Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
GUIA DE ESTUDO UNIDADE III 1 RECEITA DESPESA UNIDADE 3 FUNDAMENTOS CONTÁBEIS COMPREENDER UM BALANÇO PATRIMONIAL Olá, Estudante! Foi visto, nas unidades passadas, que o Balanço Patrimonial é o mais im- portante relatório gerado pela contabilidade. Através dele, pode-se identificar a ‘saúde’ finan- ceira e econômica da empresa no fim do ano ou em qualquer data prefixada. O Balanço Patrimonial é dividido em duas colunas: a do lado esquerdo é denominado ATI- VO; a do lado direito, PASSIVO. O ideal seria denominar a segunda Passivo e Patrimônio Líquido. Explicação da expressão balanço patrimonial O termo balanço decorre do equilíbrio ATIVO = PASSIVO + PL, ou da igualdade Aplicações = Origens. Parte da ideia de uma balança de dois pratos, em que sempre encontramos a igualdade. Só que, em vez de denominarmos balança (assim como Balança Comercial), de- nominamos no masculino: Balanço. A expressão patrimonial se origina do Patrimônio Global da empresa, ou seja, o conjunto de bens e obrigações. Daí se origina a expressão: Patrimônio Líquido, que significa a parte resi- dual do Patrimônio, a riqueza líquida da empresa num processo de continuidade, a Situação Líquida. Compondo as duas expressões, teremos a expressão Balanço Patrimonial, o equilíbrio do Patrimônio, a igualdade patrimonial. 2 Representação gráfica do Patrimônio Denominação da Empresa BALANÇO PATRIMONIAL Ativo ( + ) (representa a parte positiva da empresa) Passivo ( - ) (representa a parte negativa da empresa) Patrimônio Líquido (obrigação da em- presa com os Sócios, acionistas etc.) ATIVO Empregado, por sua vez, não é um bem da empresa, porém, não pode ser classificado no ativo, porque não é de sua propriedade. Uma máquina é um bem de propriedade da empresa e, portanto, faz parte do ativo. Se a máquina for alugada ou arrendada (leasing), não poderá ser relacionada no ativo. A mesma coisa ocorre quando a empresa está estabelecida num prédio alugado, esse imóvel não deve ser considerado ativo, pois não é propriedade da empresa. As Duplicatas a receber, títulos a receber são direitos de propriedade da empresa: por isso, pertencem ao ativo. É o conjunto de bens e direitos de propriedade da empresa. São os itens positivos do patrimônio; trazem benefícios, proporcionam ganho para a empresa. Estoque significa bens de propriedade da empresa; pertence, consequentemente, ao Ativo. 3 BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO E PL Bens Máquinas Veículos Estoque Dinheiro Direitos Títulos a receber Depósitos bancários Passivo e PL PASSIVO O passivo exigível é conhecido no mercado financeiro como dívidas com terceiros, ou recur- sos (dinheiro) de terceiros, ou capital de terceiros. A palavra “terceiro” abrange o conjunto de pessoas físicas e jurídicas com quem a empresa tem dívidas: fornecedores (de mercado- rias), funcionários (salários), governo (impostos) bancos (empréstimos bancários), encargos sociais (FGTS, Previdência Social) etc. O passivo exigível evidencia o endividamento da empresa; o seu crescimento de forma des- medida pode levar a empresa até a falência. BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO E PL Bens Máquinas Veículos Estoque Dinheiro Direitos Títulos a receber Depósitos bancários Passivo exigível Fornecedores Salários a pagar Empréstimos bancários Impostos a pagar Patrimônio Líquido ? Significa as obrigações exigíveis da empresa, ou seja, as dívidas que serão cobradas, reclamadas a partir da data do seu vencimento. É denominado também passivo exigível, procurando-se, neste caso, dar mais ênfase ao aspecto exigibilidade. 4 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Representa o total das aplicações dos proprietários na empresa. Toda empresa necessita de uma quantia inicial de recursos (normalmente dinheiros) para efetuar suas primeiras aqui- sições, seus primeiros pagamentos etc. os proprietários, então, concedem suas poupanças com o objetivo de proporcionar à empresa os meios necessários ao início do negócio. Essa quantia inicial, concedida pelos proprietários, denomina-se, contabilmente, Capital Social, que poderá ser aumentado a qualquer momento. Matematicamente, o patrimônio líquido é obtido através da equação contábil: Patrimônio Líquido = Ativo (bens + direitos) – Passivo Exigível (obrigações exigíveis) Origens e Aplicações O lado do Passivo, tanto Capital de Terceiros (Passivo Exigível) como Capital Próprio (Pa- trimônio Líquido), representa toda a fonte de recursos, toda a origem de capital. Nenhum recurso entra na empresa se não for via Passivo ou Patrimônio Líquido. O Lado do Ativo é caracterizado pela aplicação dos recursos originados no Passivo e Patri- mônio Líquido. Assim, se a empresa tomar emprestado recursos de uma instituição financeira (bancos, por exemplo) terá uma origem de recursos: Passivo. Todavia, os recursos serão aplicados em algum lugar no Ativo: estoques, máquinas, caixa etc. Dessa forma, fica bastante simples entender porque o Ativo será sempre igual ao Passivo + PL, pois a empresa somente pode aplicar aquilo que tem origem. Se há uma origem (fonte) de R$ 2.925.428 (passivo + PL), haverá uma aplicação de R$2.925.428 no Ativo. Daí, o lado do Ativo será sempre igual ao Lado do Passivo + Patrimônio Líquido. Conclui-se que: Ativo = Passivo + PL. Grupos de Contas O balanço patrimonial se divide em grupos de contas, de característica semelhante, facilitan- do, dessa forma, sua leitura, interrupção e análise. Se demonstrássemos um Balanço Patrimonial cujo Ativo fosse um “amontoado” de contas de Bens e Direitos (de forma heterogênea), teríamos dificuldades em ler, interpretar e ana- lisar o Balanço Patrimonial. Por isso, é importante apresentar o Balanço agrupando-se as contas de mesmas características, isto é, separando grupos de contas homogêneas entre si. Por exemplo, poderíamos agrupar as contas Caixa e Bancos em um único grupo denomina- do Disponível (dinheiro à disposição na Entidade). 5 Para facilitar a interpretação e análise do Balanço Patrimonial, existe uma preocupação constante em estabelecer uma adequada distribuição de contas. a) Prazo: em contabilidade CURTO PRAZO significa normalmente o período de até um ano. b) Grau de Liquidez Decrescente: Os itens de maior liquidez são classificados em pri- meiro plano. Os de maior liquidez aparecem em último lugar. Por exemplo, entre três contas: Estoques, Disponível e Duplicatas a Receber, o mais líquido é o disponível (1º Lugar); em segundo lugar, recebem-se, mais rapidamente, as duplicatas que os estoques (estes possuem uma liquidez mais lenta – 3º lugar) Grupos de Contas do Ativo O Ativo está disposto em grupos de contas homogêneas ou de mesmas características. Os itens do Ativo são agrupados de acordo com a ordem decrescente de sua liquidez, isto é, de acordo com a rapidez com que podem ser convertidos em dinheiro. Ativo Circulante: Compreende contas que estão constantemente em giro, em movimento: a conversão em dinheiro ocorrerá, no máximo, até o próximo exercício social. Ativo Não Circulante Incluem-se, nessa conta, bens e direitos que se transformam em dinheiro após o exercício social seguinte. Permanente: São bens e direitos que não se destinam à venda e têm vida útil longa no caso de bens. Investimento: São aplicações de caráter permanente que geram rendimentos não necessários à manutenção da atividade principal da empresa. Imobilizado: Abarca itens de natureza permanente que serão utilizados para manutenção da ativi- dade básica da empresa. Intangível São aplicações que beneficiarão exercícios futuros. Por exemplo, os gastos que uma empresa tem na pesquisa para descobrir novas essências. Se for uma indústria de perfumes, então, esses gastos com pesquisas irão beneficiar exercícios futuros, ou seja, a empresa, a partir denovas essências, irá produzir mais perfumes e, assim, gerar mais receitas. 6 Grupo de Contas do Passivo e Patrimônio líquido Circulante: Compreende obrigações exigíveis que serão liquidadas no próximo exercício social nos pró- ximos 365 dias após o levantamento do balanço. Não Circulante (Exigível a Longo Prazo) - Relacionam-se, nessa conta, obrigações exigí- veis que serão liquidadas com prazo superior a um ano, divididos a longo prazo. Patrimônio Líquido: São recursos dos proprietários, aplicações na empresa. Os recursos significam o capital mais o seu rendimento, lucros e recursos; se houver prejuízo, o total dos investimentos pro- prietários será reduzido. Visão Sintética do Balanço: O balanço Patrimonial se divide em grupos de contas de mesmas características, facilitando, dessa forma, a leitura, interpretação e análise. Os grupos de contas, bem como as contas, serão apresentados em ordem de liquidez (con- versão em dinheiro) decrescente. Plano de contas: Plano de Contas é o conjunto de contas, previamente estabelecido, que norteia os trabalhos contábeis de registro de fatos e atos inerentes à entidade, além de servir de parâmetro para a elaboração das demonstrações contábeis. A montagem de um Plano de Contas deve ser personalizada, por empresa (a seguir, um exemplo de plano de contas), já que os usuários de informações podem necessitar detalha- mentos específicos, que um modelo de Plano de Contas geral pode não compreender. Objetivos do Plano de Contas Seu principal objetivo é estabelecer normas de conduta para o registro das operações da organização e, na sua montagem, devem ser levados em conta três objetivos fundamentais: a) atender às necessidades de informação da administração da empresa; b) observar formato compatível com os princípios de contabilidade e com a norma legal de elaboração do balanço patrimonial e das demais demonstrações contábeis (Lei 6.404/76, a chamada “Lei das S/A”); 7 MODELO DE PLANO DE CONTAS CONTÁBEIS 1. ATIVO CIRCULANTE Caixa; Depósitos Bancários à vista; Duplicatas a receber: Duplicatas descontadas (conta credora); Provisão para Crédito de Liquidação Duvi- dosa (conta credora); Faturamento para entrega futura (conta credora); Títulos a receber: a) Clientes – renegociação de conta a rece- ber; b) Devedores imobiliários; c) Empréstimos a receber de terceiros; d) Títulos descontados (conta credora); Cheques em cobrança; Adiantamentos a terceiros; Créditos a funcionários: a) Adiantamento para viagens; b) Adiantamento para despesas; c) Antecipação de salários e ordenados; d) Empréstimos a funcionários; e) Antecipação de 13º salário; f) Antecipação de férias. Tributos a compensar e recuperar: a) IPI a compensar; b) ICMS a recuperar; c) IRPF a recuperar; d) IR e CS a restituir/compensar; e) IR e CS deferidos; f) PIS a recuperar; g) Outros tributos a recuperar. Depósitos restituíveis e valores vinculados; Estoques de Produtos acabados; Estoques de Mercadorias para revenda; Estoques de Matérias Primas; Prêmios de seguros a apropriar; Comissões e prêmios pagos antecipada- mente; Aluguéis pagos antecipadamente; 3. PASSIVO CIRCULANTE Fornecedores; Empréstimos e Financiamentos: a) Parcela em curto prazo dos empréstimos e financiamentos; b) Credores por financiamento; c) Financiamentos bancários em curto pra- zo; d) Adiantamentos de contratos de câmbio; e) Títulos a pagar; ICMS a recolher; IPI a recolher; IR a pagar; Provisão para o Imposto de Renda; Contribuição Social a pagar; Provisão para Contribuição Social; Provisão para o IOF; ISS a recolher; PIS a recolher; COFINS a recolher; Adiantamentos de Clientes; Contas a pagar; Ordenados e Salários a pagar; Encargos Sociais a pagar; FGTS a recolher; Honorários da Administração a pagar; Comissões a pagar; Gratificações a lançar; Dividendos a pagar; Credores diversos. 4. PASSIVO NÃO CIRCULANTE Empréstimos e financiamentos: a) Em moeda nacional; b) Em moeda estrangeira. Credores por financiamentos; Títulos a pagar 5. PATRIMÔNIO LÍQUIDO 5.1 - Capital Social: Capital Social subscrito Capital a integralizar 8 Outros custos e despesas pagos antecipa- damente. 2. ATIVO NÃO CIRCULANTE 2.1 – Realizável a Longo Prazo Bancos – contas vinculadas; Clientes; Títulos a receber; Créditos de acionistas – transações não operacionais; Crédito de diretores – transações não ope- racionais; Adiantamento a terceiros; Provisão para crédito de liquidação duvido- sa (conta credora); Tributos a compensar e recuperar; Empréstimos feitos com incentivos fiscais; Depósitos restituíveis e valores vinculados; Provisão para perdas (conta credora); Aplicações financeiras 2.2 - Investimentos Títulos e valores mobiliários; Depósitos e aplicações para investimentos com incentivos fiscais: Participação em fundos de investimentos: Participação não permanente em outras empresas; 1) Participação em sociedade controlada e coligada; 2) Participação em outras empresas; 3) Participação em fundos de investimen- tos: Obras de Arte; Terrenos e imóveis para futura utiliza- ção; Imóveis não de uso (para renda); Provisão para perdas permanentes (con- ta credora); Depreciação acumulada (conta credora). 2.3 - Imobilizado 5.2 - Reservas: Reservas de Capital; Reserva de Reavaliação; Reservas de Lucros; 5.3 - Lucros ou Prejuízos Acumulados: Lucros Acumulados; Prejuízos Acumulados (conta devedora) DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS (Uni- dade 4) 1. RECEITA OPERACIONAL BRUTA Vendas de Produtos ou Mercadorias Prestações de Serviços 2. DEDUÇÕES Devoluções de Produtos ou Mercadorias Abatimentos Concedidos Impostos Faturados 3. RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA (1-2) 4. CUSTOS OPERACIONAIS Custo dos Produtos ou Mercadorias Vendi- das Custo dos Serviços Prestados 5. LUCRO (ou Prejuízo) OPERACIONAL BRUTO (3-4) 6. DESPESAS OPERACIONAIS Despesas Administrativas Despesas com Pessoal Despesas Comerciais Despesas Financeiras Despesas Tributárias Outras Despesas Operacionais Despesas Operacionais Provisionadas 7. LUCRO (ou Prejuízo) OPERACIO- NAL LÍQUIDO (5-6) 9 2.3.1 – Bens em Operação – custo: Terrenos; Obras preliminares e complementares; Obras civis; Instalações; Máquinas, aparelhos e equipamentos; Equipamentos de processamento eletrônico de dados; Sistemas aplicativos – (software); Móveis e utensílios; Veículos; Direitos de uso de telefones; Ferramentas; Peças e conjuntos de reposição; Marcas, direitos e patentes industriais; Florestamento e reflorestamento; Direitos sobre recursos naturais; Benfeitorias em propriedades arrendadas. 2.3.2 – Depreciação, amortização e exaustão acumulada (conta credora): Obras preliminares; Obras civis – depreciação; Instalações – depreciação; Máquinas, aparelhos e equipamentos – de- preciação; Equipamentos de processamento eletrônico de dados – depreciação; Sistemas aplicativos (software) – amortiza- ção; Móveis e utensílios – depreciação; Veículos – depreciação; Ferramentas – depreciação ou amortiza- ção; Peças e conjuntos de reposição – depre- ciação; Marcas, direitos e patentes industriais – amortização; Direitos sobre recursos naturais – (ou- tros) – florestamento e reflorestamento – exaustão; Benfeitorias em propriedades arrenda- das – amortização. 8. RECEITAS DE VARIAÇÕES MONETÁ- RIAS 9. DESPESAS DE VARIAÇÕES MONETÁ- RIAS 10. RECEITAS DE PARTICIPAÇÕES SO- CIETÁRIAS 11. DESPESAS DE PARTICIPAÇÕES SO- CIETÁRIAS 12. RECEITAS FINANCEIRAS 13. RECEITAS NÃO-OPERACIONAIS 14. DESPESAS NÃO-OPERACIONAIS 15. DESPESAS PROVISIONADAS NÃO- -OPERACIONAIS 16. RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 17. PROVISÃO PARA O IMPOSTO DE RENDA 18. RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍ- CIO, APÓS O IR 19. PARTICIPAÇÕES NOS LUCROS Participações de Debenturistas Participações de Empregados Participações de AdministradoresParticipações de Titulares de Partes Beneficiárias Contribuições de Fundos ou instituições de Assistência ou Previdência de Em- pregados 20. LUCRO (ou Prejuízo) LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (19-20) 10 2.3.3 – Imobilizado em Andamento – cus- to: Bens de uso na fase de implantação: a) Custo (por conta); b) Depreciação acumulada (por contas credoras); Constituição em andamento; Importações em andamento de bens do imobilizado; Adiantamentos para inversões fixas; Almoxarifado para inversões fixas. 2.4 – Intangível 2.5 - Diferido – custo 3.4.1 – Gastos de Implantação e Pré-ope- racionais: Gastos de organização e administração; Encargos financeiros líquidos; Variação monetária; Estudos, projetos e detalhamentos; Juros a acionistas na fase de implantação; Gastos preliminares de operação; Amortização acumulada (conta credora) 3.4.2 – Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos: Custo; Salários com encargos; Depreciação; Gastos gerais; Outros custos; Amortização acumulada (conta credora). 3.4.3 – Gastos de Implantação de Sis- temas e Métodos: Custo; Amortização acumulada (conta credora); 3.4.4 – Gastos de Reorganização: Custo; Amortização acumulada (conta credora). 21. $ POR AÇÃO DO CAPITAL SOCIAL (21/nº de Ações) 11 A seguir, um texto de Leitura Obrigatória, acerca dos Demonstrativos Contábeis. Disponível em http://www.crcro.org.br/crcmx/principal2.aspx?id=172 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS – Legislação e Benefícios A contabilidade, por meio das Demonstrações Contábeis, permite aos gestores compreender a estrutura patrimonial das empresas por reunir relevantes informações necessárias para se administrar com competência suas atividades operacionais. Essas demonstrações, quando publicadas, permitem ao público avaliar a situação das em- presas, observando a qualidade da gestão por elas realizadas. As empresas que publicam apenas o balanço patrimonial, deixando de lado as demais pe- ças contábeis, sonegam informações essenciais para que os usuários possam avaliar a con- sistência dos atos praticados e como estes estão sendo administrados. A contabilidade, como fonte de informações e como agregadora de valor, pode determinar o sucesso ou o fracasso das empresas. As informações contidas nos Balanços Patrimoniais, nas Demonstrações de Resultado do Exercício, nas Demonstrações de Lucros ou Prejuízos Acumulados, nas Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido, Demonstração dos Fluxos de Caixa e suas Notas Explicati- vas são elaboradas para determinar as diretrizes que serão seguidas para otimizar os resul- tados das empresas. Portanto, a Contabilidade, acompanhada das Demonstrações Contábeis, é, sem dúvida, uma ferramenta gerencial extremamente útil para todas as empresas. O artigo 1.179 do Código Civil brasileiro registra: “O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na es- crituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico”. (Grifo nosso). O artigo 1.188 do Código Civil brasileiro consigna: “O balanço patrimonial deverá exprimir, com fidelidade e clareza, a situação real da empresa e, atendidas as peculiaridades desta, bem como as disposições das leis especiais, indicará, distintamente, o ativo e passivo”. (Gri- fo nosso) A Lei das Sociedades por Ações (6.404/76), no seu artigo 176, dispõe: “Ao fim de cada exer- cício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras (contábeis), que deverão exprimir com clareza a situa- ção do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício: I – balanço patrimonial; II – demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; III – demonstração do resultado do exercício; IV – demonstração das origens e aplicações de recursos; e V – notas explicativas.” A Lei nº 11.101/2005, que trata da recuperação judicial e extrajudicial, bem como da falência do empresário e da sociedade empresária, orienta: 12 “Art. 51. A petição inicial de recuperação judicial será instruída com: I – a exposição das causas concretas da situação patrimonial do devedor e das razões da crise econômico-financeira; II – as demonstrações contábeis relativas aos 3 (três) últimos exercícios sociais e as levan- tadas especialmente para instruir o pedido, confeccionadas com estrita observância da le- gislação societária aplicável e compostas obrigatoriamente de: a) balanço patrimonial; b) demonstração de resultados acumulados; c) demonstração de resultado desde o último exercício social; d) relatório gerencial de fluxo de caixa e de sua projeção”. A contabilidade tornou-se uma profissão de importância estratégica no desenvolvimento das empresas e, para o exercício de suas competências, o contabilista deve estar atento às constantes mudanças e, especialmente, à legislação da profissão. Dentre as Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas, destacam-se as IT G 2000, as quais tratam da Escrituração Contábil e do Conceito, do Conteúdo, da Estrutura e da No- menclatura das Demonstrações Contábeis. Existe um ponto também a ser considerado: a inexistência de documentação contábil obri- gatória tem implicações de natureza penal, tanto para o empresário como para o profissional contábil. Estas referências a alguns outros aspectos legais contábeis, além de atestar a obrigatorie- dade da escrituração contábil e a importância do profissional de Contabilidade, destacam como os demonstrativos contábeis são benéficos e indispensáveis para as empresas. Saiba mais, acesse o vídeo complementar: http://www.youtube.com/watch?v=NrOSk3OSca0&feature=related Acesse o vídeo e enriqueça seu conhecimento Aproximadamente: 10 minutos Vamos refletir? Agora, caro(a) Estudante, que você aprendeu a classificar as contas em patrimoniais ou de resultado, aprendeu também o mecanismo de débito e crédito juntamente com a separação do Balanço Patrimonial, vamos fazer o seguinte, as contas que você pesquisou para utilizarmos na unidade 1, faça a separação dos Bens, Direitos e das Obrigações para poder classificar no Balanço Patrimonial, ou me- lhor, elabore um Balanço Patrimonial com essas contas pesquisas e, se você quiser, poderá incluir novas contas também! Mãos à obra! Essa atividade não precisa ser enviada ao tutor!
Compartilhar