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Resumo baseado no livro Os Debates Sobre A Transição: Ideias e Intelectuais na controvérsia sobre a origem do capitalismo. Por Rebecca Helena

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REBECCA HELENA DE CARVALHO PRELADO
HISTÓRIA ECONÔMICA GERAL I – RESUMO
Resumo baseado no livro Os Debates Sobre A Transição: Ideias e Intelectuais na controvérsia sobre a origem do capitalismo.
	SÃO JOÃO DE MERITI - RIO DE JANEIRO
07/11/2015
CAPITALISMO E SERVIDÃO NO PENSAMENTO MARXISTA CONTEMPORÂNEO
 Os intelectuais têm visões diferentes sobre o capitalismo, isto ocorre porque é um conceito e não uma verdade absoluta. Por essa diversidade de sentidos é difícil seguir uma linha exata para estabelecer melhor significado. Tendo ciência disto pode-se iniciar a investigação de pensadores diversos.
 Dobb toma o capitalismo como “modo de produção específico” e destaca sua importância teórica para a formação de argumentos. Para isso se desvincula de ideias onde este é visto como natural ou descendente de manifestações antigas, como Weber, os circulacionistas e outros quiseram implementar. Desfaz também a ideia de que a História e a Teoria devem entrar em contradição continuamente para que consigamos um caráter plural (P. 29).
 O capitalismo teve suas características minimizadas quando o colocaram apenas como relação de empresas individuais, depois alguns intelectuais especificaram um pouco mais e o consideraram um sistema de produção sistematizador de lucros que precisava de racionalidade como as ideias de Weber e o circulacionismo usado como base para Sweezy. O que os estudiosos buscavam era a característica que faria tal sistema singular e não foram efetivos segundo Dobb (P. 30 e 31).
 O intelectual inglês se concentra em pontos que podem diferenciar o capitalismo e o separar de outras épocas ampliando as teorias já citadas, como quando inclui a força de trabalho como mercadoria, em geral “espanta o fantasma do capitalismo” e coloca fatos objetivos que podem ser tratados isoladamente. Para manter o sistema é estritamente necessário que tenhamos concentração de propriedade nas mãos de poucos e que haja pessoas que dependam destes para sobreviver, trocando trabalho por salário. Ocorreria então “extração de excedente por meio da mais-valia” e a opressão extraeconômica acabaria (P. 31 e 32).
 O marxista tem como ideia fixa a impossibilidade de aparição de um único modo de produção, apenas nos momentos de transição. O que ocorre é a predominância de um modo sobre outro para determinação e a dominância não é tomada por medidas quantitativas e sim por mudanças nas condições reais. O alvo é saber como o atual sistema econômico atingiu a supremacia e qual é o seu caráter plural (P. 32 e 33).
 Além de passagem de tempo e costumes é necessário revolução social para que as características do sistema se espalhem. Logo, boa parte do capital de pessoas com poder aquisitivo ia para manter o sistema que as deixavam ricas e tentavam reprimir revoluções a fim de que não tivessem diminuição de influência na sociedade (P. 33 e 34).
 Dobb diz que os primórdios do capitalismo se deram a partir da transformação do produtor direto em subordinado do pequeno grupo de proprietários e que nos séculos XVI-XVII o capital começa sua trajetória brilhante. Não se devem confundir processos antigos que tinham bastante semelhança, mas pouca influência, com o capitalismo. Destaca- se mais uma vez a possibilidade de investigação do Capitalismo o desligando de passados históricos, utilizando suas principais características para que seja possível traçar seu surgimento, desenvolvimento e expansão. Em suma transferir a visão para outros pontos (P. 34 e 35).
 Ele também estuda o feudalismo, ele não tem os acordos, “relações jurídicas”, entre servos e senhores e as trocas mercantis como ponto importante. Traz o estudo para a relação de trabalho estabelecida, ou seja, dá um destaque econômico para a análise. Mas como as relações jurídicas ainda eram muito valorizadas, o feudalismo se afastava de Marx, era tido como um sistema onde havia pouca troca de moeda diretamente, já que se concentrava na subsistência e conseguia se desenvolver sozinho (P. 36).
 A relação de trabalho do feudalismo para Dobb o aproximava do escravismo por conta das medidas coercitivas, a não ser pelo fato de que os servos ainda eram donos dos meios e responsáveis pelo seu sustento diretamente. O intelectual deixa claro que para sobrevivermos não é necessária servidão (P. 37).
 Nas divergências de sentido do feudalismo surge a discussão emblemática entre Dobb e Sweezy. Para o último a definição do anterior era vaga, não levava a importância do sistema de produção. O norte-americano mostrou que o inglês fez o que criticava, generalizou o sistema historicamente deixando de colocar fatores que fizeram o sistema se sustentar e chegar a muitos lugares. E que se tivesse analisado a Europa ocidental e depois abrangido as fronteiras detectaria os erros (P. 37 e 38).
 Então o economista adversário se baseia na teoria estabelecida para mostrar os enganos cometidos por seu antecedente. Diz que não há conceitos escondidos e que seu atraso técnico e de métodos descende do pouco incentivo para troca e por sua tradição forte. Além disso, mostra a capacidade do sistema quando relata os confrontos internos e instabilidade enfrentados (P. 38 e 39).
 Dobb volta a público com resposta para a crítica de Sweezy. Ele continua com sua ideia de comparação entre feudalismo e servidão, já que o pressuposto do norte-americano para desassociar um do outro era a amplitude. Dobb assume que deveria ter ampliado seus estudos, contudo afirma a presença da servidão em outros muitos momentos o que desqualifica a base de Sweezy. Além disso, traz a tona um erro cometido, o sentido de sistema de produção como modo de produção. Afirma que sua interpretação histórica engajaria relações entre o produtor e o mercado (P. 39).
 Ele ratifica a diferenciação do sobretrabalho, ou seja, como os servos pagavam sua estadia aos senhores. Mas diz que não é o suficiente para diferenciar os tipos de feudalismo, já que usavam imposição de força nos dois âmbitos. Dobb adverte com veemência Sweezy por minimizar os benefícios advindos da luta de classes, pois mesmo que não tenha sido uma mudança direta para o capitalismo contribuiu para que os trabalhadores diretos independessem da classe dominante (P. 40).
 Surge outro intelectual a defender e criticar Dobb, alguns pontos citados por Takahashi são: Não há como se antecipar e definir qual a força de trabalho para descobrir sua natureza. O feudalismo está vinculado com a servidão e sua base está na exploração do produtor direto. O maior problema e que deve ser resolvido mais rapidamente será o da forma social que há de força de trabalho. Por fim, é um modo de produção. Ele se baseia em Marx e diz que tal modo utiliza valores de uso. Enfatiza o fato de que a forma de comportamento da sociedade deve ser analisada pela forma que a moeda ajuda na intermediação da produção e a própria produção de mercadorias. A diferença maior entre capitalismo e o feudalismo está na mudança de posses e na forma de trabalho (P. 41 e 42).
 Hilton, intelectual da área, também apoia Dobb e acha a discussão polvorosa sobre a servidão sem necessidade, pois era definida por Marx. Retoma as ideias de Takahashi. A servidão se e manifesta em várias realidades, até mesmo existe e não é dada por seu termo correto. O seguidor de Pirenne sabe da importância de Dobb e Sweezy e destaca a predominância das prestações de trabalho e a resistência dos camponeses nos séculos X e XI (P. 42 e 43).
 O intelectual também consegue acrescentar bastante com um comentário que diz basicamente que a ideia de Marx sobre feudalismo tem influência até hoje mesmo com quem não é marxista e nas variáveis do modo fora da Europa (P. 44).
 O intelectual Parain pende para os conceitos de Sweezy, mas sem foco no circulaciomismo. Ele também discorda da associação de servidão ao feudalismo sem análise prévia, então sugere que seja criada uma espécie de tabela para analisar qual modo tem quantidadesuficiente para ser classificada como servil. Para ele mesmo na decadência da servidão clássica não há liberdade imediata do produtor direto, a servidão só ocorre quando há “relações definidas juridicamente” e somente a renda-trabalho conta (P. 44 e 45).
 Os intelectuais citados até aqui concordam que há coerção extraeconômica, mesmo sendo em menor ou maior escala (P. 46).
 Como Parain disse a noção de servidão pode se desligar do modo de produção feudal. É o que acontece no sistema de encomiendas que usa a servidão aliada à superestrutura e imposição militar. Este diverge dos outros e atenta mais para questões superestruturais (P. 47).
 Hobsbawn faz um equilíbrio das opiniões sobre o conceito tratado até agora. Temos a “universalidade do feudalismo” que é uma ideia dos marxistas e ele questiona o que a define, mas confessa que é melhor para entendimento de todos (P. 47 e 48).
 Por fim, neste capítulo pode-se perceber que há dois tipos diferentes para análise do feudalismo e a necessidade de ele estar unido com a servidão. Dobb o vê como modo de produção e Sweezy vê como algo maior, um sistema de produção. Portanto estudaram-se pontos de vista marxistas: “modo de produção como definidor máximo” e não-marxistas: atenta para fatores externos (P. 48).
TROCAS COMERCIAIS E LUTA DE CLASSES NA TEORIA DA TRANSIÇÃO PARA O CAPITALISMO
 No presente capítulo será tratada a gênese do impulso para as mudanças e sua definição, a principal será descobrir como o capitalismo sucedeu o feudalismo. As divergências entre os intelectuais persistirão (P. 49).
 Dobb ressalta alterações importantes, como a que os senhores continuariam a apropriação de excedente por exemplo. Transformações fizeram a comunidade feudal criar agilidade, mudar a estrutura e os próprios senhores ficaram interessados em comercializar (P. 49).
 Esse interesse dos nobres gerou dois novos pontos: o da primeira chama para o futuro trabalho assalariado, porque eles trocaram a forma de pagamento de trabalho para dinheiro e o da “segunda servidão” que explorava mais o camponês para que ele produzisse o suficiente para mercantilização. Não há provas de que o comércio aumentasse a coerção, mas também não há provas contrariando (P. 49-51).
 O mercado não teve influência decisiva para transição de modelos, uma prova é que a expansão dos feudos começou pelos mais distantes das cidades, locais onde a comercialização era mais intensa (P. 50).
 O inglês volta a criticar o circulaciomismo por sua falta de objetividade e de um conceito que realmente definisse o feudalismo como modo de produção. Ele também ratifica a revolução social como método eficaz para a transição entre os modos de produção (P. 51).
 A crise do feudalismo emerge com o interesse dos dominantes por dinheiro e a decadência do modo de produção. O declínio se dá porque os camponeses não buscavam melhorar os métodos de trabalho, já que seriam explorados de forma inconcebível e toda renda gerada por eles seria passada para os senhores através de regras novas, no conceito de Dobb (P. 51).
 Como a exploração do campesinato só crescia e mesmo assim não eram atingidas as metas para subsistência do modo, os dominados começaram a fugir para terem melhores condições. Primeiro os nobres se uniram, mas quando não obtiveram solução começaram uma tentativa de recuperar a confiança de seus servos para tal estratégia dar certo flexibilizaram o sistema (P. 52).
 Os senhores feudais tinham esperança de que com o crescimento da população a crise seria aliviada, mas houve êxodo rural. Isto devido a guerras, pestes e exploração demasiada. Diferente de hoje que o ganho é beneficente, em sua origem foi uma tentativa de evitar transições (P. 52 e 53).
 Dobb encontra a base do capitalismo na crise e procura o porquê dos donos de terras preferirem manter e até transformar o feudalismo mesmo com tantos problemas. Além disso, dá novo destaque às lutas de classes como agente de mudança benevolente em algumas partes e como a situação piorou em outros lugares, mesmo já tendo sido impactada pela crise (P. 53).
 O desespero por mão de obra trouxe a escravidão para o modo de produção (P. 54). O intelectual aponta o Estado como “fator de desequilíbrio” e diz que fatores políticos não influenciaram na transição. Para ele já grandes vestígios de que mudanças ligadas à economia tenham sido o pilar (P. 54).
 Na parte da Europa que ficou sem trabalhadores nas terras, os influentes trataram de implantar o trabalho assalariado para que tivessem subsistência. Mas o trabalho livre ainda se estabilizava sem abandonar a servidão. No modelo assalariado os novos trabalhadores livres tinham de produzir mais para agradar o seu pagador e gerar um excedente vistoso para tal e para continuar a trabalhar vencendo a concorrência. Outro ponto é a pobreza do camponês, logo sua necessidade de trabalho como um dos principais fundadores do capitalismo (P. 55 e 56).
 Alguns proprietários amenizaram suas exigências, evitaram o despovoamento e mantiveram a servidão. Outros que tinham pouca força de trabalho e muitas terras intensificaram o trabalho com assalariamento ou alugaram as terras para seus antigos servos. Um ponto visado pelos senhores e que os atraía para prestação de serviços seria a economia com taxas de administração e produtos (P. 56).
 As mudanças ocorridas foram fundamentais para que os servos conseguissem acumular valor monetário e até investir em arrendamentos para expandir e contratar trabalhadores para “suas” terras. Porém, esta ainda não foi a libertação do camponês. Havia lugares com grandes vitórias e outros com grande coerção. Os senhores continuavam em seus momentos difíceis, agora existe a concorrência com burguesia mercantil e com os camponeses que conquistaram espaço. No século XVII tal quadro mudou com a Revolução burguesa (P. 57 e 58).
 Sweezy determina o agente motor da mesma forma que o marxista inglês quando relacionado ao aumento da monetização. Entretanto, aparecem as contradições iniciando-se pela questão do crescimento coercitivo. Dobb disse que o crescimento do setor dominante aumentou a exploração, mas o norte-americano diz que se o dominante aumentou o que é duvidoso, os outros setores também aumentaram e a fronteira agrícola também (P. 58 e 59).
 Os gastos suntuários são considerados um bom argumento para o aumento da coerção e a prova é que o comércio de longa distância tinha crescido e os custos para ter os bens eram altos, o que o leva a discordar de Dobb outra vez comprovando por sua teoria que o fator era externo. Os problemas trazidos pelo comércio ao feudalismo só ascenderam, depois de ter se infiltrado no feudalismo o comércio de longa distância abriu as portas para os valores de troca substituírem os de uso com os novos comércios que surgiram (P. 59).
 O marxista diz que o povo fugiu das terras, mas Sweezy o contraria com fatos pertinentes: os servos só fugiriam caso houvesse expectativas de encontrar algo melhor e não sairiam de um lugar de certa comodidade e onde tinham seu lugar na sociedade para um lugar qualquer. A coerção era um ponto importante que para o não-marxista tinha aumentado em decorrência do renascimento urbano, ou seja, causas externas (P. 60).
 Para Sweezy o aumento das trocas fez o conceito de riqueza mudar e aderir o dinheiro como representante, tal mudança envolve todos do sistema monetarizado. Este também é um fato que aumentou a exploração dos servos. Visto isso pode-se afirmar que a comercialização realmente não extinguiu a servidão, entretanto foi acompanhada pelo decaimento do antigo modo com a imponência do senhor de segurar o método, em alguns lugares. Uma vez que foi verificada uma disposição de troca de trabalho obrigatório por aluguéis, a impulsão dos senhores para o mercado a fim de que não perdessem seus trabalhadores e o fato de que os antigos camponeses produziriam mais e gerariam mais lucro. Nesta transição os que antes eram apenas dominadosganhariam direitos (P. 60-62).
 Nos séculos XV e XVI estava acontecendo uma transição e Dobb se precaveu antes de ligar os fatos ao sistema capitalista, disse apenas que ainda havia o feudalismo que dava pouca liberdade a quem servia. Já Sweezy que considera o modo de produção feudal mais do que uma interdependência entre senhor e servo, destacou que o período não podia ser feudal uma vez que não foi em sua maioria baseado na servidão e o definiu como “pré-capitalista”. O inglês entrega novos pontos e até uma parte da teoria de Sweezy para afirmar que o renascimento comercial foi um acelerador da transição e que é muito pouco associar uma mudança de modos de produção a uma única força (P. 62 e 63).
 Dobb ratificou mais uma vez a importância da relação entre servo e senhor divergindo do norte-americano e falou da ilegitimidade da passagem direta do feudalismo para o comércio por conta do circulacionismo e dá novamente o exemplo das cidades mais distantes que aderiram primeiro o mercado em relação às mais próximas (P. 64).
 Finalmente os dois optam por não definir o período como capitalista ou feudal, contudo Dobb vai além e diz que também não é pré-capitalista, o caracteriza como feudal por causa da política feudal vigente. As trocas e o Estado minavam o feudalismo aos poucos, porém ainda estava longe de serem realmente livres (P. 64).
 Takahashi concorda com Dobb na maior parte de sua continuidade na discussão, condena Sweezy por restringir o estudo apenas à Europa Ocidental e relativiza o conservadorismo europeu no caso de ser comparado apenas com apenas uma forma de produção. Ele também acha que o fator motor é interno e quer mostrar o que os outros não enfatizaram sobre como o comércio agiu sobre a autonomia dos pequenos (P. 65).
 Sweezy continua sua linha de raciocínio e critica Dobb e Takahashi por insistirem na ideia de agente interno e não explanarem mais o assunto. Diz com ênfase que os intelectuais querem diminuir o comércio na função de redutor do feudalismo (P. 65 e 66).
 Hilton volta a se manifestar, agora ele critica Sweezy sem usar os argumentos de Dobb e Takahashi. Ele se baseia em Pirenne que defendia que a troca de mercadorias descendia dos romanos e que o comércio do oriente teria interferido no comércio local, defendendo que as mercadorias voltariam a ser como dantes produzidas com a reabertura da comercialização de longa distância. Suas teorias foram negadas tendo em vista o desencontro de épocas. Também deixa de usar os meios circulacionistas e vê os senhores como maximizadores de lucro que apenas queriam poder (P. 66 e 67).
 Rodney aprofunda sua teoria mostrando com argumentos que o que realmente importava eram os excedentes não influindo em como era conseguido e nem a parte para sobrevivência dos servos. Afirmou que a economia natural gerava mais sobras e que o propulsor do crescimento comercial era a produção simples. Não tendo findado suas declarações disse que a luta pela renda desencadearia a crise feudal, isto é, um fator interno (P.67 e 68).
 Parain prossegue seu estudo criticando o circulacionismo e tem como base da crise o aumento da opressão sobre os servos, porque o processo estava saturado. No entanto, fala sobre a comercialização também trazer sofrimento ainda maior aos trabalhadores, a miséria. Ele não confere às revoluções sociais a transição entre os modos, pois tiveram resultados muito distintos umas das outra. A mudança para este viria após o período da crise (P.68 e 69).
 (P.69). Após todos os fatos analisados vê-se que o impulso para transição podia vir através do circulacionismo ou de fatores internos da sociedade e o que o comércio pode representar nas mudanças juntos a pontos externos ou internos ao âmbito dos envolvidos. Comecemos a explicar como cada intelectual citado baseou sua teoria: 
 Dobb não recorre ao comércio para esclarecer as mudanças dos modos, já que houveram tantos exemplos que negavam tal teoria. Atribui à revolução social a responsabilidade maior, mas sabe que o mercado também influenciou bastante no término do feudalismo. Sweezy liga o fim do feudalismo diretamente ao comércio e seu crescimento, à produção de mercadorias. Com isto constata-se a presença do comércio nas duas maiores teorias, apenas com visões diferentes. Para o marxista era implantado onde os servos conseguissem se beneficiar e para o antagonista o comércio é o que desenvolve a transição (P.69 e 70).

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