índia, ginko biloba e rutina.
Eletroterapia
Pode ser utilizada com associação de princípios ativos (iontoforese) ou em sua forma pura.
Iontoforese: a medicação introduzida visa promover a despolimerização da substância fundamental amorfa. 
Corrente Galvânica: promove um incremento na nutrição do tecido afetado consequente ao aumento da circulação local, através do pólo negativo.
Eletroterapia
	Cuidados básicos a serem seguidos com Iontoforese:
O posicionamento dos eletrodos deve obedecer uma disposição transversal;
 A intensidade deve ser calculada de acordo com o tamanho do eletrodo, sendo o mínimo de 4 mA;
A concentração do produto deve ser mantida a mais baixa possível, entre 1 e 4%;
O solvente deve ser a água deionizada;
Os eletrodos não podem ser posicionados sobre lesões, devido ao risco de ocorrer queimaduras;
O tempo de aplicação deve manter-se inferior a 20 minutos;
Eletroterapia
	Correntes Diadinâmicas: DF, MF, CP e RS.
Corrente difásica (DF): utilizada quando a sensibilidade dolorosa está presente. Promove analgesia temporária e melhora dos transtornos circulatórios.
Corrente monofásica (MF): atenua a tonicidade vascular simpática e estimula o metabolismo do tecido conjuntivo. F = 50 Hz e T = 10 Ms.
Curtos períodos: indicada para situações que necessitem de aumento de circulação local. Eletrodo positivo na região lombar e eletrodo negativo em MMII (unilateralmente).
Ritmo Sincopado (RS): provoca contrações rítmicas das fibras musculares, melhorando a hipotonia muscular associada.
Eletroterapia
	Estimulação Elétrica Neuromuscular: Corrente Russa
Facilitação da contração muscular;
Contribui no processo de hipertrofia;
Aumento da irrigação sanguínea;
Aumento do retorno venoso e linfático;
Prevenção e eliminação de aderências;
F = 50 Hz
T = 300 Ms
Ton = 1
Toff = 3
Endermologia
	Trata-se de uma técnica de tratamento que engloba equipamentos específicos, baseados na aspiração (sucção), acrescidos de uma mobilização tecidual efetuada por rolos motorizados, localizados no cabeçote.
	O método produz uma mobilização profunda da pele e tela subcutânea, permitindo um incremento na circulação sanguínea superficial.
	Tem como objetivo melhorar a maleabilidade do tecido e suavizar o aspecto acolchoado da pele.
	As manobras devem ser executadas no sentido das fibras musculares e linhas de tensão da pele, a fim de evitar flacidez tecidual.

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