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UNINASSAU CAXANGÁ
TEORIA DA EMPRESA
Prof. Mariana Clemente
EMENTA: 
I UNIDADE: 
Objeto do Direito Empresarial. Relação com as demais disciplinas (direito constitucional, administrativo, econômico, do trabalho, tributário, civil). Fontes do Direito Empresarial. Ordem Econômica e princípios da atividade econômica. Conceito de empresa. Conceito e caracterizado de empresário. Atividades económicas nao empresárias. Registro e regularidade do empresário. Registro de atividades económicas não empresárias. Empresário Individual. Capacidade. Incapacidade, menoridade e emancipação. Exercício da empresa por pessoa incapaz. Sócio incapaz. Impedimento para ser empresário. Empresário casado. Inscrição do empresário. Nome empresarial. Princípios aplicáveis ao nome empresarial. Espécies de nomes empresariais e sua eleição pelos tipos societários. Marca e título de estabelecimento. Proteção jurídica. Estabelecimento empresarial. Conceito e natureza jurídica. elementos. atributos do estabelecimento. aviamento e clientela. Proteção do ponto comercial e locação comercial. Alienação do estabelecimento empresarial: o contrato de trespasse. Registros, escrituração e livros empresariais. Registro público de empresas e atividades afins Obrigações do Empresário. 
UNIDADE II
Direito Societário. Sociedade simples x sociedade empresária. Tipos de sociedade. Classificaçao das sociedades. Sociedades não personificadas. Sociedades personificadas. Personalidade Jurídica: Noção. Efeitos. Limitação de responsabilidade. Teorias. Desconsideração. Hipóteses no Direito Brasileiro. Sociedade em comun. Sociedade em conta de participação. Sociedade simples. Inscrição. Contrato social. Direitos e Obrigaçoes dos sócios. Administração. Relação entre a sociedade simples, sócios e terceiros. Dissolução da sociedade simples. 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA: 
COELHO, Fábio Ulhôa. Curso de direito comercial. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. V.1; 497p.
COELHO, Fábio Ulhôa. Manual de Direito Comercial. Manual de direito comercial. 16.ed. São Paulo: Saraiva, 2005. 497p.
MAMEDE, Gladston. Manual de Direito Empresarial. 
PLÁGIO É CRIME! 
ARTIGO 184 DO CÓDIGO PENAL: 
Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003) 
PROVAS – PODE SOFRER ALTERAÇÃO
I AVALIAÇÃO: 07/04/2025
II AVALIAÇÃO: 09/06/2025
II CHAMADA: 16/06/2025
FINAL: 23/06/2025
LER TEXTO: ÓDIO A EMPRESA
O que é o Direito Comercial? 
Conforme Reis e Reis (2005, pág:03): 
Direito comercial é o conjunto de regras jurídicas que regulam as atividades das empresas e empresários comerciais, bem como os atos considerados comerciais, mesmos que esses atos não se relacionem com as atividades das empresas. 
ORIGEM E EVOLUÇÃO DO DIREITO COMERCIAL 
O mais influente código comercial foi o francês de 1808, pois instituiu a Teoria do Ato de Comércio. 
O que significa esta teoria? 
Que qualquer pessoa capaz que praticar os atos de comércio de forma habitual e profissional, poderia ser qualificada como comerciante, mesmo que não fosse previamente aceita como membro da corporação de comerciantes. 
FONTES DO DIREITO COMERCIAL/EMPRESARIAL
FONTES LEGAIS: 
Código Comercial (parte não revogada)
2. Novo Código Civil (2002)
3. Leis estravagantes (S.A. e Falência)
4. Normas do direito comercial previsto em outros diplomas legais (CDCon)
5. Normação regular do Estado
6. Tratados e Convenções Internacionais
FONTES SECUNDÁRIAS
1. COSTUMES: 
COMPORTAMENTOS PRATICADOS
REITERADAMENTE PELA SOCIEDADE, QUE ACABA SE TORNANDO LEI. 
PARA APLICAÇÃO DOS COSTUMES COMERCIAIS DEVEMOS LEVAR EM CONSIDERAÇÃO: 
CONTINUIDADE; 
UNIFORMIDADE
CONFORMIDADE GERAL
ASSENTAMENTO 
FONTES SECUNDÁRIAS
2. ANALOGIA 
CASO NÃO HAJA PREVISÃO LEGAL OU COSTUME EM CERTOS ASSUNTOS JULGAR CONFORME OUTROS PROCESSOS
3. PRÍNCIPIOS GERAIS DO DIREITO
NOÇÃO DE BOA-FÉ
 EM DUBIO PRO RÉU
PACTO LEI ENTRE AS PARTES
TEORIA DO ATO DE COMÉRCIO
A teoria dos atos de comércio foi adotada pelo Código Comercial de 1850. Isso significa que as atividades comerciais estavam sujeitas a um regime jurídico próprio e diferenciado do aplicável para outras atividades econômicas.
 O comércio, seria a aquisição de bens para posterior revenda, com a finalidade de obtenção de lucro. Para exercer o comércio, não há a exigência de determinado grau de escolaridade ou mesmo de realização de prévio curso superior.
Se o comerciante adoecer ou ficar impossibilitado de trabalhar, outra pessoa poderá substituí-lo. Até mesmo o falecimento de um comerciante não implica a paralização dos negócios, pois qualquer pessoa pode substitui-lo.
TEORIA DO ATO DE COMÉRCIO
O comerciante pode trazer consigo os bens que vende, ou mesmo montar uma pequena banca. O comércio pode também ser feito na própria residência do vendedor. Por exemplo, o vendedor ambulante precisa apenas de uma sacola, onde possa guardar o material.      
Estas características próprias do comércio, fizeram com que o direito comercial se ativesse ao ato praticado e não à pessoa.  
Rubens Requião, define: "o conjunto das atividades que, em determinado país e em dada conjuntura histórica, se aplica o direito comercial desse país, e muitas dessas atividades não se podem justamente definir como comerciais". Esta é uma distinção artificiosa do conceito jurídico do conceito econômico, pois não se pode definir o direito comercial como direito do comércio.
Conforme Nerilo (2002), a principal lacuna da teoria dos atos de comercio consiste em não abranger atividades econômicas tão ou mais importantes que o comércio de bens, tais como a prestação de serviços, a agricultura, a pecuária e a negociação imobiliária, prestados de forma empresarial.
Teoria da Empresa
A teoria da empresa é fruto da unificação dos direitos civil e comercial ocorrido na Itália, em 1942 com o surgimento do Códice Civile.
O direito empresarial surge assim, com esta junção. O direito empresarial é um ramo do direito privado, por que? 
Porque se refere a relações privadas, não há o interesse estatal nas negociações. 
TEORIA DO DIREITO EMPRESARIAL
A teoria da empresa é uma novidade em relação aos aspectos jurídicos. Trata-se de uma pequena, porém consistente mudança na figura do empreendedor e da empresa. É uma caracterização pormenorizada do que é realmente uma relação estabelecida de comércio.
O rol não é limitado a compra e venda, mas também a todos que praticarem atos de atividade econômica para produção e circulação de bens e serviços com atividade habitual, organizada e profissional para pessoa física ou jurídica. O registro na Junta Comercial não é condição para caracterização.
Destacamos que o CC/02 revogou somente a 
primeira parte do Código Comercial (a parte de comércio terrestre), 
restando em vigor até hoje a segunda parte, que trata do comércio marítimo (art. 
2045, CC).
Segundo a Teoria da Empresa, 
qualquer
atividade pode ser considerada 
empresária. Tudo vai depender da 
forma
como ela é exercida. Não há mais 
um rol de atividades consideradas comerciais ou não.
Esta teoria também 
abandona o conceito de comerciante e passa a usar o de empresário. 
RESUMINDO
O Código Comercial de 1850 adotou a teoria dos atos de comércio, sob influência do Código Napoleônico de 1808. Em 2002, o novo Código Civil passou a adotar a teoria de empresa, mais abrangente e moderna.
FASES HISTÓRICAS DO DIREITO EMPRESARIAL
	PRIMITIVA: ANTIGUIDADE	- A TROCA ERA A VERSÃO ORIGINAL E EVOLUIU PARA A MODALIDADE DE COMPRA E VENDA; 
- CÓDIGO LEGAL (INSTITUIDO POR URNAMU); CÓDIGO DE HAMURABI E O CORPUS JURIS CIVILLIS EXEMPLIFICAM A ATIVIDADE ESTATAL
	SUBJETIVA	DIREITO COMERCIAL CRIADO POR CORPORAÇÕES DE OFÍCIO;
 COMERCIANTE ERA QUEM ESTAVA MATRICULADO EM UMA CORPORAÇÃO DE OFÍCIO 
	OBJETIVA	 - TRANSFOMOU-SE EM UM RAMO DO DIREITO APLICÁVEL A DETERMINADO ATOS
	SUBJETIVA MODERNA OU EMPRESARIAL	INCIDE EM ATIVIDADES TIDA COMO ECONÔMICA; INCIDE NOSREFLEXOS JURÍDICOS DA EMPRESA. 
BASE CONSTITUCIONAL DO DIREITO EMPRESARIAL
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
I - soberania nacional;
II - propriedade privada;
III - função social da propriedade;
IV - livre concorrência;
V - defesa do consumidor;
VI - defesa do meio ambiente;
VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação;
BASE CONSTITUCIONAL DO DIREITO EMPRESARIAL
         
VII - redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII - busca do pleno emprego;
IX - tratamento favorecido para as empresas brasileiras de capital nacional de pequeno porte.
IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.        
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.
QUE PRINCÍPIOS PODEMOS VER NO ARTIGO 170? 
O princípio da soberania nacional, nos revela a soberania econômica do Estado, caracterizando-se como o poder do Estado, para interferir e dirigir a ordem econômica, nos aspectos em que for de seu interesse ou da coletividade.
Tavares (2011, p. 156), sobre esse princípio da propriedade privada: [...] de acordo com a orientação capitalista seguida pelo constituinte, o princípio do respeito à propriedade privada, especialmente dos bens de produção, propriedade sobre a qual se funda o capitalismo, temperado, contudo, de acordo com o inc. IV, pela necessária observância à função social, a ser igualmente aplicada à propriedade dos bens de produção”.
José Afonso da Silva (2012) assevera que o art. 170, em seu inciso III, ao elencar a função social da propriedade como princípio da ordem econômica, possui como caráter principal, uma ferramenta destinada à realização da existência digna de todos e da justiça social.  (principio social da propriedade)
A livre iniciativa se relaciona com o ideal de liberdade econômica, e seu reconhecimento pela ordem jurídica visa assegurar aos indivíduos a livre escolha da atividade que queiram desenvolver para seu sustento, e limitar a atuação do Estado no campo das opções econômicas dos agentes.
QUE PRINCÍPIOS PODEMOS VER NO ARTIGO 170? 
O aumento das relações de consumo gerou a necessidade de se aperfeiçoar o regime jurídico que tratava desse aspecto, estabelecendo normas de proteção e defesa do indivíduo, constituindo um importante instrumento de cidadania.
É de grande importância do crescimento de uma nação, desde que se realize de maneira sustentável e consciente, aliando o desenvolvimento sócio-econômico com a preservação do meio ambiente.
A expressão função social segundo Rodrigo Almeida Magalhães pode ser definida como um objetivo a ser alcançado em benefício da sociedade, (Magalhães 2007 página 342). 
Este princípio se opõe as políticas recessivas e pode ser entendido como a busca pela ampliação das oportunidades de emprego produtivo, é como uma garantia para o trabalhador
PROTEÇÃO DA ORDEM ECONÔMICA E DA CONCORRÊNCIA
O regime econômico imposto pelo art. 170 da CF busca evitar duas situações: 
INFRAÇÃO À ORDEM ECONÔMICA 
CONCORRÊNCIA DESLEAL. 
CONCORRÊNCIA DESLEAL
De acordo com Ulhoa Coelho, são exemplos deste crime, na esfera penal: 
Publicar falsa afirmação em detrimento do concorrente, com o objetivo de obter vantagem; 
Empregar meio fraudulento para desviar, em seu proveito ou de terceiro, clientela de certo cliente;
Dar ou prometer dinheiro a empregado do concorrente 
Na esfera civil: 
Se fundamenta no contrato, o concorrente desleal deve indenizar o outro por ter descumprido a obrigação decorrente do contrato.

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