Buscar

Curso de Oceanografia Geral - Portal Educação Módulo V

Prévia do material em texto

Curso de 
OCEANOGRAFIA GERAL 
 
 
 
 
 
MÓDULO V 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para 
este Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de comercialização do 
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores 
descritos na Referência Consultada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
2 
 
 
130 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
 
MÓDULO V 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
O último módulo do curso é sobre Oceanografia Biológica. Popularmente 
conhecida como Biologia Marinha, estuda a biota e a ecologia dos oceanos, buscando 
compreender os mecanismos biológicos que funcionam nos oceanos. A oceanografia 
biológica difere da biologia marinha por estudar os organismos marinhos com um enfoque 
mais ecológico, relacionado com a física, a química e a geologia do oceano. Busca 
descrever a distribuição, abundância e produção das populações e comunidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
2 
 
 
131 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
 
SUMÁRIO 
 
1 Introdução 
2 Plâncton 
2.1 FIitoplâncton 
2.2 Zooplâncton 
3 Bentos 
4 Nécton 
4.1 Peixes Marinhos 
4.2 Répteis 
4.3 Tartarugas Marinhas 
4.4 Aves Marinhas 
4.5 Mamíferos Marinhos 
5 Bibliografia Consultada, Dicas e Links Interessantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
2 
 
 
 
 OCEANOGRAFIA BIOLÓGICA 
 
1 Introdução 
 
O ambiente marinho pode ser dividido em dois grandes setores, o domínio 
pelágico, que refere-se à coluna d´água, e o domínio bentônico que refere-se aos fundos 
oceânicos (Figura 1), que pode ser consolidado (ex: rochas) ou inconsolidado (ex: areias). 
 
 
Figura 1: Classificação dos ambientes marinhos. Fonte: 
www.cfh.ufsc.br/~oceano/documents/OCEAN_BIOL.pdf. 
 
 
O ambiente pelágico subdivide-se em província nerítica, (coluna d’água sobre a 
plataforma continental, influenciada pela presença de compostos de origem terrígena e 
ocorrência de luz ao longo de toda a sua extensão) e província oceânica (demais áreas). 
(Figura 2). 
 
 
 
 
132 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
1 
 
2 
 
 
 
 
 
Figura 2: Subdivisão do ambiente pelágico. Fonte: 
www.cfh.ufsc.br/~oceano/documents/OCEAN_BIOL.pdf. 
 
Na oceanografia biológica se dividem os organismos marinhos em três 
categorias: plâncton, nécton e bentos. O plâncton é formado pelos organismos que vivem 
na coluna de água sem conseguirem nadar contra as correntes marinhas. O nécton é 
constituído pelos organismos que tem boa capacidade natatória, não dependendo de 
correntes para se deslocarem. O bentos são formados pelos organismos que vivem no 
substrato, fixados ou não (Figura 3). 
 
2 Plâncton 
 
O plâncton é constituído por uma comunidade de organismos com poder limitado 
de locomoção, sendo transportados passivamente pelas correntes ou movimentos d’água. 
Este grupo é representado por vírus, fungos, microalgas, protozoários, microcrustáceos, 
larvas de diversos metazoários, gametas, etc. O plâncton pode ser dividido em plâncton 
vegetal, que corresponde ao fitoplâncton, e em plâncton animal chamado de zooplâncton. 
O fitoplâncton é formado por organismos com uma única célula ou organizado em 
colônias, como as algas microscópicas e os protistas. O zooplâncton é composto pelos 
animais e os protistas não-fotossintetizantes, compreendendo desde organismos com 
uma única célula até vertebrados. Os ovos e larvas de peixes pertencem ao zooplâncton, 
133 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
1 
 
2 
 
 
e podem ser denominados como ictioplâncton. As bactérias e as algas azuis são 
denominadas como bacterioplâncton. 
Outra classificação para o plâncton, baseada no seu ciclo de vida e tempo de 
permanência no plâncton, subdivide este grupo em: (a) holoplâncton: organismos que 
vivem todo seu ciclo de vida no plâncton; (b) meroplâncton: organismos que passam 
apenas parte de sua vida no plâncton, como larvas do nécton e bentos; (c) ticoplâncton: 
são organismos de hábitos bentônicos que ocasionalmente vão para o plâncton por ação 
de correntes fortes. A tabela a seguir (Tabela 1) sintetiza a classificação do plâncton 
quanto ao tamanho, hábitat e residência na vida planctônica. Esta classificação quanto 
ao tamanho é baseado no tamanho da malha que é utilizada para a captura dos 
organismos, onde as classes do nanoplâncton e picoplâncton são capturadas através de 
técnicas de filtração ou centrifugação. Já nas três últimas classes os organismos são 
capturados com redes de plâncton. 
 
 
Figura 3: Representantes dos três grandes grupos de organismos marinhos (plâncton, nécton e 
bentos). Fonte: http://paginas.terra.com.br/educacao/sariego/ambiente_marinho.htm. 
 
134 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
1 
 
2 
 
 
135 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
 
 
Tabela 1: Classificação do plâncton quanto ao tamanho, hábitat e tempo de residência no 
plâncton. Fonte: Pereira e Soares-Gomes (2002); Schmiegelow (2004). 
 
 
TAMANHO HÁBITAT RESIDÊNCIA 
Picoplâncton (< 2 µm) 
Nanoplâncton (2 a 20 µm) 
Microplâncton (20 a 200 µm)
Macroplâncton (0,2 a 2 cm) 
Megaplâncton (> 2 cm) 
- oceânico;
- nerítico; 
- estuarino;
- dulcícola;
- holoplâncton; 
- meroplâncton; 
- ticoplâncton. 
 
Os organismos planctônicos distribuem-se por toda a coluna de água, e podem 
ser classificados quanto a sua distribuição vertical (Tabela 2). 
 
Tabela 2: Distribuição vertical do plâncton. 
 
Plêuston Película superficial da água 
Nêuston Primeiros 10 mm. 
Epiplâncton 20 a 120 m (zona fótica ou epipelágica) 
Mesoplâncton 100 a 300 m 
Infraplâncton 300 a 600 m 
Batiplâncton Além dos 600 m 
Abissoplâncton 3000 – 6000 m (planícies e fossas abissais) 
Epibênticos Próximos ao fundo. 
 
1 
 
2 
 
 
136 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
 
 
 
2.1 Fitoplâncton 
 
O fitoplâncton é composto por algas microscópicas autotróficas, capazes de 
sintetizar matéria orgânica em ambientes aquáticos, denominados produtores primários. 
São representados por: diatomáceas, dinoflagelados, clorofíceas, cocolitoforídeos, entre 
outros. As diatomáceas (classe Bacillariophyceae) e os dinoflagelados (classe 
Dinophyceae) correspondem às formas vegetais mais abundantes. 
As diatomáceas ocorrem nos oceanos, em águas continentais ou sobre o solo, 
gelo e outros substratos unidos. São encontradas em águas tropicais, temperadas e 
polares tanto planctônicas quanto bentônicas. São espécies típicas de locais ricos em 
nutrientes. Estima-se que as diatomáceas marinhas planctônicas sejam responsáveis por 
20-25% da produçãoprimária da Terra. Possuem dimensões entre 2 µm a 2 mm. As 
diatomáceas possuem carapaça impregnada de sílica, denominada de frústula, que é 
constituída por duas valvas ou tecas que se encaixam como uma placa de petri. 
Conforme a ornamentação das valvas, podem ser divididas em duas ordens: (a) 
Centrales: algas com simetria radial, geralmente circulares, em forma de discos cilíndricos 
ou triangulares, sendo principalmente marinhas, são mais abundantes na superfície; (b) 
Pennales: algas com simetria bilateral, com estrias em uma disposição mais ou menos 
transversal ao eixo apical, com forma alargada, oblonga ou de barco, com rafe (sulco) e 
inclui a maioria das espécies de água doce e bem como grande quantidade de marinhas, 
são predominantes nos sedimentos marinhos. 
Os dinoflagelados são unicelulares e raramente formam cadeias. Possuem dois 
flagelos (biflagelados) de tamanho e orientação diferentes, um flagelo realiza o movimento 
ondulatório de rotação e o outro é responsável pelo impulso ou propulsão. Apresentam 
duas teças (valvas) celulósicas rígidas, divididas pelo cíngulo em epicone (superior) e 
hipocone (inferior). A maioria dos organismos é marinha, com maior diversidade em 
águas tropicais. No Paleozóico foram os principais produtores primários. 
1 
 
2 
 
 
Os dinoflagelados produzem as mais poderosas toxinas conhecidas na natureza, 
caracterizando o fenômeno conhecido como maré-vermelha. Em situações como 
mudanças de temperatura, alteração na salinidade e despejo de esgoto nas águas do 
mar, os dinoflagelados se multiplicam e formam altas concentrações de organismos 
(bloom) que sobem à superfície, onde liberam toxinas que matam um grande número de 
peixes, mariscos e outros seres da fauna marinha. Quando isso acontece geralmente 
grandes manchas vermelhas são vistas na superfície da água (Figura 4). Os seres 
contaminados por essas toxinas tornam-se impróprios para o consumo humano. As marés 
vermelhas, também denominadas de florações de algas nocivas, podem ser de três tipos: 
 
 
Figura 4: Maré vermelha. Fonte: http://www.brasilescola.com. 
 
I. Floração de espécies não tóxicas: em condições especiais em baías 
abrigadas, podem formar florações tão densas que podem matar peixes e invertebrados 
por depleção de oxigênio, ex: Noctilucca; 
II. Espécies produtores de toxinas: os efeitos das toxinas podem chegar ao 
homem via cadeia trófica causando diversos problemas gastrointestinais e neurológicos, 
algumas toxinas conhecidas são: PSP (Paralytic Shellfish Poisoning), DSP (Diarrhetic 
Shellfish Poisoning) e ASP (Amnesic Shellfish Poisoning). Como exemplos de espécies 
tóxicas podem ser citados: Alexandrium spp; Diniphysis spp; Pseudo-nitzschia spp. 
Geralmente o consumo de moluscos é a principal forma de intoxicação do homem; 
137 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
1 
 
2 
 
 
138 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
III. Espécies não tóxicas ao homem, mas nocivas a peixes e invertebrados: 
estes organismos em grandes concentrações na água causam inflamações e obstrução 
de brânquias, ex: Chaetoceros spp. 
 
Algumas espécies de dinoflagelados apresentam bioluminescência (emissão de 
energia radiante visível por seres vivos). É possível observar principalmente na faixa de 
rebentação das ondas, a presença deste tipo de luz na água do mar à noite, ou até 
mesmo ao se friccionar o pé na areia úmida em uma praia com pouca iluminação. Alguns 
organismos bioluminescentes são: Noctilucca, Pyrocistis, Gonyaulax. 
Para acompanhar um exemplo de floração de algas nocivas que ocorreu 
recentemente em Santa Catarina acesse o link (www.pagina3.com.br) e confira, esta 
floração levou as autoridades a decretarem a proibição do consumo e comercialização de 
moluscos no estado. Santa Catarina vem se destacando como principal produtor de 
moluscos cultivados no Brasil, superando 85% da produção nacional. Vale frisar que o 
Estado é o maior produtor de ostras do país, com mais de 90% da produção nacional e 
93% da produção de mexilhões. 
Outros constituintes do fitoplâncton são os cocolitoforídeos, que são 
reconhecidos como a maior fonte de produção primária em muitas áreas oceânicas, os 
silicoflagelados que ocorrem freqüentemente em águas oceânicas, as algas azuis, entre 
outros. 
 
2.2 Zooplâncton 
 
O zooplâncton em geral é sempre maior que o fitoplâncton, a maior quantidade do 
zooplâncton pertence basicamente ao micro, meso e macroplâncton e são 
nutricionalmente dependentes do fitoplâncton. Os organismos mais abundantes são os 
crustáceos da subclasse Copepoda, com mais de 5.000 espécies descritas e valores que 
alcançam entre 70 e 80% da biomassa do zooplâncton nos oceanos, apresentam ampla 
distribuição em todas as profundidades. O zooplâncton é um grupo extremamente 
diversificado, constituído por formas larvais e adultas de todos os filos animais, como: (a) 
1 
 
2 
 
 
139 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
protistas planctônicos: encontrados em praticamente todos ambientes marinhos, de 
pequeno porte, com tamanho variando entre 10 a 240 µm, em geral são predadores do 
nanoplâncton e de pequenos animais como microscrustáceos; (b) filo cnidaria: 
apresentam células urticantes, os nematocistos, que são utilizados na captura de presas, 
das 10.000 espécies de cnidários descritas, existem aproximadamente 2.700 espécies de 
hidromedusas, 140 de sifonóforos e 200 de sifomedusas, são organismos potencialmente 
perigosos ao homem por causarem queimaduras; (c) classe polychaeta: as maiorias das 
espécies de poliquetos são bentônicos, apenas seis famílias são exclusivamente 
pelágicas, são carnívoros, distribuídos preferencialmente em regiões tropicais e 
subtropicais; (d) filo chaetognatha: são exclusivamente marinhos e holoplanctônicos, são 
carnívoros vorazes que capturam suas presas com auxílio de espinhos (ganchos); (e) filo 
Chordata: são representados pelos cordados holoplantônicos que possuem notocorda 
pelo menos em alguma fase do seu ciclo de vida (salpas, doliolídeos), são filtradores e 
hermafroditas. 
O ictioplâncton (ovos e larvas de peixes) também pertence ao filo Chordata. A 
grande maioria dos peixes possui ovos e larvas planctônicas pelo menos na fase larvar. 
Estudos sobre distribuição e abundância do ictioplâncton são de extrema importância na 
determinação dos períodos e locais de desova, tornando-se fundamentais tanto para a 
taxonomia como para a ecologia das espécies. A identificação precisa destas áreas, pois 
tem importância fundamental para a implementação de medidas de orientação, visando 
sua preservação. O estudo do ictioplâncton pode auxiliar nos seguintes problemas 
pesqueiros: (a) Distribuição: onde estão os peixes? (b) Estimativas de biomassa: quantos 
peixes existem? (c) identificação das espécies: quais são os peixes? (d) Recrutamento: 
quantos peixes estarão disponíveis para a pesca no próximo ano? (e) entre outras 
(aquacultura, repovoamento, etc.). Entre os peixes ósseos (Osteichthyes) encontramos 
basicamente dois tipos de ovos: (1) pelágicos: com densidade neutra e inferior à da água, 
são normalmente transparentes ou translúcidos, variam de 0,5 mm até 5,5 mm; (2) 
demersais: com densidade maior que a da água, são mais opacos e freqüentemente 
pigmentados, em geral variam entre 2 e 8 mm. O tempo de incubação dos ovos (do 
momento da fertilização até a eclosão) é principalmenteinfluenciado pela temperatura, 
1 
 
2 
 
 
140 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
em geral os ovos pelágicos apresentam menores períodos de incubação, já os demersais 
os períodos são mais prolongados. 
A abordagem utilizada nesta apostila é apenas apresentar uma breve descrição 
dos principais grupos, pois se trata de um assunto extremamente amplo. 
3 Bentos 
 
Os organismos bentônicos são definidos como espécies que vivem em relação 
íntima com o fundo (substrato), seja para fixar-se a ele, ou para perfurar, escavar e/ou 
caminhar sobre a superfície. O substrato pode ser consolidado (rochas, madeira, piers, 
etc.) ou inconsolidados (areia, lama, etc.). Os organismos bentônicos são compostos por 
macroalgas, microalgas e plantas aquáticas (fitobentos); animais e muitos protistas 
(zoobentos). Quanto ao tamanho os organismos bentônicos podem ser classificados em: 
(a) macrobentos (> 1,0 mm): animais visíveis a olho nu, como a maioria dos caranguejos, 
equinodermes, peixes bentônicos, etc.; (b) meiobentos (0,1 – 1,0 mm): animais que vivem 
permanentemente enterrados no sedimento, que livres, quer dentro de estruturas por eles 
construídas, ex: muitos moluscos e vermes; (c) microbentos (< 0,1 mm): animais 
microscópicos que se desenvolvem sobre o substrato, principalmente protistas. 
Os organismos podem apresentar comportamentos tanto bentônicos quanto 
pelágicos, migrando entre os dois ambientes diariamente como ocorrem com crustáceos, 
moluscos e peixes. Tais migrações podem estar relacionadas com estratégias 
reprodutivas ou de alimentação. Estima-se que cerca de 70% dos invertebrados 
bentônicos possuem larvas planctônicas. O ambiente bentônico é amplamente dominado 
por organismos invertebrados, apesar de todos os filos estarem representados. 
As importâncias dos organismos bentônicos são inúmeras: 
? Cerca de 98% das espécies existentes nos oceanos e região costeira são 
bentônicas, desconsiderando-se os microorganismos (Kinne, 1982). 
? Maricultura: espécies cultiváveis para alimentação humana e outros produtos 
como pérolas e ração animal (ex: mexilhão, ostras, camarão, vieiras, etc.); 
1 
 
2 
 
 
141 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
? Organismos bentônicos são utilizados como indicadores em estudos de 
poluição marinha, pois acumulam substâncias em seus tecidos; 
? São espécies alvos de pescarias (ex: camarão, vieira, abalone, etc.); 
? Atrativos para mergulhos em recifes, costões rochosos, etc.; 
? Extração de compostos químicos bioativos para produção de fármacos (ex: a 
substância AZT – utilizada no tratamento da AIDS foi extraída de uma esponja). 
 
Os organismos bentônicos podem ser classificados quanto a sua posição no 
substrato em: (1) epibentônicos: vivem sobre o substrato; (2) endobentônicos: vivem no 
interior do substrato. Os organismos epibênticos subdividem-se em: (1.1) sésseis: 
organismos fixos sobre uma superfície sólida; (1.2) vágeis: organismos que possuem 
capacidade de se movimentar sobre o substrato. Já os organismos endobentônicos 
apresentam as seguintes estratégias: (2.1) cavadores: escavam substratos 
inconsolidados; (2.2) perfuradores: perfuram substratos duros. As formas de alimentação 
dos organismos bentônicos são muito diversas e são classificados em: suspensívoros 
(capturam partículas da coluna de água); comedores de depósitos; herbívoros 
(alimentam-se de algas e vegetais superiores); carnívoros; necrófagos (alimentam-se de 
restos de animais e vegetais mortos). 
 
4 Nécton 
 
O nécton marinho é composto por uma grande diversidade de animais 
(invertebrados e vertebrados) que possuem órgãos de locomoção capazes de permitir-
lhes deslocamentos consideráveis no meio aquoso. Os moluscos cefalópodes (ex: lulas) 
são os únicos invertebrados que fazem parte deste grupo. A maior fração do nécton 
marinho é composta por peixes, porém grandes crustáceos, répteis, tartarugas, aves e os 
mamíferos marinhos são também incluídos no nécton. 
 
1 
 
2 
 
 
142 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
4.1 Peixes Marinhos 
 
 
Tanto em termos numéricos, como de biodiversidade e mesmo de relevância 
ecológica, os peixes podem ser considerados como os grandes dominadores do nécton. E 
como tais estão adaptados. Atualmente, são reconhecidos mais de 25.000 espécies de 
peixes e o número de novas espécies descritas anualmente excede o número de novas 
espécies de tetrápodes (anfíbios, aves, répteis e mamíferos, em conjunto). As espécies 
de peixes vivos compõem 57 ordens, sendo que 21 são exclusivamente marinhas (1.638 
espécies) e 10, exclusivamente de água doce (4.320 espécies). O menor peixe descrito 
(Schindleria brevipinguis) tem 8,4 mm na fase adulta e foi encontrado em um recife de 
coral da Austrália, já quem apresenta as maiores dimensões é o tubarão baleia 
(Rhincodon typus) com até 20 m de comprimento e mais de 20 toneladas de peso. Os 
peixes podem ser divididos em três grandes grupos não monofiléticos: peixes 
considerados “primitivos”, que não possuem mandíbula, chamada Superclasse Agnatha; 
Classes Chondrichthyes (peixes cartilaginosos) e Osteichthyes (peixes ósseos): 
1) Superclasse Agnatha (sem mandíbulas) 
Subclasse Cyclostomata (lampreias e feiticeira) 
- Esqueleto cartilaginoso; 
- Sem mandíbulas; 
- Sem guelras; 
- Narina simples mediana; 
- Com aproximadamente 80 espécies descritas. 
 
2) Classe Chondrichthyes (peixes cartilaginosos - tubarão, raia, cação e 
quimera). 
- Vértebras segmentares, calcificadas, mas não ósseas; 
- Mandibulados; 
- Sem guelras, mas com fendas branquiais; 
1 
 
2 
 
 
- Narinas pares; 
- Com mais de 800 espécies conhecidas; 
 
 
Observe a representação da estrutura externa geral de tubarões a raias (Figura 
5). 
 
 
Figura 5: Anatomia externa de um tubarão (parte superior). Anatomia externa de uma raia (vista 
dorsal à esquerda e vista ventral à direita). Fonte: http://www.biomundo.com.br 
 
3) Classe Osteichthyes (peixes ósseos) 
- Vértebras ósseas; 
- Mandibulados; 
143 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
1 
 
2 
 
 
- Com guelras; 
- Narinas pares; 
- Com mais de 22.000 espécies descritas; 
- ex: sardinhas, garoupas, atuns, etc. (Figura 6). 
 
 
 
Figura 6: legenda na própria figura. 
 
Os peixes podem ser classificados conforme o seu comportamento em: (1) 
pelágicos: são espécies que vivem nadando livremente na coluna de água, geralmente 
formam grandes cardumes, ex: sardinhas, anchovas, atuns e afins; (2) demersais: vivem 
na coluna de água e se alimentam de organismos do fundo, tanto em substrato 
inconsolidado (ex: linguados) como consolidados (ex: garoupas), entre as espécies 
144 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
1 
 
2 
 
 
demersais mais importantes, podem ser citados o goete, o peixe-porco, a corvina e a 
pescada-foguete; (3) batipelágicos: os peixes que nadam livremente em águas de 
grandes profundidades; (4) mesopelágicos: espécies que fazem grandes migrações 
verticais diárias, aproximando-se da superfície à noite e vivendo em águas profundas 
durante o dia (ex: peixes-lanterna). 
 
4.2 RépteisDe aproximadamente 6.000 espécies de répteis, apenas 80 utilizam os ambientes 
marinhos e estuarinos. Os crocodilos são organismos essencialmente de água doce, 
atualmente apenas uma espécie é considerada estuarina (Crocodilus porosus), que é o 
maior réptil conhecido, com aproximadamente 6 m e 1,5 toneladas, não ocorre no Brasil 
(Figura 7). No grupo dos iguanas há apenas uma espécie que é marinha (Amblyrhynchus 
cristatus), que habita unicamente o arquipélago de Galápagos (Figura 8). As serpentes 
marinhas (Figura 9) correspondem ao grupo mais numeroso dos répteis marinhos, com 
aproximadamente 70 espécies que habitam principalmente os mares tropicais do sudeste 
asiático e norte da Austrália. 
 
Figura 7: O crocodilo Crocodilus porosus e seus locais de ocorrência. 
 
 
 
 
 
145 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
1 
 
2 
 
 
 
 
 
 
Figura 8: Iguana marinha do arquipélago de Galápagos. 
 
 
 
Figura 9: Serpente marinha. 
 
4.3 Tartarugas marinhas 
 
As informações sobre tartarugas marinhas foram obtidas através do Projeto 
Tamar (http://www.projetotamar.org.br), Programa Brasileiro de Conservação das 
Tartarugas Marinhas, que é executado pelo IBAMA. As tartarugas marinhas existem há 
mais de 180 milhões de anos e conseguiram sobreviver a todas as mudanças do planeta. 
Mas sua origem foi na terra e, na sua aventura para o mar, evoluíram, diferenciando-se de 
outros répteis. Existem sete espécies de tartarugas marinhas, agrupadas em duas 
famílias - a das Dermochelyidae e a das Cheloniidae. Dessas, cinco são encontradas no 
Brasil, conforme a tabela abaixo (Tabela 3). 
 
146 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
1 
 
2 
 
 
Tabela 3: Resumo das características das tartarugas que ocorrem no Brasil. (Fonte: 
http://www.projetotamar.org.br). 
 
Nome Científico: Eretmochelys imbricata 
Nome comum: tartaruga-de-pente 
Status internacional: Criticamente Em Perigo 
(classificação da IUCN) 
Status no Brasil: Em Perigo (lista de espécies 
ameaçadas do IBAMA) 
Distribuição: Mares tropicais e, por vezes, 
subtropicais; 
Habitat: preferem recifes de coral e águas 
costeiras rasas, como estuários e lagoas, 
podendo ser encontrada, ocasionalmente, em 
águas profundas; 
Tamanho: entre 80 e 90 cm de comprimento 
curvilíneo de carapaça 
Peso: 80 kg em média, podendo atingir até 
150 kg 
Casco (carapaça): quatro placas laterais de 
cor marrom e amarelada, que se imbricam 
como “telhas” e dois pares de escamas pré-
frontais; 
Cabeça: a boca se assemelha ao bico de um 
falcão e não é serrilhada 
Nadadeiras: anteriores/dianteiras e 
posteriores/traseiras com duas unhas 
Dieta: esponjas, anêmonas, lulas e camarões; 
a cabeça estreita e a boca formam um bico 
que permite buscar o alimento nas fendas dos 
recifes de corais; 
Estimativa mundial da população: 34.000 
fêmeas em idade reprodutiva. 
 
 
Nome Científico: Caretta caretta 
Nomes comuns: cabeçuda ou mestiça 
Status internacional: Em Perigo 
(classificação da IUCN) 
Status no Brasil: Em Perigo (lista de 
espécies ameaçadas do IBAMA) 
Distribuição: oceanos Atlântico, Índico, 
Pacífico e mar Mediterrâneo (águas 
temperadas). 
Habitat: baías litorâneas e fozes de 
grandes rios 
Tamanho: 71 a 105 cm de 
comprimento curvilíneo de carapaça 
Peso: 150 kg em média. 
Casco (carapaça): óssea, com cinco 
placas laterais de coloração marrom, o 
que define a espécie em comparação 
com as demais. 
Cabeça: possui uma cabeça grande e 
uma mandíbula extremamente forte 
Nadadeiras: anteriores/dianteiras 
curtas e grossas e com duas unhas; as 
posteriores/traseiras possuem duas a 
três unhas; 
Dieta: são carnívoras, alimentando-se 
principalmente de mariscos típicos do 
fundo do oceano, também comem 
caranguejos, moluscos, mexilhões e 
outros invertebrados triturados pelos 
músculos poderosos da mandíbula; 
Estimativa mundial da população: 
60.000 fêmeas em idade reprodutiva. 
 
147 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
1 
 
2 
 
 
 
Nome Científico: Chelonia mydas 
Nomes comuns: aruanã ou tartaruga-verde 
Status Internacional: Em Perigo (classificação 
da IUCN) 
Status no Brasil: Vulnerável (lista de espécies 
ameaçadas do IBAMA) 
Distribuição: todos os mares temperados e 
tropicais do mundo 
Habitat: habitualmente em águas costeiras com 
muita vegetação (áreas de forrageio), ilhas ou 
baías onde estão protegidas, sendo raramente 
avistadas em alto-mar; 
Tamanho: em média 120 cm de comprimento 
curvilíneo de carapaça 
Peso: 160 kg em média, podendo atingir até 
300 kg 
Casco (carapaça): quatro placas laterais de cor 
verde ou verde-acinzentado escuro; 
Cabeça: cabeça pequena com um único par de 
escamas pré-orbitais e uma mandíbula 
serrilhada que facilita a alimentação 
Nadadeiras: anteriores/dianteiras e 
posteriores/traseiras com uma unha visível 
Dieta: varia consideravelmente durante o ciclo 
de vida: até atingirem 30 cm de comprimento, 
alimentam-se essencialmente de crustáceos, 
insetos aquáticos, ervas marinhas e algas; 
acima de 30 cm, comem principalmente algas; 
é a única tartaruga marinha que é estritamente 
herbívora em sua fase adulta; 
Estimativa mundial da população: 203.000 
fêmeas em idade reprodutiva. 
 
 
Nome Científico: Lepidochelys 
olivacea 
Nomes comuns: tartaruga-oliva 
Status Internacional: Em Perigo 
(classificação da IUCN) 
Status no Brasil: Em Perigo (lista de 
espécies ameaçadas do IBAMA) 
Distribuição: oceanos Pacífico e 
Índico; no Atlântico ocorre na América 
do Sul e na costa oeste da África; 
Habitat: principalmente águas rasas, 
mas também em mar aberto; 
Tamanho: entre 60 e 70 cm de 
comprimento curvilíneo de carapaça 
Peso: entre 35 e 60 quilos. 
Casco (carapaça): seis ou mais placas 
laterais, com coloração cinzenta 
(juvenis) e verde-cinzento-escuro 
(adultos). 
Cabeça: pequena, com mandíbulas 
poderosas que lhe ajudam na 
alimentação. 
Nadadeiras: dianteiras e traseiras com 
uma ou duas unhas visíveis, podendo 
ocorrer uma garra extra nas nadadeiras 
anteriores. 
Dieta: peixes, caranguejos, moluscos, 
mexilhões, lulas e camarões. 
Estimativa mundial da população: 
800.000 fêmeas em idade reprodutiva 
 
 
 
 
148 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
1 
 
2 
 
 
 
Nome Científico: Dermochelys coriacea 
Nomes comuns: tartaruga-de-couro ou tartaruga-gigante 
Status Internacional: Criticamente Em Perigo (classificação da IUCN) 
Status no Brasil: Criticamente em Perigo (lista de espécies ameaçadas do IBAMA) 
Distribuição: todos os oceanos tropicais e temperados do mundo 
Habitat: principalmente alto-mar, sendo eventualmente encontrada em baías e estuários. 
Tamanho: até 2 m de comprimento curvilíneo de carapaça 
Peso: 500 kg em média, podendo atingir até 700 kg. 
Casco (carapaça): composto por uma camada de pele fina e resistente e milhares de 
placas minúsculas de osso, formando sete quilhas ao longo do comprimento; apenas os 
filhotes apresentam placas córneas, daí o nome popular: de-couro; a coloração é 
cinzento-escura ou preta, com pontos brancos. 
Dieta: alimenta-se essencialmente de medusas 
Estimativa mundial da população: 34.000 fêmeas em idade reprodutiva 
 
4.4 Aves marinhas 
 
O livro “Aves marinhas e insulares brasileiras: bioecologia e conservação” 
(Branco, 2004), é um livro completo sobre as aves marinhas no litoral brasileiro(recomendo a leitura para quem tenha interesse no assunto). A seguir foram compiladas 
(integralmente) informações da introdução desta obra: “Aves marinhas constituem um 
grupo muito diversificado de espécies que se adaptaram com grande eficiência ao meio 
marinho, permitindo aproveitar recursos que até esse momento estavam inacessíveis 
para elas. Comparativamente um número pequeno de aves está adaptado à vida no mar 
a despeito da quantidade potencial de alimento disponível, em torno de 3% de um total de 
9970 espécies conhecidas (Peterson, 2003). Consideram-se aves marinhas as espécies 
que obtém seu alimento desde a linha do baixo mar até o mar aberto. O mar brasileiro é 
considerado pobre em aves marinhas em conseqüência da baixa produtividade das águas 
tropicais (Sick, 1997). Pode-se encontrar mais de 130 espécies distribuídas entre aves 
149 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
1 
 
2 
 
 
costeiras e marinhas (Vooren & Brusque, 1999), destas, a grande maioria é composta por 
espécies migratórias procedentes do hemisfério norte entre os meses de setembro a maio 
e do extremo meridional entre maio a agosto. Consideramos como aves marinhas 
insulares, as espécies que nidificam em ilhas costeiras e oceânicas do litoral brasileiro. 
Dessa forma, 18 espécies representadas pelas famílias Procellariidae (2sp), 
Phaethontidae (2sp), Sulidae (3sp), Fregatidae (3sp) e Laridae (8sp), podem ser 
encontradas reproduzindo-se no ambiente insular do Brasil, além de outras espécies 
aquáticas ou limícolas”. 
As aves marinhas desempenham um papel de elevada importância no meio 
marinho, funcionando como bioindicadores do estado dos oceanos. Além de identificarem 
importantes zonas de pesca, são espécies que acumulam metais pesados no seu 
organismo. Através de estudos científicos consegue-se determinar a quantidade de 
metais pesados ingeridos pelas aves e determinar se as áreas de alimentação destas 
aves estarão contaminadas. 
Alguns representantes deste grupo de organismos são: gaivotas, trinta-réis, 
atobás e tesourões (ambiente costeiro); pingüins e albatrozes (ambiente pelágico). 
Confira alguns representantes deste grupo na figura abaixo: 
 
Nome Científico: Phoebastria albatrus 
Nome Popular: Albatroz-de-cauda-curta 
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/ 
Ave_oce%C3%A2nica 
 
Nome Científico: Sterna hirundinacea 
Nome Popular: Trinta-réis-do-bico-vermelho 
Fonte: Acervo CEMAVE. http://www.ibama.gov.br
 
150 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
1 
 
2 
 
 
 
Nome Científico: Sula leucogaster 
Nome Popular: Atobás marrons 
Fonte: www.ibama.gov.br. 
 
Nome popular: Pingüim-de-Magalhães 
Nome científico: Spheniscus magellanicus
Fonte: http://www.zoologico.sp.gov.br. 
 
4.5 Mamíferos marinhos 
 
Três ordens de mamíferos, que evoluíram de ancestrais terrestres diferentes e de 
maneira independente, se adaptaram à vida marinha: Cetácea (baleias e golfinhos), 
Pinnipedia (focas, leões marinhos e as) e Sirenia (peixe-boi, vaca marinha e dugongos). 
Existem cerca de 90 espécies de cetáceos, que variam de cerca de 1 metro a mais de 30 
metros de comprimento. As características comuns deste grupo são: (1) são 
homeotérmicos, ou seja, tem a capacidade de auto-regular a temperatura interna; (2) 
respiram ar atmosférico através de pulmões; (3) possuem glândulas mamárias para 
amamentar seus filhotes, (4) possuem pêlos em pelo menos um período de vida. 
 
Fonte: www.seia.ba.gov.br 
Para evitar que a apostila se tornasse demasiadamente extensa, optou-se por 
indicar nas referências diversos sites, artigos, notícias, centros de pesquisa, projetos 
ambientais de preservação da fauna marinha, entre outros. Através destes meios é 
151 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
1 
 
2 
 
 
152 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
possível obter inúmeras informações sobre os mamíferos marinhos, e os demais temas 
abordados no tópico de oceanografia biológica. 
 
--------------------FIM DO MÓDULO V ---------------------- 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 
 
 
 Dicas e links interessantes: 
 
• As informações dos textos acima foram principalmente compiladas das 
seguintes fontes; 
 
Alguns institutos de preservação da fauna marinha, grupos de pesquisa, ongs, etc. É 
possível obter diversas informações interessantes, confira os seguintes links: 
 
BRANCO, J. O. (Org.). Aves marinhas e insulares brasileiras: bioecologia e 
conservação. Itajaí, SC: Editora da UNIVALI, 2004. 266 p. 
 
CEPSUL/IBAMA (http://www.ibama.gov.br/cepsul/); 
 
DAJOZ, R. 2005. Princípios de Ecologia, Ed. Artmed, AS, Porto Alegre, 519p. 
 
Dicas interessantes: 
1 
 
2 
 
 
153 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
Documentários e imagens interessantes sobre a fauna marinha no Discovery Channel 
Brasil (http://www.discoverybrasil.com); 
 
Grupo de Estudos Pesqueiros/GEP. Com diversas informações sobre a situação da pesca 
industrial marinha (www.univali.br/gep); 
 
HÖFLING, J. C. 2000. Introdução à Biologia Marinha e Oceanografia. Edição do Autor, 
Campinas, 71 p. Instituto de Pesca de SP (www.pesca.sp.gov.br);
LERMAN, M. 1986. Marine biology: environment, diversity, and ecology. Menlo Park, 
The Benjamin/Cummings Publ. Co. Inc. 534p. 
 
LEVINTON, J. S. 1995. Marine Biology. Function, Biodiversity, Ecology. Oxford Univ. 
Press, New York, 420p. 
 
Material didático do curso de graduação em Oceanografia na Universidade do Vale do 
Itajaí, das seguintes disciplinas: - Plâncton (Profs. Marcelo Rodrigues-Ribeiro, Charrid 
Resgala Júnior e Leonardo Rörig); - Nécton (André Barreto, Joaquim Olinto Branco e José 
Angel Perez); - Ictiologia (Maurício Hostim Silva); - Bentologia (Paulo Ricardo Pezzuto). 
O portal: http://www.mar-alto.com, traz diversas informações sobre a oceanografia 
biológica em geral (porém é um pouco lento!); 
 
Odum, E.P.; 1986; Ecologia; Ed. Guanabara S.A.; Rio de Janeiro, 434 p. 
 
Para informações mais detalhadas, os seguintes livros são recomendados: 
Para os interessados em ictiologia há um recurso muito interessante, o Fishbase 
(http://www.fishbase.org), que é um banco mundial de dados sobre as espécies de peixes 
1 
 
2 
 
 
154 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
descritas, é possível entrar com o nome popular ou científico da espécie, e obter uma 
série de informações; 
 
PEREIRA, R. C. & SOARES-GOMES, A. (orgs.). 2002. Biologia Marinha. Ed. 
Interciência, Rio de Janeiro, 382p. 
 
Projeto Albatroz (www.projetoalbatroz.org.br); 
 
Projeto Baleia franca (www.baleiafranca.org.br); 
Projeto Golfinho Rotador (http://www.golfinhorotador.org.br/); 
 
Projeto Mero do Brasil (www.merosdobrasil.org); 
 
Projeto TAMAR – conservação das tartarugas marinhas 
(http://www.projetotamar.org.br); 
 
Projeto Tubarões do Brasil – Protuba (http://www.institutoaqualung.com.br/protuba.html); 
 
Ruppert, E.D. & Barnes, R.D. 1994. Zoologia dos Invertebrados. 6a. Ed., Editora Roca 
Ltda., 1029p. 
 
Schmidt-Nielsen K. 1996. FisiologiaAnimal: Adaptação e Meio Ambiente. São Paulo, 
Santos Livraria e Editora, 600 p. 
 
SCHMIEGELOW, J. M. M. 2004. O Planeta Azul - Uma introdução às ciências 
marinhas. Ed. Interciência, Rio de Janeiro, 202p. 
1 
 
2 
 
 
155 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
 
Thurman, H. V. 1996. Essentials of Oceanography. 5ª ed. New Jersey, Prentice Hall. 
400p. 
 
 
 
 
--------------FIM DO CURSO-------------- 
	1 Introdução 
	2 Plâncton 
	2.1 Fitoplâncton 
	2.2 Zooplâncton 
	3 Bentos 
	4 Nécton 
	4.1 Peixes Marinhos 
	4.2 Répteis 
	4.3 Tartarugas marinhas 
	4.4 Aves marinhas 
	4.5 Mamíferos marinhos 
	BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 
	 
	 Dicas e links interessantes:

Continue navegando