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1
TERAPIA DO ESQUEMA
Prof. Ruy Bueno
LIMITAÇÕES DA TERAPIA COGNITIVA NO TRATAMENTO DE
PACIENTES DIFÍCEIS
 Incapacidade do paciente para aderir aos 
procedimentos cognitivo- comportamentais e para 
identificar cognições e emoções
 Ênfase insuficiente na relação terapêutica como veículo 
de mudança (as questões interpessoais são o foco 
central para pacientes difíceis)
 Negligência do trabalho com a emoção, incluindo 
técnicas experienciais, especialmente diálogos
 Desvalorização de um modelo desenvolvimental para 
entendimento dos transtornos de personalidade 
(discutir as origens infantis do transtorno com os 
pacientes)
 Ausência de um entendimento dos estilos de 
enfrentamento dos pacientes ao longo da vida 
(especialmente evitação e supercompensação)
TERAPIA DO ESQUEMA (YOUNG, 1990, 1999)
 Elaborada para tratar dificuldades emocionais 
arraigadas, com origens significativas no 
desenvolvimento durante a infância e a adolescência
 Maior abrangência do que a TCC, pela ênfase nos 
problemas na infância e adolescência, em técnicas 
emotivas, na relação terapêutica e em estilos mal 
adaptativos de enfrentamento
 Trata os aspectos caracterológicos crônicos dos 
transtornos, em vez dos sintomas agudos
 Combina modelos cognitivo-comportamentais, de 
apego, psicodinâmicos e focados na emoção
 Eficácia comprovada no tratamento da depressão e 
ansiedade crônicas, transtornos alimentares, 
problemas conjugais difíceis, transtornos de 
personalidade, agressores criminosos e abusadores de 
substâncias (Young et al., 2003)
ESQUEMAS
 Representação abstrata das características 
distintivas de um evento, um tipo de fotocópia azul 
de seus elementos mais salientes (desenvolvimento 
cognitivo) 
 Qualquer princípio amplo de organização para dar 
sentido à própria experiência de vida... São 
formados no início da vida, continuam a ser 
elaborados e depois superimpostos nas 
experiências posteriores, mesmo quando não são 
mais aplicáveis, ou são não acurados e distorcidos 
(contexto da psicologia e da psicoterapia)(Beck, 1967)
 Um esquema pode ser positivo ou negativo, 
adaptativo ou desadaptativo. Podem ser formados 
na infância ou mais tarde na vida (Beck, 1967)
ESQUEMAS INICIAIS DESADAPTATIVOS (EIDS)
 São padrões cognitivos e emocionais autoderrotistas, que 
começam cedo em nosso desenvolvimento e se repetem através 
de nossas vidas.
 Compreendem memórias, cognições e emoções.
 Começam no início da infância ou na adolescência, como 
representações baseadas na realidade do ambiente da criança. Ex., 
se um paciente diz que seus pais eram frios e não afetivos quando 
ele era criança, ele está usualmente correto, embora possa não 
entender por que seus pais agiam assim.
 Os esquemas se perpetuam ao longo da vida e sua natureza 
disfuncional torna-se mais evidente na vida adulta, na interação 
com as outras pessoas.
 O esquema é sentido como “certo”. É o que o indivíduo sabe. 
Embora causando sofrimento, é confortável e familiar. Assim, é 
resistente à mudança.
 Quanto mais severo o esquema, maior o número de situações que 
o ativam e mais intenso e duradouro é o afeto negativo quando 
este é disparado.
NECESSIDADES CENTRAIS NA INFÂNCIA
 Segurança
 “Base estável”, previsibilidade
 Amor, carinho e atenção
 Aceitação e elogio
 Empatia
 Limites realistas
 Validação de sentimentos e necessidades
2
ORIGENS DOS ESQUEMAS
 Necessidades emocionais centrais não satisfeitas 
na infância (ex., vínculos seguros, cuidados, 
autonomia, liberdade de expressão etc.)
 Experiências precoces de vida (ex., ambiente 
carente de estabilidade, entendimento, amor; 
presença de maus tratos, abusos; superproteção; 
internalização /identificação com outros 
significantes)
 Temperamento emocional
OBJETIVO AMPLO DA TERAPIA DO ESQUEMA
 Ajudar os pacientes a obter as suas 
necessidades centrais atendidas
 De uma maneira adaptativa
 Através da mudança de esquemas 
desadaptativos, estilos de enfrentamentos e 
modos
OS 5 DOMÍNIOS DO ESQUEMA E OS EIDS
Domínio I: Desconexão e Rejeição
Inabilidade para formar vínculos seguros e satisfatórios 
com os outros - crença de que as necessidades de 
estabilidade, segurança, cuidado, amor e 
pertencimento não serão atendidas. 
 Abandono / Instabilidade – Senso de que as pessoas 
importantes não irão continuar ali por serem 
imprevisíveis, erraticamente presentes, irão morrer ou 
encontrar alguém melhor. A família de origem é 
instável.
 Desconfiança / Abuso – Expectativa de que os outros 
irão magoar, abusar, humilhar, enganar, mentir 
manipular ou tirar vantagem. A família de origem é 
abusiva.
OS 5 DOMÍNIOS DO ESQUEMA E OS EIDS
DOMÍNIO I: DESCONEXÃO E REJEIÇÃO
 Privação Emocional – Expectativa de que os desejos de 
apoio emocional não serão atingidos:
 Privação de cuidado (ausência de atenção, afeto, 
calor ou companhia)
 Privação de empatia (ausência de ser entendido, de 
poder se expressar, de compartilhar sentimentos)
 Privação de proteção (ausência de força, direção ou 
orientação)
Família de origem: fria.
OS 5 DOMÍNIOS DO ESQUEMA E OS EIDS
DOMÍNIO I: DESCONEXÃO E REJEIÇÃO
Defectividade / Vergonha – Sentimento de ser falho, mau, inferior 
ou não confiável e de não ser digno de ser amado pelos outros, 
se exposto.
Falhas privadas (egoísmo, impulsos agressivos, desejos 
sexuais inaceitáveis)
Falhas públicas (aparência não atrativa, inadequação social)
Família de origem: rejeitadora.
Isolamento Social / Alienação – Senso de ser 
diferente ou de não atingir o mundo social fora do 
ambiente familiar. Crença de não pertencer a 
qualquer grupo ou comunidade.
Família de origem: isolada do mundo exterior.
OS 5 DOMÍNIOS DO ESQUEMA E OS
EIDS
Domínio II: Autonomia e Desempenho Prejudicados
Expectativas sobre si e o mundo que interferem com as 
próprias habilidades percebidas de se separar, 
sobreviver, funcionar independentemente ou 
desempenhar com sucesso. Incapacidade de formar a 
própria identidade e criar a própria vida. Tendência a ser 
criança na vida adulta.
Família de origem: superprotetora, emaranhada, 
debilitadora da confiança, pouco reforçadora.
 Dependência / Incompetência – crença de ser incapaz 
de assumir as próprias responsabilidades diárias de 
uma maneira competente, sem a ajuda substancial dos 
outros (ex., cuidar de si mesmo, resolver problemas 
diários, realizar bons julgamentos, assumir novas 
tarefas, tomar decisões). Apresenta-se como 
passividade pervasiva ou desamparo.
3
OS 5 DOMÍNIOS DO ESQUEMA E OS EIDS
DOMÍNIO II: AUTONOMIA E DESEMPENHO PREJUDICADOS
 Vulnerabilidade a Danos ou Doenças – medo 
exagerado de que uma catástrofe irá ocorrer a 
qualquer momento e que a pessoa não será capaz de 
enfrentar. 
 Catástrofes médicas (ex., ter ataques cardíacos, 
doenças)
 Catástrofes emocionais (ex., ficar maluco, perder o 
controle)
 Catástrofes externas (ex., acidentes, crime, catástrofes 
naturais)
OS 5 DOMÍNIOS DO ESQUEMA E OS EIDS
DOMÍNIO II: AUTONOMIA E DESEMPENHO PREJUDICADOS
 Emaranhamento / Self Subdesenvolvido –
Superenvolvimento com um ou mais significantes 
(geralmente os pais) prejudicando a individuação ou o 
desenvolvimento social normal. Crença de que pelo 
menos um dos emaranhados não pode sobreviver sem 
o outro. Inclui sentimentos de ser sufocado ou fundido 
com os outros ou da perda do senso de identidade e 
direção.
 Fracasso – Crença de haver falhado, de que 
inevitavelmente falhará, ou de ser fundamentalmente 
inadequado em relação aos pares em áreas de 
realizações (escola, carreira, esportes etc.). Inclui a 
crença de ser estúpido, inepto, baixo status etc.
OS 5 DOMÍNIOS DO ESQUEMA E OS EIDS
Domínio III: Limites Prejudicados
Deficiêncianos limites internos, responsabilidade com 
os outros, ou orientação para metas a longo prazo. 
Dificuldades em lidar com os direitos dos outros, 
cooperar, cumprir compromissos ou atingir metas 
pessoais realistas. 
Família de origem: permissiva, superindulgente, carente 
de direção, disciplina e limites sobre assumir 
responsabilidades, cooperar e estabelecer metas.
OS 5 DOMÍNIOS DO ESQUEMA E OS EIDS
DOMÍNIO III: LIMITES PREJUDICADOS
 Merecimento / Grandiosidade - Crença de ser superior 
às outras pessoas, de merecer direitos ou privilégios 
especiais, ou de não ter que obedecer às regras de 
reciprocidade que orientam a interação social. Foco 
exagerado na superioridade (ex., estar entre os mais 
bem sucedidos, famosos ou ricos) a fim de ter poder 
ou controle. Excessiva competitividade ou dominação 
em relação aos outros. Ausência de empatia.
 Autocontrole / Autodisciplina insuficientes –
Dificuldade ou recusa em exercitar autocontrole e 
tolerância à frustração para atingir as próprias metas. 
Dificuldade em restringir a expressão excessiva das 
emoções. Esquiva do desconforto (evitando conflitos e 
responsabilidades)
OS 5 DOMÍNIOS DO ESQUEMA E OS EIDS
Domínio IV: Orientação para o Outro
Foco excessivo nos desejos, sentimentos e respostas 
dos outros, à custa das próprias necessidades, a fim 
de obter amor e aprovação, manter o sentimento de 
conexão ou evitar retaliação. 
Família de origem: baseada na aceitação incondicional: 
as crianças devem restringir aspectos importantes de 
si mesmas para obter amor e aprovação. Alguns pais 
valorizam mais as próprias necessidades emocionais 
ou “aparências sociais” do que as necessidades da 
criança.
OS 5 DOMÍNIOS DO ESQUEMA E OS EIDS
DOMÍNIO IV: ORIENTAÇÃO PARA O OUTRO
 Subjugação – Excessiva submissão ao controle dos 
outros, para evitar raiva, retaliação ou abandono. 
Crença de que as necessidades pessoais não são 
importantes para os outros. Apresenta-se como 
obediência excessiva e necessidade de agradar, 
combinadas com hipersensibilidade aos sentimentos 
de ser controlado.
Subjugação das necessidades (supressão de 
preferências, decisões e desejos pessoais)
Subjugação das emoções (supressão da expressão 
emocional, especialmente a raiva)
4
OS 5 DOMÍNIOS DO ESQUEMA E OS EIDS
DOMÍNIO IV: ORIENTAÇÃO PARA O OUTRO
 Auto-sacrifício – Foco excessivo na necessidade dos 
outros, às custas da própria gratificação, para evitar 
causar dor aos outros, evitar culpa por sentir-se 
egoísta. Resulta de uma aguda sensibilidade à dor 
alheia. Envolve o senso de que as próprias 
necessidades não estão sendo atingidas, gerando 
ressentimento.
 Busca de Aprovação / Busca de Reconhecimento –
Foco excessivo na aprovação ou reconhecimento dos 
outros, às custas de desenvolver um senso de “self” 
valioso e seguro. A ênfase no status, aparência, 
aceitação social etc. constitui um meio de obter 
aprovação, em vez de poder ou controle).
OS 5 DOMÍNIOS DO ESQUEMA E OS EIDS
 Domínio V: Supervigilância e Inibição
Ênfase excessiva na supressão dos sentimentos, 
impulsos, escolhas pessoais, assim como na criação 
de regras internalizadas rígidas sobre desempenho e 
comportamento ético. Propensão ao pessimismo e à 
preocupação de que as coisas não vão dar certo se a 
pessoa não for vigilante e cuidadosa o tempo todo.
Família de origem: severa, exigente, punitiva
OS 5 DOMÍNIOS DO ESQUEMA E OS EIDS
DOMÍNIO V: SUPERVIGILÂNCIA E INIBIÇÃO
 Negativismo / Pessimismo – Foco permanente nos 
aspectos negativos da vida (dor, morte, perda, 
desapontamento, conflito, culpa, ressentimento, erros, 
traições etc.) e minimização dos aspectos positivos. 
Expectativa exagerada de que as coisas dêem errado 
ou de que aspectos da vida, que parecem bem, 
possam piorar. Medo extremo de cometer erros que 
levem a colapso financeiro, perdas, humilhações etc. 
Preocupação, vigilância, queixas ou indecisão 
crônicas.
OS 5 DOMÍNIOS DO ESQUEMA E OS EIDS
DOMÍNIO V: SUPERVIGILÂNCIA E INIBIÇÃO
 Inibição Emocional – Inibição da ação, dos 
sentimentos ou das comunicações espontâneas, para 
evitar a desaprovação dos outros, os sentimentos de 
vergonha ou a perda de controle sobre os impulsos.
 Inibição da raiva e agressão
 Inibição de impulsos positivos (alegria, afeição, 
excitação sexual, brincadeiras)
 Dificuldade de expressar vulnerabilidade ou de 
comunicar livremente os próprios sentimentos, 
necessidades etc.
 Ênfase excessiva na racionalidade, desconsiderando as 
emoções.
OS 5 DOMÍNIOS DO ESQUEMA E OS EIDS
DOMÍNIO V: SUPERVIGILÂNCIA E INIBIÇÃO
 Padrões Inflexíveis / Crítica Exagerada – Auto-
imposição de padrões internalizados muito elevados de 
comportamento e desempenho para evitar críticas 
Resulta em sentimentos de pressão ou dificuldade para 
desacelerar, ou numa crítica exagerada em relação a si 
mesmo e aos outros. Inclui prejuízo significativo nas 
esferas de prazer, relaxamento, saúde, auto-estima, 
senso de realização ou relacionamentos satisfatórios.
 Perfeccionismo – extrema atenção a detalhes ou 
subestimação do desempenho.
 Regras rígidas e “deveres”.
 Preocupação com tempo e eficiência, a fim de realizar 
mais.
OS 5 DOMÍNIOS DO ESQUEMA E OS EIDS
DOMÍNIO V: SUPERVIGILÂNCIA E INIBIÇÃO
 Caráter Punitivo – Crença de que as pessoas devem 
ser severamente punidas por cometer erros. 
Tendência a uma atitude zangada, intolerante, punitiva 
e impaciente com aquelas pessoas (e consigo mesmo) 
que não estão a altura das expectativas ou dos 
padrões pessoais. Dificuldade para perdoar erros 
próprios ou alheios, por uma relutância em considerar 
circunstâncias atenuantes, imperfeição humana ou 
empatizar com sentimentos.
5
COMO OS ESQUEMAS INTERFEREM COM A TERAPIA
COGNITIVO-COMPORTAMENTAL TRADICIONAL
 Pacientes com esquemas no domínio de Desconexão e 
Rejeição (Abandono, Desconfiança/Abuso, Privação 
Emocional, Defectividade/Vergonha) – incapacidade 
para formar vínculo terapêutico positivo em um curto 
período de tempo.
 Pacientes com esquemas no domínio de Autonomia e 
Desempenho Prejudicados (Dependência, 
Vulnerabilidade, Emaranhamento/Self Subdesenvolvido 
e Fracasso) – incapacidade para situar metas 
específicas de tratamento
COMO OS ESQUEMAS INTERFEREM COM A TERAPIA
COGNITIVO-COMPORTAMENTAL TRADICIONAL
 Pacientes com esquemas no domínio de Orientação 
para o Outro (Subjugação, Auto-Sacrifício, Busca de 
Aprovação) possuem dificuldades para acessar 
cognições e emoções e verbalizá-las na terapia porque 
estão preocupados em atender as expectativas do 
terapeuta.
 Pacientes com esquemas no domínio de Limites 
Prejudicados (Engrandecimento, 
Autocontrole/Autodisciplina Insuficientes) podem ser 
demasiadamente desmotivados ou indisciplinados 
para aderir aos procedimentos do tratamento (tarefas, 
registros etc.)
ESTILOS DESADAPTATIVOS DE ENFRENTAMENTO
 Rendição – o indivíduo se rende ao esquema, 
aceitando-o como verdade. Age de um modo que 
confirma o esquema. Escolhe pares que se 
comportam tal como os seus pais se comportavam.
Exs.: 
Esquema de Defectividade (busca amigos e pares 
críticos)
Esquema de Abandono (seleciona pares que não irão 
se manter na relação)
ESTILOS DESADAPTATIVOS DE ENFRENTAMENTO
 Evitação do esquema – o indivíduo age para evitar a 
ativação do esquema. Evita pensar sobre o esquema, 
bloqueando pensamentos e imagens que podem 
disparar o esquema (ex., usar drogas, limpar 
compulsivamente, trabalhar compulsivamente, evitar 
relações íntimas ou desafios no trabalho). 
Exs:
Esquema de defectividade: Evita relações íntimas
Esquema de desconfiança/abuso: Evita confiar nas 
pessoas
ESTILOS DESADAPTATIVOS DE ENFRENTAMENTO Supercompensação do esquema – o indivíduo pensa, 
sente, se comporta e se relaciona de modo oposto ao 
esquema.
Defeituoso quando criança – tentativa de ser perfeito
Subjugado na infância – contesta a todos
Controlado na infância – controlador ou tenta rejeitar 
todas as formas de influência
Abusado – abusa dos outros
Superficialmente são auto-confiantes e seguros, mas 
no fundo, sentem a pressão do esquema ameaçando 
entrar em erupção.
ESTILOS DE ENFRENTAMENTO DE
ESQUEMAS DESADAPTATIVOS
 Rendição
 Submissão, dependência: Conta com os outros, se 
rende, busca afiliação, passivo, dependente, 
submisso, pegajoso, evita o conflito, quer agradar as 
pessoas.
6
ESTILOS DE ENFRENTAMENTO DE
ESQUEMAS DESADAPTATIVOS
 Evitação
 Isolamento social, autonomia excessiva: enfrenta 
através de isolamento, desconexão e afastamento social; 
enfoque exagerado na independência em vez de se envolver 
com os outros; busca de atividades privadas (TV, leitura, 
computador, trabalho solitário).
 Busca compulsiva de estimulação: busca agitação 
fazendo compras compulsivamente, envolvendo-se em 
atividades sexuais, jogando jogos de azar, assumindo riscos 
através de atividade física, novidades etc.
 Vício na auto-tranqüilização: evita através de vícios 
envolvendo o corpo (bebidas alcoólicas, drogas, comer demais, 
masturbação excessiva etc.).
 Afastamento psicológico: enfrenta através de dissociação, 
entorpecimento, negação, fantasia ou outras formas internas de 
evitação psicológica.
ESTILOS DE ENFRENTAMENTO DE ESQUEMAS DESADAPTATIVOS
 Compensação (Contra-ataque)
 Agressão, hostilidade: contra-ataca desafiando, sendo abusivo, 
culpando, atacando ou criticando os outros.
 Domínio, auto-afirmação excessiva: controla os outros através de 
meios diretos para atingir.
 Busca de reconhecimento / status: supercompensa através do 
esforço para impressionar, alta conquista, status, busca de atenção 
etc.
 Manipulação, exploração: Satisfaz as próprias necessidades através 
da manipulação, sedução, desonestidade ou enganação dissimulada.
 Agressão passiva, rebeldia: mostra-se complacente e ao mesmo 
tempo pune ou se rebela secretamente procrastinando, amuando-se, 
“dando facada pelas costas”, atrasando-se, queixando-se, rebelando-
se, não agindo etc.
 Ordenação excessiva, obsessão: ordenação rigorosa, forte 
autocontrole ou previsibilidade, através de organização e 
planejamento, aderência excessiva à rotina. Gasta tempo encontrando 
a melhor maneira de realizar tarefas ou evitar resultados negativos.
EDUCAÇÃO E AVALIAÇÃO DO ESQUEMA -
FASES:
1. Identificação dos padrões de vida disfuncionais
2. Identificação e disparadores dos EIDs
3. Entendimento das origens dos esquemas na 
infância e na adolescência
4. Identificação dos estilos de enfrentamento e 
respostas
5. Avaliação do temperamento
6. Juntando tudo: a conceituação de caso
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES PARA A
IDENTIFICAÇÃO ACURADA DOS ESQUEMAS E ESTILOS
DE ENFRENTAMENTO:
 Não se basear apenas no DSM-IV.
 Não se basear apenas em uma análise simplista da 
experiência de infância do paciente. Ex.: Duas 
pacientes criadas por pais rejeitadores.
1a. Abandono e Defectividade (Severos)
2a. Abandono (Baixa severidade)
 Identificar os estilos de enfrentamento (eles cortam o 
caminho dos esquemas e desviam as emoções 
geradas por muitos esquemas diferentes).
 Validar o valor adaptativo inicial do estilo de 
enfrentamento do paciente (evitação e 
supercompensação são mais problemáticos para a 
terapia).
AVALIANDO OS PROBLEMAS PRESENTES E AS
METAS DA TERAPIA
 Focalizar os problemas presentes de forma específica.
 Explorar os esquemas, relacionando-os aos problemas 
presentes.
Ex.: “Estou casada pela segunda vez, há 7anos. Não temos filhos. 
Meu marido e eu temos carreiras frenéticas, somos duas 
personalidades do tipo „Você nunca faz bem o suficiente‟. Sinto-me 
como no primeiro casamento, onde estava sempre brigando. Eu 
acho que ele é verbalmente e emocionalmente abusivo. Agora eu 
sinto que não tenho tempo nem paciência, mas eu o amo e quero 
salvar o nosso casamento”.
Paciente esgotou todos os meios para melhorar o casamento. Sente 
que suas necessidades emocionais não estão sendo atingidas e 
que seu marido é abusivo.
Meta do tratamento: sentir-se satisfeita na relação conjugal, não ser 
mais tratada de forma humilhante.
O terapeuta irá explorar os problemas maritais em termos de seus 
esquemas e estilos de enfrentamento.
AVALIANDO A ADEQUAÇÃO DO PACIENTE À
TERAPIA DO ESQUEMA
 Inadequações:
 O paciente está em crise em alguma área da vida
 O paciente é psicótico
 Transtorno do Eixo I que é agudo, severo, requerendo 
atenção imediata
 O paciente está atualmente abusando de álcool ou de 
outras drogas em um nível de moderado a severo
 O problema presente é situacional e não parece se 
relacionar ao padrão de vida do paciente
 Adequações:
 Transtornos crônicos do Eixo I
 Transtornos de personalidade
 Resistência ao tratamento
 Recaídas de ansiedade e depressão
7
FOCALIZANDO A HISTÓRIA DE VIDA
 Os problemas são situacionais ? Refletem um padrão 
de vida?
Focalizar a história de vida para verificação
 Explorar histórias de relacionamento (dificuldades na 
escola, no trabalho, períodos de afeto elevado)
Ex. da paciente anterior: 
Relacionamentos anteriores: ambos os homens eram “verbalmente 
abusadores” e a “abandonavam” (emocionalmente ou dormindo 
fora de casa)
Hipótese: Esquemas no domínio de Desconexão e Rejeição. (talvez 
Abuso, Privação Emocional ou Abandono)
Sobre os caras legais: “Esses não duravam muito. Eram chatos”
Estilos de enfrentamento: Submissão ao Esquema (selecionando 
homens abusadores); Supercompensação (fica com raiva e se 
torna exigente)
MEDIDAS DE AVALIAÇÃO
 Formulário de Avaliação de História de Vida (Life 
History Assessment Forms)
Listagem das memórias da infância, que são chaves 
para os EIDs.
 Questionário de Esquema de Young (Young Schema 
Questionnaire)
Avaliação: Selecionar os escores elevados (5 e 6) e 
revisar com o paciente (2 itens para cada esquema 
relevante) “Você poderia me falar mais sobre como 
essa declaração se relaciona com sua vida?”
Mais de 3 itens com escore 5 ou 6: esquema relevante
 Ensinar sobre os esquemas do paciente e os seus 
significados
MEDIDAS DE AVALIAÇÃO
 Inventário de Pais de Young (Young Parenting 
Inventory) (Origens infantis dos esquemas)
 Inventário de Evitação de young-Rygh (Young-
Rygh Avoidance Inventory)
 Inventário de Compensação de Young (Young 
Compensation Inventory)
TÉCNICAS DE IMAGENS
Objetivo: Disparar os esquemas do paciente na sessão 
terapêutica.
 Prover uma rationale convincente
 Pedir que o paciente feche os olhos e deixe uma 
imagem fluir em sua mente (não forçar a imagem)
 Pedir que o paciente imagine-se como uma criança, 
com um de seus pais, em uma situação perturbadora
 Pedir que o paciente descreva a imagem em voz alta e 
no tempo presente. Ajudar o paciente a torná-la viva e 
emocionalmente real
 Pedir que o paciente crie uma imagem de sua vida 
atual, onde se sinta da mesma maneira que na infância
 Começar e terminar a imagem com um lugar seguro
AVALIANDO A RELAÇÃO TERAPÊUTICA
 Ativação dos esquemas do paciente na relação 
terapêutica
 Esquema dependente: pedir reasseguramento, ajuda 
frequente / obediência excessiva etc.
 Esquema de merecimento: solicitar tratamento 
especial
 Esquema de auto-sacrifício: ser solícito e se preocupar 
com a saúde e humor do terapeuta
 Esquema de abandono: relutância em confiar no 
terapeuta com medo de ser abandonado
 Esquema de desconfiança/abuso: desconfiar das 
anotações do terapeuta
 Esquema de emaranhamento:imitar aspectos da 
aparência ou estilo do terapeuta
AVALIANDO O TEMPERAMENTO
EMOCIONAL
 Influência do temperamento nos estilos de 
enfrentamento
 Questões:
 “Como os seus familiares o descrevem quando você era 
criança?”
 “Você costuma ser uma pessoa com alta ou baixa 
energia?”
 “Qual é a sua perspectiva geral sobre a vida?”
 “Você costuma ser otimista ou pessimista?”
 “Como você costuma se sentir quando está sozinho?”
 “O quão freqüentemente você sai do sério?”
8
REFERÊNCIAS
 Young, J.E. (2003). Terapia cognitiva para transtornos 
da personalidade: Uma abordagem focada no 
esquema. Porto Alegre: Artmed.
 Young, J.; Klosko, J.S. & Weishaar, M.E. (2003). 
Schema Therapy: A practitioner‟s guide. New York: The 
Guilford Press.

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