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RESUMO MIOMATOSE

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RESUMO – MIOMATOSE UTERINA
Conceito: tumor benigno de músculo liso constituído por quantidades diferente de células, tecido fibroso e matriz extra-celular. Também chamado de leiomioma, fibroma ou fibriomioma. *Durante a gestação não há aumento de fibras, mas sim expansividade das fibras. As principais características do músculo uterino são a contratilidade e expansividade.
Epidemiologia: 
neoformação mais frequente em mulheres,
responsável pela maior parte de indicação de histerectomia, 
1 em 4-5 mulheres terão, chega a 50% nas necropsias, 
Incidência aumenta a partir dos 35 anos, maioria assintomática;
Maior frequência entre 30-45 anos – 90% de diagnóstico entre 3ª e 4ª década de vida
Após menopausa não surgem e os que existem regridem
Negras 50%, brancas 25%, 
Herança familiar multifatorial, 40% de familiares de primeiro grau desenvolvem
Quase toda mulher ter risco questão de saúde pública.
Fisiopatologia:
Célula monoclonal influenciada por vários fatores
Mutações genéticas;
Estrogenios sexuais que estimulam o crescimento (provas: não há antes puberdade, regride após menopausa, possuem receptores para E e P, crescem durante gestação, reduzem volume com hipogonadismo médico);
Histopatologia:
Estrutura/musculatura densa, 
Pseudo cápsula
Formação de nódulos pequenos ou grandes
Brancacentos brilhantes
Estrutura trabecular em espiral característica
Classificação:
Sítio de implantação:
Submucoso: 5%, abaixo endométrico, podem deformar a cavidade;
Intramural: 50%, localizados no miométrio, podem produzir deformidades;
Subseroso: 45%, divididos em:
Sésseis: > 50% do tumor localizado no miométrio e o resto sobressai para a superfície;
Pediculados: somente um pedículo liga o tumor ao útero;
Migratórios/errantes: pedículo grande;
Intraligamentar: se desenvolve entre os folhetos do ligamento largo;
60% são múltiplos
	Quadro Clínico: localização, tamanho e número definem a sintomatologia.
Miomas pequenos são achados incidentais;
Hemorragia uterina/vaginal anormal: sintoma mais frequente, pode causar anemia (>80ml), “incremento gradual do sangramento menstrual”, mecanismos do sangramento: aumento superfície endométrio, maior vascularização, interfere contratilidade, ulceração do endométrio, compressão do plexo venoso miométrio, disfunção vascular e angiogênese, aumento prostaglandinas.
Dismenorreia
Dor pélvica generalizada: segundo mais comum, caráter compressivo, zona pélvica baixa, hipogástrio, pode causar dispaurenia, dor aguda pode ser devido a isquemia do mioma, degeneração rubra (dor aguda + febrícula + sensibilidade local), parturição mioma subseroso pediculado
Subserosos grandes e únicos: comprimir víscera próxima, polaciúria e dispaurenia, dificuldade miccional, raramente hidronefrose.
Intracavitários: podem ser expulsos como massa necrótica.
Pressão ou peso pélvico
Polaciúria
Dispaurenia
Infertilidade: 5-15% dos casos, alteração no transporte dos gametas e embriões, menos distensibilidade uterina, alteração irrigação sanguínea, problemas de implantação, dificuldade no transporte tubário.
Na gestação: degeneração rubra, dor localizada, trabalho de parto prematuro, febrícula, leucocitose, US com espaço cístico dentro do tumor. Associado a maior risco de sangramento no primeiro trimestre, ruptura prematura de membranas, descolamento de placenta, trabalho de parto aumentado, cesariana, PIG.
Alterações secundárias ao mioma:
Degeneração hialina
Degeneração cística – pode simular gestação, cisto de ovário ou quadro linfangiomatoso;
Calcificação
Infecção e supuração
Adiposa
Necrose
Degeneração rubra
Diagnóstico: 95% são clínicos. História clínica + exame físico (aumento do volume e irregularidade no toque vaginal bimanual, parede abdominal – consistência dura, contornos nodulares irregulares, móveis, não doloroso.
Exames complementares:
US transvaginal/abdominal: método de eleição, diagnóstico tumores intramurais
Sonohisterografia
Histerosalpingografia
Histeroscopia: diagnóstica e terapêutica, miomas submucosos. Permite reconhecer o grau de penetração uterina
RNM
TC
Videolaparoscopia
Tratamento:
Pode ser dividido em conduta expectante, tratamento clínico e tratamento cirúrgico.
Tratamento expectante: miomas pequenos e assintomáticos, proximidade com menopausa, durante gestação. Necessidade de controle por consulta clínica/US regularmente;
Tratamento clínico/médico: visa reduzir os sintomas ou ser coadjuvante na cirurgia. Tratamento sintomático: AINEs, ACO, inibidor prostaglandinas, antifibrinolíticos. Tratamento coadjutante: agonistas GNRH, causando hipoestrogenismo (reduz função ovariana).
Indicações: paciente deseja manter fertilidade
Perimenopausa (estabilizar até início da menopausa)
Reduzir tamanho para a cirurgia
Cirúrgico:
Miomectomia: escolhido para pacientes que desejam se manter férteis, até 30% recorrência;
Histerectomia: melhor eficácia para sintomas, critérios para realização: miomas assintomáticos porém palpáveis que preocupem a paciente, sangramento excessivo, sangramento profuso, com coágulos e maiores que 8 dias, anemia por perda crônica de sangue, desconforto pélvico, aagudo ou severo, pressão abdominal, pélvica ou lombar, pressão vesical com poliaciuria. CI: desejo de preservar fertilidade, miomas assintomáticos, menores que gestação 12 semanas.
Laparoscópico: dificuldade para fechar o miométrio, o que aumenta o risco em gestações;
Histeroscópico: indicado para mulheres com risco cirúrgico aumentado e miomas intramurais pequenos
		Fabio Bueno – ATM 2018/1

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