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relatorio sobre cromatografia em camada delgada e coluna

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INTRODUÇÃO
Foi o botânico russo, Mikhail Semenovich Tswett quem inventou a primeira técnica cromatografica em 1900 durante suas pesquisas sobre a clorofila. Ele usou uma coluna de absorção líquida contendo carbonato de cálcio para separar pigmentos de folhas de plantas. O método foi descrito em 30 de dezembro de 1901 no 11o Congresso de Médicos e Naturalistas em São Petersburgo. A primeira publicação feita foi em 1903. Ele usou pela primeira vez o termo cromatografia em uma publicação em 1906 no jornal de botânica alemão, Berichte der Deutschen Botanischen Gesellschaft. Em 1907, demonstrou sua cromatografia para a Sociedade Botânica Alemã.
Em 1952, Archer John Porter Martin e Richard Laurence Millington Synge ganharam o Prêmio Nobel de Química pela invenção da cromatografia de partição.1 Desde então, a tecnologia tem avançado rapidamente.
Cromatografia é uma técnica de separação de misturas e identificação de seus componentes. Esta separação depende da diferença entre o comportamento dos analitos entre a fase móvel e a fase estacionária. A interação dos componentes da mistura com estas duas fases é influenciada por diferentes forças intermoleculares, incluindo iônica, bipolar, apolar, e específicos efeitos de afinidade e solubilidade.
Para a identificação usa-se a comparação dos resultados da análise com outros resultados previamente conhecidos, como por exemplo, usa-se tabela de gráficos conhecidos e através desta compara-se os resultados obtidos quetambém são em gráficos achando-se os que mais se assemelham assim descobrindo quais as substancias que pertence a mistura.
Classificação das técnicas cromatográficas UTILIZADAS NO PROCEDIMENTO
Cromatografia em papel (CP)
Ou PC, do inglês "paper chromatography". É uma técnica de partição, utiliza dois líquidos, ou misturas de líquidos, um atuando como fase móvel (eluente) e outro, suportado sobre papel, atuando como fase estacionária. Ocorre a retenção das substâncias devido às diferentes afinidades para com as fases estacionária e móvel. Utiliza-se papel normal ou papel de filtro (mais utilizado) como suporte da fase estacionária.
Exemplificando: a mistura é aplicada no papel e mergulhada na mistura das fases líquida e estacionária. A tira de papel de suporte é colocada em um cuba contendo o eluente. Esta fase móvel (solvente) sobe por capilaridade e arrasta a substância pela qual tem mais afinidade, separando-a das substâncias com maior afinidade pela fase estacionária. Como a maioria das substâncias separadas são incolores, utiliza-se um revelador. As manchas podem ser reveladas por meio de luz UV, vapores de iodo, soluções de cloreto férrico e tiocianoferrato de potássio, fluorescências, radioatividade, etc.
Cromatografia em coluna
É a técnica de separação cuja fase estacionária acontece dentro de um tubo. Utiliza-se uma coluna de vidro aberta na parte superior e munida de uma torneira na extremidade inferior, por onde elui o líquido. Dentro da colunaencontra-se a fase estacionária constituída por um enchimento sólido no caso da cromatografia de adsorção, ou por uma fase líquida no caso da cromatografia de partição. A fase móvel é líquida em ambos os casos.A ordem das substâncias dependerá da sua polaridade.
Cromatografia em camada delgada
Cromatografia em camada delgada (CCD) (inglês:Thin layer chromatography, TLC) é realizada sobre uma placa de vidro, plástico ou folha de alumínio, revestida com uma fina camada de material adsorvente, geralmente sílica-gel, óxido de alumínio ou celulose. Esta camada de adsorvente é chamada de fase estacionária.
Depois que a amostra é aplicada sobre a placa, um solvente ou mistura de solventes (chamada de fase móvel) é permeado pela placa através de ação capilar. Os diferentes componentes da mistura percorrerem a placa de CCD de maneira diferentes, sendo possível a separação.
A CCD pode ser usada para monitorar o progresso de uma reação química, identificar os compostos presentes numa mistura e determinar a pureza de uma substância. Como exemplos específicos podem ser citados: análise de ceramidas e ácidos graxos, a detecção de pesticidas ou inseticidas em alimentos e água ou identificação de princípios ativos em plantas medicinais ou medicamentos.
MATERIAIS
Hexano 
acetato de etila 
placa de sílica 
benzofenona 
acetovanilona 
papel de filtro 
corante suco de uva 
sílica gel 
extrato de alfa-vaca 
bureta de 50 mL 
algodão
Resultados e Discussões:Cromatografia em papel:
O experimento utilizando a cromatografia em papel (CP), demostrou que o processo de separação proposto, utilizando o Solvente A, foi mais eficiente para a separação dos corantes contidos no refresco de uva em relação a utilização do Solvente B. 
Em ambos os casos a fase estacionaria utilizada é a água que fica alocada nos interstícios porosos do papel de filtro. Sobre a camada de água, ocorre a adsorção e dessorção do soluto para que o mesmo retorne a fase móvel. Seja qual for o soluto ou mistura de solutos a ser eluída, através da fase estacionária, deve ocorrer por adsorção, dessorção e partição. A explicação baseia num conceito relativamente simples de interação entre o soluto e as fases móveis e estacionárias.
É importante salientar que esse conceito se aplica também as técnicas de cromatografia em camada delgada e em coluna que também são objeto de discussão nesse relatório. 
Após a preparação e aplicação da amostra na base do papel, conforme descrito nos procedimentos experimentais, e o papel ser colocado em contato com os solventes, ocorre um deslocamento do solvente por capilaridade, através do papel e da fase estacionária. Nesse caso a fase estacionaria (H2O) satura o papel juntamente com as outras substâncias pois a mesma esta presente no solvente utilizado.
Como vai ocorrendo a eluição do solvente, se houver uma maior interação entre o soluto e fase estacionaria, o mesmo não sofre arraste pelo solvente. Por outrolado, se a interação entre o soluto e a fase móvel for mais intensa, irá ocorre a condução do soluto, sempre que ocorrer a movimentação do solvente através da fase estacionária.
Há ainda um processo de interação mais complexo que se baseia na presença de substâncias, na fase móvel, que apresentem forte interação com o a fase estacionária. Na ocorrência dessas substâncias, pode ocorrer a dessorção do soluto facilmente, visto que a adsorção dessas substâncias à fase estacionária, tendem há ocorrer mais intensamente.
No experimento utilizando o solvente A, houve nítida separação de três corantes presentes na amostra. Contanto com um caminho de fase estacionaria de 9,3 cm, percebeu-se uma faixa amarela até 0,8 cm, caracterizando uma polaridade pais intensa, visto que o solvente não apresentou polaridade suficiente para que a interação causasse a dessorção do mesmo com a fase estacionaria. Já para o corante azul, posicionado numa distância entre 0,8 e 1,4 cm do ponto de aplicação, provavelmente apresentou boa interação com a substância etanol, que apresentou um momento dipolar com valor intermediário. Já o corante amarelo, se posicionou entre a faixa 1,4 cm e 2,8 cm, sendo provavelmente dos três o menos polar, visto que a dessorção do mesmo, em relação a fase estacionaria ocorreu de maneira mais rápida e a separação se deu de maneira visível. 
Para a utilização do solvente B, o resultado não apresentou outra interpretação senão a de que esse solvente não éapropriado para a separação dos corantes nas amostras. Uma hipótese a ser considerada é que a presença do citrato de sódio no solvente B alterou as propriedade dielétricas da fase estacionária. O corante azul permaneceu adsorvido à fase estacionária, enquanto que os outros dois corantes, evidenciados no experimento utilizando o solvente A, não foram separados pela fase móvel. Decorre dessa observação que também que não seria possível separar os compostos sem a utilização de um solvente para cada composto nas faixas de polaridade. Isso melhora a interação entre as substâncias a serem separadas e o fase móvel e quanto mais específicafor essa interação melhor será a separação. Subentende-se assim que na presença de três substâncias na amostra, irá requerer, além da fase estacionária, outros dois solventes diferentes.
Substância
Volume
Polaridade
n-Butanol
25,0 ml
1,52 D
Etanol
12,5 ml
1,69 D
H2O
12,5
1,85 D
NH4OH P.A.
5,0 ml
1,42 D p/NH3
Solvente A
Substância
Volume
Polaridade
Citrato de Sódio
0,5 g
-
H2O
50,0 ml
1,85 D
NH4OH P.A.
5,0 ml
1,42 D p/NH3
Solvente B
Cromatografia em camada delgada:
Para o experimento que utilizou a sílica gel como fase estacionária, o objetivo era separar os compostos Benzofenona e Acetovanilona, que haviam sido misturados no inicio do experimento. O uso das substâncias citadas, para a demonstração das propriedades relacionada á cromatografia, não foi ocasional. A diferença de estrutura e constituição entreas moléculas de Acetovanilona (figura 01) e de Benzofenona (figura 02) conferem a cada uma delas, propriedades dielétricas importantes que podem proporcionar a separação através da interação entre as mesmas e a fase estacionaria e o solvente.
Figura 01
Figura 02
Analisando as estruturas é possível discorrer sobre a ação dos sistemas eluentes durante as tentativas de eluição através da sílica gel. A utilização as sílica-gel como fase estacionária proporciona uma maior retenção dos compostos mais polares durante a eluição.
Durante o experimento foram desenvolvidos quatro sistemas eluentes diferentes. Cada um desses sistemas foi aplicado por um grupo de alunos e foram obtidos os seguintes resultados e dos quais algumas observações puderam ser feitas;
Grupo 1 
Sistema eluente composto por 95% de Hexano e 5 % de Acetato de Etila. Benzofenona - RF apresentado foi de 0,66; Acetovanilona - não eluiu.
Nesse sistema observou-se que a característica do solvente apolar (Hexano) foi absolutamente predominante sobre o conjunto de substâncias a serem separadas. Observou-se que ocorreu nesse grupo uma forte adsorção do composto Acetovanilona pela fase estacionária (sílica–gel). Essa interação se deu em função, principalmente, da interação ocasionada pelo grupo –OH, presente nesse composto, com a fase estacionária. Nesse caso a proporção do solvente polar (Acetato de Etila) utilizada não foi suficiente para proporcionar a dessorção da Acetovanilona em relação a faseestacionária e portanto não houve eluição da mesma. Ocorreu também que a presença de solvente apolar em grande proporção foi suficiente para eluir a Benzofenona de modo que a interação entre a mesma e a fase estacionária parece ser de baixa intensidade. Também decorre desse fato que a molécula de Benzofenona possui baixa polaridade o melhora as condição de interação com um solvente apolar (Hexano), o que proporciona a essa substância uma eluição mais eficiente pela ação desse solvente.
Grupo2
Sistema eluente composto por 65% de Hexano e 35 % de Acetato de Etila. Benzofenona- RF apresentado foi 0,70; Acetovanilona- RF apresentado foi de 0,32
O comportamento das substâncias, na eluição, mediante a alteração da proporção dos solventes, no sistema eluente, pode ser justificado pelas mesmas propriedades discorridas no item anterior. Notou-se que o aumento de Acetato de Etila proporcionou a eluição da Acetovanilona, além de manter a eluição da Benzofenona. 
Grupo 3
Sistema eluente composto por 30% de Hexano e 70 % de Acetato de Etila. Benzofenona=0,70; Acetovanilona=0,54.
O comportamento das substâncias, na eluição, mediante a alteração da proporção dos solventes, no sistema eluente, pode ser justificado pelas mesmas propriedades discorridas no Grupo 1. No entanto, obteve-se com esse sistema eluente uma nova informação a ser considerada. Mesmo tendo ocorrido uma diminuição significativa do solvente apolar, o RF da Benzofenona se manteve praticamente omesmo. Mas ainda assim, não foi possível justificar a ação do solvente polar sobre a Benzofenona.
Grupo 4 
Sistema eluente composto por 5% de Hexano e 95 % de Acetato de Etila. Benzofenona – RF apresentado foi 0,66; Acetovanilona – RF apresentado foi 0,56.
Para esse sistema eluente, os resultados apresentados necessitariam de mais uma confirmação. Deveria se utilizar dois sistemas eluentes e cada um deveria ser composto por apenas um dos solventes que foram utilizados misturados até então. Essa necessidade surge a partir do fato em que, mesmo reduzindo o solvente polar a uma quantidade mínima, o composto Benzofenona apresentou um RF praticamente inalterado. Se fosse utilizado um solvente a cada eluição, conforme proposto, saberia-se ao certo, se existe efetivamente ação do solvente apolar ou se somente há interação entre as compostos e o solvente polar.
Cromatografia em coluna
A técnica de cromatografia em coluna, se baseia nos mesmos princípios de interações entre a fase estacionária, o sistema eluente a as substância a serem separadas que já foram abordados nos itens anteriores. Nesse caso específico, o objetivo era de separar bandas visíveis presentes no extrato de folhas de alfavaca. 
O sistema eluente, utilizado nesse procedimento, foi primeiramente constituído por Hexano apenas e não houve arraste dos composto visíveis. Posteriormente testou-se outros sistemas adicionando se Acetato de Etila ao sistema eluente. 
Quando o sistema eluente estavacomposto por 90 % de Hexano e 10 de Acetato de Etila houve começou-se a eluição das bandas do extrato.
A fase estacionária utilizada foi a sílica-gel e a coluna foi montada conforme consta na figura 3. 
A eluição ocorreu ocasionando a distribuição de três bandas de compostos.
A primeira aparentemente verde-claro, composta por substâncias de caráter mais apolar, eluiu primeiro em decorrência da baixa intensidade da interação com a fase estacionária e por ação do Hexano. A segunda (verde-escuro) provavelmente composta por substâncias com um pouco mais de caráter polar apresentou certa resistência na eluição e por último, apresentando um caráter mais polar, entre as três classes de compostos, uma faixa verde-claro, que apresentava uma melhor adsorção a superfície da sílica e somente pela ação do solvente polar (Acetato de Etila).
Figura 03
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Nobelprize.org: The Nobel Prize in Chemistry 195
http://w3.ufsm.br/piquini/biomol09/cromatografia.ppt 
http://froque.no.sapo.pt/CROMATOGRAFIA-TLQ2.pdf 
Solomons, T. W. G. Química Orgânica; 6ª ed; Livros Técnicos e Científicos; Rio de Janeiro; 1996.
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
rofa. NILZA CAMPOS DE ANDRADE
cromatografia em camada delgada de sílica gel
ARIANE PERNAMBUCO
FRANCISCO ÍTALO
JOCIANE REIS
MANUELA FIGUEREDO
NAYRA VANESA 
TERESINA/PI
OUTUBRO DE 2014 
Sumário 
1 Resumo 3
2 Introdução 3
3. Parte experimental 4
3.1. Materiais e reagentes 4
3.2. Procedimento 4
4 Resultados e discussão 6
5 Conclusão 8
6 Referências 9
7 Anexo 
1 Resumo 
Na cromatografia em camada delgada, a separação da mistura se dá pela diferença de afinidade das substâncias pela fase estacionaria (placa de sílica). Neste experimento, as substâncias foram extraídas de folhas de mangueira em meio a um solvente apolar. As substâncias polares apresentaram menor fator de retenção, comprovando a relação de afinidade na qual a técnica se baseia. 
2 Introdução 
A cromatografia é um método físico-químico de separação de misturas, que se baseia na diferença de migração dos componentes de uma mistura. Essa diferença de migração ocorre devido às diferentes interações entre a fase móvel e a fase estacionária. A técnica foi descoberta em 1906 pelo botânico russo Mikahail Tswett durante suas pesquisascom a clorofila. Através deste processo Tswett separou pigmentos de plantas (clorofilas) adicionando um extrato (preparado com folhas verdes em éter de petróleo) sobre uma coluna de carbonato de cálcio em póem um tubo de vidro vertical. Enquanto a solução migrava através da coluna os componentes individuais da mistura foram formando marcas horizontais de cores.¹
Um dos tipos de cromatografia mais utilizados é a cromatografia em camada delgada (CCD). Essa é uma técnica de adsorção líquido-sólido. Nesse caso, a separação dos componentes da mistura se dá pela diferença de afinidade das substâncias pela fase estacionária. A imagem a seguir mostra um cromatograma obtido por CCD. Nele podemos observar a diferença de afinidade das substâncias 1 e 2 pela fase estacionária.¹
Figura 1: Esquematização de um cromatograma obtido por CCD.
A amostra a ser analisada por cromatografia em camada delgada deve ser aplicada a aproximadamente 1 cm da base inferior da placa com o auxílio de um capilar. Em seguida a placa deve ser introduzida numa cuba contendo a fase móvel. As paredes laterais internas da cuba devem estar recobertas co papel filtro, para facilitar sua saturação com os vapores do solvente. Ao subir a placa por capilaridade, o solvente irá arrastar os compostos separando-os de acordo com sua afinidade com a fase estacionária.¹
Para este experimento foramutilizadas folhas de mangueira (nome científico: Mangifera indica). Este experimento teve como objetivo compreender o processo de cromatografia em camada delgada utilizando folhas de mangueira para separação de alguns de seus componentes.
3. Parte experimental
3.1. Materiais e reagentes
Éter de petróleo (p.e. 80 -100ºC) ou hexano
Béquer de 50 e 100 mL
Etanol
Erlenmeyer de 25 mL
Clorofórmio
Placa de Petri
Acetona
Pipeta de Pasteur
Sulfato de sódio anidro
Pipeta de 5 mL
Folhas de espinafre ou chanana
Capilares
Funil de separação de 60 mL
Papel de filtro
Proveta de 10 mL
Almofariz e pistilo
Cubetas de 100 mL
3.2. Procedimento
a) Preparação do extrato
Colocar um almofariz 5-10 folhas de espinafre e alguns mililitros de uma mistura 2:1 de éter de petróleo (fração de p.e. 80 – 100ºC) ou hexano e etanol.
Triturar bem as folhas.
Utilizando uma pipeta de Pasteur, e uma bolinha de algodão, filtrar o extrato, transferindo-o para um funil de separação.
Adicionar, igual volume de água. Girar lentamente o funil, pois a agitação brusca pode causar a formação de emulsão.
Separar e descartar a fase aquosa. Repetir esta operação de lavagem, por mais duas vezes, sempre descartando a fase aquosa.
Transferir a solução de pigmentos para um Erlenmeyer e adicionar aproximadamente 2g de sulfato de sódio anidro.
Após alguns minutos, utilizando umapipeta de Pasteur, decantar a solução de pigmentos do sulfato de sódio, transferindo para um béquer. Se a solução não estiver fortemente colorida de verde escuro, concentrar parte do éter de petróleo, usando uma suave corrente de ar.
b) Aplicação da amostra na placa
Utilizando um capilar, aplicar duas ou três porções da solução de pigmentos sobre uma placa de sílica (2,5 x 7,5 cm) a 1,0 cm de uma das extremidades. 
Evitar a difusão da mancha de forma que seu diâmetro não deva ultrapassar a 2 mm durante a aplicação da amostra. Deixar o solvente evaporar.
c) Desenvolvimento do cromatograma
Preparar uma cuba colocando uma tira de papel de filtro de 4x5 cm e 5 mL de uma solução Hexano - Acetato de Etila 8:2, conforme Figura 1. 
Esperar o tempo suficiente para que ocorra a completa saturação. 
Colocar cuidadosamente a placa na cuba, evitando que o ponto de aplicação da amostra mergulhe no solvente. 
Quando o solvente atingir cerca de 0,5 cm do topo da placa, remover a placa e marcar a frente do solvente (linha de chegada da fase móvel). 
Deixar secar ao ar.
Copiar a placa com as substâncias separadas (cromatograma), obedecendo fielmente a distância entre o ponto de aplicação e a frente do solvente, bem como a distância percorrida por cada substância, iniciando pelo ponto de aplicação até o centro de maior concentração da mancha.
Calcular o fatorde retenção (Rf) Rf = ds / dm
Figura 1 - Desenvolvimento do Cromatograma 
4 Resultados e discussão 
Neste experimento foram utilizadas folhas de mangueira para a extração de pigmentos. O solvente utilizado para a extração era apolar devido à alta concentração de hexano na mistura. Após a obtenção da solução de pigmentos esta foi aplicada em uma placa de sílica (fase estacionária) sendo inserida em uma cuba, cujas paredes internas foram revestidas com uma tira de papel de filtro para facilitar a saturação da amostra com os vapores do solvente, este era uma mistura de hexano e acetona (fase móvel). 
A fase móvel ascendeu pela fase estacionária por ação capilar, isso fez com que a amostra fosse arrastada e seus diversos componentes foram separados. A cuba foi coberta com uma placa de petri para evitar que o solvente entrasse em equilíbrio com a atmosfera, o que poderia prejudicar os resultados. O seguinte cromatograma foi obtido: 
Figura 2 – Cromatograma da folha de mangueira
Por meio da análise do cromatograma percebeu-se que as substâncias separadas foram clorofila a, clorofila b e carotenos, as duas primeiras são substâncias polares e avançaram menos que os carotenos (apolar), isso ocorreu devido ao solvente utilizado possuir uma polaridade média, a parte apolar do solvente (hexano) separou por adsorção os carotenos ea parte polar (acetona) separou as clorofilas. Por causa da maior quantidade de hexano na mistura os carotenos foram deslocados por um espaço maior pela capilaridade. 
Outro ponto analisado foi os fatores de retenção (Rf) dos compostos separados. Quanto maior o Rf maior será a mobilidade da substância. A clorofila b é a que possui o menor Rf por apresentar em sua estrutura uma grande quantidade de grupos polares. Os valores dos fatores de retenção encontram-se disponíveis a tabela abaixo. 
Compostos
Fator de retenção 
Clorofila a 
= 0,44
Clorofila b
= 0,35
Carotenos 
= 0,88
Tabela 1 – Valores de retenção dos compostos 
5 Conclusão 
Assim como a cromatografia em papel, a cromatografia em camada de sílica em gel possui a mesma base técnica, não requer o uso de equipamentos modernos, seu procedimento é simples, rápido e de fácil manipulação. Através dessa técnica foi possível separar a clorofila a, clorofila b e carotenos da folha da mangueira cada um representado por uma cor característica e um fator de retenção diferente, verde-claro para clorofila a (RF = 0,44), verde-escuro para clorofila b (Rf = 0,35) e amarelo para os carotenos (Rf = 0,88). Como foi observado neste experimento, essa prática conseguiu atingir seu objetivo que foi entender sobre a cromatografia em camada delgada e identificação de substâncias por meio dessatécnica.
6 Referências 
(1) DEGANI, A. L. G., CASS, Q. B.; VIEIRA, P. C. Química Nova na Escola. 1998. pg 7 a 21.
CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA
Introdução
Entre os métodos modernos de análise, a cromatografia ocupa um lugar de destaque devido a sua facilidade em efetuar a separação, identificação e quantificação das espécies químicas, por si mesma ou em conjunto com outras técnicas instrumentais de análise, como, por exemplo, a espectrofotometria ou a espectrometria de massas.
A cromatografia ("chrom"/cor e "graphe"/escrever) é um método físico-químico de separação dos componentes de uma mistura, realizada através da distribuição destes componentes entre duas fases, que estão em contacto íntimo. Uma das fases permanece estacionária enquanto a outra move-se através dela.
A cromatografia em camada delgada (CCD) consiste na separação dos componentes de uma mistura através da migração diferencial sobre uma camada delgada de adsorvente retido sobre uma superfície plana. O processo de separação está fundamentado, principalmente no fenômeno de adsorção.
O grande desenvolvimento desta técnica é consequência natural das múltiplas vantagens que ela oferece, tais como: fácil compreensão e execução, separações em breve espaço de tempo, versatilidade, grande reprodutibilidade e baixo custo.
Pode ser de aplicação analítica ou preparativa,cuja escala está na dependência da espessura da camada de adsorvente e da amostra em análise.
Na CCD uma fina camada de adsorvente é espalhada sobre uma placa (em geral de vidro, mas outros materiais podem ser usados). Na extremidade desta placa recoberta pelo adsorvente e seca, chamada cromatoplaca aamostra é aplicada repetidas vezes com o auxílio de um capilar, obtendo-se pequenas manchas.
A placa é transferida para uma cuba cromatográfica contendo o solvente, que ascende pela cromatoplaca.
Durante este processo, chamado desenvolvimento do cromatograma, os vários componentes da mistura são separados. A separação é baseada em muitos equilíbrios dos solutos entre as fases móvel e estacionária e resulta das diferenças de velocidade, nas quais os componentes individuais da mistura migram pela placa.
Desenvolvido o cromatograma, a placa é removida da cuba e deixada para secar, até que esteja livre do solvente. Se os componentes da amostra forem coloridos, manchas dispostas verticalmente na placa serão visíveis.
Se os componentes da amostra não forem coloridos, deve-se empregar um método de visualização como por ex.: luz ultra-violeta e vapor de iôdo. 
As condições experimentais da CCD incluem:
- sistema de solvente
- adsorvente
- espessura da camada do adsorvente
- quantidade relativa do material aplicado
Sob condições bem estabelecidas, um dado composto percorre sempre uma distância fixa em relação à distância percorrida pelo solvente. Esta relação é chamada valor do Rf e expressa como:
Rf = distância percorrida pela substância
distância percorrida pelo solvente
Quando os parâmetros experimentais são especificados, o valor do Rf é uma constante, para um dado composto. E ele pode ser usado para auxiliar a identificação de uma substância.
Muitos compostos têm o mesmo Rf, assim como diferentescompostos tem p.f. iguais.
Aplicações da CCD em Química Orgânica
A CCD pode ser usada em Química Orgânica para:
- estabelecer a identidade de dois compostos;
- determinar o número de componentes de uma mistura;
- determinar o solvente apropriado para uma separação por cromatografia em coluna;
- monitorar uma separação realizada por cromatografia em coluna;
- verificar a eficiência de uma separação;
- monitorar o andamento de uma reação.
Em todas estas aplicações, a CCD tem a vantagem de utilizar pequenas quantidades de amostras. 
Técnica geral
Estão apresentadas a seguir as etapas principais da técnica da CCD.
a. Preparação das placas cromatográficas:
Espalhamento e placas pré-fabricadas (adsorventes mais usados: sílica gel G e alumina G).
b. Ativação das placas cromatográficas:
Tempo e temperatura, dependem do adsorvente usado e da atividade desejada.
c. Seleção da fase móvel:
O solvente ou mistura de solventes devem ser cuidadosamente selecionados, pois terão papel fundamental na separação de misturas.
d. Aplicação das amostras nas cromatoplacas:
Empregar solventes voláteis na preparação das soluções, para que possam ser facilmente eliminados após a aplicação.
e. Preparação da cuba cromatográfica e desenvolvimento do cromatograma.
f. Revelação dos cromatogramas:
A visualização pode ser feita através de métodos físicos, químicos ou biológicos (no caso de reações enzimáticas ou bacterianas).
g. Documentação:
Desenhar as placas, delinear as placas sobre papel de seda, xerocar, fotografar.Constantes Físicas das substâncias químicas envolvidas no Método A
Substância Densidade p.e./ºC p.f/ºC P.M Form.molecular Toxidade Solubilidade
Etanol 0,789 78,4 -114,1 46,07 C2H5OH Causa náusea, vômito e depressão Solúvel em água e em solventes orgânicos
Ácido acético 1,050 118 - 60,5 C2H4O2 Se ingerido causa vômito, diarréia e colapso circulatório Água, álcool,éter,te-tra cloreto de carbono
Diclorometano 1,325 39,75 - 84,94 Narcótico em altas concentrações 
1,2 Dicloroetano 1,280 55 - 96,95 Causa irritação e narcótico 
Aspirina 1,40 - 135 180,16 C9H8O4 
Acetaminofen 1,293 - 170.5 151,17 C8H9NO2 
Cafeína 1,23 - 238 194,19 C8H10N4O2 
Método A
Determinação dos Rf dos padrões
1-Colocar a solução de 1,2 dicloroetano/ácido acético na proporçào 12:1 (fase móvel) uma cuba cromatográfica até atingir 1,5 cm de altura
2-Colocar na cuba uma folha de papel de filtro com dimensões de 5x20 cm, deixar saturar até que toda folha fique umedecida com a fase móvel 
3- Preparar as soluções dos padrões (cafeína,ácido acetilsalicílico e acetominofen) em tubos de ensaio, dissolvendo 0,1 g de cada padrão em 5,0 ml de mistura de etanol diclorometano 1:1. Aquecer rapidamente em banho-maria, se necessário, evitando evaporar a mistura de solventes.
4- Pipetar 1,0 ml de cada solução dos padrões para um tubo de ensaio. Agitar bem para homogeneizar, obtendo deste modo a mistura de referência.
5-Preparar a placa de sílica, riscando-a, dividindo-a em 4 colunas para a aplicação das soluções padrão 
(cafeína, acetilsalicílico eacetominofen) e a mistura de referência (mistura de soluções de cafeína,ácido
acetilsalicílico e acetominofen 1:1:1)
6- Ativar a placa em estufa a 110ºC por 10 minutos.
7 - Aplicar com um capilar cada solução no centro de cada coluna a cerca de 2 cm da base 
8 - Colocar dentro da cuba cromatográfica e esperar até toda a fase móvel atingir o limite, delimitado por um risco traçado anteriormente
9 - Aguardar a evaporação do solvente,e com o auxílio da luz ultravioleta e posteriormente exposição a vapores de iodo,marcar as manchas com o riscador. 
10 - Medir as distâncias dos centros de massa das manchas até a origem para a realização dos cálculos de Rf.
Análise de Analgésicos
1 - Triturar um comprimido de cada um dos analgésicos (03 analgésicos) a serem analisados e transferir para 03 béqueres de 10mL.
2 - Adicionar 5 mL de solução de etanol/diclorometano ( 1:1 ) a cada béquer (cada comprimido triturado). 
3 - Aquecer rapidamente em banho-maria, evitando evaporar a mistura de solventes.
4 - Preparar uma placa de sílica, riscando-a e dividindo-a em 4 colunas, para aplicação das soluções obtidas dos comprimidos e das mistura de referência (contendo os 03 padrões). Ativar a placa em estufa a 110ºC por 10 minutos.
5 - Aplicar com um capilar cada solução no centro de cada coluna da placa, a cerca de 2 cm da base 
6 - Colocar a placa dentro da cuba cromatográfica e esperar até toda a fase móvel atingir o limite, delimitado por um risco traçado anteriormente
7 – Retirar a placa da cuba, aguardar a evaporação dosolvente. Com o auxílio da luz ultravioleta e posteriormente pela exposição a vapores de iodo, revelar as manchas e marca-las com o riscador de placas.
8 - Medir as distâncias dos centros de massa das manchas até a origem e a distância de deslocamento do solvente, para a realização dos cálculos de Rf.
9 - Determinar a composição de cada analgésico
Método B
1) Reagentes e soluções Padrão:
- Solução de acido acetilsalicílico, preparada em metanol a 2%.
- Solução de acetaminofen preparada em metanol a 2%.
- Solução de cafeína preparada em água a 2%.
- Fase estacionária: Placa de sílica gel G, com espessura de 0,25 mm.
- Fase móvel: acetato de etila: hidróxido de amônia:água 10:0,25:0,25.
Reveladores:
a) Solução aquosa de FeCl3 a 10%.
b) Solução de Dragendorff:
Solução A: 0,17 g de subnitrato de bismuto + 2mL de ácidoacético + 8 mL de água.
Solução B: 4 g de KI em 10 ml de água.
Solução de uso: 0,5 mL da solução A + 0,5 mL da solução B + 2 mL de ácido acético 
+ 10 m\l de água.
2) Procedimentos:
a) Preparação da amostra:
Triturar um comprimido e pesar 0,1g. Transferir esta quantidade para um tubo de ensaio e adicionar 0,5 mL de metanol. Agitar vigorosamente por 01 minuto. Centrifugar 05 minutos. Transferir o sobrenadante para um tubo limpo.
b) Análise cromatográfica: 
- Ativar a placa de sílica a 110°C durante 10 minutos. Dividir a placa em 04 colunas. A seguir aplicar, com o auxilio de capilares, as soluções dos padrões e da amostra.
- Preparar a fase móvel e transferir para uma cuba cromatográfica(saturar a cuba).
- Desenvolver o cromatograma.- Retirar a placa da cuba, secar com secador de cabelos, revelar com solução de cloreto férrico e aquecer a 110°C por 10 minutos.
- Marcar a posição das manchas reveladas e a seguir, revelar com solução de Dragendorff.
- Com base nos valores de Rf e nas cores das manchas, identificar os fármacos presentes nos comprimidos analgésicos. 
Cromatografia em Camada Delgada 
•Definição: Consiste na utilização de uma placa de vidro ou outro material rígido inerte recoberta com uma camada de adsorvente que pode ser a Fase Estacionária (sòlida) ou um suporte para Fase Estacionária (líquida). 
Mecanismo de Separação 
•Adsorção: Fase Estacionária Sólida. 
–Competição entre as moléculas da amostra e da Fase Móvel pelos sítios ativos da Fase Estacionária. 
– 
•Partição: Fase Estacionária Líquida. 
– Solubilidade relativa dos componentes da amostra na Fase Estacionária e na Fase Móvel. 
Utilização da CCD (Cromatografia em Camada Delgada):
•monitorar o andamento de uma reação química; 
• 
•determinar a pureza de substâncias orgânicas; 
• 
•utilizada como método de identificação. 
Procedimento para preparação das placas cromatográficas 
1) Preparação das Placas: 
2) Ativação da Placa: 
105-110ºC durante 30-60 min. 
3) Aplicação da amostra: 
•Técnica de aplicação. 
•Ponto-análise qualitativa. 
•Faixa- Análise quantitativa e preparativa. 
4) Desenvolvimento
5) Revelação: 
Procedimentos químicos, físicos, ou biológicos aplicados ao cromatograma para tornarvisível as manchas das substâncias separadas por cromatografia. 
A- Procedimentos Físicos: Luz ultravioleta (aromáticos ou dupla ligação conjugada). 
B- Radioatividade: Marcadores radioativos (13C). 
C- Procedimentos Biológicos e Enzimáticos: Antibióticos, Enzimas e Substratos. 
D- Procedimentos Químicos: Aplicação de um reativo químico para formar um derivado colorido ou fluorescente.
RESUMO
Cromatografia é uma técnica utilizada para a separação dos componentes de uma mistura. A separação cromatográfica é baseada na distribuição dos componentes entre uma fase estacionária e uma fase móvel. Esta separação resulta das diferenças de velocidade dos componentes arrastados pela fase móvel devido às diferentes interações com a fase estacionária. 
Os principais métodos cromatográficos são: cromatografia em papel (CP),cromatografia de camada delgada (CCD), cromatografia gasosa (CG) e cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). A seleção do método a ser empregado depende do material a ser utilizado.
CAMADA DELGADA
Na cromatografia em camada delgada (TLC), a fase estacionária é uma camada fina formada por um
sólido granulado (sílica, alumina, poliamida, etc.) depositado sobre uma placa de vidro, alumínio ou
outro suporte inerte.
Pequenas gotas de solução das amostras a serem analisadas são aplicadas em um ponto próximo
ao extremo inferior da placa. Deixa-se a placa secar e, então coloca-se a mesma em um recepiente
contendo a fase móvel (solvente ou mistura de solventes). A polaridade do solvente deverá serde
acordo com a substância que se deseja separar.
Como somente a base da placa fica submersa, o solvente começa a molhar a fase estacionária e sob
por capilaridade.
Deixa-se secar a placa após o deslocamento da fase móvel sobre ela. A revelação da placa é feita com
a aplicação de um reativo que de cor às substâncias de interesse.
Cromatografia em camada delgada
A cromatografia em camada fina (ou delgada) é uma técnica simples, barata e muito importante para a separação rápida e análise quantitativa de pequenas quantidades de material. Ela é usada para determinar a pureza do composto, identificar componentes em uma mistura comparando-os com padrões; acompanhar o curso de uma reação pelo aparecimento dos produtos e desaparecimento dos reagentes e ainda para isolar componentes puros de uma mistura.
Na cromatografia de camada delgada a fase líquida ascende por uma camada fina do adsorvente estendida sobre um suporte. O suporte mais típico é uma placa de vidro (outros materiais podem ser usados).
Sobre a placa espalha-se uma camada fina de adsorvente suspenso em água (ou outro solvente) e deixa-se secar. A placa coberta e seca chama-se "placa de camada fina". Quando a placa de camada fina é colocada verticalmente em um recipiente fechado (cuba cromatográfica) que contém uma pequena quantidade de solvente, este eluirá pela camada do adsorvente por ação capilar.
A amostra é colocada na parte inferior da placa, através de aplicações sucessivas de uma solução da amostra com um pequeno capilar. Deve-seformar uma pequena mancha circular. À medida que o solvente sobe pela placa, a amostra é compartilhada entre a fase líquida móvel e a fase sólida estacionária. Durante este processo, os diversos componentes da mistura são separados. Como na cromatografia de coluna, as substâncias menos polares avançam mais rapidamente que as substâncias mais polares. Esta diferença na velocidade resultará em uma separação dos componentes da amostra. Quando estiverem presentes várias substâncias, cada uma se comportará segundo suas propriedades de solubilidade e adsorção, dependendo dos grupos funcionais presentes na sua estrutura (Figura 4).
Depois que o solvente ascendeu pela placa, esta é retirada da cuba e seca até que esteja livre do solvente. Cada mancha corresponde a um componente separado na mistura original. Se os componentes são substâncias coloridas, as diversas manchas serão claramente visíveis. Contudo, é bastante comum que as manchas sejam invisíveis porque correspondem a compostos incolores. Para a visualização deve-se "revelar a placa". Um método bastante comum é o uso de vapores de iodo, que reage com muitos compostos orgânicos formando complexos de cor café ou amarela. Outros reagentes para visualização são: nitrato de prata (para derivados halogenados), 2,4-dinitrofenilidrazina (para cetonas e aldeídos), verde de bromocresol (para ácidos), ninhidrina (para aminoácidos), etc.
Um parâmetro freqüentemente usado em cromatografia é o "índice de retenção" de um composto (Rf). Na cromatografia de camada fina, o Rf é funçãodo tipo de suporte (fase fixa) empregado e do eluente. Ele é definido como a razão entre a distância percorrida pela mancha do componente e a distância percorrida pelo eluente.
Portanto:
Rf = dc / ds
Onde:
dc = distância percorrida pelo componentes da mistura.
ds = distância percorrida pelo eluente
Quando as condições de medida forem completamente especificadas, o valor de Rf é constante para qualquer composto dado e correspondente a uma propriedade física. Este valor deve apenas ser tomado como guia, já que existem vários compostos com o mesmo Rf.
Sob uma série de condições estabelecidas para a cromatografia de camada fina, um determinado composto percorrerá sempre uma distância fixa relativa à distância percorrida pelo solvente. Estas condições são:
1- sistema de solvente utilizado;
2- adsorvente usado;
3- espessura da camada de adsorvente;
4- quantidade relativa de material.
Experimento
1. Determinação do Rf do metilorange
1.1. Materiais
- solução aquosa de metilorange 1%
- fase móvel: N-butanol + ácido acético + água (6:4:2)
- tiras de papel Whatman 3, cortadas conforme indicado pelo professor
- tubos de ensaio de 20x2,5cm como cubas cromatográficas
1.1.2. Desenvolvimento
- Cortar 5 tiras de papel cromatográfico em formato de cunha de acordo com o gabarito fornecido pelo professor. Verifique o alinhamento das fibras do papel para que estejam a favor da corrida do eluente. Você poderá verificar isto fazendo pequenos rasgos manuais no papel antes de cortar as tiras,observando os locais em que o papel corta com maior facilidade e de maneira mais alinhada possível.
- A 1cm da extremidade inferior, traçar uma linha horizontal com lápis e aplicar a amostra no centro da linha, com auxílio de um tubo capilar;
- Espere a amostra secar e aplique novamente sobre a mancha, procurando manter o diâmetro da mancha aplicada em 3cm. Em geral, quanto menor a quantidadede amostra aplicada, maior a resolução. Tente obter manchas estreitas, a 0,5cm das bordas do papel;
- Usando uma pipeta, colocar o eluente no tubo de ensaio sem molhar as paredes deste e de modo que apenas a extremidade da cunha venha a entrar em contato com este;
- Fixar as tiras de papel em rolhas e suspender no interior dos tubos, cuidando para que não encostem nas paredes dos tubos;
- Aguardar o eluente atingir a linha de chegada. Após, retirar os cromatogramas dos tubos e contornar com grafite as manchas, a fim de preservá-las durante o processo de secagem, pois algumas manchas podem enfraquecer a tonalidade e dificultar a leitura;
- Esperar secarem os cromatogramas e anotar a distância percorrida pela amostra. A leitura da distância percorrida pela mancha vai da linha de base até o centro geométrico da mancha;
Calcular os valores de Rf obtidos e descartar os valores discrepantes. Após, calcular o Rf médio do processo.
BIBLIOGRAFIA
http://labjeduardo.iq.unesp.br/orgexp1/introd_ccd.htm
http://www.biologico.sp.gov.br/biologico/v64_2/peres.pdf
http://domfeliciano-sec.dyndns.org/gilber/arquivos/Cromatografia.doc

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