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Resumo para prova MORFOLOGIA COLONIAL As características das colônias bacterianas fornecem dados importantes para sua identificação. Fornecendo-se as mesmas condições (temperatura, atmosfera, pH, composição do meio de cultura) as espécies apresentam uma notável constância de caracteres. Objetivo: analisar as diferenças entre as colônias quanto ao tamanho, cromogênese, forma, bordos, elevação, superfície, consistência, transparência e brilho. CARACTERÍSTICA MORFOLOGIA Tamanho Puntiforme (menores de 0,5 mm) Cor Amarelo ouro, amarelo citrina, amarelo claro, vermelho, rosada, branca, castanha, alaranjada, etc, com pigmento difusível ou não. Forma Circular Irregular Rizoide ou arborescente Bordos Lisos Ondulados Lobados Denteados Elevação Convexa alta Acuminada Centro saliente Umbilicada Convexa baixa Espraiada Centro deprimida Papiliforme Superfície Lisa Rugosa Pregueada Círculos concêntricos Consistência Cremosa, viscosa, granulosa, seca Transparência Opaca, translúcida, transparente Brilho Fosca, brilhante COLORAÇÃO DE GRAM A coloração de Gram consiste em fixar o material clínico na superfície de uma lâmina de microscopia limpa, utilizando calor ou metanol a 95%. Após a fixação, o primeiro passo na coloração de Gram é a aplicação do Cristal violeta. Em seguida um mordente, a solução de lugol, é aplicado para quimicamente ligar o corante alcalino (cristal violeta) a parede celular da bactéria (Uma função do mordente é aumentar a afinidade de uma coloração por uma amostra biológica; outra é revestir uma estrutura (como um flagelo) para torná-la mais espessa e mais fácil de ser vista após ser corada.). A descoloração distingue as células gram positivas das gram negativas. Após a descoloração os organismos gram positivos retém o cristal violeta e coram-se em roxo e aqueles gram negativos são clarificados pelo descorante soltando o corante violeta. A adição de um contracorante, safranina ou fucsina fenicada, irá corar as bactérias gram negativas em rosa (fucsina) ou vermelho (safranina). Principio: Quando uma amostra precisa ser fixada, um filme delgado de material contendo os micro- organismos é espalhado sobre a superfície da lâmina. Esse filme, denominado esfregaço, é deixado secar ao ar. As bactérias são levemente carregadas negativamente em pH 7; Desse modo, o íon positivo colorido em um corante básico é aderido à célula bacteriana carregada negativamente. Os corantes básicos, que incluem o cristal violeta, o azul de metileno, o verde de malaquita e a safranina, são mais comumente usados que os corantes ácidos. A parede celular das bactérias gram positivas contém uma espessa camada de peptidíoglicano com numerosas ligações cruzadas de ácido teicóico, ao passo que a parede celular das bactérias gram negativas consiste de uma delgada camada de peptidíoglicanos. Essa espessa camada das gram positivas retem fortemente o cristal violeta, e com a utilização do mordente (lugol) é formado um complexo no interior dessa camada (complexo violeta-iodo) que é maior do que a molecula de cristal violeta que entrou, dificultando sua saída e mantendo a coloração, com a utilização da soluçao descolorante (alcool-acetona) este deixa a camada mais impermeavel prendendo mais a coloração. Já as bacterias gram negativas possuem uma camada fina de peptidioglicano e uma camada mais externa a membrana externa, quando é adicionado o alcool, este dissolve essa menbrana e ainda faz pequenos buracos na camada peptidioglicana facilitando a saida do complexo violeta-iodo, descolorando assim a bacteria. Uma vez corado o esfregaço deve ser observado em imersão (1000 x). Quando o material clínico é corado pela técnica de Gram, a lâmina é avaliada a presença de bactérias, reações tintorias (se a bactéria é gram positiva ou gram negativa), morfologia (ex: cocos, bacilos, etc....), e arranjo celular (cadeias, pares, cachos, etc...). Estas informações fornecem um resultado preliminar, auxiliando no diagnóstico e terapia antimicrobiana precoce. A Coloração de Gram é utilizada para algumas bacterias do tipo cocos e bacillus, bacterias com forma de espirilos e vibrioes são coloridos com outras tecnicas. MEIOS DE CULTURA Agar Nutriente: Meio relativamente simples, de fácil preparo e barato, muito usado nos procedimentos do laboratório de microbiologia. Finalidade: análise de água, alimentos e leite como meio para cultivo preliminar das amostras submetidas à exames bacteriológicos e isolamento de organismos para culturas puras, conservação e manutenção de culturas em temperatura ambiente, como método opcional para os laboratórios que não dispõem do método da criopreservação (congelamento das cepas em freezer à - 70ºC) e observação da esporulação de espécies de bacilos Gram-positivos. Interpretação: Cor original do meio: branco opalescente Positivo: Crescimento na superfície do ágar; Negativo: Ausência de crescimento. Agar Sangue: O meio, usando uma base rica, oferece ótimas condições de crescimento a maioria dos microrganismos. A conservação dos eritrócitos íntegros favorecem a formação de halos de hemólise nítidos, úteis para a diferenciação de Streptococcus spp. eStaphylococcus spp. Finalidade: isolamento de microrganismos não fastidiosos, verificação de hemólise dos Streptococcus spp. e Staphylococcus spp.e usado na prova de satelitismo (para identificação presuntiva de Haemophilus spp.). Interpretação: Cor original do meio: vermelho. Beta hemólise: presença de halo transparente ao redor das colônias semeadas (lise total dos eritrócitos). Alfa hemólise: presença de halo esverdeado ao redor das colônias semeadas (lise parcial dos eritrócitos). Gama hemólise (sem hemólise): ausência de halo ao redor das colônias (eritrócitos permanecem íntegros). Agar Manitol: O BD Mannitol Salt Agar é uma formulação padrão utilizada para o isolamento e diferenciação por fermentação com manitol de estafilococos provenientes de fontes clínicas e não-clínicas. A fermentação com manitol, conforme indicada por uma alteração no indicador vermelho de fenol, ajuda na diferenciação das espécies de estafilococos. Os estafilococos com resultados positivos para a coagulase (por exemplo,Staphylococcus aureus) produzem colónias amarelas e um meio amarelo circundante ao passo que os estafilococos com resultados negativos para a coagulase produzem colónias vermelhas e nenhuma alteração na cor do indicador vermelho de fenol. Agar MacConkey O cristal violeta inibe o crescimento de microrganismos Gram- positivos especialmente enterococos e estafilococos. A concentração de sais de bile é relativamente baixa em comparação com outros meios, por isso não é tão seletivo para Gram-negativos como, por exemplo, o ágar SS. Finalidade: isolar bacilos Gram-negativos (enterobactérias e não fermentadores) e verificar a fermentação ou não da lactose. Interpretação: Cor original do meio: rosa avermelhado. Colônias cor de rosa: fermentadoras de lactose. Colônias incolores: não fermentadoras de lactose. Não há crescimento de cocos Gram-positivos. Agar Chocolate: Amplamente utilizado para o cultivo de microrganismos exigentes, embora cresçam neste meio quase todos os tipos de microrganismos. À base do meio, é adicionado sangue de cavalo, carneiro ou coelho em temperatura alta, o que faz com que as hemácias lisem, liberando hemina e hematina, compostos fundamentais para o crescimento dos microrganismos exigentes. Finalidade: crescimento de microrganismos exigentes Haemophilus spp., Neisseria spp., Branhamellacatarrhalis e Moraxella spp. Interpretação: Cor original do meio: castanho escuro (chocolate). Colônias de tamanho pequeno a médio, com pigmento amarelo: sugestivo de Neisseria spp, Branhamella catarrhalis ou Moraxella spp. Colônias pequenas e delicadas, com pigmento creme claro: sugestivo de Haemophilus spp. Agar Lowenstein – Jensen A base do meio é constituída por ovos integrais, o que permite amplo crescimento das micobactérias e o crescimento é satisfatório para o teste de niacina (que é positivo para Mycobacterium tuberculosis). Finalidade: Isolamento primário das micobactérias. Interpretação: Cor original do meio: verde claro Positivo: Crescimento de colônias amarelas Negativo: ausência de crescimento. Caldo de Infusao Cerebro-Coração Meio de cultura líquido rico em nutrientes: infusão de cérebro-coração e peptona (fontes de nitrogênio, carbono, enxofre e vitaminas) e dextrose (carboidrato utilizado para fermentação). Finalidade: cultivar micro-organismos (fastidiosos ou não), preparar inóculos para testes de suscetibilidade aos antimicrobianos, testes de coagulase e motilidade em lâmina. Interpretação: Cor original do meio: amarelo claro e límpido. Presença de turvação: crescimento bacteriano. Ausência de turvação: sem crescimento bacteriano. Agar Cetrimida: O Ágar Cetrimida é um meio seletivo para o isolamento e contagem de Pseudomonas aeruginosa em amostras biológicas de origem animal e produtos farmacêuticos e cosméticos. A cetrimida (brometo de cetiltrimetilamônio) é um composto quaternário de amônio que inibe um grande número de bactérias incluindo espécies de Pseudomonas exceto Pseudomonas aeruginosa. A produção de piocianina (um pigmento azul, não-fluorescente, solúvel em água e clorofórmio) é estimulada pelo cloreto de magnésio e sulfato de potássio. O meio também favorece a produção de pigmentos fluorescente (pioverdinas) por algumas cepas de Pseudomonas aeruginosa. A maioria das espécies de Pseudomonas aeruginosa podem ser identificadas pelo odor característico parecido com uva da aminoacetofenona. - Peptona pancreática de gelatina...................................................20,0 g - Cetrimida........................................................................................0,3 g - Cloreto de magnésio.......................................................................1,4 g - Sulfato de potássio.......................................................................10,0 g - Ágar Bacteriológico.......................................................................15,0 g pH do meio pronto para uso a 25°C: 7,2 ± 0,2 Ágar Mueller-Hinton (MH): Meio padronizado por Kirby e Bauer e pelo CLSI que oferece condições de crescimento das principais bactérias. Finalidade: realização do teste de avaliação da resistência aos antimicrobianos pelos métodos de difusão em disco e E-test para enterobactérias, não fermentadores, Staphylococcus, Enterococcus sp. Interpretação: Cor original do meio: amarelo palha. A zona do diâmetro é particular para cada antibiótico e organismo, sendo comparado com diâmetros padronizados pelo CLSI, que determina cada microrganismo sendo sensível, intermediário ou resistente. CONTROLE DE POPULAÇÕES MICROBIANAS Esterilização: Morte ou remoção de todos os organismos viáveis presentes em um meio; Desinfecção: é direcionada principalmente contra os patógenos, embora não seja capaz de eliminar todos os microrganismos; Descontaminação: limpeza de um objeto ou de uma superfície. O controle microbiológico pode ser realizado : INIBIÇÃO: Bloqueio da multiplicação – ação microbiostática (MO vivo não multiplica – morte lenta) ; MORTE: Perda irreversível da capacidade de reprodução – ação microbiocida (morte rápida do microrganismo). Condições que influenciam o controle microbiano: Número de microrganismos: – Quanto maior o n°no início, maior o tempo para eliminar a população. Características microbianas: – Variações na sensibilidade aos controles físicos ou químicos. Influências Ambientais: – matéria orgânica (sangue, saliva, fezes, gordura) pode inibir a ação do agente. Tempo de exposição: – exposições mais prolongadas matam maior número de indivíduos. Principais mecanismo de inativação microbiana por agentes físicos e químicos (desinfetantes e antissépticos) Alteração da permeabilidade da membrana: – Lesão de lipídeos causa vazamento do conteúdo celular (ex.: quaternários de amônio); Dano às proteínas: – Rompimento das ligações de hidrogênio ou das pontes de dissulfeto, causando desnaturação das proteínas (produtos químicos ou calor); Danos aos ácidos nucléicos: – Calor, radiação ou substâncias químicas afetam ácidos nucléicos resultando em falhas no processo de reprodução. Agentes físicos usados no controle microbiano Filtração: - liquídos com constituintes que seriam inativados pelo calor - Filtros de membrana compostos de substâncias como ésteres de celulose ou polímeros plásticos, tornaram-se populares para uso industrial e laboratorial. Filtros HEPA (high efficiency particulate air) removem quase todos os microrganismos maiores que cerca de 0,3 micrometros de diâmetro. Baixas temperaturas: bacteriostático Refrigeração Congelamento rápido profundo: Conservação de culturas (- 80 °C) Liofilização: Água removida por alto vácuo em baixa temperatura Altas temperaturas Calor úmido: Fervura ou fluxo de vapor (100 °C) – desnaturação protéica – mata células vegetativas (bactérias e fungos) e vírus; Autoclave – célula vegetativas e esporos. 121ºC/15’ (meios de cultura, soluções, utensílios); Pasteurização: desnaturação protéica • 72 °C por 15 seg.(HTST) – mata quase todos os não- patogênicos. Calor seco: Chama direta – queima contaminantes até se tornarem cinzas (ex.: alças); Incineração – copos de papel, curativos contaminados, carcaças de animais, sacos e panos de limpeza; Esterilização com ar quente – oxidação (ex.: vidros vazios, agulhas, instrumentos e seringas de vidro); Forno de Pasteur (180º C por 2 horas) Ressecamento: Remoção de água dos microrganismos.Efeito bacteriostático. Pressão osmótica: ambiente hipertônico ocasiona saída de água da célula; Radiação: Ionizante: Destruição de DNA por raios gama e feixes de elétrons de alta energia; Não ionizante: Lesão do DNA pela luz UV – superfície ASSEPSIA DAS MÃOS Finalidade Promover a remoção de sujidades e de microrganismos, reduzindo a carga microbiana das mãos, com auxílio de um antisséptico. Duração do procedimento: 40 a 60 segundos. TESTE DE SENSIBILIDADE A DESINFETANTES/ANTISSÉPTICOS PELO MÉTODO DA DISCO-DIFUSÃO Técnica destinada à determinação da sensibilidade bacteriana in vitro frente a agentes antimicrobianos, também conhecido por Teste de Sensibilidade a Antimicrobianos (TSA). O procedimento consiste no preparo de uma suspensão de bactérias de cultivo recente, inoculação desta suspensão na superfície de uma placa de Agar Mueller Hinton, e adição dos discos de papel impregnados com antimicrobianos. Após a incubação em estufa, é analisado o padrão de crescimento ou inibição ao redor de cada disco, sendo então medido o tamanho de cada halo e o resultado pesquisado em tabelas apropriadas segundo a espécie bacteriana em análise. PROVAS BIOQUÍMICAS PARA IDENTIFICAÇÃO DE BACTÉRIAS Testes bioquímicos frequentemente são utilizados para identificar bactérias e leveduras, pois diferentes espécies produzem enzimas diferentes. Tais testes são projetados para detectar a presença de enzimas. Um tipo de teste bioquímico é a detecção de enzimas que catabolizam aminoácidos envolvidos na descarboxilação ou na desidrogenação. Outro tipo de teste é o teste de fermentação. O meio testado contém proteínas, um único carboidrato, um indicador de pH e um tubode Durham invertido para capturar gás. Bactérias inoculadas no tubo podem utilizar a proteína ou o carboidrato como fonte de carbono e energia. Se elas catabolizam o carboidrato e produzem ácido, o indicador de pH muda de cor. Alguns microrganismos produzem gás, assim como ácido, a partir do catabolismo do carboidrato. A presença de uma bolha no tubo de Durham indica a formação de gás. Testes bioquímicos são utilizados para identificar bactérias que causam doenças. Todas as bactérias aeróbicas utilizam uma cadeia de transporte de elétrons, mas nem todas suas cadeias são idênticas. Algumas bactérias têm citocromo c, enquanto outras não. Nas primeiras, a citocromo c- oxidase é a última enzima, que transfere os elétrons ao oxigênio. O teste da oxidase é utilizado para identificar rapidamente Neisseria gonorrheae. Neisseria é positiva para a citocromo-oxidase. O teste da oxidase também pode ser utilizado para distinguir alguns bastonetes gram-negativos: Pseudomonas é oxidase-positiva e Escherichia é oxidase-negativa. Principais provas – bioquimicas: Produção de catalase - Esta enzima atua sobre a água oxigenada (peróxido de hidrogênio 3 a 5%) desdobrando-a em oxigênio e água. Prova da citocromo-oxidase - Este sistema enzimático está relacionado com os citocromos da cadeia respiratória de alguns microrganismos, a prova é considerada positiva quando na mistura do reagente com a massa bacteriana desenvolve-se a cor púrpura em até 1 minuto. O teste é negativo se não ocorrer alteração da cor ou houver o desenvolvimento de uma cor rósea pálida. Utilização do citrato como única fonte de carbono - Alguns microrganismos como a E. coli não possuem a permease do citrato, que faz o transporte do citrato para o interior da célula, não conseguindo portanto crescer no meio contendo como única fonte de carbono o citrato, embora possuam as enzimas, intracelulares, que degradam o citrato. Com o metabolismo do citrato há formação de carbonatos que alcalinizam o meio, de modo que a cor do indicador vira para azul. Na prova negativa o meio não se altera pois não há crescimento microbiano. Prova da produção de urease - A urease é uma enzima que degrada a uréia em duas moléculas de amônia e uma de anidrido carbônico. A prova consiste em transferir uma porção do crescimento bacteriano com uma alça para o meio contendo uréia, pH neutro e um indicador de pH, o vermelho fenol. Após o crescimento a prova é revelada positiva quando a urease ataca a uréia alcalinizando o meio que toma a coloração rosa choque. Prova da produção de indol - O indol é resultante da degradação do aminoácido triptofano pela enzima triptofanase. A prova é realizada inoculando-se o meio contendo excesso de triptofano. A prova é positiva quando na porção superior, na interface da cultura e o reagente, desenvolve-se um anel de cor rósea. Prova da fermentação de carboidratos - Esta prova pode ser realizada de várias maneiras. A mais usual envolve a utilização de um meio com glicose ou outro açúcar e/ou álcool com pH neutro e um indicador de pH (Indicador de Andrade, púrpura de bromocresol). Além disso utiliza-se um tubo de Durham, invertido, imerso no meio. O meio é inoculado com a cultura teste e incubado. A prova positiva é indicada pela viragem da cor do meio de incolor com Indicador de Andrade ou púrpura com púrpura de bromocresol, para vermelho ou amarelo, respectivamente, devido a produção de ácidos, com abaixamento do pH do meio. Prova do Vermelho de metila (VM) – prova efetuada para determinar a capacidade do microrganismo de oxidar a glicose com produção e estabilização de altas concentrações de produtos finais ácidos. Serve para diferenciar organismos entéricos. Prova da Motilidade - A prova da motilidade indica indiretamente a produção de flagelos. Não é uma prova bioquímica e sim fisiológica, mas auxilia a identificar bactérias. *BD Pseudomonas Agar P, a Bacto Peptona fornece o carbono e o nitrogénio necessários para o crescimento bacteriano. Potencia a produção de piocianina pela adição de cloreto de magnésio e o sulfato de potássio e inibe a formação de fluoresceína. Os dois pigmentos difundem-se a partir das colónias de Pseudomonas no meio em que se desenvolvem. Algumas estirpes de Pseudomonas produzem ambos os pigmentos, ao passo que outras produzem apenas um deles. A piocianina neste meio é de cor azul. O glicerol funciona como uma fonte de energia e também ajuda a promover a produção de piocianina. QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DA ÁGUA Coliformes totais: grupo representado predominantemente por bactérias dos gêneros Escherichia, Klebsiella, Enterobacter e Citrobacter, capazes de fermentar a lactose com produção de gás à temperatura de 35-37oC. Coliformes fecais (termotolerantes): grupo representado principalmente pela Escherichia coli e também por algumas espécies dos gêneros Klebsiella, Enterobacter e Citrobacter, capazes de fermentar a lactose com produção de gás à temperatura de 44-45oC. TÉCNICAS DE COLORAÇÃO ESPECIAIS BAAR (Ziehl Neelsen) A coloração álcool-ácido resistente é usada para identificar todas as bactérias do gênero Mycobacterium e espécies patogênicas de Nocardia. Essas bactérias contêm alta concentração (60%) de um lipídeo céreo hidrofóbico (ácido micólico) em sua parede que previne a entrada dos corantes, incluindo os utilizados na coloração de Gram. No procedimento de coloração álcool-ácido resistente, o corante vermelho carbolfucsina é aplicado a um esfregaço fixado, e a lâmina é aquecida levemente por vários minutos (O calor aumenta a penetração e a retenção do corante.). A seguir, a lâmina é resfriada e lavada com água. O esfregaço é tratado com álcool-ácido, um descolorante, que remove o corante vermelho das bactérias que não são álcool-ácido resistentes. O esfregaço é então corado com o contracorante azul de metileno. As células que não são álcool-ácido resistentes ficam azuis após a aplicação do contracorante. Coloração para endosporos (esporos) – Wirtz Conklin Um endosporo é uma estrutura especial resistente, dormente, formada dentro de uma célula que protege uma bactéria das condições ambientais adversas. Embora os endosporos sejam relativamente incomuns nas células bacterianas, podem ser formados por alguns gêneros de bactérias. O verde malaquita, a coloração primária, é aplicado a um esfregaço fixado com calor e aquecido em vapor por cerca de cinco minutos. O calor auxilia a coloração a penetrar na parede do endosporo. Então, a preparação é lavada por cerca de 30 segundos com água, para remover o verde malaquita de todas as partes da célula, exceto dos endosporos. A seguir, a safranina, um contracorante, é aplicada ao esfregaço para corar as porções da célula que não os endosporos. Coloração de Espiroquetas – Fontana Tribondeau Trata-se de uma técnica de impregnação pela prata usada para auxiliar a visualizão de bactérias espiraladas, as quais, geralmente, são muito finas e se coram de forma insuficiente pelo Gram.
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