Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Centro Universitário UnirG | 4º Período de MEDICINA | Turma XXIV INTRODUÇÃO À CLÍNICA GINECOLÓGICA E OBSTÉTRICA Página 1 de 4 ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS DA GRAVIDEZ INTRODUÇÃO Modificações locais (útero, colo, ovários e ovidutos, mamas) e Modificações sistêmicas (metabolismo). ÚTERO Consistência: amolece (Hegar, Landi, MacDonald) Forma: assimétrica, SINAL DE PISKACEK, preenchimento dos fundos de saco laterais (SINAL NOBLE-BUNDIN) Posição retificada. Coloração: vinhoso. Vascularização: 50-500ml/min. Peso: 70g -1100g. Cavidade: 10-5000ml. Volume: miométrio (hipertrofia) e endométrio (reação decidual). SINAL DE PISCACEK: assimetria uterina decorrente da implantação localizada do embrião, que pode ser notada ao toque vaginal combinado. Nota-se a projeção de crescimento e modificação da forma uterina nas semanas consecutivas. SINAL DE HEGAR: amolecimento do istmo uterino com acentuação da anteversoflexão uterina, resultando em compressão vesical. COLO Sinal de Goodell (amolecido). Ectopias. Rolha de Schroeder (tampão mucoso). ANOTAÇÕES Alterações devido aumento da circulação uterina, para levar nutrientes para o feto, aumentar a quantidade de líquido e fica mais amolecido. ANOTAÇÕES A forma do útero é de pera mais simétrico, só que com a nidação o embrião escolhe um lado e assim não há um crescimento uniforme e caracteriza a forma assimétrica (SINAL DE PISKACEK), quando cresce para baixo. No toque é alongado, e com a paciente grávida consegue apalpar as laterais. ANOTAÇÕES * Posição normal é antivertido ou retrovertido, na gestante quando o feto vai crescendo, modifica a posição e vai centralizando/retificando. * Se tem mais sangue, fica com cor mais de sangue e por isso, vinhoso. * Aumenta progressivamente, por isso assim que nasce precisa que o útero contraia rápido para fechar útero e fechar arteríolas, para não ter hemorragia. * As células se distendem para o aumento do volume uterino. Hipertrofia é mais intensa, a hiperplasia é menor. Quando retira o feto, em até 6 meses o útero retoma seu tamanho. ANOTAÇÕES 5l é o que o útero consegue distender de forma eficiente, por isso na gravidez múltipla quando ultrapassa tem-se partos prematuro. Endométrio é o primeiro a receber o blastocisto (é geneticamente estranho). Reação decidual é uma alteração imunológica para aceitação do feto. Reação decidual foram 3 deciduas. ANOTAÇÕES O útero cresce de acordo com a idade gestacional. Na diabética, a margem é no percentil 90 e hipertensa é 10. Quando a mulher não faz a USG do 1º trimestre, para determinar a idade gestacional considera a altura uterina. Útero passa a ser palpável a partir da 12ª semana. Centro Universitário UnirG | 4º Período de MEDICINA | Turma XXIV INTRODUÇÃO À CLÍNICA GINECOLÓGICA E OBSTÉTRICA Página 2 de 4 ÓVARIOS E OVIDUTOS Corpo lúteo. Ligamento redondo esquerdo palpável (Sinal de Frommel). SINAL DE PALM: retesamento dos ligamentos redondos e anexos, com deslocamento destes para a face contrária à da inserção placentária. A: placenta inserida posteriormente; B: placenta inserida anteriormente. VAGINA E VULVA Paredes vaginais aumentadas, perda da rugosidade. SINAL DE KLUGE: paredes vaginais arroxeadas SINAL DE OSIANDER: pulsação da artéria vaginal Acidez vaginal: 3,5-6 (mecanismo de defesa) SINAL DE JACQUEMIER: tom violáceo da vulva MAMAS Hipersensibilidade mamária. Rede venosa de Haller (maior aporte de sg, visualiza os vasos sg). Sinal de Hunter: aréola secundária. Tubérculos de Montgomery: Glds sebáceas hipertrofiadas Colostro: 16ª sem METABOLISMO Deposição de gordura precoce e 400Kcal/dia( após a 20ª sem). Aumento da liberação de insulina (início). No final há aumento da resistência a insulina (HLP). Parasitismo verdadeiro. ANOTAÇÕES No início da gestação diminui a dose de insulina, pois há aumento. A placenta produz o hpl, para aumentar a resistência e assim sobra mais glicose para o feto. Neste momento pode surgir um diabetes gestacional (24ª semana). LIVRO: Observa-se níveis elevados de hPL (lactogênio placentário humano), progesterona, cortisol e prolactina. O efeito diabetogênio do hPL resulta na mobilização do lipídio na forma de ácidos graxos livres. Esses ácidos serviriam como fonte de energia poupando glicose e aminoácidos que estarão disponíveis para o feto. Parasitismo verdadeiro: outra estrutura foi ajudantada, o concepto, consumidor de glicose. Assim, a mãe é submetida a permanente demanda de glicose. Em jejum, o feto continua a extrair glicose e aminoácidos em taxas idênticas do período de alimentação. A resistência à insulina durante a gravidez é fenômeno bem conhecido. A sensibilidade periférica à insulina diminui. O hPL e o hormônio de crescimento placentário, incluindo o cortisol, progesterona e estrogênio, talvez possam ser responsáveis pelo aumento a resistência à insulina. Resumindo: preserva a glicose à custa ad utilização de lipídios. vascularização rugosidade coloração ANOTAÇÕES O colo normalmente é de uma cor só, todo arroxeado. Na gestante tem hipertrofia das glândulas para produzir o tampão mucoso. Quando coloca o especulo vê um colo vermelho e irritado (pode confundir com patologia grave) mas é ectopia fisiológica em gestante. É comum ter sangramento pós coito por causa da ectopia. Sinal de parto é a saída o tampão mucoso. ANOTAÇÕES Ligamento se distende e fica mais palpável quando tem implantação posterior. E a distensão pode causar dor (17-20ª semanas). ANOTAÇÕES Hipertrofia das gls para melhorar a lubrificação, aumenta a coloração que é a aréola. Centro Universitário UnirG | 4º Período de MEDICINA | Turma XXIV INTRODUÇÃO À CLÍNICA GINECOLÓGICA E OBSTÉTRICA Página 3 de 4 METABOLISMO HÍDRICO Aumento de 7,5-8,5l (ADH) APARELHO CIRCULATÓRIO Baixa resistência criada pela placenta, diminuição da resistência vascular periférica, retenção hídrica e sódica, compressão pelo útero. Aumento da área cardíaca, do débito cardíaco (50%), da frequência cardíaca (20%), do consumo de O2. Dispnéia aos esforços, taquicardia, edema de MMII, sopro sistólico, hiperfonese da segunda bulha no foco pulmonar, hipotensão supina, arritmias. ALTERAÇÕES SANGUÍNEAS Aumento da volemia (plasma): 50%. Aumento do fibrinogênio, fatores VII, VIII, IX e X, Von Willebrand. Diminui fatores XI e XIII. Leucócitos: 25.000. ANOTAÇÕES A gestante tem de forma fisiológica uma queda de TSH, pois a tireoglobulina transporta também o hCG. Se há queda de TSH, tem aumento de T4 livre. Por isso, o diagnóstico na gestante de hipertireoidismo é diferente. ANOTAÇÕES Quando útero cresce, comprime a cava e por isso, a área cardíaca é aumentada. No pós parto, as patologias cardíacas tendem a descompensar por isso prestar atenção em cardiopatas! Lembrete: decúbito lateral esquerdo a pressão é menor. ANOTAÇÕES Tem mais hemácias, mas tem um acréscimo maior de líquido. Assim o hematócrito (relação de hemácias e volume plasmático) é menor, considera-se como anemia fisiológica. . Centro Universitário UnirG | 4º Período de MEDICINA | Turma XXIV INTRODUÇÃO À CLÍNICA GINECOLÓGICA E OBSTÉTRICAPágina 4 de 4 APARELHO URINÁRIO Aumento na taxa de filtração glomerular e no fluxo plasmático renal. Diminuição do peristaltismo e da tonicidade. Dilatação, principalmente à direita. APARELHO DIGESTIVO Aumento da absorção de nutrientes. Hipotônico e hipoativo. Obstipação. Relaxamento da cárdia. SISTEMA RESPIRATÓRIO Aumento do volume corrente (+nutriente, +oxigênio). Aumento da ventilação por respiração mais profunda. Dispnéia. PELE Eritema palmar, pilificação, melasma (aumento de secreção de melanina), linha nigra (hiperpigmentação da linha branca), estrias (abdominais em puerpério imediato. Efeito do cortisol associado à distensão localizada durante a gestação), oleosidade aumenta (aumento da progesterona). POSTURA E DEAMBULAÇÃO Postura fidalga (lordose da coluna lombar) e Marcha anserina. Mudança no eixo gravitacional da gestante com o progressivo aumento do volume abdominal e com a embebição gravídica das articulações. ANOTAÇÕES Com peristaltismo diminuído, a urina fica mais tempo parada e aumenta a chance de infecção urinária. Bacteriúria mesmo que assintomática precisa ser tratada sem os sintomas, pois tem risco de tornar-se pielonefrite.
Compartilhar