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Microeconomia - Falhas de Mercado (conceitos e exemplos)

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FALHAS DE MERCADO 
CONCORRÊNCIA PERFEITA 
Marshall definiu as condições para a existência de concorrência, resumidamente são elas: 
1. O mercado é formado por um grande número de empresas vendedora, todas relativamente pequenas e agindo independentemente, de modo a nenhuma isoladamente afetar o preço de mercado (tomadores de preços); 
2. O produto é homogêneo, não sendo diferenciados pelos compradores, a não ser pelo preço; 
3. Todos os agentes são perfeitamente informados sobre tudo o que se passa no mercado; 
4. Existe completa liberdade de acesso ao mercado (não existem barreiras à entrada). 
 
FALHAS DE MERCADO 
Situação em que o mercado, por si só, fracassa ao alocar os recursos eficientemente. 
Os mercados falham devido a: 
1. Poder de mercado: Poder de determinação do preço dos produtos, comum em estruturas de marcado imperfeitas ou condutas não competitivas. Podem ser decorrentes da existência de economias de escala, o que coloca a sociedade em um dilema: para a empresa ter uma estrutura de custo mais enxuta precisa operar em escala o que pode significar uma estrutura de mercado oligopolista. Da existência de barreiras à entrada, da diferenciação de produtos, etc. 2. Informação incompleta (ou Assimétrica): 
Quando algumas partes possuem mais informações do que outras. 
Exemplo: o fabricante detém mais informações de determinado bem – veículo – do que o consumidor. 
Formas de falhas de mercado com origem em informações incompletas: 
Seleção adversa: Devido a falhas de informação, produtos de diferentes qualidades são vendidos a preços iguais. 
Risco Moral: Quando uma das partes apresenta ações que não podem ser observados pela outra parte e que podem afetar a probabilidade ou a magnitude de uma pagamento associado a um evento. 
Exemplo: (1) Faz seguro para o carro e estaciona em bairros perigosos, passa a dirigir com mais imprudência, etc. (2) Relação agente principal: agentes perseguem suas próprias metas em vez das metas dos principais – gerente não segue metas dos donos. 
Ambos os termos surgiram no mercado de seguros: 
A seleção adversa indicava situações em que as seguradoras cobram prêmios médios para populações com riscos diferenciados; isso afastará a população onde o risco é menor (que considerará alto o preço) e concentrará a demanda na população de alto risco (para quem o prêmio será considerado baixo). 
 Já o risco moral designa situações em que os incentivos aos indivíduos que contratam seguros para evitar os sinistros são baixos. 
3. Externalidades: 
Quando alguma atividade de produção ou consumo exerce efeito sobre outras atividades de produção ou consumo, e que não se reflete diretamente nos preços de mercado. Assim, decisões de um agente influenciam outros agentes da economia que não participaram da tomada de decisões geradora das externalidades. Tendem a gerar ineficiências alocativas. 
Exemplo: Duas empresas uma refinaria de petróleo e a outra uma fábrica de pescados. A refinaria de petróleo pode poluir o mar e prejudicar a produção da fábrica de pescados. Externalidade negativa que gera uma ineficiência alocativa pois reduz a produção de pescados mas não da empresa que causou a poluição. 
4. Bens Públicos (ou Bens Indivisíveis): 
Bens não exclusivos (pessoas não podem ser impedidas de consumi-lo) e não disputáveis (acesso de uma pessoa não implica aumento dos custos, CMg = 0). 
Exemplo: defesas nacional, iluminação pública, etc. Por causa destas características os bens públicos apresentam o problema do carona (free rider) que é a possibilidade de pessoas usarem sem pagar, isso leva o mercado a falhar no fornecimento destes bens, sobrando para o Estado tal tarefa. 
5. Bens de propriedade comum (difusa): 
Bens em que os direitos de propriedade não se aplicam individualmente, podem levar ao mau uso coletivo. 
Exemplo: um determinado agente, mesmo sabendo que certas práticas são predatórias e poderão comprometer a viabilidade futura da atividade, não seria incentivado a mudar sua conduta pelo receio de que os demais agentes não farão o mesmo. Como o mau uso da área de produção de pescados. 
Se os mercados falham para prover o uso eficiente de recursos existiria espaço, em tese, para intervenção pública. 
Como corrigir as falhas de marcado? 
Normalmente via intervenção governamental. 
Nos casos de: externalidades, monopólios e de inexistência ou insuficiência de oferta. 
Adotam-se políticas tradicionais como: incentivos, subsídios, renúncia fiscal, política de crédito, proteção tarifária, criação de impostos. 
Nos casos de: bens públicos, bens sociais (saúde, educação, etc.), bens econômicos (infraestrutura – devido ao longo período de maturação de investimentos, não são ofertados como deveriam pela iniciativa privada). 
Adotam-se políticas tradicionais como: oferta direta pelo Estado. 
Nos casos de: poder de mercado (estruturas: oligopolistas, monopolisticamente competitivas e monopolistas). 
Adotam-se políticas tradicionais como: instrumentos de regulação (leis, agências, defesa da concorrência e direitos do consumidor). 
 
REFERÊNCIAS 
TEIXEIRA, Aloísio. Mercado e imperfeições de mercado: o caso da assistência suplementar.2001. Disponível em: <http://www.ans.gov.br/portal/upload/forum_saude/objeto_regulacao/AA4.pdf>. Acesso em: 18/08/2014. 
CANDIDO, José Lourenço. Falhas de mercado e regulação no saneamento básico. 2013. Disponível em: <http://www.ojs.ufpi.br/index.php/economiaufpi/article/view/1281/1004>. Acesso em: 18/08/2014.

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