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A Grande Depressão como algoz do Liberalismo

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O presente trabalho tem como objeto de estudo o período que se estende de 1929 aos anos últimos da década de 1930 nos continentes americano e europeu. A Grande Depressão, tendo como ponto de ignição o Crash da Bolsa de Valores de Nova Iorque, e que, ao contrário do que se esperava, não geraria apenas uma simples recessão passageira, mas culminaria em uma das maiores tragédias da sociedade contemporânea. Por décadas é-se discutida no âmbito acadêmico, seja por economistas, cientistas políticos, historiadores, especuladores e outros, quais as causas do acontecido, como se deu o descalabro do até então incontestável Free Market¹ e suas conseqüências econômicas neste espaço de tempo para a população dos países afetados direta e indiretamente. Normalmente, na breve, porém rica história humana, tende-se a esquecer os erros do passado, e como em um infinite loop², imprudentemente repeti-los, evocando assim os antigos espectros à tona novamente. No entanto, todo grande trauma traz consigo uma grande sequela, que embora incapaz de evitar uma nova empreitada suicida, desconstruiu o paradigma do laissez-faire, de caráter sacrossanto, antes dogmaticamente defendido, e transmutou de forma profunda a visão e anseio da sociedade – não mais indivíduo – sobre o papel do Estado nas diversas áreas da vida humana. É justamente este o tema do trabalho.
Nada diagnostica melhor os efeitos do colapso econômico, e a gravidade disso para a conjuntura política então vigente do que “A Grande Depressão destruiu o liberalismo econômico por meio século” (HOBSBAWN, 1995, p.99). Esta foi sem dúvida a constatação primária feita pela maioria dos policy makers³ e seus “oráculos” – denominados também economistas – pegos de pronto por algo sem precedentes. Surgia concomitantemente uma vertente diferente sobre a eficiência do capitalismo, encabeçada por Sir John Maynard Keynes e suas críticas ferrenhas à supervalorização de escolas econômicas, para ele obsoletas, em sua obra magna (1936, p.383)
[...] as idéias de economistas e filósofos políticos, tanto quando estão certas como quando estão erradas, são mais poderosas do que se pensa comumente. Na verdade, o mundo não é regido por praticamente qualquer outra coisa. Homens práticos, que se acreditam isentos de qualquer influência intelectual, são normalmente escravos de algum economista defunto.
Keynes, cujas ideias se dão desde sua juventude, mas que só ganham força com a busca por uma alternativa moderada aos efeitos da crise, uma vez que se tinha logo no lado oriental do planeta uma união de países, que não só romperam com os ideais de liberdade, como também com o próprio capitalismo, que é o caso da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), que se mostrava imune aos efeitos das retrações ocidentais, mantendo o pleno emprego e crescimento, como é apontado por Hobsbawn (1995, p.100) a nação socialista passava por um processo acentuado de industrialização, tendo em uma década triplicado a produção, enquanto a das principais nações industriais da época (EUA, Grã-Bretanha e França) caia vertiginosamente, com taxas agregadas que ultrapassava os 50%. 
A economia passara de um estado de ingerência, para um de subserviência, em maior ou menor grau, dependendo do país. Um período marcado pela instabilidade de diversos governos, que em sua maioria não aguentavam a grande turbulência da crise e viam suas carreiras políticas se enterrarem em meio a tanto descontentamento popular. A plebe, principalmente os menos afortunados, ansiavam cada vez mais por um messias. O desemprego era algo latente, e um prenúncio de agitações populares vis-à-vis a iminente miséria, principalmente quando despojavam suas últimas poupanças, e dependeriam a partir daí de parentes próximos melhores economicamente em primeira instancia, e a providencia das instituições de caridade e assistência do governo para subsistência, como a tão famosa distribuição de sopa, retratado hoje como forte símbolo de decadência e gravidade. Esta, figurada inclusive por artistas das diversas representações, que perderam suas fontes de renda, como a venda de livros, quadros, peças de teatro, esculturas, concertos musicais, sessões fotográficas, cinema, etc., uma vez que a elasticidade-renda da demanda4 para produtos supérfluos são expressivamente maiores, principalmente em tempos de crise. Limoncic (2009, p.s /n) explicita a criação de programas por parte do governo Roosevelt com o objetivo de fornecer trabalho aos artistas marginalizados. São estimados a pintura de milhares de murais em prédios públicos; aulas de música para mais de 18 milhões de alunos; 250 mil concertos em centros comunitários, orfanatos, prisões, hospitais; dezenas de milhares de apresentações de rádio (principal meio de comunicação e entretenimento da época); peças de Sheakespeare eram encenadas em bairros negros comumente mais afastados dos centros; exposições de esculturas; intervenções no meio das movimentadas ruas, etc. Ou seja, com o advento da crise, houve uma democratização dos bens culturais, onde o clássico se miscigenara com o pop, a inclusão de grupos marginalizados no âmbito social evidenciando uma menor diferenciação cultural, social e de pensamento, tais programas acabaram por parir uma nova ordem de relacionamento entre os povos. Até porque no auge da Depressão, a grande maioria da população foi nivelada economicamente para baixo. Medo era a palavra de ordem. Robert Higgs (1989 apud FARIA, 2012) afirma que
O crescimento do poder do Estado e respectivas centralizações fazem-se sempre através da crise. Por outras palavras, o Estado não deixa uma boa crise passar sem se expandir e centralizar. Se tal não acontecer, desperdiçou uma boa oportunidade para o fazer, pois o desespero costuma convencer as pessoas a aceitarem o que nunca aceitariam em condições normais.
Com a falta de respostas de um governo liberal, a população que antes, influenciada por uma filosofia individualista dizia não ao Estado como provedor, passou após a imensa dificuldade ver em regimes centralizadores que tinham como característica o tão bem-sucedido planejamento econômico soviético, uma saída de emergência para a crise. O movimento revolucionário ganhou adeptos em toda a Europa e Américas. Assustada, a burguesia com medo de ter seus bens de capital expropriados, viu nos movimentos totalitários de caráter fascistas e nazistas, uma alternativa plausível para uma retomada nos trilhos de ordem e prosperidade antes conquistada. O que foi o caso da Alemanha (nazista) e Itália (fascista).
Logo após a Primeira Grande Guerra, a Alemanha através do Tratado de Versalhes foi culpada exclusivamente pelo desencadeamento do conflito, sendo fortemente penalizada sofrendo diversas sanções de caráter vexatório para a nação. Ponto de partida do revanchismo alemão, há a aceitação no campo historiográfico que foi determinante para o culminar da Segunda Grande Guerra. Todavia, no curto prazo, e, portanto prioritariamente, foram as conseqüências econômicas que mais causaram impacto. Principalmente o pagamento aos países vencedores, principalmente França e Inglaterra, uma indenização pelos prejuízos causados durante a guerra. Este valor foi estabelecido em 269 bilhões de marcos, muito acima daquilo que qualquer país naquela época poderia pagar de forma equilibrada. Isso fez os alemães recorrerem pesadamente a empréstimos majoritariamente americanos e em pouco tempo a moeda alemã tinha se desvalorizado de tal maneira que grandes fortunas simplesmente pulverizavam de um dia para o outro, houve um generalizado colapso, isso tudo anos antes do Crash de 1929, o que deixou o país ainda mais sensível aos efeitos da Grande Depressão. Aí entra a figura de Hitler, como dito anteriormente, o grande salvador da pátria, ao menos era a expectativa, que anos mais tarde acabou por se concretizar. Logo ao assumir o cargo de chanceler alemão, Hitler começou seu trabalho de recuperação da economia, tendo como prioridade o combate ao desemprego, utilizando de grande gasto estatal nas áreas de construção e manutençãode infraestrutura, construção de prédios públicos e indústria bélica. Expandiu também o crédito – a taxas de juros nulas – principalmente para compras de bens de consumo, além de ter reduzido significativamente impostos sobre a indústria para fomentar sua produção. Às luzes de uma política de natureza fortemente keynesiana – embora sem ao menos conhecê-la – o ditador consegue com maestria reduzir o desemprego e dar poder real de compra para a população. No entanto, foi a mão de ferro sobre a economia que propiciou a ele fazer algo que nenhuma outra nação no mundo faria. Para isso, aboliu todas as centrais sindicais, além de proibir greves, e controlou fortemente a produção industrial, os preços e também os salários. 
“Em 1936, uma renda elevada estava forçando a alta dos preços ou, então, propiciando essa alta. Da mesma forma, os salários começavam a aumentar. Por isso, foi decretado um teto tanto para os preços como para os salários, e essa medida também deu certo. A Alemanha, em fins da década de 30, tinha emprego para todos e preços perfeitamente estabilizados. Isso constituía, no mundo industrializado, um feito inteiramente inédito.” (Galbraith, 1977 apud LARA, 2012, p.32).
Com regime congênere ao nazista, o fascismo de Benito Mussolini, enfrentava como conseqüência comum à Grande Depressão, o desemprego crescente juntamente com a perca real do poder de compra da população, tanto pela desvalorização da moeda, como pela redução nominal dos salários. E pareceu encontrar em uma política intervencionista a resposta para tirar o país da lama. 
Além disso, convém lembrar que o investimento do Estado nas obras públicas tinha sido, nos dez anos de governo Mussolini, decididamente maciço e que, com a superveniência da crise, ele se intensificara. [...] Além disso,as obras públicas eram uma excelente válvula de escape para regulamentar os ciclos de emprego/desemprego e, portanto, para regular e aumentar os consensos em torno do fascismo. (Goffredo Adinolfi, 2001, p. 241).
Ao falar a respeito da Grande Depressão do período entreguerras com o público em geral, ou mesmo em produções televisivas, observa-se sempre um elo muito forte entre o colapso e a maior potência do século XX, os Estados Unidos da América. Algo que já era de se esperar, afinal, o estopim (quebra da Bolsa de Valores) para tal foi dado em Nova Iorque. Mas a história demonstrava que um Crash da Bolsa não seria por si só forte o bastante para desencadear uma década de magérrimas vacas, e que seria restaurado após um curto período de recessão e austeridade. Por que tanta ênfase se da então, aos norte-americanos? Bem, pra responder a pergunta, Hobsbawn (1995, p.101-103) ressalta a ascensão, após a participação decisiva na Primeira Guerra Mundial, passou de um estado de devedor aos países europeus, para de credor dos mesmos, em vista de que o velho continente foi palco do conflito, e apesar de não sofrer – com exceção da Alemanha – ações punitivas de guerra, tiveram seus territórios devastados, anos de investimento perdidos, milhares de homens economicamente ativos perdidos na barbárie. Enfraquecidos, recorreram em massa aos empréstimos americanos para recuperação dos vários setores destruídos. Além do fato de um american way of life5 alavancar os EUA como maior importador de matérias-prima e alimentos, abocanhando uma fatia de aproximadamente 40% de tudo o que era produzido pelos 15 países mais comerciais. Não obstante, a balança comercial americana estava totalmente equilibrada, exportando aos demais países tanto quanto deles comprava. Dessa maneira, fica clara a grande parcela de “culpa” que tem os EUA para que a crise se alastrasse mundialmente.
Com o forte desenvolvimento da indústria nacional ostentado pelas fábricas automobilísticas tendo seu maior símbolo o fordismo que forneceu as bases estruturais para uma expansão inimaginável, aumentou-se o processo de produção em parte para atender a demanda internacional, como a já citada parruda demanda interna. Com o desencadeamento da crise, a produção que outrora fora compatível com o mercado, agora se via com uma super capacidade. Mais uma vez, o governo deveria dar suporte, através de movimentos sindicais uma maior renda para os trabalhadores, para que estes fortalecem ainda mais o mercado consumidor. Nessa época os países fechavam suas portas para evitar a concorrência e tentar ao mesmo tempo fazer uma fomentação da indústria interna e inflacionar o preço dos ativos para uma recuperação dos lucros que fariam o giro da economia. Foram criados para isso vários órgãos de regulação da indústria, e além, desenvolveu-se uma íntima relação entre governo e trabalhadores. Nas palavras de Limoncic (2009, p. 251):
Franklin D. Roosevelt, um homem a quem não faltava sensibilidade histórica, percebia claramente que durante o New Deal o Estado americano assumiu o papel de protagonista na configuração dos grupos de interesses dos trabalhadores, submetendo-os a um ideal de bem comum.
Ao contrário da filosofia que fora símbolo da nação anteriormente, no governo Roosevelt o coletivo passou a ser palavra de ordem para o grosso da população. Surgiram as corporações, as contratações em grande escala, e o agrupamento destes mesmos trabalhadores por melhorias de salário, jornadas de trabalho e, antes de tudo, de emprego. O governo Hoover ficou conhecido por uma relutância em arbitrar a indústria, tendo como base ainda ideias liberalistas neste setor. Mas dobrou-se como via de regra aos gastos públicos para geração de empregos e desenvolvimento. Apesar das medidas gastadoras, perdeu popularidade, evidenciando novamente a preferência dos americanos por um Estado provedor de garantias. 
[...] a recusa em ampliar o papel do Estado na provisão social, a rejeição em desenhar a distribuição da renda nacional e a crença de que mecanismos tradicionais de autorregulação dos mercados e de equilíbrio fiscal solucionariam os graves problemas econômicos do pais custaram caro a Hoover. Nas eleições de novembro de 1932, o presidente republicano seria derrotado por Franklin D. Roosevelt. (LIMONCIC, 2009, p.130-131).
A América Latina de economia predominantemente agrária sofreu por demais também com a falta de poder de compra dos importadores, e com a super proteção dos mercados internos no momento adotados como tática. País exemplo disso é o Brasil, que através da ascensão de Vargas ao poder em 1930, teve sua estrutura agroexportadora transformada, deixando pela primeira vez em segundo plano os produtos agrícolas (principalmente café) para focar numa expansão da indústria automobilística e consequentemente de siderurgia. Foi o começo de uma mudança de classe operária e o fortalecimento dos sindicatos bastante ouvidos por Vargas. O Peru foi outro país que sofreu graves conseqüências com a crise, mas teve sua recuperação deveras breve. Por depender principalmente de commodities primárias como o algodão, teve sua retração, mas pela taxa de lucratividade dessa atividade, já em 1934 foi possível uma retomada dos padrões pré-crise. No entanto, foi nos campos político e social a grande mudança ocorrida como nos sugere Drinot “[...] a Grande Depressão contribuiu para uma mudança radical na concepção do papel do Estado no âmbito social e, mais especificamente, para a idéia de um campo social submisso às ações do Estado.” (2009, p.145). Os governos Cerro e Benavides criaram ao longo de seus mandatos, uma nova legislação trabalhista – desta vez em prol do operários – uma espécie de seguro social para os mesmos, além de criação de restaurantes populares nas cidades mais industrializadas para a alimentação do proletariado. O mesmo viés intervencionista e expansionista teve Montes de Oca no México, com sua política de desvalorização da moeda para fortalecer as exportações. Dada proximidade com os Estados Unidos, teve sua crise mais profunda do que em outros países da América Latina, mas que levaram a um mesmo resultado. A perca de autonomia da economia, e a ascensão de um gana por bem estar geral da população.HOBSBAWN, Eric J. Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
KEYNES, John M. (1936). Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. São Paulo: Abril Cultural (Coleção Os Economistas), 1983.
LIMONCIC, Flávio. Os Inventores do New Deal: Estado e sindicatos no combate à Grande Depressão. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009.
FARIA, Filipe. A União Européia e os Fantasmas da Guerra. Disponível em: <https://filfar.wordpress.com/category/imigracao/> Acesso em 22 de Setembro de 2015.
LARA E. A Economia Alemã: 1933. 2012. 47 f. Monografia (Graduação em Ciências Econômicas) – Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista, Araraquara. 2012. Disponível em <http://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/119572/lara_eh_tcc_arafcl.pdf?sequence=1> Acesso em 23 de Setembro de 2015.
http://www.territoriopaiva.com/tw5.0/contas/00074_v1/arquivos/workspaces/download/1/teoria_geral_do_emprego_do_juro_e_do_dinheiro_-_cap_12.pdf
Free Market, traduzido como Mercado de Livre Competição, onde não há a intervenção do Estado na economia.
Infinite loop, como algo que se repete indefinidamente.
Policy makers, traduzido como tomadores de decisões políticas
Elasticidade-renda da demanda, é um indicador econômico que mexe a taxa de variação da demanda por um bem ou serviço em relação a variação renda.
American way of life, traduzido como estilo americano de vida, voltado fortemente para o consumo.

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