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Curso de OCEANOGRAFIA GERAL MÓDULO V Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de comercialização do mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos na Referência Consultada. 1 2 130 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores MÓDULO V APRESENTAÇÃO O último módulo do curso é sobre Oceanografia Biológica. Popularmente conhecida como Biologia Marinha, estuda a biota e a ecologia dos oceanos, buscando compreender os mecanismos biológicos que funcionam nos oceanos. A oceanografia biológica difere da biologia marinha por estudar os organismos marinhos com um enfoque mais ecológico, relacionado com a física, a química e a geologia do oceano. Busca descrever a distribuição, abundância e produção das populações e comunidades. 1 2 131 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores SUMÁRIO 1 Introdução 2 Plâncton 2.1 FIitoplâncton 2.2 Zooplâncton 3 Bentos 4 Nécton 4.1 Peixes Marinhos 4.2 Répteis 4.3 Tartarugas Marinhas 4.4 Aves Marinhas 4.5 Mamíferos Marinhos 5 Bibliografia Consultada, Dicas e Links Interessantes. 1 2 OCEANOGRAFIA BIOLÓGICA 1 Introdução O ambiente marinho pode ser dividido em dois grandes setores, o domínio pelágico, que refere-se à coluna d´água, e o domínio bentônico que refere-se aos fundos oceânicos (Figura 1), que pode ser consolidado (ex: rochas) ou inconsolidado (ex: areias). Figura 1: Classificação dos ambientes marinhos. Fonte: www.cfh.ufsc.br/~oceano/documents/OCEAN_BIOL.pdf. O ambiente pelágico subdivide-se em província nerítica, (coluna d’água sobre a plataforma continental, influenciada pela presença de compostos de origem terrígena e ocorrência de luz ao longo de toda a sua extensão) e província oceânica (demais áreas). (Figura 2). 132 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores 1 2 Figura 2: Subdivisão do ambiente pelágico. Fonte: www.cfh.ufsc.br/~oceano/documents/OCEAN_BIOL.pdf. Na oceanografia biológica se dividem os organismos marinhos em três categorias: plâncton, nécton e bentos. O plâncton é formado pelos organismos que vivem na coluna de água sem conseguirem nadar contra as correntes marinhas. O nécton é constituído pelos organismos que tem boa capacidade natatória, não dependendo de correntes para se deslocarem. O bentos são formados pelos organismos que vivem no substrato, fixados ou não (Figura 3). 2 Plâncton O plâncton é constituído por uma comunidade de organismos com poder limitado de locomoção, sendo transportados passivamente pelas correntes ou movimentos d’água. Este grupo é representado por vírus, fungos, microalgas, protozoários, microcrustáceos, larvas de diversos metazoários, gametas, etc. O plâncton pode ser dividido em plâncton vegetal, que corresponde ao fitoplâncton, e em plâncton animal chamado de zooplâncton. O fitoplâncton é formado por organismos com uma única célula ou organizado em colônias, como as algas microscópicas e os protistas. O zooplâncton é composto pelos animais e os protistas não-fotossintetizantes, compreendendo desde organismos com uma única célula até vertebrados. Os ovos e larvas de peixes pertencem ao zooplâncton, 133 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores 1 2 e podem ser denominados como ictioplâncton. As bactérias e as algas azuis são denominadas como bacterioplâncton. Outra classificação para o plâncton, baseada no seu ciclo de vida e tempo de permanência no plâncton, subdivide este grupo em: (a) holoplâncton: organismos que vivem todo seu ciclo de vida no plâncton; (b) meroplâncton: organismos que passam apenas parte de sua vida no plâncton, como larvas do nécton e bentos; (c) ticoplâncton: são organismos de hábitos bentônicos que ocasionalmente vão para o plâncton por ação de correntes fortes. A tabela a seguir (Tabela 1) sintetiza a classificação do plâncton quanto ao tamanho, hábitat e residência na vida planctônica. Esta classificação quanto ao tamanho é baseado no tamanho da malha que é utilizada para a captura dos organismos, onde as classes do nanoplâncton e picoplâncton são capturadas através de técnicas de filtração ou centrifugação. Já nas três últimas classes os organismos são capturados com redes de plâncton. Figura 3: Representantes dos três grandes grupos de organismos marinhos (plâncton, nécton e bentos). Fonte: http://paginas.terra.com.br/educacao/sariego/ambiente_marinho.htm. 134 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores 1 2 135 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Tabela 1: Classificação do plâncton quanto ao tamanho, hábitat e tempo de residência no plâncton. Fonte: Pereira e Soares-Gomes (2002); Schmiegelow (2004). TAMANHO HÁBITAT RESIDÊNCIA Picoplâncton (< 2 µm) Nanoplâncton (2 a 20 µm) Microplâncton (20 a 200 µm) Macroplâncton (0,2 a 2 cm) Megaplâncton (> 2 cm) - oceânico; - nerítico; - estuarino; - dulcícola; - holoplâncton; - meroplâncton; - ticoplâncton. Os organismos planctônicos distribuem-se por toda a coluna de água, e podem ser classificados quanto a sua distribuição vertical (Tabela 2). Tabela 2: Distribuição vertical do plâncton. Plêuston Película superficial da água Nêuston Primeiros 10 mm. Epiplâncton 20 a 120 m (zona fótica ou epipelágica) Mesoplâncton 100 a 300 m Infraplâncton 300 a 600 m Batiplâncton Além dos 600 m Abissoplâncton 3000 – 6000 m (planícies e fossas abissais) Epibênticos Próximos ao fundo. 1 2 136 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores 2.1 Fitoplâncton O fitoplâncton é composto por algas microscópicas autotróficas, capazes de sintetizar matéria orgânica em ambientes aquáticos, denominados produtores primários. São representados por: diatomáceas, dinoflagelados, clorofíceas, cocolitoforídeos, entre outros. As diatomáceas (classe Bacillariophyceae) e os dinoflagelados (classe Dinophyceae) correspondem às formas vegetais mais abundantes. As diatomáceas ocorrem nos oceanos, em águas continentais ou sobre o solo, gelo e outros substratos unidos. São encontradas em águas tropicais, temperadas e polares tanto planctônicas quanto bentônicas. São espécies típicas de locais ricos em nutrientes. Estima-se que as diatomáceas marinhas planctônicas sejam responsáveis por 20-25% da produçãoprimária da Terra. Possuem dimensões entre 2 µm a 2 mm. As diatomáceas possuem carapaça impregnada de sílica, denominada de frústula, que é constituída por duas valvas ou tecas que se encaixam como uma placa de petri. Conforme a ornamentação das valvas, podem ser divididas em duas ordens: (a) Centrales: algas com simetria radial, geralmente circulares, em forma de discos cilíndricos ou triangulares, sendo principalmente marinhas, são mais abundantes na superfície; (b) Pennales: algas com simetria bilateral, com estrias em uma disposição mais ou menos transversal ao eixo apical, com forma alargada, oblonga ou de barco, com rafe (sulco) e inclui a maioria das espécies de água doce e bem como grande quantidade de marinhas, são predominantes nos sedimentos marinhos. Os dinoflagelados são unicelulares e raramente formam cadeias. Possuem dois flagelos (biflagelados) de tamanho e orientação diferentes, um flagelo realiza o movimento ondulatório de rotação e o outro é responsável pelo impulso ou propulsão. Apresentam duas teças (valvas) celulósicas rígidas, divididas pelo cíngulo em epicone (superior) e hipocone (inferior). A maioria dos organismos é marinha, com maior diversidade em águas tropicais. No Paleozóico foram os principais produtores primários. 1 2 Os dinoflagelados produzem as mais poderosas toxinas conhecidas na natureza, caracterizando o fenômeno conhecido como maré-vermelha. Em situações como mudanças de temperatura, alteração na salinidade e despejo de esgoto nas águas do mar, os dinoflagelados se multiplicam e formam altas concentrações de organismos (bloom) que sobem à superfície, onde liberam toxinas que matam um grande número de peixes, mariscos e outros seres da fauna marinha. Quando isso acontece geralmente grandes manchas vermelhas são vistas na superfície da água (Figura 4). Os seres contaminados por essas toxinas tornam-se impróprios para o consumo humano. As marés vermelhas, também denominadas de florações de algas nocivas, podem ser de três tipos: Figura 4: Maré vermelha. Fonte: http://www.brasilescola.com. I. Floração de espécies não tóxicas: em condições especiais em baías abrigadas, podem formar florações tão densas que podem matar peixes e invertebrados por depleção de oxigênio, ex: Noctilucca; II. Espécies produtores de toxinas: os efeitos das toxinas podem chegar ao homem via cadeia trófica causando diversos problemas gastrointestinais e neurológicos, algumas toxinas conhecidas são: PSP (Paralytic Shellfish Poisoning), DSP (Diarrhetic Shellfish Poisoning) e ASP (Amnesic Shellfish Poisoning). Como exemplos de espécies tóxicas podem ser citados: Alexandrium spp; Diniphysis spp; Pseudo-nitzschia spp. Geralmente o consumo de moluscos é a principal forma de intoxicação do homem; 137 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores 1 2 138 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores III. Espécies não tóxicas ao homem, mas nocivas a peixes e invertebrados: estes organismos em grandes concentrações na água causam inflamações e obstrução de brânquias, ex: Chaetoceros spp. Algumas espécies de dinoflagelados apresentam bioluminescência (emissão de energia radiante visível por seres vivos). É possível observar principalmente na faixa de rebentação das ondas, a presença deste tipo de luz na água do mar à noite, ou até mesmo ao se friccionar o pé na areia úmida em uma praia com pouca iluminação. Alguns organismos bioluminescentes são: Noctilucca, Pyrocistis, Gonyaulax. Para acompanhar um exemplo de floração de algas nocivas que ocorreu recentemente em Santa Catarina acesse o link (www.pagina3.com.br) e confira, esta floração levou as autoridades a decretarem a proibição do consumo e comercialização de moluscos no estado. Santa Catarina vem se destacando como principal produtor de moluscos cultivados no Brasil, superando 85% da produção nacional. Vale frisar que o Estado é o maior produtor de ostras do país, com mais de 90% da produção nacional e 93% da produção de mexilhões. Outros constituintes do fitoplâncton são os cocolitoforídeos, que são reconhecidos como a maior fonte de produção primária em muitas áreas oceânicas, os silicoflagelados que ocorrem freqüentemente em águas oceânicas, as algas azuis, entre outros. 2.2 Zooplâncton O zooplâncton em geral é sempre maior que o fitoplâncton, a maior quantidade do zooplâncton pertence basicamente ao micro, meso e macroplâncton e são nutricionalmente dependentes do fitoplâncton. Os organismos mais abundantes são os crustáceos da subclasse Copepoda, com mais de 5.000 espécies descritas e valores que alcançam entre 70 e 80% da biomassa do zooplâncton nos oceanos, apresentam ampla distribuição em todas as profundidades. O zooplâncton é um grupo extremamente diversificado, constituído por formas larvais e adultas de todos os filos animais, como: (a) 1 2 139 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores protistas planctônicos: encontrados em praticamente todos ambientes marinhos, de pequeno porte, com tamanho variando entre 10 a 240 µm, em geral são predadores do nanoplâncton e de pequenos animais como microscrustáceos; (b) filo cnidaria: apresentam células urticantes, os nematocistos, que são utilizados na captura de presas, das 10.000 espécies de cnidários descritas, existem aproximadamente 2.700 espécies de hidromedusas, 140 de sifonóforos e 200 de sifomedusas, são organismos potencialmente perigosos ao homem por causarem queimaduras; (c) classe polychaeta: as maiorias das espécies de poliquetos são bentônicos, apenas seis famílias são exclusivamente pelágicas, são carnívoros, distribuídos preferencialmente em regiões tropicais e subtropicais; (d) filo chaetognatha: são exclusivamente marinhos e holoplanctônicos, são carnívoros vorazes que capturam suas presas com auxílio de espinhos (ganchos); (e) filo Chordata: são representados pelos cordados holoplantônicos que possuem notocorda pelo menos em alguma fase do seu ciclo de vida (salpas, doliolídeos), são filtradores e hermafroditas. O ictioplâncton (ovos e larvas de peixes) também pertence ao filo Chordata. A grande maioria dos peixes possui ovos e larvas planctônicas pelo menos na fase larvar. Estudos sobre distribuição e abundância do ictioplâncton são de extrema importância na determinação dos períodos e locais de desova, tornando-se fundamentais tanto para a taxonomia como para a ecologia das espécies. A identificação precisa destas áreas, pois tem importância fundamental para a implementação de medidas de orientação, visando sua preservação. O estudo do ictioplâncton pode auxiliar nos seguintes problemas pesqueiros: (a) Distribuição: onde estão os peixes? (b) Estimativas de biomassa: quantos peixes existem? (c) identificação das espécies: quais são os peixes? (d) Recrutamento: quantos peixes estarão disponíveis para a pesca no próximo ano? (e) entre outras (aquacultura, repovoamento, etc.). Entre os peixes ósseos (Osteichthyes) encontramos basicamente dois tipos de ovos: (1) pelágicos: com densidade neutra e inferior à da água, são normalmente transparentes ou translúcidos, variam de 0,5 mm até 5,5 mm; (2) demersais: com densidade maior que a da água, são mais opacos e freqüentemente pigmentados, em geral variam entre 2 e 8 mm. O tempo de incubação dos ovos (do momento da fertilização até a eclosão) é principalmenteinfluenciado pela temperatura, 1 2 140 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores em geral os ovos pelágicos apresentam menores períodos de incubação, já os demersais os períodos são mais prolongados. A abordagem utilizada nesta apostila é apenas apresentar uma breve descrição dos principais grupos, pois se trata de um assunto extremamente amplo. 3 Bentos Os organismos bentônicos são definidos como espécies que vivem em relação íntima com o fundo (substrato), seja para fixar-se a ele, ou para perfurar, escavar e/ou caminhar sobre a superfície. O substrato pode ser consolidado (rochas, madeira, piers, etc.) ou inconsolidados (areia, lama, etc.). Os organismos bentônicos são compostos por macroalgas, microalgas e plantas aquáticas (fitobentos); animais e muitos protistas (zoobentos). Quanto ao tamanho os organismos bentônicos podem ser classificados em: (a) macrobentos (> 1,0 mm): animais visíveis a olho nu, como a maioria dos caranguejos, equinodermes, peixes bentônicos, etc.; (b) meiobentos (0,1 – 1,0 mm): animais que vivem permanentemente enterrados no sedimento, que livres, quer dentro de estruturas por eles construídas, ex: muitos moluscos e vermes; (c) microbentos (< 0,1 mm): animais microscópicos que se desenvolvem sobre o substrato, principalmente protistas. Os organismos podem apresentar comportamentos tanto bentônicos quanto pelágicos, migrando entre os dois ambientes diariamente como ocorrem com crustáceos, moluscos e peixes. Tais migrações podem estar relacionadas com estratégias reprodutivas ou de alimentação. Estima-se que cerca de 70% dos invertebrados bentônicos possuem larvas planctônicas. O ambiente bentônico é amplamente dominado por organismos invertebrados, apesar de todos os filos estarem representados. As importâncias dos organismos bentônicos são inúmeras: ? Cerca de 98% das espécies existentes nos oceanos e região costeira são bentônicas, desconsiderando-se os microorganismos (Kinne, 1982). ? Maricultura: espécies cultiváveis para alimentação humana e outros produtos como pérolas e ração animal (ex: mexilhão, ostras, camarão, vieiras, etc.); 1 2 141 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores ? Organismos bentônicos são utilizados como indicadores em estudos de poluição marinha, pois acumulam substâncias em seus tecidos; ? São espécies alvos de pescarias (ex: camarão, vieira, abalone, etc.); ? Atrativos para mergulhos em recifes, costões rochosos, etc.; ? Extração de compostos químicos bioativos para produção de fármacos (ex: a substância AZT – utilizada no tratamento da AIDS foi extraída de uma esponja). Os organismos bentônicos podem ser classificados quanto a sua posição no substrato em: (1) epibentônicos: vivem sobre o substrato; (2) endobentônicos: vivem no interior do substrato. Os organismos epibênticos subdividem-se em: (1.1) sésseis: organismos fixos sobre uma superfície sólida; (1.2) vágeis: organismos que possuem capacidade de se movimentar sobre o substrato. Já os organismos endobentônicos apresentam as seguintes estratégias: (2.1) cavadores: escavam substratos inconsolidados; (2.2) perfuradores: perfuram substratos duros. As formas de alimentação dos organismos bentônicos são muito diversas e são classificados em: suspensívoros (capturam partículas da coluna de água); comedores de depósitos; herbívoros (alimentam-se de algas e vegetais superiores); carnívoros; necrófagos (alimentam-se de restos de animais e vegetais mortos). 4 Nécton O nécton marinho é composto por uma grande diversidade de animais (invertebrados e vertebrados) que possuem órgãos de locomoção capazes de permitir- lhes deslocamentos consideráveis no meio aquoso. Os moluscos cefalópodes (ex: lulas) são os únicos invertebrados que fazem parte deste grupo. A maior fração do nécton marinho é composta por peixes, porém grandes crustáceos, répteis, tartarugas, aves e os mamíferos marinhos são também incluídos no nécton. 1 2 142 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores 4.1 Peixes Marinhos Tanto em termos numéricos, como de biodiversidade e mesmo de relevância ecológica, os peixes podem ser considerados como os grandes dominadores do nécton. E como tais estão adaptados. Atualmente, são reconhecidos mais de 25.000 espécies de peixes e o número de novas espécies descritas anualmente excede o número de novas espécies de tetrápodes (anfíbios, aves, répteis e mamíferos, em conjunto). As espécies de peixes vivos compõem 57 ordens, sendo que 21 são exclusivamente marinhas (1.638 espécies) e 10, exclusivamente de água doce (4.320 espécies). O menor peixe descrito (Schindleria brevipinguis) tem 8,4 mm na fase adulta e foi encontrado em um recife de coral da Austrália, já quem apresenta as maiores dimensões é o tubarão baleia (Rhincodon typus) com até 20 m de comprimento e mais de 20 toneladas de peso. Os peixes podem ser divididos em três grandes grupos não monofiléticos: peixes considerados “primitivos”, que não possuem mandíbula, chamada Superclasse Agnatha; Classes Chondrichthyes (peixes cartilaginosos) e Osteichthyes (peixes ósseos): 1) Superclasse Agnatha (sem mandíbulas) Subclasse Cyclostomata (lampreias e feiticeira) - Esqueleto cartilaginoso; - Sem mandíbulas; - Sem guelras; - Narina simples mediana; - Com aproximadamente 80 espécies descritas. 2) Classe Chondrichthyes (peixes cartilaginosos - tubarão, raia, cação e quimera). - Vértebras segmentares, calcificadas, mas não ósseas; - Mandibulados; - Sem guelras, mas com fendas branquiais; 1 2 - Narinas pares; - Com mais de 800 espécies conhecidas; Observe a representação da estrutura externa geral de tubarões a raias (Figura 5). Figura 5: Anatomia externa de um tubarão (parte superior). Anatomia externa de uma raia (vista dorsal à esquerda e vista ventral à direita). Fonte: http://www.biomundo.com.br 3) Classe Osteichthyes (peixes ósseos) - Vértebras ósseas; - Mandibulados; 143 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores 1 2 - Com guelras; - Narinas pares; - Com mais de 22.000 espécies descritas; - ex: sardinhas, garoupas, atuns, etc. (Figura 6). Figura 6: legenda na própria figura. Os peixes podem ser classificados conforme o seu comportamento em: (1) pelágicos: são espécies que vivem nadando livremente na coluna de água, geralmente formam grandes cardumes, ex: sardinhas, anchovas, atuns e afins; (2) demersais: vivem na coluna de água e se alimentam de organismos do fundo, tanto em substrato inconsolidado (ex: linguados) como consolidados (ex: garoupas), entre as espécies 144 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores 1 2 demersais mais importantes, podem ser citados o goete, o peixe-porco, a corvina e a pescada-foguete; (3) batipelágicos: os peixes que nadam livremente em águas de grandes profundidades; (4) mesopelágicos: espécies que fazem grandes migrações verticais diárias, aproximando-se da superfície à noite e vivendo em águas profundas durante o dia (ex: peixes-lanterna). 4.2 RépteisDe aproximadamente 6.000 espécies de répteis, apenas 80 utilizam os ambientes marinhos e estuarinos. Os crocodilos são organismos essencialmente de água doce, atualmente apenas uma espécie é considerada estuarina (Crocodilus porosus), que é o maior réptil conhecido, com aproximadamente 6 m e 1,5 toneladas, não ocorre no Brasil (Figura 7). No grupo dos iguanas há apenas uma espécie que é marinha (Amblyrhynchus cristatus), que habita unicamente o arquipélago de Galápagos (Figura 8). As serpentes marinhas (Figura 9) correspondem ao grupo mais numeroso dos répteis marinhos, com aproximadamente 70 espécies que habitam principalmente os mares tropicais do sudeste asiático e norte da Austrália. Figura 7: O crocodilo Crocodilus porosus e seus locais de ocorrência. 145 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores 1 2 Figura 8: Iguana marinha do arquipélago de Galápagos. Figura 9: Serpente marinha. 4.3 Tartarugas marinhas As informações sobre tartarugas marinhas foram obtidas através do Projeto Tamar (http://www.projetotamar.org.br), Programa Brasileiro de Conservação das Tartarugas Marinhas, que é executado pelo IBAMA. As tartarugas marinhas existem há mais de 180 milhões de anos e conseguiram sobreviver a todas as mudanças do planeta. Mas sua origem foi na terra e, na sua aventura para o mar, evoluíram, diferenciando-se de outros répteis. Existem sete espécies de tartarugas marinhas, agrupadas em duas famílias - a das Dermochelyidae e a das Cheloniidae. Dessas, cinco são encontradas no Brasil, conforme a tabela abaixo (Tabela 3). 146 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores 1 2 Tabela 3: Resumo das características das tartarugas que ocorrem no Brasil. (Fonte: http://www.projetotamar.org.br). Nome Científico: Eretmochelys imbricata Nome comum: tartaruga-de-pente Status internacional: Criticamente Em Perigo (classificação da IUCN) Status no Brasil: Em Perigo (lista de espécies ameaçadas do IBAMA) Distribuição: Mares tropicais e, por vezes, subtropicais; Habitat: preferem recifes de coral e águas costeiras rasas, como estuários e lagoas, podendo ser encontrada, ocasionalmente, em águas profundas; Tamanho: entre 80 e 90 cm de comprimento curvilíneo de carapaça Peso: 80 kg em média, podendo atingir até 150 kg Casco (carapaça): quatro placas laterais de cor marrom e amarelada, que se imbricam como “telhas” e dois pares de escamas pré- frontais; Cabeça: a boca se assemelha ao bico de um falcão e não é serrilhada Nadadeiras: anteriores/dianteiras e posteriores/traseiras com duas unhas Dieta: esponjas, anêmonas, lulas e camarões; a cabeça estreita e a boca formam um bico que permite buscar o alimento nas fendas dos recifes de corais; Estimativa mundial da população: 34.000 fêmeas em idade reprodutiva. Nome Científico: Caretta caretta Nomes comuns: cabeçuda ou mestiça Status internacional: Em Perigo (classificação da IUCN) Status no Brasil: Em Perigo (lista de espécies ameaçadas do IBAMA) Distribuição: oceanos Atlântico, Índico, Pacífico e mar Mediterrâneo (águas temperadas). Habitat: baías litorâneas e fozes de grandes rios Tamanho: 71 a 105 cm de comprimento curvilíneo de carapaça Peso: 150 kg em média. Casco (carapaça): óssea, com cinco placas laterais de coloração marrom, o que define a espécie em comparação com as demais. Cabeça: possui uma cabeça grande e uma mandíbula extremamente forte Nadadeiras: anteriores/dianteiras curtas e grossas e com duas unhas; as posteriores/traseiras possuem duas a três unhas; Dieta: são carnívoras, alimentando-se principalmente de mariscos típicos do fundo do oceano, também comem caranguejos, moluscos, mexilhões e outros invertebrados triturados pelos músculos poderosos da mandíbula; Estimativa mundial da população: 60.000 fêmeas em idade reprodutiva. 147 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores 1 2 Nome Científico: Chelonia mydas Nomes comuns: aruanã ou tartaruga-verde Status Internacional: Em Perigo (classificação da IUCN) Status no Brasil: Vulnerável (lista de espécies ameaçadas do IBAMA) Distribuição: todos os mares temperados e tropicais do mundo Habitat: habitualmente em águas costeiras com muita vegetação (áreas de forrageio), ilhas ou baías onde estão protegidas, sendo raramente avistadas em alto-mar; Tamanho: em média 120 cm de comprimento curvilíneo de carapaça Peso: 160 kg em média, podendo atingir até 300 kg Casco (carapaça): quatro placas laterais de cor verde ou verde-acinzentado escuro; Cabeça: cabeça pequena com um único par de escamas pré-orbitais e uma mandíbula serrilhada que facilita a alimentação Nadadeiras: anteriores/dianteiras e posteriores/traseiras com uma unha visível Dieta: varia consideravelmente durante o ciclo de vida: até atingirem 30 cm de comprimento, alimentam-se essencialmente de crustáceos, insetos aquáticos, ervas marinhas e algas; acima de 30 cm, comem principalmente algas; é a única tartaruga marinha que é estritamente herbívora em sua fase adulta; Estimativa mundial da população: 203.000 fêmeas em idade reprodutiva. Nome Científico: Lepidochelys olivacea Nomes comuns: tartaruga-oliva Status Internacional: Em Perigo (classificação da IUCN) Status no Brasil: Em Perigo (lista de espécies ameaçadas do IBAMA) Distribuição: oceanos Pacífico e Índico; no Atlântico ocorre na América do Sul e na costa oeste da África; Habitat: principalmente águas rasas, mas também em mar aberto; Tamanho: entre 60 e 70 cm de comprimento curvilíneo de carapaça Peso: entre 35 e 60 quilos. Casco (carapaça): seis ou mais placas laterais, com coloração cinzenta (juvenis) e verde-cinzento-escuro (adultos). Cabeça: pequena, com mandíbulas poderosas que lhe ajudam na alimentação. Nadadeiras: dianteiras e traseiras com uma ou duas unhas visíveis, podendo ocorrer uma garra extra nas nadadeiras anteriores. Dieta: peixes, caranguejos, moluscos, mexilhões, lulas e camarões. Estimativa mundial da população: 800.000 fêmeas em idade reprodutiva 148 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores 1 2 Nome Científico: Dermochelys coriacea Nomes comuns: tartaruga-de-couro ou tartaruga-gigante Status Internacional: Criticamente Em Perigo (classificação da IUCN) Status no Brasil: Criticamente em Perigo (lista de espécies ameaçadas do IBAMA) Distribuição: todos os oceanos tropicais e temperados do mundo Habitat: principalmente alto-mar, sendo eventualmente encontrada em baías e estuários. Tamanho: até 2 m de comprimento curvilíneo de carapaça Peso: 500 kg em média, podendo atingir até 700 kg. Casco (carapaça): composto por uma camada de pele fina e resistente e milhares de placas minúsculas de osso, formando sete quilhas ao longo do comprimento; apenas os filhotes apresentam placas córneas, daí o nome popular: de-couro; a coloração é cinzento-escura ou preta, com pontos brancos. Dieta: alimenta-se essencialmente de medusas Estimativa mundial da população: 34.000 fêmeas em idade reprodutiva 4.4 Aves marinhas O livro “Aves marinhas e insulares brasileiras: bioecologia e conservação” (Branco, 2004), é um livro completo sobre as aves marinhas no litoral brasileiro(recomendo a leitura para quem tenha interesse no assunto). A seguir foram compiladas (integralmente) informações da introdução desta obra: “Aves marinhas constituem um grupo muito diversificado de espécies que se adaptaram com grande eficiência ao meio marinho, permitindo aproveitar recursos que até esse momento estavam inacessíveis para elas. Comparativamente um número pequeno de aves está adaptado à vida no mar a despeito da quantidade potencial de alimento disponível, em torno de 3% de um total de 9970 espécies conhecidas (Peterson, 2003). Consideram-se aves marinhas as espécies que obtém seu alimento desde a linha do baixo mar até o mar aberto. O mar brasileiro é considerado pobre em aves marinhas em conseqüência da baixa produtividade das águas tropicais (Sick, 1997). Pode-se encontrar mais de 130 espécies distribuídas entre aves 149 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores 1 2 costeiras e marinhas (Vooren & Brusque, 1999), destas, a grande maioria é composta por espécies migratórias procedentes do hemisfério norte entre os meses de setembro a maio e do extremo meridional entre maio a agosto. Consideramos como aves marinhas insulares, as espécies que nidificam em ilhas costeiras e oceânicas do litoral brasileiro. Dessa forma, 18 espécies representadas pelas famílias Procellariidae (2sp), Phaethontidae (2sp), Sulidae (3sp), Fregatidae (3sp) e Laridae (8sp), podem ser encontradas reproduzindo-se no ambiente insular do Brasil, além de outras espécies aquáticas ou limícolas”. As aves marinhas desempenham um papel de elevada importância no meio marinho, funcionando como bioindicadores do estado dos oceanos. Além de identificarem importantes zonas de pesca, são espécies que acumulam metais pesados no seu organismo. Através de estudos científicos consegue-se determinar a quantidade de metais pesados ingeridos pelas aves e determinar se as áreas de alimentação destas aves estarão contaminadas. Alguns representantes deste grupo de organismos são: gaivotas, trinta-réis, atobás e tesourões (ambiente costeiro); pingüins e albatrozes (ambiente pelágico). Confira alguns representantes deste grupo na figura abaixo: Nome Científico: Phoebastria albatrus Nome Popular: Albatroz-de-cauda-curta Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/ Ave_oce%C3%A2nica Nome Científico: Sterna hirundinacea Nome Popular: Trinta-réis-do-bico-vermelho Fonte: Acervo CEMAVE. http://www.ibama.gov.br 150 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores 1 2 Nome Científico: Sula leucogaster Nome Popular: Atobás marrons Fonte: www.ibama.gov.br. Nome popular: Pingüim-de-Magalhães Nome científico: Spheniscus magellanicus Fonte: http://www.zoologico.sp.gov.br. 4.5 Mamíferos marinhos Três ordens de mamíferos, que evoluíram de ancestrais terrestres diferentes e de maneira independente, se adaptaram à vida marinha: Cetácea (baleias e golfinhos), Pinnipedia (focas, leões marinhos e as) e Sirenia (peixe-boi, vaca marinha e dugongos). Existem cerca de 90 espécies de cetáceos, que variam de cerca de 1 metro a mais de 30 metros de comprimento. As características comuns deste grupo são: (1) são homeotérmicos, ou seja, tem a capacidade de auto-regular a temperatura interna; (2) respiram ar atmosférico através de pulmões; (3) possuem glândulas mamárias para amamentar seus filhotes, (4) possuem pêlos em pelo menos um período de vida. Fonte: www.seia.ba.gov.br Para evitar que a apostila se tornasse demasiadamente extensa, optou-se por indicar nas referências diversos sites, artigos, notícias, centros de pesquisa, projetos ambientais de preservação da fauna marinha, entre outros. Através destes meios é 151 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores 1 2 152 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores possível obter inúmeras informações sobre os mamíferos marinhos, e os demais temas abordados no tópico de oceanografia biológica. --------------------FIM DO MÓDULO V ---------------------- BIBLIOGRAFIA CONSULTADA Dicas e links interessantes: • As informações dos textos acima foram principalmente compiladas das seguintes fontes; Alguns institutos de preservação da fauna marinha, grupos de pesquisa, ongs, etc. É possível obter diversas informações interessantes, confira os seguintes links: BRANCO, J. O. (Org.). Aves marinhas e insulares brasileiras: bioecologia e conservação. Itajaí, SC: Editora da UNIVALI, 2004. 266 p. CEPSUL/IBAMA (http://www.ibama.gov.br/cepsul/); DAJOZ, R. 2005. Princípios de Ecologia, Ed. Artmed, AS, Porto Alegre, 519p. Dicas interessantes: 1 2 153 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Documentários e imagens interessantes sobre a fauna marinha no Discovery Channel Brasil (http://www.discoverybrasil.com); Grupo de Estudos Pesqueiros/GEP. Com diversas informações sobre a situação da pesca industrial marinha (www.univali.br/gep); HÖFLING, J. C. 2000. Introdução à Biologia Marinha e Oceanografia. Edição do Autor, Campinas, 71 p. Instituto de Pesca de SP (www.pesca.sp.gov.br); LERMAN, M. 1986. Marine biology: environment, diversity, and ecology. Menlo Park, The Benjamin/Cummings Publ. Co. Inc. 534p. LEVINTON, J. S. 1995. Marine Biology. Function, Biodiversity, Ecology. Oxford Univ. Press, New York, 420p. Material didático do curso de graduação em Oceanografia na Universidade do Vale do Itajaí, das seguintes disciplinas: - Plâncton (Profs. Marcelo Rodrigues-Ribeiro, Charrid Resgala Júnior e Leonardo Rörig); - Nécton (André Barreto, Joaquim Olinto Branco e José Angel Perez); - Ictiologia (Maurício Hostim Silva); - Bentologia (Paulo Ricardo Pezzuto). O portal: http://www.mar-alto.com, traz diversas informações sobre a oceanografia biológica em geral (porém é um pouco lento!); Odum, E.P.; 1986; Ecologia; Ed. Guanabara S.A.; Rio de Janeiro, 434 p. Para informações mais detalhadas, os seguintes livros são recomendados: Para os interessados em ictiologia há um recurso muito interessante, o Fishbase (http://www.fishbase.org), que é um banco mundial de dados sobre as espécies de peixes 1 2 154 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores descritas, é possível entrar com o nome popular ou científico da espécie, e obter uma série de informações; PEREIRA, R. C. & SOARES-GOMES, A. (orgs.). 2002. Biologia Marinha. Ed. Interciência, Rio de Janeiro, 382p. Projeto Albatroz (www.projetoalbatroz.org.br); Projeto Baleia franca (www.baleiafranca.org.br); Projeto Golfinho Rotador (http://www.golfinhorotador.org.br/); Projeto Mero do Brasil (www.merosdobrasil.org); Projeto TAMAR – conservação das tartarugas marinhas (http://www.projetotamar.org.br); Projeto Tubarões do Brasil – Protuba (http://www.institutoaqualung.com.br/protuba.html); Ruppert, E.D. & Barnes, R.D. 1994. Zoologia dos Invertebrados. 6a. Ed., Editora Roca Ltda., 1029p. Schmidt-Nielsen K. 1996. FisiologiaAnimal: Adaptação e Meio Ambiente. São Paulo, Santos Livraria e Editora, 600 p. SCHMIEGELOW, J. M. M. 2004. O Planeta Azul - Uma introdução às ciências marinhas. Ed. Interciência, Rio de Janeiro, 202p. 1 2 155 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Thurman, H. V. 1996. Essentials of Oceanography. 5ª ed. New Jersey, Prentice Hall. 400p. --------------FIM DO CURSO-------------- 1 Introdução 2 Plâncton 2.1 Fitoplâncton 2.2 Zooplâncton 3 Bentos 4 Nécton 4.1 Peixes Marinhos 4.2 Répteis 4.3 Tartarugas marinhas 4.4 Aves marinhas 4.5 Mamíferos marinhos BIBLIOGRAFIA CONSULTADA Dicas e links interessantes:
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