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Endometriose Ana Carolina Picanço Introdução A endometriose é definida pela presença de tecido endometrial (glândulas e estroma), em localização extrauterina (fora da cavidade endometrial e da musculatura uterina). Estes sítios ectópicos localizam-se usualmente na pelve, mas podem ser encontrados em qualquer outro lugar do corpo. Os locais mais frequentes de implantação são as vísceras pélvicas e o peritônio. Epidemiologia • Doença hormônio-dependente - MENACME; • Mulheres em idade reprodutiva; • Idade média do diagnóstico: 25 a 30 anos (pós-menopausa = associada TRH); • Acomete mulheres em todos níveis socioeconômicos / étnicos. • Prevalência: 10% mulheres; • Mulheres com dor pélvica e infertilidade = 90% apresentam endometriose; • Mulheres com infertilidade sem causa aparente = 50% apresentam endometriose. • Identificada no século XIX (1919); • Etiologia ainda desconhecida; Teorias - gênese da doença 1. Teoria da implantação ou da menstruação retrógrada; 2. Teoria imunológica; 3. Metaplasia celômica; 4. Teoria da indução; 5. Teoria iatrogênica; 6. Disseminação linfática. Teoria da implantação ou Teoria da menstruação retrógrada • Durante a menstruação, ocorre refluxo do sangue pelas trompas uterinas - cai na cavidade peritoneal - implante de células endometriais nos órgãos pélvicos; • Teoria explicaria endometriose em mulheres com alterações anatômicas que predispõe o refluxo (obstrução do trato genital); • Obs: menstruação retrógrada é comum em 90% das mulheres evento fisiológico ( incidência similar em mulheres com endometriose); • Por quê apenas algumas mulheres com menstruação retrógrada desenvolve endometriose? E os implantes extra-pélvicos? Esta teoria não esclarece porque apenas parte das mulheres com refluxo menstrual desenvolve endometriose e falha em explicar os implantes endometriais extrapélvicos. Ana Carolina Picanço Teoria Imunológica • As células endometriais que caem na cavidade abdominal e deveriam ser eliminadas por resposta imune; • O fluido peritoneal das pacientes acometidas contém um grande número de células imunes (macrófagos e leucócitos). No entanto, ao invés de agirem eficientemente na remoção das células endometriais da cavidade peritoneal, essas células de defesa parecem estimular a doença pela secreção de uma grande variedade de citocinas e de fatores de crescimento que estimulam a adesão e proliferação do endométrio ectópico e a angiogênese local. • Complementa a teoria da implantação. Metaplasia Celômica • O mesotélio celômico é totipotencial, enquanto o peritônio deriva do epitélio celômico. • Assim, em um contexto mais amplo, foi sugerida a ocorrência de uma metaplasia in situ do mesotélio seroso, capaz de originar a endometriose na pelve e no peritônio. Em outras palavras, esta teoria baseia-se na capacidade de o epitélio peritoneal originar outros tipos de tecido, tais como: endométrio, miométrio, tuba uterina e endocérvice. No caso da endometriose, corresponderia à transformação das células celômicas totipotenciais em endométrio. • Explicaria a rara presença em mulheres que nunca menstruaram e em meninas pré-púberes. Teoria da indução • Extensão da teoria da metaplasia celômica. • Teoria: um fator indutor bioquímico induz o desenvolvimento das células indiferenciadas em tecido endometrial. Teoria iatrogênica • Evidências sugerem que o endométrio ectópico pode ser induzido de forma iatrogênica por um transplante mecânico. • São numerosos os relatos de endometriose em cicatriz após procedimentos ginecológicos como cicatriz de cesariana, episiotomia, amniocentese ou até mesmo videolaparoscopia. Disseminação linfática • Teoria: disseminação de células endometriais por meio linfático. • Explica a rara presença de endometriose em sítios distantes da pelve: umbigo, linfonodos, nervos, cérebro. Ana Carolina Picanço PATOLOGIA FATORES GENÉTICOS: • História familiar de parentes de 1° grau (mãe ou irmã que vale): aumenta 7x as chances, sendo doença mais grave, bilateral, e de aparecimento precoce. FATORES IMUNOLÓGICOS: • Deficiência da imunidade celular: não reconhece tecido endometrial ectópico. • ↓ atividade das células natural killer: não ocorre destruição do tecido endometrial antes da implantação. • ↑ concentração de leucócitos e macrófagos na cavidade peritoneal ( secretam interleucinas, fNT...) • Implantes secretam citocinas. • Cėlulas inflamatórias na cavidade peritoneal levam a proliferação de implantes, angiogênese e a atração de leucócitos nos focos. FATORES HORMONAIS: • O desenvolvimento e crescimento da endometriose são estrogênio-dependente. • Aromatase (enzima que converte androgênios em estrogênios): está expressa de forma anormal no endométrio - atividade ↑ produzindo grande quantidade de estrogênio no endométrio (anomalia genética); • Estrogênio endometrial estimula a atividade da COX-2 que produz prostaglandinas E2 - potente estimulador da aromatase - feedback positivo para produção contínua de estrogênio endometrial = piora a doença. FATORES DE RISCO • História familiar materna: aumenta o risco em 7x; • Nuliparidade / gestação tardia; • Menarca precoce; • Ciclos menstruais curtos; • Duração ciclo menstrual aumentado ( > 8 dias); • Baixo IMC ( mulheres altas, magras ); • Consumo excessivo de álcool e cafeína; • Mulheres brancas ou asiática; • Estenose de colo: conização, cauterização; • Malformações uterinas: útero bicorno e didelfo /hímem imperfurado. Ana Carolina Picanço FORMAS CLÍNICAS As lesões atípicas se apresentam através de vesículas, lesões vermelhas em chama de vela, defeitos peritoneais (janela peritoneal) e finas aderências (em véu de noiva) no hilo ovariano ou no fundo de saco posterior. As lesões típicas são consideradas de acordo com sua evolução e idade, a saber: - Vermelhas: são muito ativas. Podem se apresentar como petéquias. - Pretas: são menos ativas. Descritas como “queimadura por pólvora”. Podem se apresentar como nódulos pretos, castanho-escuros (café com leite) ou azulados, ou como pequenos cistos contendo hemorragia antiga circundada por um grau variável de fibrose. - Brancas: são consideradas resquícios cicatriciais. • Evolução: 7 a 10 anos; • Apenas 47% das lesões não tratadas seguem o curso natural; LOCAIS DE ACOMETIMENTO 1. Ovários (65%); 2. Ligamento uterossacro (28 a 60%); 3. Fundo de saco posterior (30 ao 34%); 4. Ligamento largo (16 a 35%); 5. Fundo de saco anterior (15 a 35%) 6. Intestino (cólon e reto) : local extra-pélvico mais comum; 7. Outros sítios: vagina, cérvice, septo retovaginal,cicatrizes abdominais e perineais, ureter, bexiga, umbigo; 8. Raríssimo: mama, pâncreas, fígado, vesícula biliar, rins, uretra, vėrtebras, osso, pulmāo, SNC. Ana Carolina Picanço ENDOMETRIOSE OVARIANA • Lesão característica: endometrioma - cisto com conteúdo espesso e achocolatado. • Presente em 17 a 44% das mulheres com endometriose. • Mais comum do lado esquerdo (sigmóide causa compressão externa). ENDOMETRIOSE DO TRATO GASTROINTESTINAL • Incidência: 25 a 37% - retossigmoide (85%), apêndice cecal (10%) e intestino delgado (5%); • Sintomas: hematoquezia cíclica, desconforto, distensão abdominal, dor, diarréia (+ comum), constipação, náuseas, vômitos, tenesmo, dor, dispareunia profunda (reto); • Perfuração ou fístulas são raros. ENDOMETRIOSE DO TRATO URINÁRIO • Incidência: 0,5 a 16% - bexiga (90%), ureter (10%); • Geralmente é superficial (não costuma atingir a mucosa); • Sintomas: disúria cíclica, hematúria, raramente obstrução, pode ser confundida com infecção urinária. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS TÍPICAS • Tecido endometrial ectópico: também responde às alterações cíclicas hormonais, ou seja, ele também sangra durante a menstruação. • Dismenorréia progressiva: sintoma mais comum, inicia em torno 30 anos, piora com o tempo. Geralmente ocorre também no período intermenstrual. Comum aquela paciente chegar no consultório dizendo que sua dor em cólica inicia antes da menstruação e percorre todos os dias que ela se mantém menstruada, geralmente são pacientes que precisam de buscopan venoso, pois o oral não dá conta. • Dispareunia (dor no ato sexual): geralmente por infiltração profunda. • Dor pélvica crônica; • Infertilidade: aderências, processo inflamatório. DIAGNÓSTICO EXAME FÍSICO Na palpação abdominal, grandes endometriomas podem estar presentes em fossas ilíacas, assim como a queixa de dor à palpação profunda. O toque bimanual permite a investigação tátil da vagina e colo do útero; as dimensões, a superfície, a consistência, a mobilização do útero e dos anexos, assim como dos ligamentos uterossacros e da região retrocervical. Ana Carolina Picanço • Ideal é realizar durante a menstruação: sensibilidade aumentada. O mais comum dos achados corresponde à sensibilidade ao toque do fórnice posterior. Outros achados frequentes incluem: • Podem ser encontrados: retroversão fixa, massa anexial, presença de tumoração em cicatriz uterina. • Nodulações em fundo de saco e ligamento uterossacro: 1/3 casos. EXAMES LABORATORIAIS O grande desejo de todos que estudam a endometriose é a identificação de um marcador sérico que seria definidor da doença. DOSAGEM CA-125 • Marcador tumoral que possui alta sensibilidade para quadros graves de endometriose e baixa especificidade. • Seus níveis quantificam o grau da doença e a resposta ao tratamento. • Não deve ser usada exclusivamente para diagnóstico, mas sim para avaliar resposta ao tratamento. • Situações que ↑CA-125: tumor de ovário, miomas, menstruação, gravidez, DIP, cirrose, diabetes, ICC, câncer de mama, câncer de intestino… ESTUDOS DE IMAGEM 1. ULTRASSONOGRAFIA TRANSVAGINAL: • Pede confirmar presença de massa pélvica: endometrioma ( > ou = 5mm) e adenomiose; • Falha: não detecta aderências ou pequenos implantes pélvicos; • Ideal fazer na primeira fase do ciclo menstrual para diferenciar de cisto hemorrágico ou de corpo lúteo. 1.1 ULTRASSONOGRAFIA TRANSVAGINAL COM PREPARO INTESTINAL: O uso de enema retal, uma hora antes do exame, reduz os resíduos fecais e a aerocolia, melhorando a acurácia do método. O exame permite ainda a definição do número de lesões intestinais, assim como da camada intestinal acometida por cada uma destas lesões, as quais constituem informações fundamentais na definição da estratégia cirúrgica. 2. RESSONÂNCIA MAGNÉTICA: • Melhor método de imagem não invasivo; • Consegue diferenciar lesões de aderências; • Ruim: alto custo e pode não detectar pequenos implantes peritoneais. 3. CISTOSCOPIA / UROGRAFIA EXCRETORA / URORESSONÂNCIA. • Avaliar o aparelho urinário se houver suspeita. 4. COLONOSCOPIA / RETOSSIGMOIDOSCOPIA • Oferece pouca informação visto que raramente a endometriose intestinal atinge a mucosa. Solicitar em casos suspeitos. É capaz de avaliar a presença de compressões extrínsecas, comprometimento da luz intestinal e, em Ana Carolina Picanço algumas situações, realizar biópsias das lesões, confirmando sua etiologia. VIDEOLAPAROSCOPIA COM BIÓPSIA • Método diagnóstico de escolha e definitivo = padrão ouro. • Permite a visualização direta dos implantes; • Biópsia: estudo histopatológico. TRATAMENTO • Conduta expectante (pacientes assintomáticas ou mulheres na perimenopausa); • Analgesia com AINES; • Contraceptivos orais; • Terapia com progestogênios, danazol, análogos de GnRh; • Tratamento cirúrgico; • Terapias combinadas tratamento clínico + cirúrgicos. Independente do quadro cínico, 2/3 das endometrioses progridem após um ano do diagnóstico - tratamento é necessário. • Tratamento definitivo: histerectomia com ooforectomia bilateral = suspensão da produção hormonal. • Mulheres assintomáticas ou com doença mínima, que descobrem na maioria das vezes de forma acidental se beneficiam dos contraceptivos orais: retarda a progressão da doença. Obs: trata sintomas, não cura doença, o que cura é tirar útero e ovário. TRATAMENTO CLÍNICO • Tratamento hormonal: inibe a produção de estrogênio, impedindo o crescimento do tecido ectópico. • Não cura a doença. • Eficácia semelhante entre as medicações em relação alívio dos sintomas e redução do tamanho dos focos - danazol, análogos de GnRH e gestrinona são medicamentos bons para isso. • Como não há nítida superioridade entre as medicações, avaliar questão de preço e tolerância. • Não há evidência atual que o manejo clínico seja benéfico para o tratamento da infertilidade associada a endometriose. Isso pode ser explicado, provavelmente, pelo efeito anovulatório da maioria dos medicamentos disponíveis para o tratamento da doença. Os tratamentos clínico e cirúrgico são recomendados para pacientes que apresentam sintomas mais graves. Para pacientes em que a doença se caracteriza por dor pélvica, infertilidade ou massa pélvica, as decisões terapêuticas dependerão da queixa principal da paciente e dos seus objetivos terapêuticos. Ana Carolina Picanço CONTRACEPTIVOS ORAIS: Os hormônios contidos em sua fórmula, especialmente o estrogênio, diminuem a secreção hipofisária de FSH e LH, resultando na supressão da esteroidogênese e gametogêneseovariana. • Utilizar ACO de baixa dosagem, de preferência de forma contínua (sem pausa); • Preferência aos progestágenos de maior efeito androgênico: noretisterona (Noregyna IM), levonogestrel (evanor, neovlar, triquilar), gestodeno (tâmisam diminut), norgestimato (cilest), desogestrel (dioless, primera, microdiol). A amenorreia deve ser induzida por cerca de 6 a 12 meses. Cerca de 60 a 95% das pacientes referem melhora da dor pélvica. PROGESTOGÊNIOS • Boa escolha: baixo custo, pouco efeito colateral e alta eficácia. • Ação: decidualização e atrofia do tecido endometrióide. • Acetato de medroxiprogesterona 30mg/dia VO (Provera ) ou 150mg IM 3/3 meses (depo-provera); • SIU liberador de levonogestrel (Mirena); • Desogestrel = Pérola, Cerazette; • Dienogeste = Allurene, Alurax, Pietra ED; • Controle da dor e dismenorréia. DANAZOL • Inibe a secreção de GnRH e a esteroidogênese, aumenta a fração livre da testosterona. • Tem efeito direto sobre o crescimento do tecido endometriótico. • Muitos efeitos colaterais relacionados a ação androgênica e ao hipoestrogenismo: ganho de peso, acne, aumento oleosidade da pele e cabelos, hirsutismo, fogacho, atrofia vaginal, diminuição da mama. • Eficaz em regredir os implantes nos casos leve a moderado. • 80% das pacientes apresentam melhorar da dor. • Cistos endometrióticos grandes respondem mal. GESTRINONA • Agente antiprogestacional de longa ação com efeito androgênico e antiestrogênico; • Diminui os implantes, porém não faz desaparecer; • Efeitos colaterais do danazol. Ana Carolina Picanço ANÁLOGOS DE GnRH • Competem com o GnRH, se ligando aos seus receptores; • Menopausa medicamentosa - sintomas indesejáveis, pior é a perda de massa óssea (seguro: 6 meses / max 12 meses); • Via intranasal, subcutânea ou IM; • Leuprolide, goserelina; • Bom resultado diminuindo a dor. TRATAMENTO CIRÚRGICO INDICADO QUANDO: • Sintomas de endometriose são graves; • Doença avançada; • Distorção na anatomia pélvica; • Quando os sintomas não apresentam melhora com tratamento conservador; • Endometriomas; • Obstrução intestinal ou urinária; • Por laparotomia ou preferencialmente por videolaparoscopia: necessita equipe experiente. CIRÚRGIA CONSERVADORA: • Excisão, fulguração ou vaporização a laser dos implantes endometrióticos e remoção das aderências. • Evita a progressão da doença. • Evita gastos elevados e efeitos colaterais dos tratamentos medicamentosos. • Diagnóstico e terapêutico; • Preservação da fertilidade; Indicação: doença associada a extensas aderências e presença de endometriomas > 3cm. • Objetivo: restaurar a anatomia pélvica e ressecar o maior número de focos; • A maioria apresentam alívio da dor por 6 meses ou mais; • 40% tem recorrência em 10 anos; • Retorno da fertilidade após cirurgia está diretamente relacionada com a gravidade da doença: 60% em endometriose moderada x 35% em endometriose grave. ABORDAGEM CIRÚRGICA DEFINITIVA A cirurgia definitiva para endometriose está indicada quando doença significativa está presente e o futuro reprodutivo não é desejado, quando sintomas incapacitantes persistem após cirurgia conservadora ou tratamento clínico, ou quando afecções pélvicas coexistentes possam ser beneficiadas pela histerectomia. • Histerectomia total + ooforectomia bilateral; Entretanto, a remoção de ambos os ovários é apropriada quando os ovários estão intensamente acometidos pela endometriose, ou a paciente está próxima da menopausa. • Indicação: Doença significativa + paciente não deseja engravidar. Sintomas incapacitantes persistentes após cirurgia conservadora ou tratamento clínico; Quando há outras afecções pélvicas que podem também ser tratada pela Ana Carolina Picanço histerectomia (mioma, hiperplasia, pólipo); • Avaliar preservar os ovários em pacientes jovens para evitar terapia reposição estrogênica (risco de recorrência ↑6x); • Ooforectomia deve ser realizada sempre que os ovários estiverem intensamente acometidos ou pacientes na perimenopausa (pode realizar TRH - chance de recorrência é pequena, exceto se acometimento intestinal). RESUMO DE TUDO DOR PÉLVICA: • Tratamento clínico parece ser uma boa opção, com melhora de 80% em pacientes com quadro leve a moderado. • Sempre lembrar dos efeitos adversos da terapia medicamentosa e ausência de efeito sobre endometriomas, aderência e infertilidade PACIENTE INFÉRTIL: • O tratamento clínico não apresenta bons resultados; • Mesmo em endometriose mínima ou leve, o melhor resultado parece ser abordagem por laparoscopia. • Casos graves: fertilização in vitro. ENDOMETRIOMAS: • Não apresentam boa resposta ao tratamento clínico, além de impedir a análise histopatológica definitiva. • Abordagem cirúrgica é indicada; • Abordagem cirúrgica do endometrioma: pode perder muito tecido ovariano. ENDOMETRIOSE PROFUNDA • Forma infiltrativa que envolve os ligamentos uterossacros, septo retovaginal, intestino, ureter ou bexiga. • Doença assintomática: conduta expectante; • Doença sintomática: tratamento clínico é pouco eficaz, recorrência 70%; • Abordagem cirúrgica: mais eficaz no alívio da dor e dispareunia; • Ressecção cirúrgica não aumenta a taxa de fertilidade; • Histerectomia +ooforectomia bilateral isoladamente é inadequado se a doença profunda for deixada sem tratamento. ABAIXO FLUXOGRAMAS PARA AJUDAR NO ENTENDIMENTO DO TRATAMENTO. FIM. Ana Carolina Picanço Ana Carolina Picanço
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