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Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Naturais e Tecnologia – CCNT Engenharia de Produção Física Geral e Experimental I Física Geral e Experimental II Relatório do experimento 02 – Estudo de Um Lançamento Horizontal. Marabá 2015 2 Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Naturais e Tecnologia – CCNT Engenharia de Produção Física Geral e Experimental I Física Geral e Experimental I Relatório do experimento 02 – Estudo de Um Lançamento Horizontal. Trabalho realizado pelos discentes Cynara Pereira, Darlan Rosso, Franklin Júnior, Lucas Alves, Marcos Gabriel, Priscila Dorighetto, como requisito de avaliação parcial da disciplina Física Geral e Experimental I, orientado pelo prof André Scheidegger Laia. Marabá 2015 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO............................................................................ 5 2. OBJETIVOS............................................................................... 6 3. REFERENCIAL TEÓRICO......................................................... 6 3.1. ENERGIA POTENCIAL.............................................................. 6 3.2. ENERGIA CINÉTICA.................................................................. 6 3.3. LEI DA CONSERVAÇÃO DE ENERGIA MECÂNICA................ 7 3.4. VELOCIDADE NO EIXO X......................................................... 7 3.5. TEMPO DE QUEDA.................................................................... 8 3.6. ALCANCE HORIZONTAL........................................................... 8 3.7. VELOCIDADE NO EIXO Y.......................................................... 8 3.8. VELOCIDADE RESULTANTE..................................................... 9 4. MATERIAIS................................................................................. 9 5. MÉTODOS................................................................................. 9 6. RESULTADOS............................................................................ 10 6.1. LANÇAMENTO DA ESFERA MAIOR........................................ 10 6.1.1. LANÇAMENTO DA ESFERA MAIOR PARA O DESNÍVEL DE 40MM.......................................................................................... 10 6.1.2. LANÇAMENTO DA ESFERA MAIOR PARA O DESNÍVEL DE 70MM.......................................................................................... 11 6.1.3. LANÇAMENTO DA ESFERA MAIOR PARA O DESNÍVEL DE 100MM........................................................................................ 11 6.2. LANÇAMENTO DA ESFERA MENOR....................................... 12 6.2.1. LANÇAMENTO DA ESFERA MENOR PARA O DESNÍVEL DE 40 MM........................................................................................ 12 6.2.2. LANÇAMENTO DA ESFERA MENOR PARA O DESNÍVEL DE 70 MM......................................................................................... 13 6.2.3. LANÇAMENTO DA ESFERA MENOR PARA O DESNÍVEL DE 100 MM....................................................................................... 14 6.3. CÁLCULO DO TEMPO DE QUEDA.......................................... 14 6.4. CÁLCULO DA VELOCIDADE NO EIXO X................................ 15 6.5. CÁLCULO DA VELOCIDADE NO EIXO Y................................. 15 4 6.6. CÁLCULO DO ALCANCE HORIZONTAL................................... 15 6.7. CÁLCULO DA ENERGIA POTENCIAL..................................... 16 6.8. CÁLCULO DA ENERGIA CINÉTICA......................................... 17 6.9. CÁLCULO DA VELOCIDADE RESULTANTE............................ 18 7. DISCUSSÕES............................................................................ 18 8. CONCLUSÕES........................................................................... 20 9. REFERENCIAS.......................................................................... 21 5 1. INTRODUÇÃO Ao iniciar os estudos em Física, é comum considerar que movimentos acontecem apenas em uma dimensão. Entretanto, a Física estuda os fenômenos que acontecem no dia a dia, e embora seja mais didático iniciar os estudos com essas considerações, é necessário que haja um aprofundamento dos estudos e o reconhecimento de que os movimentos muito frequentemente acontecem em duas ou três dimensões. O ser humano realiza movimentos em duas ou três direções muito frequentemente e nem se dá conta. Por exemplo, uma criança que desce uma ladeira em uma bicicleta está se movimentando em duas dimensões: ela se movimenta ao longo do eixo x quando se movimenta “para frente” e se movimenta ao longo do eixo y quando se movimenta “para baixo”. Caso essa mesma criança desviasse de algum obstáculo que estivesse obstruindo a sua passagem, ela realizaria um movimento ao longo do eixo z ao se movimentar “para o lado”. Mesmo sem saber a criança está realizando um movimento em três dimensões. Consequentemente esse movimento gerará uma velocidade e muito provavelmente uma aceleração. Como o espaço percorrido não é o mesmo em todas as dimensões, será considerado um deslocamento para cada dimensão. Como o tempo é o mesmo e o deslocamento é diferente, cada dimensão terá uma velocidade e uma aceleração diferenciada. Assim como essa criança realizou essa experiência sem perceber, várias atividades corriqueiras estão cheias de leis e princípios físicos. Ao jogar uma bola de vôlei para o outro lado da rede, ao subir ou descer de uma ladeira, ao desviar de uma pedra no meio do caminho enquanto caminha ou ao ultrapassar um carro em alguma rodovia, o ser humano prova que na maior parte do tempo os deslocamentos estão sendo feitos em duas ou três dimensões. Neste experimento será demonstrado o lançamento horizontal de um projétil, que se movimenta em duas dimensões. A experiência foi coordenada pelo docente André Laia, que orientou que fosse realizado o cálculo da energia potencial, energia cinética, qual a velocidade de partida no eixo x, o alcance teórico, a velocidade no eixo y e qual o módulo da velocidade resultante de cada experimento. 6 2. OBJETIVOS Os objetivos deste experimento são: identificar corretamente a grandeza alcance em um lançamento horizontal de um projétil a partir de uma rampa, executar corretamente as medidas do alcance com seu respectivo desvio (erro), relacionar a altura da posição de largada do móvel com o alcance, determinar a velocidade total, no ponto de lançamento e no ponto de impacto com o solo, utilizar o princípio de conservação de energia para determinar a velocidade de lançamento da esfera (ao abandonar a rampa) e relacionar a altura H com o módulo do vetor quantidade de movimento horizontal e verificar a sua conservação. 3. REFERENCIAL TEÓRICO 3.1 ENERGIA POTENCIAL De acordo com Halliday, 2002, o termo “energia” é tão amplo que é difícil de escrever uma definição clara para ele. A definição aceita é que energia é uma grandeza escalar que está associada a um estado (ou condição) de um ou mais objetos. Uma das formas de energia é a energia potencial (U), que pode ser associada à configuração (ou arranjo) de um sistema de objetos que exercem força uns sobre os outros. Existem dois tipos de energia potencial: energia potencial gravitacional e energia potencialelástica. Neste experimento, é gerada uma energia potencial gravitacional. De acordo com Halliday, 2002, é a energia que surge com o deslocamento de uma partícula ao longo do eixo y enquanto a força gravitacional realiza trabalho sobre ela. A equação que descreve o cálculo dessa energia é: 𝑼(𝒚) = 𝒎. 𝒈. 𝒚 (eq.1) Onde m = massa, g = aceleração da gravidade e y = altura no eixo y. 3.2 ENERGIA CINÉTICA Outra forma de energia é a energia cinética (K), que é a energia relacionada ao estado de movimento de algum objeto ou partícula. A energia cinética é diretamente 7 proporcional ao aumento da velocidade, portanto, ela se tornará maior à medida que a velocidade aumenta e decrescerá à medida que a velocidade diminui. Quando um objeto está em repouso, sua energia cinética é nula. A energia cinética é calculada através da equação 2: 𝐾 = 𝑚.𝑣2 2 (eq. 2) Onde m= massa e v=velocidade. 3.3 Lei da Conservação da Energia Mecânica Existem dois tipos de forças: as conservativas e as não-conservativas (ou forças dissipativas). Halliday, 2002, exemplifica a força não-conservativa como o deslizar de um bloco sobre um piso que haja atrito. Durante o deslocamento, o piso exerce uma força de atrito cinético que realiza trabalho negativo sobre o bloco, reduzindo a sua velocidade e transferindo energia cinética do bloco para outra forma de energia, a energia térmica. Foi comprovado experimentalmente que a energia térmica não pode se converter de volta em energia cinética através da força de atrito cinética. Quando apenas forças conservativas causam transferência de energia dentro do sistema (quando forças de atrito e arrasto não atuam sobre as partículas do sistema), podemos usar o princípio de conservação de energia mecânica. A energia mecânica (Emec) de um sistema é a soma da energia potencial com a energia cinética que compõe o sistema, como está descrito na equação 3: 𝐸𝑚𝑒𝑐 = 𝐾 + 𝑈 (eq.3) Quando uma força conservativa realiza um trabalho W sobre um objeto dentro do sistema, ela transfere energia entre a energia cinética K do objeto e a energia potencial U do sistema. Neste experimento, o lançamento horizontal de um projétil, a energia potencial gerada na canaleta se transforma gradativamente em energia cinética, realizando o movimento. Por isso, quanto maior for a energia potencial, menor é a energia cinética. Como a energia potencial se transforma gradativamente em energia cinética, a energia potencial máxima é encontrada antes do lançamento. Podemos descrever a relação das duas energias como: 𝐾 = 𝑈 (eq.4) 3.4 VELOCIDADE NO EIXO X De acordo com a Lei da Conservação da Energia Mecânica, em um sistema como o do lançamento horizontal de um projétil, podemos calcular a velocidade do eixo x através da equação 4: 𝐾 = 𝑈 (eq.4) 𝑚.𝑣2 2 = 𝑚. 𝑔. 𝑦 8 Isolando a variável V, surge a equação 5, que será utilizada para o cálculo da velocidade no eixo x: 𝑣 = √2. 𝑔. ℎ (eq.5) Onde v= velocidade, g= gravidade e h= desnível. 3.5 TEMPO DE QUEDA No lançamento de um projétil, a aceleração com que a partícula cai é a chamada de aceleração da queda livre, ou aceleração da gravidade. O tempo de queda para todos os objetos é o mesmo, se estiverem numa mesma altura. Não importa a massa, o volume ou a densidade de dois objetos, eles cairão ao mesmo tempo se estiverem na mesma altura. O movimento vertical é um movimento retilíneo uniformemente variado (MRUV), com velocidade inicial=0 e com aceleração constante de 9,8 m/s2, que é a aceleração da gravidade. A equação horária da posição no MRUV é: 𝑥 = 𝑥𝑜 + 𝑣0. 𝑡 + 𝑎.𝑡2 2 (eq.6) Considerando o deslocamento em x= altura em y (y), a v0=0, x0=0 e a=g, e isolando a variável t, temos: 𝑡 = √ 2𝑦 𝑔 (eq.7) Onde T= tempo total, y= deslocamento em y e g= aceleração da gravidade. 3.6 ALCANCE HORIZONTAL O alcance horizontal (A) do projétil é a distância em x que a partícula percorre até atingir y=0. Para calcular o alcance horizontal, é considerada a equação 8: 𝐴 = 𝑣. 𝑡 (eq.8) Onde V=velocidade e t=tempo 3.7 VELOCIDADE NO EIXO Y A velocidade do projétil no eixo y pode ser dada através da equação horária da velocidade: 𝑣 = 𝑣0 + 𝑎. 𝑡 (eq. 9) Onde v0=0 e a=g, logo, o cálculo da velocidade em y pode ser dado por: 𝑣 = 𝑔. 𝑡 (eq.10) 9 3.8 VELOCIDADE RESULTANTE Ao realizar um deslocamento em duas dimensões (e consequentemente gerar duas velocidades), é possível calcular também qual a velocidade resultante das duas velocidades através do teorema de Pitágoras: |𝑅| = √𝑣𝑥2 + 𝑣𝑦2 (eq.11) Onde |R|= velocidade resultante, vx= velocidade em x e vy=velocidade em y. Como neste experimento existe uma Vx pra cada desnível, será calculado uma velocidade resultante para cada desnível e ao final será feita uma média. 4. MATERIAIS Conjunto de lançamento horizontal. Fio de prumo. Duas esferas metálicas, uma maior e uma menor, para lançamento. Uma folha de papel carbono. Duas folhas de papel A4. Fita Adesiva. Lápis. Régua milimetrada. 5. MÉTODOS O experimento foi realizado na Uepa, campus VIII, no laboratório de Ciências Naturais, Química/Física/Biologia. Foi medido com a régua milimétrica a altura da base (mesa em que estava apoiada a plataforma de lançamento horizontal) até a canaleta. Foi registrado a altura de 452mm. Com um papel toalha e álcool em gel, foi realizada uma limpeza da canaleta para impedir partículas de sujeita que possam interferir no resultado. Foi feito um lançamento com a bola de volume maior na altura de 100 mm e fixado uma folha de papel carbono na mesa, um pouco depois do lugar que a bola caiu. Foi fixado uma folha de papel A4 em cima da folha de papel carbono (foi utilizada uma folha A4 para cada esfera), de forma que a remoção da folha A4 pudesse ser feita sem remover a folha abaixo. Foi marcado com um pincel de tinta removível a posição que o fio de prumo estava na mesa. 10 Com uma balança digital, foi medida a massa das duas esferas. A massa registrada para a esfera de volume maior foi de 21,7001g e a de volume menor foi de 0,9415 g. Realizou-se dez lançamentos com cada bola com desníveis de 40, 70 e 100mm. A bola percorre a caneleta e é lançada como um projétil até colidir com a folha A4, que ficará pigmentada no local da colisão por causa da folha de papel carbono. É feito um quadrilátero com a menor área possível para cada 10 lançamentos de cada esfera em cada altura. É medida a área desse quadrilátero. Depois, é medida a distância do lado mais próximo (distância menor) e mais distante (distância maior) do quadrilátero até o fio de prumo e feito uma média. Para o cálculo da área do quadrilátero, utilizou-se a equação 12 quando o quadrilátero formado foi um quadrado, e a equação 13 quando foi formado um retângulo: 𝐴 = 𝑏. ℎ (eq.12) 𝐴 = 𝑙2 (eq.13) Onde A= área, b= base, h=altura e l= lado. 6. RESULTADOS 6.1 LANÇAMENTO DA ESFERA MAIOR 6.1.1 LANÇAMENTO DA ESFERA MAIOR PARA O DESNÍVEL DE 40MM. Foram realizados os dez lançamentos para a o desnível de 40mm. Os dados registrados na tabela 1: Variáveis Medidas Lado 14x14mm Área 196mm2 Distância menor 191 mm Distância maior 205 mm Média das distâncias 198 mm Tabela 1: Medidas do lado, área e distância média do quadrado até o fio de prumo. 11 As marcações dos lançamentos na folha de papel estão na figura 1. Figura 1: Marcação dos lugares onde a esfera maior quicou e um quadrado com 14x14mm. 6.1.2 LANÇAMENTO DAESFERA MAIOR PARA O DESNÍVEL DE 70MM. Foram realizados os dez lançamentos para a o desnível de 70mm. Os dados registrados na tabela 2: Variáveis Medidas Lado 16x16mm Área 256mm2 Distância menor 258 mm Distância maior 274 mm Média das distâncias 266 mm Tabela 2: Medidas do lado, área e distância média do quadrado até o fio de prumo. As marcações dos lançamentos na folha de papel estão na figura 2: Figura 2: Marcação dos lugares onde a esfera maior quicou e um quadrado com 16x16mm 6.1.3 LANÇAMENTO DA ESFERA MAIOR PARA O DESNÍVEL DE 100MM. Foram realizados os dez lançamentos para a o desnível de 100mm. Os dados registrados na tabela 3: 12 Variáveis Medidas Lado 10,5x19mm Área 199.5mm2 Distância menor 311.5 mm Distância maior 322 mm Média das distâncias 316,75 mm Tabela 3: Medidas do lado, área e distância média do quadrado até o fio de prumo. As marcações dos lançamentos na folha de papel estão na figura 3: Figura 3: Marcação dos lugares onde a esfera maior quicou e um retângulo com 19x10,5mm 6.2 LANÇAMENTO DA ESFERA MENOR 6.2.1 LANÇAMENTO DA ESFERA MENOR PARA O DESNÍVEL DE 40 MM. Foram realizados os dez lançamentos para a o desnível de 40mm. Os dados registrados na tabela 4: Variáveis Medidas Lado 11,5x17mm Área 195,5mm2 Distância menor 204,5 mm Distância maior 216 mm Média das distâncias 210,25 mm Tabela 4: Medidas do lado, área e distância média do quadrado até o fio de prumo. As marcações dos lançamentos na folha de papel estão na figura 4. 13 Figura 4: Marcação dos lugares onde a esfera menor quicou e um retângulo com 11x17mm. 6.2.2 LANÇAMENTO DA ESFERA MENOR PARA O DESNÍVEL DE 70 MM. Foram realizados os dez lançamentos para a o desnível de 70mm. Os dados registrados na tabela 5: Variáveis Medidas Lado 12x21mm Área 252mm2 Distância menor 274 mm Distância maior 286 mm Média das distâncias 271 mm Tabela 5: Medidas do lado, área e distância média do quadrado até o fio de prumo. As marcações dos lançamentos na folha de papel estão na figura 5. Figura 5: Marcação dos lugares onde a esfera menor quicou e um retângulo com 12x21mm. 14 6.2.3 LANÇAMENTO DA ESFERA MENOR PARA O DESNÍVEL DE 100 MM. Foram realizados os dez lançamentos para a o desnível de 100mm. Os dados registrados na tabela 6: Variáveis Medidas Lado 19x14mm Área 266mm2 Distância menor 325 mm Distância maior 344 mm Média das distâncias 224,5 mm Tabela 6: Medidas do lado, área e distância média do quadrado até o fio de prumo. As marcações dos lançamentos na folha de papel estão na figura 6. Figura 6: Marcação dos lugares onde a esfera menor quicou e um retângulo com 14x19mm. 6.3 Cálculo do Tempo de queda Utilizando a eq. 7, tem-se y= 452 mm, no SI, y=0,452 m e g=9,8. 𝑡 = √ 2𝑦 𝑔 (eq.7) 𝑡 = √ 2𝑥0,452 9,8 𝑡 = 0,3037 𝑠 O tempo que as duas esferas, a qualquer desnível, levam para quicar é de 0,3037s. 6.4 Cálculo da Velocidade no eixo x Utilizando a eq.5, tem-se g=9,8 e a altura (h) varia de acordo com cada desnível. 15 𝑣 = √2. 𝑔. ℎ (eq.5) Desnível de 40mm: h = 0,04𝑚 𝑣 = √2.9.8.0,04 𝑣 = 0,88𝑚/𝑠 Desnível de 70mm: h = 0,07 𝑚 𝑣 = √2.9.8.0,07 𝑣 = 1,17𝑚/𝑠 Desnível de 100mm: h = 0,1 𝑚 𝑣 = √2.9.8.0,1 𝑣 = 1,4𝑚/𝑠 6.5 Cálculo da Velocidade no eixo y Utilizando a eq.9, tem-se t=0,3037 e g=9,8. 𝑣 = 𝑔. 𝑡 (eq.10) 𝑣 = 9,8.0,3037 𝑣 = 2,98𝑚/𝑠 6.6 Cálculo do Alcance Horizontal Utilizando a eq.8, tem-se t=0,3037 e v variando para cada desnível. 𝐴 = 𝑣. 𝑡 (eq.8) Desnível de 40mm: 𝑉 = 0,88𝑚/𝑠 𝐴 = 0,88.0,3037 𝐴 = 0,267 𝑚 Desnível de 70mm: 𝑉 = 1,17𝑚/𝑠 𝐴 = 1,17.0,3037 𝐴 = 0,355 𝑚 16 Desnível de 100mm: 𝑉 = 1,4𝑚/𝑠 𝐴 = 1,4.0,3037 𝐴 = 0,425 𝑚 6.7 Cálculo da Energia Potencial Segundo a eq.1, podemos calcular a energia potencial: 𝑈(𝑦) = 𝑚. 𝑔. 𝑦 (eq.1) Massa da esfera maior: 21,7001g. Massa da esfera menor: 0,9415g. Esfera maior, desnível de 40mm (0,04m): 𝑈(𝑦) = 𝑚. 𝑔. 𝑦 𝑈(𝑦) = 21,7001.9,8.0,04 𝑈(𝑦) = 8,506 𝐽 Esfera maior, desnível de 70mm (0,07m): 𝑈(𝑦) = 𝑚. 𝑔. 𝑦 𝑈(𝑦) = 21,7001.9,8.0,07 𝑈(𝑦) = 14,411 𝐽 Esfera maior, desnível de 100mm (0,1m): 𝑈(𝑦) = 𝑚. 𝑔. 𝑦 𝑈(𝑦) = 21,7001.9,8.0,1 𝑈(𝑦) = 21,27 𝐽 Esfera menor, desnível de 40mm (0,04m): 𝑈(𝑦) = 𝑚. 𝑔. 𝑦 𝑈(𝑦) = 0,9415.9,8.0,04 𝑈(𝑦) = 0,369 𝐽 Esfera menor, desnível de 70mm (0,07m): 𝑈(𝑦) = 𝑚. 𝑔. 𝑦 𝑈(𝑦) = 0,9415.9,8.0,07 𝑈(𝑦) = 0,646 𝐽 17 Esfera menor, desnível de 100mm (0,1m): 𝑈(𝑦) = 𝑚. 𝑔. 𝑦 𝑈(𝑦) = 0,9415.9,8.0,1 𝑈(𝑦) = 0,923 𝐽 6.8 Cálculo da Energia Cinética De acordo com a eq.2, tem-se massa da esfera maior= 21,7001 e massa da esfera menor= 0,9415. 𝐾 = 𝑚.𝑣2 2 Esfera maior, desnível de 40mm: V=0,88m/s 𝐾 = 21,7001.0,882 2 𝐾 = 8,41 𝐽 Esfera maior, desnível de 70mm: V=1,17m/s 𝐾 = 21,7001.1,172 2 𝐾 = 14,85 𝐽 Esfera maior, desnível de 100mm: V=1,4m/s 𝐾 = 21,7001.1,42 2 𝐾 = 21,26 𝐽 Esfera menor, desnível de 40mm: V=0,88m/s 𝐾 = 0,9415.0,882 2 𝐾 = 0,36 𝐽 Esfera menor, desnível de 70mm: V=1,17m/s 𝐾 = 0,9415.1,172 2 18 𝐾 = 0,64 𝐽 Esfera menor, desnível de 100mm: V=1,4m/s 𝐾 = 0,9415.1,42 2 𝐾 = 0,92𝐽 6.9 Cálculo da Velocidade Resultante. Foi realizado o cálculo da velocidade resultante te acordo com a eq.11, onde vy tem o valor fixo de 2,98m/s e a vx muda em cada desnível. |𝑅| = √𝑣𝑥2 + 𝑣𝑦2 (eq.11) Desnível de 40mm: |𝑅| = √0,882 + 2,982 |𝑅| = 3,11𝑚/𝑠 Desnível de 70mm: |𝑅| = √1,172 + 2,982 |𝑅| = 3,2𝑚/𝑠 Desnível de 100mm: |𝑅| = √1,42 + 2,982 |𝑅| = 3,3𝑚/𝑠 É perceptível que todas as velocidades resultantes são próximas, por isso foi realizada uma média e foi adotado que |𝑅| = 3,2 𝑚/𝑠. 7. Discussões O lançamento horizontal de um projétil necessita de algo que o impulsione para acontecer. No caso do lançamento realizado na plataforma de lançamento horizontal, a esfera percorre uma rampa, adquire energia potencial, e ao sair da plataforma de lançamento, essa energia potencial é transformada gradativamente em energia cinética. É assim que o movimento é realizado. Se a energia potencial não se transformasse em energia cinética, não existiria um deslocamento em x, apenas em y (queda livre), por causa da aceleração da gravidade. De acordo com a Lei da Conservação da Energia Mecânica, as energias cinética e potencial se alteram ao longo do percurso. Enquanto uma aumenta, a outra diminui. Neste caso, a energia potencial começa a ser transformada em energia cinética assim que a esfera sai da canaleta e é lançada. O desnível ou deslocamento em y também 19 influência da quantidade de energia potencial. A altura é uma grandeza diretamente proporcional à energia potencial. Portanto, a energia potencial máxima é atingida na altura de 452mm (quando o lançamento está prestes a ser realizado) e no desnível de 100mm (maior deslocamento em y realizado nesse experimento). Como é possível analisar na tabela 7. Energia Potencial Desnível Esfera maior Esfera menor 40mm 8,506 J 0,369 J 70mm 14,411 J 0,646 J 100mm 21,27 J 0,923 J Tabela 7: Valoresda energia potencial da esfera maior e esfera menor para cada desnível. Ainda de acordo com a Lei da Conservação de Energia Mecânica, tem-se que a energia potencial se transforma gradativamente em energia cinética. É perceptível também que embora o cálculo da energia mecânica não interfira no cálculo da energia cinética, quanto maior for a energia potencial, maior é a energia cinética o alcance horizontal (o deslocamento em x é realizado graças à energia cinética), a Vox e a velocidade resultante. Como a energia potencial cresce proporcionalmente à altura, todas essas variáveis também aumentam de acordo com a altura, como podemos perceber nas tabelas 8, 9 e 10 e 11. Energia Cinética Desnível Esfera maior Esfera menor 40mm 8,41 J 0,36 J 70mm 14,85 J 0,64 J 100mm 21,26 J 0,92 J Tabela 8: energia cinética da esfera maior e esfera menor para cada desnível. Desnível Velocidade 40mm 0,88 m/s 70mm 1,17 m/s 100mm 1,4 m/s Tabela 9: Vx das esferas para cada desnível. Desnível Alcance teórico 40mm 0,267 m 70mm 0,355 m 100mm 0,425 m Tabela 10: Alcance teórico para cada desnível. Desnível Velocidade resultante 40mm 3,11 m/s 70mm 3,2 m/s 100mm 3,3 m/s Tabela 11: Velocidade resultante para cada desnível. 20 Os cálculos realizados não levaram em consideração a resistência do ar (força de arrasto), por isso os resultados não são precisos. Comparando as tabelas 7 e 8, percebeu-se que as energia cinética e potencial são muito aproximadas, mas não são iguais. Caso fosse considerada a força de arrasto nos cálculos, esses valores poderiam se aproximar mais ou se igualar. Desta maneira, percebeu-se que os resultados teóricos podem diferir dos reais, como pode ser percebido na tabela 12: Desnível Alcance teórico Alcance da Esfera maior Alcance da Esfera menor 40mm 267mm 198mm 210mm 70mm 355mm 266mm 271mm 100mm 425mm 316mm 224mm Tabela 12: comparação entre o alcance teórico, o alcance da esfera maior e o alcance da esfera menor. Comparando as três medidas, é perceptível que a resistência do ar interfere no alcance. As medidas do alcance teórico são bem maiores que as medidas reais registradas no experimento. Por isso, caso fosse possível realizar o experimento sem a resistência do ar, o alcance seria maior. Pode-se concluir também que a resistência do ar interfere mais na esfera maior. Dessa forma, o alcance da esfera menor se aproxima mais ao alcance teórico. 8. Conclusões Ao final do experimento, é possível concluir que movimentos bidimensionais, possuem deslocamentos em x e y independentes, com forças atuantes e deslocamentos diferentes em cada um deles, por isso é importante analisa-los separadamente. 21 9. Referências Bibliográficas HALLIDAY, David. Fundamentos de Física: Mecânica. Rio de Janeiro – RJ, 2002. EXPERIMENTO de lançamento horizontal. Disponível em <www.camiladeoliveira.wdfiles.com >acesso em 06 de out de 2015. MOVIMENTO de projéteis. Disponível em < www.ufsm.br > acesso em 05 de out de 2015.
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