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Transporte aéreo
Modalidade feita através do ar. Constitui crime contra a segurança dos meios de transporte aéreo expor ao perigo aeronave, própria ou alheia, ou praticar qualquer ato tendente a impedir ou dificultar navegação aérea.
Direito econômico
É aquele que regula a produção, circulação, distribuição e consumo de riquezas.
Anac
Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) é uma agência reguladora federal cuja responsabilidade é supervisionar a atividade de aviação civil no Brasil, tanto no que toca seus aspectos econômicos quanto no que diz respeito à segurança técnica do setor
Transporte aéreo
Modalidade feita através do ar. Constitui crime contra a segurança dos meios de transporte aéreo expor ao perigo aeronave, própria ou alheia, ou praticar qualquer ato tendente a impedir ou dificultar navegação aérea.
Direito constitucional
É o mais fundamental dos direitos públicos, de ordem interna, e encerra todos os princípios jurídicos, indispensáveis à organização do próprio Estado, à constituição de seu governo e dos poderes públicos, à declaração dos direitos das pessoas físicas ou jurídicas, traçando assim os limites de ação do Estado, na defesa de seus objetivos fundamentais e na defesa dos interesses da coletividade que o compõe.
Finanças Públicas
Finanças Públicas é a terminologia que tem sido tradicionalmente aplicada ao conjunto de problemas da política econômica que envolvem o uso de medidas de tributação e de dispêndios públicos.
Direito Previdenciário
É um ramo do direito público surgido da conquista dos direitos sociais no fim do século XIX e início do século XX. Seu objetivo é o estudo e a regulamentação do instituto seguridade social.
Agências Reguladoras no Direito Brasileiro
1. Agências Reguladoras no Direito Brasileiro.
Antes de verificar as agências reguladoras no direito brasileiro, é importante fazer uma análise da Constituição Federal de 1988, em seu artigo 174, onde foi definido algumas atribuições do Estado em relação à economia:
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.
§ 1º - A lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento do desenvolvimento nacional equilibrado, o qual incorporará e compatibilizará os planos nacionais e regionais de desenvolvimento.[1]
Nota-se claramente a preocupação do constituinte em garantir que o Estado atue de maneira a incentivar o desenvolvimento econômico do pais, mas também de atuar como fiscalizador das atividades econômicas.
Uma maneira de fiscalização encontrada foi a criação das Agências reguladoras, adotadas no Brasil com um modelo bastante parecido com aquelas encontradas nos Estados Unidos da América e com o modelo adotado na França.
As Agências Reguladoras surgiram no Brasil durante a década de 90, como novos institutos do Direito Público, compondo parte da administração indireta, e aumentando a descentralização da administração pública.
Seria, entretanto, incorreto afirmar que não haviam órgãos reguladores de diversos setores econômicos antes disso. Podemos citar, por exemplo, o Banco Central do Brasil, O Conselho Monetário Nacional e a Comissão de Valores Imobiliários, que, de certa forma, são órgãos de regulação mas se distanciam das Agências Reguladoras criadas durante a desestatização por não terem a independência presente nas Agências.
As Agências Reguladoras, autarquias de regime especial criadas por lei, trouxeram a novidade de serem independentes, o que é assegurado, principalmente, pela sua autonomia orgânica, impossibilidade de demissão ad nutum[2] de seus dirigentes, pela inexistência de ingerência hierárquica da Administração Central sobre seus atos decisórios, compondo a autonomia funcional. Neste sentido, Alexandre de Moraes diz:
A grande novidade das Agências Reguladoras consiste em sua maior independência em relação ao Poder Executivo, apesar de fazer parte da Administração Pública indireta. (...)
A independência funcional e financeira das Agências Reguladoras é consagrada pela presença dos seguintes preceitos obrigatórios em suas leis de criação: independência financeira; escolha dos instrumentos de regulação; e modo de nomeação de seus dirigentes. [3]
É importante notar que essa independência das Agências Reguladoras garante seu funcionamento independentemente da força política dominante, de maneira a impedir que opiniões políticas influenciem no poder regulamentar de tais órgãos. Evidencia-se, portanto, a grande importância da impossibilidade de demissão ad nutum, que impede que os dirigentes sejam removidos simplesmente por divergências com o poder político momentaneamente no controle do Estado e, de certa forma, garantindo a representatividade no controle econômico do pluralismo existente na sociedade. Neste sentido, Luiz Carlos Pereira:
As agências reguladoras são entes públicos mais autônomos em relação ao governo, uma vez que a elas compete cumprir políticas de Estado, de caráter mais amplo e permanente em defesa do cidadão, não devendo, por isso, estar subordinadas a prioridades e diretrizes de um governo específico. Seus dirigentes são detentores de mandato e têm sua indicação aprovada pelo conheço[4].
A independência das agências foi, no entanto, motivo de grande preocupação, uma vez que foi, a princípio, vista como uma abstenção Estatal sobre setores econômicos, o que se explica pelo momento pelo qual o país passava quando do surgimento de tais órgãos, em virtude da privatização de alguns setores de serviços públicos, bem como a prestação de tais serviços de maneira concorrencial, normalmente com de menor regulação, além do fato de que a adoção desse sistema de agências reguladoras decorreu de certa pressão de investidores estrangeiros interessados nos setores dezestatizados no período.
Vale ressaltar, entretanto, que apesar dessa aparência de serem instrumentos de desregulação e desestatização da economia, as agências reguladoras são de fato órgãos que visam a segurança dos setores econômicos de relevância coletiva, mesmo por que, não demorou para que fossem criadas agências que regulam, não somente os serviços públicos, mas também alguns setores da economia relevantes para a sociedade, como por exemplo a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), que tem competência regulatória sobre os planos de saúde privados.
Como dito anteriormente, o surgimento de agências independentes se deu no Brasil durante a década de 90, sendo a primeira delas a ser criada a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), através da lei nº 9.427/96. Sua competência é de funções relativas ao setor de energia elétrica, e de uso de potenciais energéticos, e através de delegação do Ministério de Minas e Energia, outorgar concessões e permissões de serviços referentes a este setor, ao particular. Nota-se aqui claramente que tal agência tem uma independência reduzida, por ser bastante vinculada com o Ministério de Minas e Energia, o que não ocorre com a agência criada no ano seguinte, a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL).
A ANATEL, criada em 1997 através da lei nº 9.472/97, tem competência para implementar a política nacional de telecomunicações, celebrar os contratos de concessão no setor, bem como normatizar toda a outorga de serviços públicos ao particular e, portanto, a prestação do serviço privado. Cabe a ela também definir normas quanto a padronização de todo equipamento usado pelas prestadoras de serviço, visando a integração de todas as redes e assim garantindo a concorrência. Nesta agência já nota-se uma maior independência, inclusive com a impossibilidade de demissão ad nutum, como tratado anteriormente.
Ainda no ano de 1997, através da lei nº 9.478/97, foi criada a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), que tem a peculiaridade de compartilhar competências com o Presidente da República e com o Conselho Nacional de Política Energética, sendoque a estes compete a fixação de políticas públicas referentes ao setor, e a ANP a regulação para sua eficaz implementação. Atualmente, em virtude da descoberta de reservas de petróleo no pré-sal, a União, visando um maior controle da área, e consequentemente um maior monopólio e arrecadação de valores, retirou parte das atribuições da ANP relativas a licitação, ficando com esta apenas a competência de processar a licitação, e ao Ministério de Minas e Energia a decisão de licitar, bem como de elaborar o edital.
No ano de 1999 foi criada a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), através da lei nº 9.782/99, e tem como competência, além de propor ao Ministério da Saúde o estabelecimento de políticas públicas sobre o setor, a regulação sobre grandes áreas privadas da economia que podem apresentar risco à saúde da população, como medicamentos, tabaco, alimentos, bebidas e equipamentos médicos. Nestas áreas tem, inclusive, vastas competências de poder de polícia, autorizando ou reprimindo diversas atividades.
No ano seguinte, através da lei nº 9.961/00, foi criada a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), competente para a regulação dos planos de saúde privados. Importa-se ressaltar aqui que esta agência tem forte poder regulatório em um setor privado da economia, inclusive sobre as relações contratuais entre empresas de saúde e seus clientes, demonstrando que as agências não surgiram apenas para controlar serviços públicos privatizados, mas sim exercer um controle sobre a economia. Importante também salientar que a atribuição da ANS não é somente o da defesa do interesse dos consumidores.
Também no ano 2000, foi criada através da lei nº 9.984/00, a Agência Nacional de Águas (ANA), responsável por regulamentar a implementação da Política Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, tendo como atribuições, inclusive a avaliação da operação de reservatórios tanto pelo poder público, como por particulares. Devido a sua abrangência nacional, a ANA possui diversos órgãos federais, estaduais e municipais envolvidos em sua operação.
Após isso, em 2001, foram criadas através da lei nº 10.233/01 a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ). Criadas pela mesma lei, estas agências são bastante similares, porém cada uma com suas próprias atribuições.
A ANTT tem competência para regular assuntos referentes ao transporte ferroviário de cargas e passageiros pelo Sistema Nacional de Viação, também o transporte rodoviário de carga e passageiros e a exploração da infraestrutura relativa tanto ao transporte rodoviário quanto ao ferroviário, inclusive a outorga e licitações para a exploração de tais infraestruturas.
A ANTAQ, por sua vez, é competente para regular os assuntos referentes ao transporte de carga e de passageiros através dos cursos de água, sejam rios, lagos, ou no mar, seja o transporte feito de longo curso, ou de cabotagem, bem como a infraestrutura portuária, a exploração portuária por particulares, e também as convocações de procedimentos licitatórios.
Devido a abrangência de atribuições de ambas as agências, nota-se que elas exercem grande controle econômico sobre setores normalmente explorados por particulares, reforçando a ideia de controle estatal da economia.
Ainda em 2001, foi criada a Agência Nacional do Cinema (ANCINE) através da Medida Provisória nº 2.219/01, que apesar de não ser lei tem força de lei, atendendo, portanto, o requisito do artigo 37, XIX da Constituição Federal, que determina que autarquias devem ser criadas por lei. Portanto, a ANCINE integra a lista de agências reguladoras brasileiras e tem como função o fomento, regulação e fiscalização da indústria cinematográfica, de forma autônoma, no Brasil. As atribuições mais relevantes dessa agência são o fomento à produção cinematográfica regional, bem como a adaptação de obras publicitárias cinematográficas estrangeiras para o país. Apesar da competência de tal agência ser mais de fomento do que de regulação em si, por sua forma não podemos deixar de classificá-la como agência reguladora.
A mais recente Agência Reguladora, criada em 2005 através da lei nº 11.182/05, é aAgencia Nacional de Aviacao Civil (ANAC), responsável pela regulação da aviação civil e da infraestrutura aeroportuária, fiscalizando a outorga de serviços de aviação no Brasil, bem como conceder a exploração de tais serviços e também, em conjunto com órgãos de defesa da concorrência, reprimir infrações de ordem econômica.
Existem também agências reguladoras estaduais e municipais, que em sua grande maioria, devido a menor quantidade de atividades reguladas, acabam sendo multisetoriais, diferentemente das agências federais.
[1] Constituição da Republica Federativa do Brasil, 1988
[2] Ou seja, de maneira unilateral, pela vontade de uma só parte
[3] MORAES, Alexandre. Agências Reguladoras. São Paulo. Editora Atlas. 2005. P. 25
[4] PEREIRA, Luiz Carlos Bresser. Reforma do Estado para a cidadania – a reforma gerencial brasileira na perspectiva internacional. São Paulo/Brasília. Editora 34/ENAP. 1998, p. 226
Agências Reguladoras - Regime de Pessoal
Inicialmente, cumpre aqui esclarecer alguns pontos essenciais para a análise das Agências Reguladoras. Estas agências, por sua vez, foram criadas no momento em que a política governamental passou a transferir para o setor privado a execução de serviços públicos. Abarcado pelo princípio da especificidade, tal transferência foi acompanhada pelo dever do Estado de regulamentar, controlar e fiscalizar a prestação destes serviços, de modo que, diante dessa situação, houve a necessidade de criar, no âmbito da Administração, agências especiais destinadas a este fim, objetivando o atendimento aos interesses dos usuários e da própria sociedade considerada em si. Eis que surge, pois, as Agências Reguladoras, instituídas como autarquias em regime especial, com o propósito de assegurar sua autoridade e autonomia administrativa. Veja-se que as Agências Reguladoras foram criadas como autarquias sob regime especial, sendo tal regime, especial, considerado como o conjunto de privilégios específicos que a lei outorga à entidade para a consecução de seus fins. Ademais, será demonstrado o regime de pessoal adotado no que tange às Agências Reguladoras, anteriormente direcionava os servidores públicos à vinculação à CLT, todavia, tal regime celetista fora, posteriormente, deixado de lado para dar lugar ao estatutário, conforme demonstrado através do estudo da ADI e da alteração da Lei nº 9.986.
PALAVRAS-CHAVE: Agências Reguladoras; Regime de pessoal; Servidores Públicos.
ABSTRACT
Initially, we must clarify here some essential points for the analysis of regulatory agencies. These agencies, in turn, were created at the time that government policy has to be transferred to the private sector to perform public services. Embraced by the principle of specificity, such a transfer was accompanied by the State duty to regulate, control and monitor these services, so that, in this situation, it was necessary to create, within the Administration, special agencies designated for that purpose, aiming at meeting the interests of users and society itself considered itself. Here comes, for the regulatory agencies, as authorities established a special regime, with a view to ensuring its authority and administrative autonomy. Notice that the regulatory agencies were created as municipalities under special regime, and that regime, special, regarded as the set of specific privileges that the law grants the entity to achieve its purposes. Moreover, it demonstrated the personal regime adopted with regard to Regulatory Agencies, previously directed the civil servants to linking the “CLT”, however, such “CLT” regime was subsequently set aside to make way for statutory, as demonstrated by studying the “ADIN” the amendment of Law number 9986.
KEYWORDS: Regulatory Agencies; Personnel arrangements; Public Servants.
INTRODUÇÃO
As Agências Reguladoras, Autarquia criada sob regimeespecial, surgiram com a finalidade de regular determinadas matérias específicas.
Tais agências, foram criadas no momento em que a política governamental passou a transferir para o setor privado a execução de serviços públicos. Demonstrar-se-á o princípio da especificidade, sendo tal transferência acompanhada pelo dever do Estado de regulamentar, controlar e fiscalizar a prestação destes serviços, o que teria culminado na necessidade de criar, no âmbito da Administração, agências especiais destinadas a este fim, objetivando o atendimento aos interesses dos usuários e da própria sociedade considerada em si.
Vale frisar que, todas as normas aplicadas às autarquias, são igualmente aplicáveis às Agências Reguladoras.
Nesta senda, demonstra-se que, é considerado o regime especial como o conjunto de privilégios específicos que a lei outorga à entidade para a consecução de seus fins, sendo demonstrado ao longo do presente artigo, os privilégios que lhe é inerente.
Exemplifica-se, ainda, demonstrando as leis que às regulam e suas funções, diversas Agências Reguladoras existentes.
Mostra-se ainda que as funções de concessão, autorização e permissão das Agências Reguladoras, para sua criação, eram anteriormente reservadas à Administração Pública Direta. Entretanto, atualmente, as agências reguladoras assumem esta posição, sendo o serviço público e a exploração de atividade econômica monopolizada os objetos de concessão, nos termos do art. 21, XI e XII, bem como 171, CF.
1. AS AGÊNCIAS REGULADORAS
Nas palavras de Celso Antônio Bandeira de Mello saliente-se:
“As agências reguladoras são autarquias sob regime especial, ultimamente criadas com a finalidade de disciplinar e controlar certas atividades. Algumas das atividades afetas à disciplina e controle de tais entidades são:
a. Serviços públicos propriamente ditos (ANEEL, ANATEL, ANTT, ANTAQ eANAC);
b. Atividades de fomento e fiscalização de atividade privada (ANCINE);
c. atividades exercitáveis para promover a regulação, a contratação e a fiscalização das atividades econômicas (ANP, atividade esta integrante da insútria de petróleo);
D. atividades que o Estado também protagoniza (e quando o fizer serão serviços públicos), mas que, paralelamente, são facultadas aos particulares (ANVISA, ANS);
e. Agência reguladora de uso de bem público (ANA).
Tendo em vista o conceito explicitado, ainda que muito amplo, faz-se mister agora direcionar o enfoque do estudo para desnudar algumas das características das Agências Reguladoras em comento.
Como se mencionou, as Agências Reguladoras foram criadas como autarquias sob regime especial, considerando-se o regime especial como o conjunto de privilégios específicos que a lei outorga à entidade para a consecução de seus fins. No que concerne às Agências Reguladoras, estes privilégios caracterizam-se pela: (i) independência administrativa, fundamentada na estabilidade de seus dirigentes (mandado fixo); (ii) autonomia financeira, isto é, liberdade de aplicação de sua própria renda; e (iii) poder normativo, principalmente no que tange a possibilidade de regulamentação das matérias de sua competência e gestão.
A respeito da existência e viabilidade das Agências Reguladoras observa-se os ensinamentos de Hely Lopes Meirelles:
“Entendeu-se indispensável a outorga de amplos poderes a essas autarquias, tendo em vista a enorme relevância dos serviços por elas regulados e fiscalizados, como também o envolvimento de poderosos grupos econômicos (nacionais e estrangeiros) nessas atividades”.
Por fim, destaca-se que, conforme explicitado por Odete Medauar, as Agências Reguladoras criadas até o momento, em nível federal, têm natureza de autarquias especiais, e integram a Administração Indireta, além de serem entidades vinculadas ao Ministério (Administração Direta) competente para tratar da respectiva atividade. Tal vinculação se dá, sobretudo, em virtude da descentralização a que se observa quando da transfêrencia do dever estatal de fiscalizar e regular o exercício público à terceiros criados por este, para este fim. Daí porque, diante destes não há hierarquia, apenas exercício do poder de controle.
Feitos tais apontamentos, ainda ressalta-se, à título exemplificativo, algumas das Agências Reguladoras atualmente existentes em nível federal:
Agência Reguladora
Instituição e vinculação
Função
ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica
Lei 9.427 de 26.12.1996; é vinculada ao Ministério de Minas e Energia
Regular e fiscalizar aprosução, transmissão, a distribuição e a comercialização de energia elétrica
ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações
Lei 9.742 de 16.07.1997; é vinculada ao Ministério das Comunicações
Possui a função de órgão regulador das telecomunicações
ANP – Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
Lei 9.478 de 06.08.1997; é vinculada ao Ministério de Minas e Energia
Possui a função de órgão regulador da insdústria do petróleo, gás natural, seus derivados e biocombustíveis.
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Lei 9.782 de 26.01.1999; é vinculada ao Ministério da Saúde
Promover a proteção da saúde da população por intermédio do controle sanitário, da produção e comercialização de produtos e serviços
ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar
Lei 9.961 de 28.01.2000; é vinculada ao Ministério da Saúde
Promover a defesa do interesse público na assistência suplementar à saúde, regulando as operações setoriais, inclusive quanto às suas relações com prestadores e consumidores
ANA – Agância Nacional das Águas
Lei 9.984 de 17.07.2000; é vinculada ao Ministério do Meio Ambiente
Coordenação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hidricos e implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos
ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres
Lei 10.233 de 05.06.2001; é vinculada ao Ministério dos Transportes
Regular transportes ferroviários de passageiros e cargas e explorar a infraestrutura ferroviária e rodoviária; do transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros e cargas; e do transporte de cargas especiais e perigosas em rodovias e ferrovias
ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviários
Lei 10.233 de 05.06.2001; vinculada ao Ministério dos Transportes
Regular a navegação fluvial, lacustre, de travessia, de apoio marítimo e portuário; além de regular os portos organizados e terminais portuários privativos, o transporte aquaviário de cargas especiais e perigosas; e explorar a infraestrutura aquaviária
ANCINE – Agência Nacional do Cinema
MP n. 2.228 de 06.09.2001; vinculada ao Ministério da Cultura
Fomentar, regular e ficalizar a indústria cinematográfica e videofonográfica
ANAC – Agência Nacional de Aviação de Civil
Lei 11.182 de 27.09.2005; vinculada ao Ministério da Defesa
Regular e fiscalizar as atividades da aviação civil e de infraestrutura aeronáutica e aeroportuária; e de implementar, no âmbito de sua competência, a política de aviação civil
CVM – Comissão de Valores Mobiliários
Lei 10.411 de 26.02.2002; vinculada ao Ministério da Fazenda
Regulamentar as matéria previstas na Lei da S/A, ficalizar as atividades e os serviços de mercadode valores mobiliários e inspecionar as companhias abertas
PREVIC – Superintendênica Nacional de Previdência Complementar
Lei 12.154 de 23.12.2009; vinculada ao Ministério da Previdência Social
Tratada pela imprensa como Agência Reguladora, mas Odete Medauar salienta que isso é incorreto, tendo em vista que falta aos seus dirigentes, mandado fixo e aprovação pelo Senado
Diante dos exemplos supramencionados, cumpre aqui enfatizar, por derradeiro, a posição da doutrinadora Maria Sylvia Zanella di Pietro, que, segundo as diretrizes de Calixto Salomão Filho, assevera que as Agências Reguladoras, como o próprio vocábulo diz, tem o condão de regular.
Tal vocábulo significa, por sua vez, a organização e o controle de entidades que atuam no mesmo setor que a Agência em análise. Dessa maneira, seria viabilizado tanto a organização da atividade do Estado, regulando e controlandoas atividades que constituem objeto de concessão, permissão ou autorização de serviço público (telecomunicações, energia, transportes) ou de concessão para exploração de bens públicos (petróleo, água, rodovias, riquezas naturais), como exercendo o Poder de Polícia, com a fiscalização, repressão e imposição de limitações administrativas. Tudo isto, devidamente amparado pelo princípio da Legalidade.
De acordo com os ensinamentos de Di Pietro, portanto, seria possível observar a existência de dois tipos de agências reguladoras no ordenamento jurídico brasileiro. Nos termos da autora, estes dois tipos se dividem em conformidade com a função exercida, qual seja:
“a) as que exercem, com base em lei, típico poder de polícia, com a imposição de limitações administrativas, previstas em lei, fiscalização, repressão; é o caso, por exemplo, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), criada pela Lei nº9.782, de 26-1-99, da Agência Nacional de Saúde Pública Suplementar (ANS), criada pela Lei nº 9.961, de 28-1-2000, da Agência Nacional de Águas, criada pela Lei nº 9.984, de 17-7-2000;
b) as que regulam e controlam as atividades que constituem objeto de concessão, permissão ou autorização de serviço público (telecomunicações, energia elétrica, transportes, etc.) ou de concessão para exploração de bem público (petróleo e outras riquezas minerais, rodovias, etc.).”
Vale ressaltar que, em se tratando deste último item, verifica-se que configura maior inovação à esfera jurídica brasileira. Isso se justifica com base no fato de que as funções de concessão, autorização e permissão supramencionadas eram, anteriormente, reservadas à Administração Pública Direta. Todavia, atualmente, as agências reguladoras assumem esta posição, sendo o serviço público e a exploração de atividade econômica monopolizada os objetos de concessão, nos termos do art. 21, XI e XII, bem como 171, CF.
Ademais, quanto ao contrato de concessão que decorre destas hipóteses, cabe ressaltar que apresentam em sua estrutura, cláusulas de caráter regulamentar que possuem o objetivo de direcionar o serviço prestado ao interesse público, da melhor forma possível.
Reconhece-se, assim, à Administração concedente, bem como às agências reguladoras, na atualidade, os poderes para que possa estabelecer e modificar de modo unilateral as cláusulas regulamentares, além das prerrogativas de intervenção, de uso compulsório de recursos humanos e materiais da concessionária, direção sobre a execução do serviço, entre outros. Além disso, os contratos de concessão também contêm cláusulas contratuais, com fulcro no equilíbrio econômico financeiro da concessionária em sua atuação.
Diante da breve noção acerca das Agências Reguladoras, cumpre agora aduzirmos ao regime de pessoal, objeto do presente artigo. Podemos adiantar que se trata de um tema muito debatido, que tem encontrado parâmetros institucionais próprios tanto do Estado, como detentor do dever-poder, como da Administração Indireta que, mediante descentralização, adquire autonomia própria.
Trataremos, portanto, da possibilidade de aplicação de regimes tanto para servidores públicos da Administração Direta quanto da Indireta, traçando paralelismos com o Regime Jurídico Único de 1988.
Ainda à titulo introdutório, menciona-se, como síntese, os ensinamentos de José dos Santos Carvalho Filho, no seguinte sentido:
“No que concerne ao regime jurídico dos servidores das Agências Reguladoras, a Lei nº 9.986/00, previa inicialmente o regime jurídico de emprego público, de caráter trabalhista, regulado pela CLT (Dec.-lei 5.454/43), sendo previstos alguns cargos em comissão regidos pelo regime estatutário. Este diploma, entretanto, foi derrogado pela Lei 10.871/04, que, alterando todas as normas relativas ao regime trabalhista dos servidores, instituiu o regime estatutário e dispôs sobre a criação de carreiras e organização de cargos efetivos. Atualmente, pois, os servidores das agências reguladoras devem sujeitar-se ao regime estatutário respectivo (na esfera federal é a Lei 8.112/90)” (CARVALHO FILHO, José dos Santos, Manual de Direito Administrativo - 23ª ed. - Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010).
2. REGIME DE PESSOAL
Feitas as considerações devidas, cabe agora explicitar o regime de pessoal nas Agências Reguladoras.
2.1. Diretores e Dirigentes
Inicialmente, com relação aos dirigentes das Agências Reguladoras, a Lei nº 9.986 de 18.07.2000, no que se refere à gestão de recursos humanos das Agências em análise, estabeleceu que os mesmos serão escolhidos pelo Chefe do Poder Executivo, ou seja, pelo Presidente da República, porém, dependendo, também, da aprovação do Senado. Neste caso, pode-se falar que o Presidente da República indica os diretores das Agências e estes são considerados como tais apenas após aprovação do Senado Federal.
Cumpre, a este respeito, observar o conteúdo trazido pelos dispositivos da supramencionada lei, que se expõem a seguir:
“Art. 4º. As Agências serão dirigidas em regime de Colegiado, por um Conselho Diretor ou Diretoria composta por Conselheiros ou Diretores, sendo um deles seu Presidene ou Diretor-Geral ou Diretor-Presidente.”
“Art. 5º. O Presidente ou o Diretor-Geral ou Diretor-Presidente e os demais membros do Conselho Diretor ou da Diretoria serão brasileiros, de reputação ilibada, formação universitária e elevado conceito no campo de especialidade dos cargos para os quais serão nomeados, devendo ser escolhidos pelo Presidente da República e por ele nomeados, após aprovação do Senado Federal, nos termos da alínea f do inciso III do artigo 52 da Constituição Federal.”
“Art. 6º O mandato dos Conselheiros e dos Diretores terá o prazo fixado na lei de criação de cada Agência.
Parágrafo único. Em caso de vacância no curso do mandato, este será completado por sucessor investido na forma prevista no art. 5º”
“Art. 8º O ex-dirigente fica impedido para o exercício de atividades ou de prestar qualquer serviço no setor regulado pela respectiva agência, por um período de quatro meses, contados da exoneração ou do término do seu mandato. [...]”
Quanto a este último artigo, Di Pietro o resume da seguinte forma:
“O art. 8º previu a chamada ‘quarentena’, de conteúdo moralizador, ao proibir o ex-dirigente de exercer atividade ou prestar qualquer serviço no setor regulado pela respectiva agência, por um período de quatro meses, contados da exoneração ou do término de seu mandato. No período de impedimento, o ex-dirigente continua vinculado à Agência, fazendo jus à remuneração compensatória equivalente à do cargo de direção que exerceu.”
2.2. Cargos Comissionados e Cargos Efetivos
No que concerne ao exercício das atribuições pelas agências reguladoras, é possível ressaltar que são dividas em dois tipos de cargos, quais sejam, os comissionados e os efetivos. Os artigos. 2º e 3º da Lei 9.986/2000, já mencionada anteriormente, fazem referência aos cargos comissionados:
“Art. 2º
Ficam criados, para exercício exclusivo nas Agências Reguladoras, os cargos Comissionados de Direção – CD, de Gerência Executiva – CGE, de Assessoria –CA e de Assistência – CAS, e os Cargos Comissionados Técnicos – CCT, constantes do Anexo I desta Lei.”
“Art. 3º
Os Cargos Comissionados de Gerência Executiva, de Assessoria e de Assistência são de livre nomeação e exoneração da instância de deliberação máxima da Agência.”
No que concerne a estes cargos, é possível caracterizá-los como sendo aqueles cujo provimento se dá através de comissão, dispensando a realização de concurso público. São ocupados de modo transitório, apenas, e por pessoa de confiança da autoridade que se mostra competente para preenche-los. Além disso, tal autoridade pode exonerar livremente os titulares de cargos comissionados, através de decisão motivada. Tratam-se dos cargos, por exemplo, de direção, gerência, acessoria e assistência.
Aparentemente, por serem comissionados, os cargos de direção se submeteriam ao que dispõe o art. 37, II, da CF/88, de acordo com o qual: “II – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovaçãoprévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração”.
Em outras palavras, a nomeação e exoneração seriam da escolha livre da autoridade competente, conforme dito acima. Contudo, não se pode dispensar a leitura do art. 5º, da referida lei, que exige a aprovação do Senado Federal para que os futuros titulares de cargos comissionados de direção sejam nomeados pelo Presidente da República.
Por outro lado, no tocante aos cargos efetivos, é possível dizer que se definem por ser aqueles de caráter permanente, de modo que a estabilidade pode ser adquirida no decorrer do tempo e a exoneração pode se dar em razão de desempenho negativo, sentença judicial ou processo administrativo.
Nesse sentido, advém o art. 41, § 1º, CF (modificado pela Emenda Constitucional n.º19/98):
“Art. 41.
São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.”
2.3 Características Exigidas para Investidura nos Cargos
Conforme dito acima, o art. 5º estabelece alguns requisitos para que o indivíduo possa ser investido nos cargos diretivos das agências reguladoras. Esses pressupostos para investidura no cargo de direção das agências são: “brasileiros de reputação ilibada, formação universitária e elevado conceito no campo de especialidade dos cargos para os quais serão nomeados”.
Por nacionalidade brasileira deve-se entender o nato ou naturalizado, conforme art. 12da CF/88. A lei não faz diferenciação entre ambos, portanto não há qualquer restrição nesse sentido.
A reputação ilibada pressupõe um comportamento de acordo com a ordem, a moral e os bons costume, devendo o candidato apresentar conduta sem mácula.
Já quanto a exigência de formação universitária, importante frisar que a lei expressamente determina a conclusão do curso superior, no mínimo, visto ser este nível de escolaridade imprescindível para a investidura no cargo.
Por fim, o elevado conceito no campo de especialidade dos cargos para os quais serão nomeados decorre da próprio objetivo das agências reguladoras, qual seja, regular atividades específicas. Dessa forma, essa função tão específica com características peculiares a que se almeja poderá ser mais efetiva se o candidato apresentar superior entendimento acerca das especificidades do cargo assumido. Importante mencionar que características específicas são aquelas trazidas pela própria lei criadora de cada agência e que podem ser exigidas para a ocupação desses cargos diretivos.
Ademais, ao discorrer sobre o assunto, crítica interessante fez o Professor Celso Antônio Bandeira de Mello quanto a estes requisitos: “atributos enaltecedores, estes, que no Brasil, como se sabe, têm a elasticidade que lhes queira dar a autoridade nomeante.” (in Curso de Direito Administrativo, p. 179).
2.4. Regime de Pessoal dos Servidores Públicos
No tocante, agora, aos servidores públicos, menciona-se que o regime jurídico destes foi definido, também, pela Lei nº 9.986 já supramencionada, sendo que os arts. 1º, 2º e p. Ú, 12 e § 1º, 13 e p. Ú, 15, 24 e inciso I, 27 e 30, determinavam que as agências reguladoras teriam suas relações de trabalho regidas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), ou seja, as relações dos servidores públicos das Agências Reguladoras, seriam, essencialmente, relações de emprego.
Entretanto, tal regime foi alvo de muitas discussões doutrinárias. Nesse sentido, o Professor Celso Antônio Bandeira de Mello assevera a insconstitucionalidade dessa previsão das relações de emprego estarem subordinadas à legislação trabalhista. Isso porque:
“nunca poderá haver regime trabalhista puro - isto é, livre da ingerência de certos princípios de Direito Público nas relações de trabalho travadas com entidades de Direito Público.” (BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 29ª ed. São Paulo: Malheiros, 2011. Página 181).
Corroborando com este entendimento, os artigos mencionados foram liminarmente suspensos por inúmeras decisões advindas do Supremo Tribunal Federal (STF), mais precisamente na ADI 2.310-DF, tendo em vista “o entendimento de que a função que desempenham (os servidores públicos) constitui atividade típica do Estado, com o qual é incompatível o regime celetista” (DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella, Direito Administrativo.25 Edição, Editora Atlas S. A., São Paulo - 2012. Página 528).
Com efeito, nas palavras do relator Min. Marco Aurélio:
“a óptica externada é no sentido de que as atividades exclusivas de Estado não podem ser atribuídas a prestadores de serviços submetidos à Consolidação das Leis do Trabalho, devendo haver a subordinação a estatuto próprio. (...) É que funções de fiscalização (...) estariam a pressupor o regime estatutário, objetivando conferir, na dicção de Adilson Abreu Dallari, a autonomia funcional indispensável ao respectivo exercício”.
Retomando ao estudo da ADI anteriormente mencionada, pode-se ressaltar que esta foi extinta pela perda superveniente de seu objeto, tendo em vista que o art. 1º da Lei nº 9.986 de 18.07.2000 foi revogado pela Lei nº 10.817 de 20.05.2004, que acabou por substituir o regime celetista pelo estatutário no âmbito das Agências Reguladoras. A partir desta Lei, portanto, foram extintos os empregos públicos que haviam sido criados até então, criando-se cargos públicos sujeitos ao regime jurídico estabelecido pela Lei nº 8.112, de 11.12.1990, lei esta que dispõe sobre o regime jurídico único dos servidores públicos.
No ponto, como destaca Raquel Melo Urbano de Carvalho,
“pode-se afirmar que, atualmente, o quadro de pessoal das agências reguladoras encarregado do exercício das atribuições públicas típicas e contínuas vincula-se ao regime estatutário, pois criados por lei cargos efetivos, os quais serão providos após prévia aprovação dos interessados em concurso público.”
É possível ressaltar também que, após a suspensão do art. 1º da Lei 9.986/00, as agências reguladoras se depararam com um dilema. Diante da impossibilidade de contratar empregados, já que o regime celetista teve sua vigência suspensa, ainda tiveram que confrontar com a ausência de um quadro próprio de cargos públicos, visto que deveria existir uma lei que os criassem - já que, observado o disposto no art. 48, X, CF, cargos públicos somente podem se dar em decorrência de lei. Sendo assim, para solucionar tal questão, as agências se utilizaram do art. 37, IX, da CF, o qual permite a contratação, em caráter temporário, de pessoal para atender, também em tempo determinado, as necessidades de excepcional interesse público.
Ademais, vale frisar que a própria Constituição Federal em seus arts. 37, II e 39 a 41, instituiu princípios norteadores que deverão reger o regime normal dos servidores públicos, além de expressamente determinar que a investidura em cargo ou emprego público dependerá de aprovação prévia em concurso público, de maneira imprescindível. Dessa forma, é evidente que tais disposições não significam a possibilidade de escolha de qual regime adotar, visto que seria um contrassenso total à Constituição Federal.
Em conformidade com a visão de Celso Antônio Bandeira de Melo, tal regime estatutário se define por ser o mais adequado. Isso porque, através deste, viabiliza-se o atendimento a interesses públicos básicos, extrapolando o limite dos interesses meramente empregatícios. Nesse sentido, afirma:
“Finalmente, o regime normal dos servidores públicos teria mesmo de ser o estatutário, pois este (ao contrário do regime trabalhista) é o concebido para atender a peculiaridadesde um vínculo no qual não estão em causa tão só interesses empregatícios, mas onde avultam interesses públicos básicos, visto que os servidores públicos são os próprios instrumentos da atuação do Estado. (p. 266)”
3. Regime Jurídico único e Agências Reguladoras
Neste âmbito, no que concerne ao regime jurídico único, cumpre aqui fazer algumas considerações. Segundo o art. 39 da Constituição Federal, em sua redação primitiva, as pessoas federativas ficavam obrigadas a instituir, no âmbito de sua organização, regime jurídico único para os servidores da Administração Direta, das autarquias e das fundações públicas. O objetivo do legislador, com essa previsão era, justamente, manter planos de carreira idênticos para todos os setores administrativos, com a finalidade de acabar com as diferenças que, ao longo dos anos, ensejaram inconformismos e litígios entre os servidores.
Com o advento da EC 19/98, o regime jurídico único foi extinto, alterando o texto do art. 39 da CF. Sob esta égide, desapareceu a necessidade de vinculação entre os regimes jurídicos da Administração Direta e das autarquias, o que possibilitou que estas pudessem ter seu pessoal regido pelo regime estatutário ou trabalhista, segundo o que estabelece a lei instituidora, como já demonstrou-se no início desta apresentação.
Para José dos Santos Carvalho Filho, entretanto, esta não parece ser a posição mais acertada. Isso porque:
“Ocorre que o art. 39 da CF teve sua eficácia suspensa por decisão do STF, com efeitos ex nunc, ensejando o retorno da norma anterior e, por conseguinte, do regime jurídico único. Assim, voltou também toda a celeuma relativa à aplicação da norma. Em nosso entendimento, porém, o regime único está a indicar que as autarquias devem adotar o mesmo regime estabelecido para os servidores da Administração Direta, isto é, ou todos os servidores serão estatutários ou todos serão trabalhistas” (CARVALHO FILHO, José dos Santos, Manual de Direito Administrativo - 23ª ed. - Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010).
Tendo o acima exposto em mente, e ainda, a este respeito, ressalta-se que a instituição anterior do regime celetista fora permitida com a promulgação da EC nº19/98 que, em realidade, aboliu a exigência de regime jurídico único na Administração Pública (art. 39, CF).
Conforme supracitado, a inconstitucionalidade deste dispositivo foi defendida com base na afirmação de que as agências reguladoras, por praticarem atividades típicas do Estado, não poderiam ter suas competências efetivadas por indivíduos submetidos ao modelo celetista, de maior flexibilidade. Tratava-se de dar importância à incumbência primordial de amparar necessidades públicas de forma contínua. Sendo assim, não poderia se aceitar a submissão ao regime instituído pela CLT e legislação trabalhista correlata, devendo ser dado respeito à estatuto de natureza específica.
4. Análise da ADIn nº 2310
Diante do exposto, passaremos à análise de alguns excertos da ADI nº 2310 – DF para o entendimento do assunto aqui tratado.
Após a promulgação da Lei nº 99862000, estabeleceu-se o regime de trabalho no âmbito das agências reguladoras, a qual fora objeto de questionamentos no STF acerca de sua constitucionalidade, o que se deu através da ADI em comento. Na citada ação, a Suprema Corte, por intermédio de decisão monocrática, em liminar, do Ministro Marco Aurélio, considerou:
“Em síntese, argúi o Requerente a impossibilidade de haver empregos públicos nas agências reguladoras, fazendo-o, primordialmente, com base no entendimento de que o exercício de função de fiscalização, inerente à atividade precípua do Estado, pressupõe prerrogativas não agasalhadas pelo contrato de trabalho, tal como previsto pela Consolidação das Leis do Trabalho.
Consoante o sustentado, as autarquias especiais - Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL, Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVS, Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, Agência Nacional de Petróleo - ANP e Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS - desenvolvem atividade a envolver poder de polícia, exercendo, ainda, função de agente normativo e regulador da atividade econômica.
A óptica externada é no sentido de que as atividades exclusivas de Estado não podem ser atribuídas a prestadores de serviços submetidos à Consolidação das Leis do Trabalho, devendo haver a subordinação a estatuto próprio. Remete-se ao voto do Ministro Ilmar Galvão, na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 492, sobre o alcance do artigo 114 da Constituição Federal. É que funções de fiscalização e outras relativas ao serviço diplomático, desenvolvidas por delegados de polícia, por membros do Ministério Público e pela magistratura estariam a pressupor o regime estatutário, objetivando conferir, na dicção de Adilson Abreu Dallari, a autonomia funcional indispensável ao respectivo exercício.
o regime normal dos servidores públicos teria mesmo de ser o estatutário, pois este (ao contrário do regime trabalhista) é o concebido para atender a peculiaridades de um vínculo no qual não estão em causa tão-só interesses empregatícios, mas onde avultam interesses públicos básicos, visto que os servidores públicos são os próprios instrumentos da atuação do Estado. Realmente, o cargo público, como ressaltado pelo consagrado mestre, propicia desempenho técnico isento, imparcial e obediente tão-só a diretrizes político-administrativas inspiradas no interesse público, sobressaindo a estabilidade para os concursados.
É certo estar o detentor de emprego público em patamar superior àquele dos empregados em geral. Todavia, isso decorre do princípio da legalidade, que submete a Administração como um todo. Vale dizer, não fica o servidor ocupante de emprego público sujeito ao rompimento do vínculo por livre iniciativa da Administração Pública, devendo o ato, como todo e qualquer ato administrativo, ser motivado. Alfim a premissa resulta de não se ter, em tal campo, a amplitude própria ao princípio da autonomia da manifestação da vontade.
Prescindir, no caso, da ocupação de cargos públicos, com os direitos e garantias a eles inerentes, é adotar flexibilidade incompatível com a natureza dos serviços a serem prestados, igualizando os servidores das agências a prestadores de serviços subalternos, dos quais não se exige, até mesmo, escolaridade maior, como são serventes, artífices, mecanógrafos, entre outros. Atente-se para a espécie. Está-se diante de atividade na qual o poder de fiscalização, o poder de polícia fazem-se com envergadura ímpar, exigindo, por isso mesmo, que aquele que a desempenhe sinta-se seguro, atue sem receios outros, e isso pressupõe a ocupação de cargo público, a estabilidade prevista no artigo 41 da Constituição Federal. Aliás, o artigo 247 da Lei Maior sinaliza a conclusão sobre a necessária adoção do regime de cargo público relativamente aos servidores das agências reguladoras. Refere-se o preceito àqueles que desenvolvam atividades exclusivas de Estado, e a de fiscalização o é. Em suma, não se coaduna com os objetivos precípuos das agências reguladoras, verdadeiras autarquias, embora de caráter especial, a flexibilidade inerente aos empregos públicos, impondo-se a adoção da regra que é a revelada pelo regime de cargo público, tal como ocorre em relação a outras atividades fiscalizadoras - fiscais do trabalho, de renda, servidores do Banco Central, dos Tribunais de Conta, etc.”
(ADI 2310 MC, Relator (a): Min. MARCO AURÉLIO, julgado em 19/12/2000, publicado em DJ 01/02/2001 P – 00005)
Dessa forma, com a referida decisão do STF em afastar o regime de emprego das agências reguladoras, consolidou-se o entendimento pelo qual o exercício de competências e atividades tipicamente estatais deva ocorrer mediante agentes públicos submetidos a regime estatutário, ou seja, instituído por lei.
CONCLUSÃO
Em conclusão, resta clara a existência e a consolidação de ampla discussão desenvolvida no decorrer do tempo, no que diz respeito às Agências Reguladoras, bem como aos mais variados aspectos de seu regime de pessoal. Conforme demonstradoao longo deste artigo, o enfoque deve ser dado primordialmente ao debate que subsiste quando se trata da adoção o regime celetista ou estatutário quanto às relações dos servidores públicos.
Sendo assim, indispensável se mostra a análise mais aprofundada do desenrolar das decisões e alterações legislativas ao longo do tempo, para que se possa depreender qual a relação jurídica deve prevalecer quando do exercício dos cargos pelos servidores nas Agências Reguladoras.
Ainda, outro aspecto de merecido destaque é a caracterização inerente às próprias agências e os cargos passíveis de realização, visto que tais aspectos se vinculam diretamente ao regime a ser adotado pelos servidores públicos. Isso porque, em se tratando do exercício descentralizado de funções do Estado - ou seja, atuando através da Administração Indireta, é imprescindível que tais cargos sejam regulados da melhor forma possível, para que assim se possa atender ao interesse público de modo efetivo e viabilizar, portanto, o exercício do dever-poder do Estado.
Através da presente pesquisa, foi possível verificar que o regime adotado anteriormente direcionava os servidores públicos à vinculação à CLT. Todavia, tal regime celetista fora, posteriormente, deixado de lado para dar lugar ao estatutário, conforme demonstrado através do estudo da ADI e da alteração da Lei nº 9.986.
Consideramos que tal alteração se mostra de caráter extremamente acertado, tendo em vista a busca ao respeito pelos princípios que alicerçam o Direito Administrativo. Tal afirmação se justifica com fundamento no fato de que, sendo substituído o antigo regime baseado na CLT e instituído o modelo estatutário, maior alcance passou a ser dado ao princípio da legalidade, bem como à supremacia do interesse público. Isso porque, deixando de lado a flexibilidade que acabava por ser gerada com a CLT, adotou-se um regime que preza o atendimento de forma contínua e preferencial aos interesses dos administrados.
Além disso, a adoção do regime estatutário também insere prerrogativas que possibilitam a atuação estatal, sem que esta possa sofrer qualquer espécie de limitação. Isso viabilizaria e, inclusive, contribuiria para que o atendimento do interesse público fosse cada vez mais efetivo e supremo.
REFERÊNCIAS:
1BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 29ª edição. São Paulo: Ed. Malheiros, 2011.
DI PIETRO, Maria Sylva Zanell. Direito Admnitrativo. 25ª edição. São Paulo: Ed. Atlas S. A., 2012.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 35ª edição. São Paulo: Malheiros, 1990.
MEDAUAR, Odete. Direito Administrativo Moderno. 15ª ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais: 2011.
Lei de Criacao da Agencia Nacional de Aviacao Civil - Lei 11182/05 | Lei nº 11.182, de 27 de setembro de 2005
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
DA AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL - ANAC
Art. 1o Fica criada a Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC, entidade integrante da Administração Pública Federal indireta, submetida a regime autárquico especial, vinculada ao Ministério da Defesa, com prazo de duração indeterminado. Ver tópico (225 documentos)
Parágrafo único. A ANAC terá sede e foro no Distrito Federal, podendo instalar unidades administrativas regionais. Ver tópico (3 documentos)
Art. 2o Compete à União, por intermédio da ANAC e nos termos das políticas estabelecidas pelos Poderes Executivo e Legislativo, regular e fiscalizar as atividades de aviação civil e de infra-estrutura aeronáutica e aeroportuária. Ver tópico (364 documentos)
Art. 3o A ANAC, no exercício de suas competências, deverá observar e implementar orientações, diretrizes e políticas estabelecidas pelo Conselho de Aviação Civil - CONAC, especialmente no que se refere a:
Art. 3o A ANAC, no exercício de suas competências, deverá observar e implementar as orientações, diretrizes e políticas estabelecidas pelo governo federal, especialmente no que se refere a: (Redação dada pela Medida Provisória nº 527, de 2011). Ver tópico (144 documentos)
Art. 3o A Anac, no exercício de suas competências, deverá observar e implementar as orientações, diretrizes e políticas estabelecidas pelo governo federal, especialmente no que se refere a: (Redação dada pela Lei nº 12.462, de 2011) Ver tópico (144 documentos)
I - a representação do Brasil em convenções, acordos, tratados e atos de transporte aéreo internacional com outros países ou organizações internacionais de aviação civil; Ver tópico (2 documentos)
II - o estabelecimento do modelo de concessão de infra-estrutura aeroportuária, a ser submetido ao Presidente da República; Ver tópico (5 documentos)
III - a outorga de serviços aéreos; Ver tópico (1 documento)
IV - a suplementação de recursos para aeroportos de interesse estratégico, econômico ou turístico; e Ver tópico
V - a aplicabilidade do instituto da concessão ou da permissão na exploração comercial de serviços aéreos. Ver tópico (1 documento)
Art. 4o A natureza de autarquia especial conferida à ANAC é caracterizada por independência administrativa, autonomia financeira, ausência de subordinação hierárquica e mandato fixo de seus dirigentes. Ver tópico (76 documentos)
Art. 5o A ANAC atuará como autoridade de aviação civil, assegurando-se-lhe, nos termos desta Lei, as prerrogativas necessárias ao exercício adequado de sua competência. Ver tópico (261 documentos)
Art. 6o Com o objetivo de harmonizar suas ações institucionais na área da defesa e promoção da concorrência, a ANAC celebrará convênios com os órgãos e entidades do Governo Federal, competentes sobre a matéria. Ver tópico (87 documentos)
Parágrafo único. Quando, no exercício de suas atribuições, a ANAC tomar conhecimento de fato que configure ou possa configurar infração contra a ordem econômica, ou que comprometa a defesa e a promoção da concorrência, deverá comunicá-lo aos órgãos e entidades referidos no caput deste artigo, para que adotem as providências cabíveis. Ver tópico (3 documentos)
Art. 7o O Poder Executivo instalará a ANAC, mediante a aprovação de seu regulamento e estrutura organizacional, por decreto, no prazo de até 180 (cento e oitenta) dias a partir da publicação desta Lei. Ver tópico (355 documentos)
Parágrafo único. A edição do regulamento investirá a ANAC no exercício de suas atribuições. Ver tópico (10 documentos)
Art. 8o Cabe à ANAC adotar as medidas necessárias para o atendimento do interesse público e para o desenvolvimento e fomento da aviação civil, da infra-estrutura aeronáutica e aeroportuária do País, atuando com independência, legalidade, impessoalidade e publicidade, competindo-lhe: Ver tópico (926 documentos)
I - implementar, em sua esfera de atuação, a política de aviação civil; Ver tópico (14 documentos)
II - representar o País junto aos organismos internacionais de aviação civil, exceto nos assuntos relativos ao sistema de controle do espaço aéreo e ao sistema de investigação e prevenção de acidentes aeronáuticos; Ver tópico (2 documentos)
III - elaborar relatórios e emitir pareceres sobre acordos, tratados, convenções e outros atos relativos ao transporte aéreo internacional, celebrados ou a ser celebrados com outros países ou organizações internacionais; Ver tópico (4 documentos)
IV - realizar estudos, estabelecer normas, promover a implementação das normas e recomendações internacionais de aviação civil, observados os acordos, tratados e convenções internacionais de que seja parte a República Federativa do Brasil; Ver tópico (35 documentos)
V - negociar o estabelecimento de acordos e tratados sobre transporte aéreo internacional, observadas as diretrizes do CONAC; Ver tópico
VI - negociar, realizar intercâmbio e articular-se com autoridades aeronáuticas estrangeiras, para validação recíproca de atividades relativas ao sistema de segurança de vôo, inclusive quando envolvam certificação de produtos aeronáuticos, de empresas prestadoras de serviços e fabricantes de produtos aeronáuticos, para a aviaçãocivil; Ver tópico (2 documentos)
VII - regular e fiscalizar a operação de serviços aéreos prestados, no País, por empresas estrangeiras, observados os acordos, tratados e convenções internacionais de que seja parte a República Federativa do Brasil; Ver tópico (14 documentos)
VIII - promover, junto aos órgãos competentes, o cumprimento dos atos internacionais sobre aviação civil ratificados pela República Federativa do Brasil; Ver tópico (6 documentos)
IX - regular as condições e a designação de empresa aérea brasileira para operar no exterior; Ver tópico (2 documentos)
X - regular e fiscalizar os serviços aéreos, os produtos e processos aeronáuticos, a formação e o treinamento de pessoal especializado, os serviços auxiliares, a segurança da aviação civil, a facilitação do transporte aéreo, a habilitação de tripulantes, as emissões de poluentes e o ruído aeronáutico, os sistemas de reservas, a movimentação de passageiros e carga e as demais atividades de aviação civil; Ver tópico (388 documentos)
XI - expedir regras sobre segurança em área aeroportuária e a bordo de aeronaves civis, porte e transporte de cargas perigosas, inclusive o porte ou transporte de armamento, explosivos, material bélico ou de quaisquer outros produtos, substâncias ou objetos que possam pôr em risco os tripulantes ou passageiros, ou a própria aeronave ou, ainda, que sejam nocivos à saúde; Ver tópico (17 documentos)
XII - regular e fiscalizar as medidas a serem adotadas pelas empresas prestadoras de serviços aéreos, e exploradoras de infra-estrutura aeroportuária, para prevenção quanto ao uso por seus tripulantes ou pessoal técnico de manutenção e operação que tenha acesso às aeronaves, de substâncias entorpecentes ou psicotrópicas, que possam determinar dependência física ou psíquica, permanente ou transitória; Ver tópico (9 documentos)
XIII - regular e fiscalizar a outorga de serviços aéreos; Ver tópico (10 documentos)
XIV - conceder, permitir ou autorizar a exploração de serviços aéreos; Ver tópico (45 documentos)
XV - promover a apreensão de bens e produtos aeronáuticos de uso civil, que estejam em desacordo com as especificações; Ver tópico
XVI - fiscalizar as aeronaves civis, seus componentes, equipamentos e serviços de manutenção, com o objetivo de assegurar o cumprimento das normas de segurança de vôo; Ver tópico (8 documentos)
XVII - proceder à homologação e emitir certificados, atestados, aprovações e autorizações, relativos às atividades de competência do sistema de segurança de vôo da aviação civil, bem como licenças de tripulantes e certificados de habilitação técnica e de capacidade física e mental, observados os padrões e normas por ela estabelecidos; Ver tópico (21 documentos)
XVIII - administrar o Registro Aeronáutico Brasileiro; Ver tópico (5 documentos)
XIX - regular as autorizações de horários de pouso e decolagem de aeronaves civis, observadas as condicionantes do sistema de controle do espaço aéreo e da infra-estrutura aeroportuária disponível; Ver tópico (25 documentos)
XX - compor, administrativamente, conflitos de interesses entre prestadoras de serviços aéreos e de infra-estrutura aeronáutica e aeroportuária; Ver tópico (10 documentos)
XXI - regular e fiscalizar a infra-estrutura aeronáutica e aeroportuária, com exceção das atividades e procedimentos relacionados com o sistema de controle do espaço aéreo e com o sistema de investigação e prevenção de acidentes aeronáuticos; Ver tópico (106 documentos)
XXII - aprovar os planos diretores dos aeroportos e os planos aeroviários estaduais;
XXII - aprovar os planos diretores dos aeroportos; (Redação dada pela Medida Provisória nº 527, de 2011). Ver tópico (31 documentos)
XXIII - propor ao Presidente da República, por intermédio do Ministro de Estado da Defesa, a declaração de utilidade pública, para fins de desapropriação ou instituição de servidão administrativa, dos bens necessários à construção, manutenção e expansão da infra-estrutura aeronáutica e aeroportuária;
(Revogado pela Medida Provisória nº 527, de 2011). (Revogado pela Lei nº 12.462, de 2011)
XXII - aprovar os planos diretores dos aeroportos; (Redação dada pela Lei nº 12.462, de 2011) Ver tópico (31 documentos)
XXIII - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.462, de 2011) Ver tópico (7 documentos)
XXIV - conceder ou autorizar a exploração da infra-estrutura aeroportuária, no todo ou em parte; Ver tópico (50 documentos)
XXV - estabelecer o regime tarifário da exploração da infra-estrutura aeroportuária, no todo ou em parte; Ver tópico (39 documentos)
XXVI - homologar, registrar e cadastrar os aeródromos; Ver tópico (2 documentos)
XXVII - arrecadar, administrar e suplementar recursos para o funcionamento de aeródromos de interesse federal, estadual ou municipal;
(Revogado pela Medida Provisória nº 527, de 2011). (Revogado pela Lei nº 12.462, de 2011)
XXVIII - aprovar e fiscalizar a construção, reforma e ampliação de aeródromos e sua abertura ao tráfego;
XXVIII - fiscalizar a observância dos requisitos técnicos na construção, reforma e ampliação de aeródromos e aprovar sua abertura ao tráfego; (Redação dada pela Medida Provisória nº 527, de 2011).
XXVII - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.462, de 2011) Ver tópico (5 documentos)
XXVIII - fiscalizar a observância dos requisitos técnicos na construção, reforma e ampliação de aeródromos e aprovar sua abertura ao tráfego; (Redação dada pela Lei nº 12.462, de 2011) Ver tópico (20 documentos)
XXIX - expedir normas e padrões que assegurem a compatibilidade, a operação integrada e a interconexão de informações entre aeródromos; Ver tópico (1 documento)
XXX - expedir normas e estabelecer padrões mínimos de segurança de vôo, de desempenho e eficiência, a serem cumpridos pelas prestadoras de serviços aéreos e de infra-estrutura aeronáutica e aeroportuária, inclusive quanto a equipamentos, materiais, produtos e processos que utilizarem e serviços que prestarem; Ver tópico (78 documentos)
XXXI - expedir certificados de aeronavegabilidade; Ver tópico (4 documentos)
XXXII - regular, fiscalizar e autorizar os serviços aéreos prestados por aeroclubes, escolas e cursos de aviação civil; Ver tópico (4 documentos)
XXXIII - expedir, homologar ou reconhecer a certificação de produtos e processos aeronáuticos de uso civil, observados os padrões e normas por ela estabelecidos; Ver tópico (1 documento)
XXXIV - integrar o Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos - SIPAER; Ver tópico (4 documentos)
XXXV - reprimir infrações à legislação, inclusive quanto aos direitos dos usuários, e aplicar as sanções cabíveis; Ver tópico (29 documentos)
XXXVI - arrecadar, administrar e aplicar suas receitas; Ver tópico (1 documento)
XXXVII - contratar pessoal por prazo determinado, de acordo com a legislação aplicável; Ver tópico
XXXVIII - adquirir, administrar e alienar seus bens; Ver tópico
XXXIX - apresentar ao Ministro de Estado da Defesa proposta de orçamento;
XL - elaborar e enviar o relatório anual de suas atividades ao Ministério da Defesa e, por intermédio da Presidência da República, ao Congresso Nacional;
XL - elaborar e enviar o relatório anual de suas atividades à Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República e, por intermédio da Presidência da República, ao Congresso Nacional; (Redação dada pela Medida Provisória nº 527, de 2011). Ver tópico
XXXIX - apresentar ao Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República proposta de orçamento; (Redação dada pela Medida Provisória nº 527, de 2011). Ver tópico
XXXIX - apresentar ao Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República proposta de orçamento; (Redação dada pela Lei nº 12.462, de 2011) Ver tópico
XL - elaborar e enviar o relatório anual de suas atividades à Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República e, por intermédio da Presidência da República, ao Congresso Nacional; (Redação dada pela Lei nº 12.462, de 2011) Ver tópico
XLI - aprovar o seu regimento interno;Ver tópico (11 documentos)
XLII - administrar os empregos públicos, os cargos comissionados e as gratificações de que trata esta Lei; (Vide Medida Provisória nº 269, de 2005)
XLII - administrar os cargos efetivos, os cargos comissionados e as gratificações de que trata esta Lei; (Redação dada pela Lei nº 11.292, de 2006) Ver tópico (16 documentos)
XLIII - decidir, em último grau, sobre as matérias de sua competência; Ver tópico (13 documentos)
XLIV - deliberar, na esfera administrativa, quanto à interpretação da legislação, sobre serviços aéreos e de infra-estrutura aeronáutica e aeroportuária, inclusive casos omissos, quando não houver orientação normativa da Advocacia-Geral da União; Ver tópico (8 documentos)
XLV - deliberar, na esfera técnica, quanto à interpretação das normas e recomendações internacionais relativas ao sistema de segurança de vôo da aviação civil, inclusive os casos omissos; Ver tópico (3 documentos)
XLVI - editar e dar publicidade às instruções e aos regulamentos necessários à aplicação desta Lei; Ver tópico (267 documentos)
XLVII - promover estudos sobre a logística do transporte aéreo e do transporte intermodal, ao longo de eixos e fluxos de produção, em articulação com os demais órgãos governamentais competentes;
(Revogado pela Medida Provisória nº 527, de 2011). (Revogado pela Lei nº 12.462, de 2011)
XLVII - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.462, de 2011) Ver tópico (5 documentos)
XLVIII - firmar convênios de cooperação técnica e administrativa com órgãos e entidades governamentais, nacionais ou estrangeiros, tendo em vista a descentralização e fiscalização eficiente dos setores de aviação civil e infra-estrutura aeronáutica e aeroportuária; e Ver tópico (1 documento)
XLIX - contribuir para a preservação do patrimônio histórico e da memória da aviação civil e da infra-estrutura aeronáutica e aeroportuária, em cooperação com as instituições dedicadas à cultura nacional, orientando e incentivando a participação das empresas do setor. Ver tópico
§ 1o A ANAC poderá credenciar, nos termos estabelecidos em norma específica, pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, de notória especialização, de acordo com padrões internacionalmente aceitos para a aviação civil, para expedição de laudos, pareceres ou relatórios que demonstrem o cumprimento dos requisitos necessários à emissão de certificados ou atestados relativos às atividades de sua competência. Ver tópico (2 documentos)
§ 2o A ANAC observará as prerrogativas específicas da Autoridade Aeronáutica, atribuídas ao Comandante da Aeronáutica, devendo ser previamente consultada sobre a edição de normas e procedimentos de controle do espaço aéreo que tenham repercussão econômica ou operacional na prestação de serviços aéreos e de infra-estrutura aeronáutica e aeroportuária. Ver tópico (5 documentos)
§ 3o Quando se tratar de aeródromo compartilhado, de aeródromo de interesse militar ou de aeródromo administrado pelo Comando da Aeronáutica, o exercício das competências previstas nos incisos XXII, XXIII, XXIV, XXVI, XXVIII e XXIX do caput deste artigo, dar-se-á em conjunto com o Comando da Aeronáutica. Ver tópico
§ 4o Sem prejuízo do disposto no inciso X do caput deste artigo, a execução dos serviços aéreos de aerolevantamento dependerá de autorização emitida pelo Ministério da Defesa. Ver tópico
§ 5o Sem prejuízo do disposto no inciso XI do caput deste artigo, a autorização para o transporte de explosivo e material bélico em aeronaves civis que partam ou se destinem a aeródromo brasileiro ou com sobrevôo do território nacional é de competência do Comando da Aeronáutica. Ver tópico
§ 6o Para os efeitos previstos nesta Lei, o Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro será explorado diretamente pela União, por intermédio do Comando da Aeronáutica, ou por entidade a quem ele delegar. Ver tópico (6 documentos)
§ 7o As expressões infra-estrutura aeronáutica e infra-estrutura aeroportuária, mencionadas nesta Lei, referem-se às infra-estruturas civis, não se aplicando o disposto nela às infra-estruturas militares. Ver tópico (4 documentos)
§ 8o O exercício das atribuições da ANAC, na esfera internacional, dar-se-á em coordenação com o Ministério das Relações Exteriores. Ver tópico
CAPÍTULO II
DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA ANAC
Seção I
Da Estrutura Básica
Art. 9o A ANAC terá como órgão de deliberação máxima a Diretoria, contando, também, com uma Procuradoria, uma Corregedoria, um Conselho Consultivo e uma Ouvidoria, além das unidades especializadas. Ver tópico (31 documentos)
Art. 10. A Diretoria atuará em regime de colegiado e será composta por 1 (um) Diretor-Presidente e 4 (quatro) Diretores, que decidirão por maioria absoluta, cabendo ao Diretor-Presidente, além do voto ordinário, o voto de qualidade. Ver tópico (14 documentos)
§ 1o A Diretoria reunir-se-á com a maioria de seus membros. Ver tópico
§ 2o A matéria sujeita à deliberação da Diretoria será distribuída ao Diretor responsável pela área para apresentação de relatório.
(Revogado pela Medida Provisória nº 527, de 2011).
(Revogado pela Lei nº 12.462, de 2011)
§ 3o As decisões da Diretoria serão fundamentadas. Ver tópico
§ 4o As sessões deliberativas da Diretoria que se destinem a resolver pendências entre agentes econômicos, ou entre estes e usuários da aviação civil, serão públicas.Ver tópico
Art. 11. Compete à Diretoria: Ver tópico (833 documentos)
I - propor, por intermédio do Ministro de Estado da Defesa, ao Presidente da República, alterações do regulamento da ANAC;
I - propor, por intermédio do Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, ao Presidente da República, alterações do regulamento da ANAC. (Redação dada pela Medida Provisória nº 527, de 2011). Ver tópico
I - propor, por intermédio do Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, ao Presidente da República, alterações do regulamento da Anac; (Redação dada pela Lei nº 12.462, de 2011) Ver tópico
II - aprovar procedimentos administrativos de licitação; Ver tópico (4 documentos)
III - conceder, permitir ou autorizar a prestação de serviços aéreos; Ver tópico (460 documentos)
IV - conceder ou autorizar a exploração da infra-estrutura aeronáutica e aeroportuária;Ver tópico (7 documentos)
V - exercer o poder normativo da Agência; Ver tópico (441 documentos)
VI - aprovar minutas de editais de licitação, homologar adjudicações, transferência e extinção de contratos de concessão e permissão, na forma do regimento interno; Ver tópico (15 documentos)
VII - aprovar o regimento interno da ANAC; Ver tópico (8 documentos)
VIII - apreciar, em grau de recurso, as penalidades impostas pela ANAC; e Ver tópico
IX - aprovar as normas relativas aos procedimentos administrativos internos da Agência. Ver tópico (6 documentos)
Parágrafo único. É vedado à Diretoria delegar a qualquer órgão ou autoridade as competências previstas neste artigo. Ver tópico (1 documento)
Art. 12. Os diretores serão brasileiros, de reputação ilibada, formação universitária e elevado conceito no campo de especialidade dos cargos para os quais serão nomeados pelo Presidente da República, após serem aprovados pelo Senado Federal, nos termos da alínea f do inciso III do art. 52 da Constituição Federal. Ver tópico (25 documentos)
Art. 13. O mandato dos diretores será de 5 (cinco) anos. Ver tópico (19 documentos)
§ 1o Os mandatos dos 1o s (primeiros) membros da Diretoria serão, respectivamente, 1 (um) diretor por 3 (três) anos, 2 (dois) diretores por 4 (quatro) anos e 2 (dois) diretores por 5 (cinco) anos, a serem estabelecidos no decreto de nomeação. Ver tópico (4 documentos)
§ 2o Em caso de vacância no curso do mandato, este será completado por sucessor investido na forma prevista no art. 12 desta Lei. Ver tópico (4 documentos)
Art. 14. Os diretores somente perderão o mandato em virtude de renúncia, de condenação judicial transitada em julgado, ou de pena demissória decorrente de processo administrativo disciplinar. Vertópico (82 documentos)
§ 1o (VETADO) Ver tópico (9 documentos)
§ 2o Cabe ao Ministro de Estado da Defesa instaurar o processo administrativo disciplinar, que será conduzido por comissão especial constituída por servidores públicos federais estáveis, competindo ao Presidente da República determinar o afastamento preventivo, quando for o caso, e proferir julgamento.
§ 2o Cabe ao Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República instaurar o processo administrativo disciplinar, que será conduzido por comissão especial constituída por servidores públicos federais estáveis, competindo ao Presidente da República determinar o afastamento preventivo, quando for o caso, e proferir julgamento. (Redação dada pela Medida Provisória nº 527, de 2011). Ver tópico (26 documentos)
§ 2o Cabe ao Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República instaurar o processo administrativo disciplinar, que será conduzido por comissão especial constituída por servidores públicos federais estáveis, competindo ao Presidente da República determinar o afastamento preventivo, quando for o caso, e proferir julgamento. (Redação dada pela Lei nº 12.462, de 2011) Ver tópico (26 documentos)
Art. 15. O regulamento disciplinará a substituição dos diretores em seus impedimentos. Ver tópico (7 documentos)
Art. 16. Cabe ao Diretor-Presidente a representação da ANAC, o comando hierárquico sobre o pessoal e o serviço, exercendo todas as competências administrativas correspondentes, bem como a presidência das reuniões da Diretoria. Ver tópico (1152 documentos)
Art. 17. A representação judicial da ANAC, com prerrogativas processuais de Fazenda Pública, será exercida pela Procuradoria. Ver tópico (8 documentos)
Art. 18. O Ouvidor será nomeado pelo Presidente da República para mandato de 2 (dois) anos. Ver tópico (28 documentos)
§ 1o Cabe ao Ouvidor receber pedidos de informações, esclarecimentos, reclamações e sugestões, respondendo diretamente aos interessados e encaminhando, quando julgar necessário, seus pleitos à Diretoria da ANAC. Ver tópico (9 documentos)
§ 2o O Ouvidor deverá produzir, semestralmente ou quando a Diretoria da ANAC julgar oportuno, relatório circunstanciado de suas atividades. Ver tópico (1 documento)
Art. 19. A Corregedoria fiscalizará a legalidade e a efetividade das atividades funcionais dos servidores e das unidades da ANAC, sugerindo as medidas corretivas necessárias, conforme disposto em regulamento. Ver tópico (11 documentos)
Art. 20. O Conselho Consultivo da ANAC, órgão de participação institucional da comunidade de aviação civil na Agência, é órgão de assessoramento da diretoria, tendo sua organização, composição e funcionamento estabelecidos em regulamento.Ver tópico (20 documentos)
Seção II
Dos Cargos Efetivos e Comissionados e das Gratificações
Art. 21. Ficam criados, para exercício exclusivo na ANAC, os empregos públicos de nível superior de Regulador, de Analista de Suporte à Regulação, os empregos públicos de nível médio de Técnico em Regulação e de Técnico de Suporte à Regulação, os Cargos Comissionados de Direção - CD, de Gerência Executiva - CGE, de Assessoria - CA e de Assistência - CAS, e os Cargos Comissionados Técnicos - CCT, constantes do Anexo I desta Lei.
(Vide Medida Provisória nº 269, de 2005)
Art. 21. Ficam criados, para exercício exclusivo na ANAC, os Cargos Comissionados de Direção - CD, de Gerência Executiva - CGE, de Assessoria - CA e de Assistência - CAS, e os Cargos Comissionados Técnicos - CCT, nos quantitativos constantes da Tabela B do Anexo I desta Lei.(Redação dada pela Lei nº 11.292, de 2006) Ver tópico (14 documentos)
Art. 22. Ficam criadas as Gratificações de Exercício em Cargo de Confiança e de Representação pelo Exercício de Função, privativas de militar, nos quantitativos e valores previstos no Anexo II desta Lei. (Vide Medida Provisória nº 269, de 2005)
Art. 22. Ficam criadas as Gratificações de Exercício em Cargo de Confiança e de Representação pelo Exercício de Função, privativas dos militares da Aeronáutica a que se refere o art. 46 desta Lei, nos quantitativos e valores previstos no Anexo II desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.292, de 2006) Ver tópico (31 documentos)
Parágrafo único. As gratificações a que se refere o caput deste artigo serão pagas àqueles militares designados pela Diretoria da ANAC para o exercício das atribuições dos cargos de Gerência Executiva, de Assessoria, de Assistência e Cargos Comissionados Técnicos da estrutura da ANAC e extinguir-se-ão gradualmente na forma do § 1o do art. 46 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 11.292, de 2006) Ver tópico
Art. 23. (VETADO) Ver tópico (17 documentos)
Art. 24. Na estrutura dos cargos da ANAC, o provimento por um servidor civil, de Cargo Comissionado de Gerência Executiva, de Assessoria, de Assistência e de Técnico, implicará o bloqueio, para um militar, da concessão de uma correspondente Gratificação de Exercício em Cargo de Confiança e de Gratificação de Representação pelo Exercício de Função, e vice-versa. Ver tópico (72 documentos)
Art. 25. Os Cargos Comissionados Técnicos são de ocupação privativa de servidores e empregados do Quadro de Pessoal Efetivo, do Quadro de Pessoal Específico e de requisitados de outros órgãos e entidades da Administração Pública. Ver tópico (7 documentos)
Parágrafo único. Ao ocupante de Cargo Comissionado Técnico será pago um valor acrescido ao salário ou vencimento, conforme tabela constante do Anexo I desta Lei.Ver tópico
CAPÍTULO III
DO PROCESSO DECISÓRIO
Art. 26. O processo decisório da ANAC obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, eficiência, moralidade e publicidade, assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa. Ver tópico (12 documentos)
Art. 27. As iniciativas ou alterações de atos normativos que afetem direitos de agentes econômicos, inclusive de trabalhadores do setor ou de usuários de serviços aéreos, serão precedidas de audiência pública convocada e dirigida pela ANAC. Ver tópico (35 documentos)
Art. 28. Ressalvados os documentos e autos cuja divulgação possa violar a segurança do País, o segredo protegido ou a intimidade de alguém, todos os demais permanecerão abertos à consulta pública. Ver tópico (16 documentos)
CAPÍTULO IV
DA REMUNERAÇÃO POR SERVIÇOS PRESTADOS E PELA OUTORGA DE EXPLORAÇÃO DE INFRA-ESTRUTURA AEROPORTUÁRIA
Art. 29. A ANAC fica autorizada a cobrar taxas pela prestação de serviços ou pelo exercício do poder de polícia, decorrentes de atividades inerentes à sua missão institucional, destinando o produto da arrecadação ao seu custeio e funcionamento.
(Vide Medida Provisória nº 269, de 2005)
Art. 29. Fica instituída a Taxa de Fiscalização da Aviação Civil - TFAC. (Redação dada pela Lei nº 11.292, de 2006) Ver tópico (25 documentos)
§ 1o A cobrança prevista no caput deste artigo recairá sobre as empresas concessionárias, permissionárias e autorizatárias de serviços aéreos, demais operadores de serviços aéreos, empresas exploradoras de infra-estrutura aeroportuária, agências de carga aérea, pessoas jurídicas que explorem atividades de fabricação, manutenção, reparo ou revisão de produtos aeronáuticos e outros usuários de aviação civil. (Vide Medida Provisória nº 269, de 2005)
§ 2o As taxas e seus respectivos fatos geradores são aqueles definidos no Anexo III desta Lei. (Vide Medida Provisória nº 269, de 2005)
§ 1o O fato gerador da TFAC é o exercício do poder de polícia decorrente das atividades de fiscalização, homologação e registros, nos termos do previsto na Lei no 7.565, de 19 de dezembro de 1986 - Código Brasileiro de Aeronáutica. (Redação dada pela Lei nº 11.292, de 2006) Ver tópico (1 documento)
§ 2o São sujeitos passivos da TFAC as empresas concessionárias, permissionárias e autorizatárias de prestação de serviços aéreos comerciais, os operadores de serviços aéreos privados, as exploradoras de infra-estrutura aeroportuária, as agências de carga aérea, pessoas jurídicas que explorem atividades de fabricação, manutenção, reparo