Prévia do material em texto
Diagnóstico por imagem Radiologia do sistema ósseo Estrutura dos ossos longos: Epífise: são as extremidades do osso Metáfise: zona de crescimento de um osso, situada entre a epífise e a diáfise Diáfise: corpo do osso, parte mais longa Periósteo: película que envolve o osso, se estiver normal não aparece no RX O disco de crescimento é feito de cartilagem, então não aparece no RX, é visto entre epífise e o resto do osso A parte externa do osso que é dura é chamada de osso cortical. Já a parte interna “mole” é chamada de medular Ao solicitar RX pedir no mínimo 2 projeções perpendiculares entre si. Em algumas situações é indicado radiografar o membro contrário do machucado para comparar. Respostas a injúria: ↓radiopacidade: mais escuro, pode variar de formato. Se houver uma mancha focal= osteólise, se houver mancha escura em localização generalizada é osteopenia do corpo (falta de cálcio) todos os osso estão mais escuros ↑radiopacidade: mais claro, se for focal= esclerose Alterações traumáticas: Ferimento externo comunicante: aberta: mancha mais escura na imagem (não somente no osso) indica presença de ar, significa que a pele foi rompida e entrou ar. Obrigatório colocar no laudo fechada: sem manchas escuras, sem presença de ar Extensão da lesão: Completa: o osso quebrado está completamente separado Incompleta: quando o osso sofre apenas rachadura ou fratura parcial https://symbl.cc/pt/2191/ Segmentar: 2 focos Por contusão/arrancamento: quando algo puxa para fora do lugar, acentua o espaço de inserção de ligamento/tendão (apenas em jovens, mais velhos acaba rompendo o ligamento) Direção da fratura se for completa: Borda da fratura: Localização da fratura: diafisária: quando ocorre na diáfise, pode ser proximal, medial ou distal condilar: ossos que tem côndilo (“bolinhas” nas pontas) intercondilar: entre os côndilos suproncondilar: proximalmente (acima) aos côndilos Simples: apenas 1 foco Cominuitiva: 3 ou mais focos Transversa: bordas “retas” Oblíqua: bordas na diagonal Espiral: bordas espiraladas, da para ver a medula na borda da fratura Posição dos fragmentos: desvio do eixo manutenção do eixo Radiologia do sistema ósseo II Fratura epifisária ou salter-harris: Só acomete animais jovens, é classificado de acordo com o grau de desenvolvimento da epífise, fise e metáfise Probabilidade de deformidade no cresimento devido ao fechamento precoce Normal Tipo I: Fise (Fratura no disco de crecimento) Tipo II: (Fratura no disco de crecimento + Metáfise) Tipo III: (Fratura no disco de crecimento+ Epífise) Tipo IV: (Fratura no disco de crecimento+ Epífise+ Metáfise) Tipo V: (Compressão do disco de crescimento) Consolidação óssea: Ossificação do calo e desaparecimento de linha de fratura Fratura→ hematoma→organização do tecido conjuntivo→ossificação→calo ósseo Necessário fazer exame radiológico imediato após a redução em 2 projeções para verificar alinhamento Acompanhar 2, 4 e 6 semanas após fratura para verificar o alinhamento, implantes cirúrgicos, infecção, calo ósseo e comparar com radiografias anteriores Periósteo (que está por fora do osso) e endósteo (que reveste a cavidade óssea) AFECÇÕES DE ETIOLOGIA INDETERMINADA Panosteíte: Acomete raças grandes e gigantes como pastor alemão e basset hound, é comum entre jovens de 5-12 meses e adultos com 7 anos Gera aumento da atividade osteoblática e fibroblástica no endostéleo e canal medular Acomete ossos longos: úmero, rádio, ulna, fêmur, tíbia Sinais clínicos: claudicação sem histórico de trauma, dor a palpação profunda de diáfise Aspectos radiográficos: esclerose do canal medular (áreas arredondadas) geralmente perto do forâmen nutricio) Área de esclerose unilateral no canal medular (mancha branca no meio do osso) Área de esclerose no canal medular bilateral em terço proximal do fêmur e médio do fêmur Osteopatia pulmonar hipertrófica: Etiologia indeterminada porém a tese mais aceita é que seja um distúrbio circulatório neurovascular Acomete cães e gatos adultos e idosos Sinais clínicos: aumento de volume das extremidades (bilateral e simétrico), dor e claudicação Aspectos radiográficos: proliferação periostal irregular dependendo da severidade simétricas e bilateral não afeta articulações Ao radiografar e perceber a alteração periostal irregular é necessário radiografar o tórax No tórax: presença de “bolinhas” (metástase), hipótese + aceita é que a metástase está estimulando o nervo vago que está gerando vasoconstrição periférica (não necessariamente precisa ser metástase para estimular, pode ser qualquer coisa pressionando o nervo vago) Se ao radiografar o tórax não houver nenhuma alteração é necessário fazer USG para buscar a moléstia que está gerando isso A alteração periostal começa nas extremidade e vai subindo pelos ossos ALTERAÇÕES METABÓLICAS: Hiperparatireoidismo secundário nutricional: Acomete cães e gatos jovens quando não se alimentam de forma adequada. Distúrbio nutricional devido a diminuição de cálcio gerando desquilíbrio e estimulando paratormonio ativando o osetoclato, o osso fica fino Aspectos radiográficos: diminuição generalizada da radiopacidade (osteopenia) adelgaçamento de corticais (deixa fino) cifolordose fraturas patológicas decorrente da osteopenia estreitamento pélvico (pode gerar fecaloma) imagem sem contraste devido a perda óssea estreitamento pélvico e imagem sem contraste adelgaçamento de cortical O adelgaçamento de cortical pode voltar ao normal, já os outros sinais não Hiperparatireoidismo secundário renal: É causado pelo distúrbio glomerular: aumento de fósforo e PTH. Os rins não conseguem filtrar o fósforo direito gerando acpumulo Acomete animais jovens e idosos Aspectos radiográficos: menor radiopacidade dos ossos do crânio tornando os dentes mais evidentes “dentes flutuantes” e “mandíbula de borracha” devido ao osso ser maleável fraturas patológicas NEOPLASIAS ÓSSEAS Não é possível fechar diagnóstico apenas com o RX pois não vê células e tecidos, apenas o histopatológico fecha diagnóstico Em 80% dos casos é osteossarcoma, acomete adultos e idosos de raças grandes e gigante. Localização sempre: distal rádio, proximal úmero, distal fêmur, proximal tíbia Sinais clínicos: claudicação e aumento de volume Aspectos radiológicos: osteólise proliferação periostal desorganizada e mista aumento de volume de partes moles controle radiográfico necessário citologia/biópsia para fechar diagnóstico geralmente monostótico (preserva as articulações) fraturas patológicas Tipos de proliferação: Proximal úmero distal rádio e ulna distal fêmur proximal tíbia Distal de rádio e ulna Falange proximal monostótica, osteólise Osteólise na parte óssea, monostótica (articulação preservada) Osteólise parte proximal do úmero, monostótica Proliferação periostal desorganizada DOENÇAS INFECCIOSAS Osteomielite: inflamação do osso causado por foco de infecção (fraturas expostas, cirurgias contaminadas, mordidas, feridas abertas) Sinais clínicos: dor, edema, febre, claudicação Aspectos radiográficos: osteólise esclerose (proliferação periostal por tentativa de confinamento, encapsular o agente infeccioso) aumento de partes moles monostótica ou poliostótica Tarsos e metatarsos acometidos por osteólise, poliostótico (acomete articulações) Proliferação periostal regular (calo ósseo), está protegendo mais o osso do que fazendo osso para consolidar Osteomielite X neoplasia anamnese sintomas~estudos radiológicos histopatológicos cultura bacteriana e fúngica Articulações são as junções entre dois ou mais ossos, não é possível ver no raio X DOENÇA ARTICULAR DEGENERATIVA (OSTEOARTROSE) Ossos instáveis, corpo tenta concertar a partir da criação de osso para “estabilizar” os dois ossos Os osso que estão “nascendo” são chamados de artrose. Demais doenças articulares no fim acabam resultando em artrose Alteração degenerativa não inflamatória da cartilagem e do osso Primária: uso e idade, sem causa específica Secundária: qualquersituação que leve a alteração articular (alteração de desenvolvimento, deformidades traumáticas). Radiologia do sistema articular LUXAÇÃO E SUBLUXAÇÃO Perda total/parcial da relação articular “desencaixe na articulação” Perda total=luxação Perda parcial= subluxação Pode ocorrer em qualquer articulação do esqueleto LUXAÇÃO DE PATELA Pode ser congenita ou traumática. O mais comum é ter luxação de patela medial (pequeno porte) ou lateral em cães de grande porte (rara) Cirurgia de Osteotomia corretiva é o melhor tratamento (corta o osso para arruma-lo, se a origem for óssea). Para ter certeza que não vai ocorrer novamente o osso é lixado Desvio medial da patela (bilateral) Traumática ( bilateral) DAD RUPTURA DO LIGAMENTO CRANIAL É a principal causa de claudicação em cães e gatos, pode ser secundário a trauma ou não, para saber se rompeu ou não “teste de gaveta” pois não se diagnostica apenas com o RX Aspectos radiográficos: derrame intra- articular, deslocamento cranial da tíbia em relação ao fêmur, DAD O rompimento sempre vai ser cranial devido o impulso ALTERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO: NECROSE ASSÉPTICA DA CABEÇA DO FÊMUR Acomete cães pequenos e jovens (7-11 meses). Não é traumático, acontece uma falta de irrigação saguínea na cabeça do fêmur (isquêmia= necrose) Claudicação ou não apoia o membro no chão Aspectos radiográficos: osteólise cabeça e colo femoral, aumento da interlinha radiográfica, remodelamento de cabeça femoral e acetábulo, fragmentação do osso subcondral (fratura patológica). Uni ou bilateral, DAD DISPLASIA COXOFEMURAL: É o desenvolvimento anormal da articulação, tem fatores genéticos e fatores ambientais (piso, obesidade) Acomete geralmente grandes raças devido ao crescimento rápido. Pode ser bilateral ou unilateral Também acomete gatos (persa) e em geral pastor alemão, labrador, golden, rottweiler Aspectos radiográficos: incongruência articular, arrasamento acetabular/ remodelamento, subluxação/luxação. DAD 2° DFC (osteófitos periarticulares, alteração morfológica da cabeça e colo femorais, linha de “Morgan”- osteófito curvilíneo caudolateral) encaixe fica muito longe primeiro sinal radiográfico de displasia coxofemoral Classificação sengundo o ângulo de NORBERG: ≥ 105o - normal HD – • Próximo do normal HD +/- • 100 a 105 o - discreta ou suave HD + • 90 a 100o - moderada HD ++ • ≤ 90o - severa ou grave HD +++ • HD (Hip Dysplasia) Função da coluna: Fornecer proteção para a medula. É através dos forames interverterias que saem as ramificações, com isso, qualquer problema nos forames irão causar modificações físicas Regiões: cervical - tórax = cervicotorácica torácica - lombar= toracolombar lombar - sacral = lombossacra sacral Exames simples: Antes de solicitar RX realizar exame físico/neurológico. Se necessário sedação para melhor posicionamento no RX Sempre avaliar o centro da imagem, nunca pela periferia DESVIOS DE EIXO: Cifose: desvio dorsal da coluna (corcunda de notre-dame) Lordose: desvio ventral da coluna Escoliose: desvio lateral da coluna aspectos radiográficos da coluna vertebral Principais aspectos anatômicos: C7, T13, L7, S3, Cc variáveis discos invertebrais ligamentos vascularização nervos medula espinhal 1- Corpo vertebral 2- Processo transverso 3- Processo espinhoso 4- Espaço intervertebral 5- Forame intervertebral 6- Processos articulares Medula espinhal esta localizada no canal vertebral não aparecem no RX Raças condrodistróficas (patas curtas): Estresse de apertar gera desidratação do núcleo puposo (começa a endurecer, podendo ou não calcificar). Rompe dorsal (onde passa a medula) comprimindo a medula. Extrusão distal do material nuclear (literalmente expremer a espinha) Raças não condrodistróficas: Estresse de apertar gera desidratação do núcleo puposo. Não rompe a casca, mas sim faz fissuras (protrusão DISTAL) = comprime medula da mesma forma, no entanto o material não vai para fora, mas ainda continua comprimindo a medula. Desidratação do núcleo pulposo calcificação fendas/ruptura do anel fibroso extrusão do material nuclear Lordose torácica Lordose torácica e cifose lombar (Lordocifose) DOENÇAS DEGENERATIVAS: Doença degenerativa do disco invertebral (discopatia) espondilose deformante DISCOPATIAS: Discopatia é uma doença que afeta os discos intervertebrais da coluna vertebral Herniações raças condrodistróficas (Halsen tipo I)- pacientes com patas curtas raças não condrodistróficas (Halsen tipo II) Podem ser causadas por traumas ou fatores mecânicos/anatômicos (pontos de estresse) Disco intervertebral: lateral e ventral são mais espessas que região dorsal (mais fino) fendas/ruptura do anel fibroso protusão do material nuclear Desidratação do núcleo pulposo Não da para saber se é tipo I ou II pelo RX, apenas na ressonância, então no laudo do RX colocamos que há diminuição do espaço invertebral, discopatia. ESPONDILOSE DEFORMANTE: É idiopático/secundário a instabilidade entre as vértebras. O corpo vertebral é deformado Não posso chamar de artrose pois não esta na articulação, mas sim no corpo cerebral Instável, começa a fazer osso para estabilizar (proliferação nas margens dos corpos vertebrais ventrais, laterais e dorsais) Bico de papagaio Osteófito —> espondilose deformante. Ex.: descrevo: Presença de Osteofito ventrais em L1 e L2, diagnostico: espondilose deformante. HEMIVÉRTEBRAS: É a ossificação incompleta/união incompleta dos centros de ossificação Mais comum na região torácica, aspecto de cunha ou trapézio. Raça mais acometida: Bulldog e Pug, pode haver sitomatologia neurológica ou não Vértebras tem formatos diferentes, mas nada muito exagerado INSTABILIDADE LOMBOSSACRA: Síndrome da cauda equina, deslocamento ventral da epífise cranial de S1 em relação a epífise caudal de L7 (diminui canal vertebral) compressão dos nervos Espondilose deformante L7-S1 DISCOESPONDILITE: Infecção do disco e das vértebras contíguas (secundário) Causas: hematógena, corpos estranhos, compleicações pós-cirúrgicas em colunas Staphylococcus sp, Brucella canis. Mais comum nas regiões torácica e lombar Só começamos enxergar quando a doença começa a pegar/destruir as vértebras adjacentes, com isso começo a ter um espaço inter-vertebral maior. FASE AGUDA: Lise irregular das epífises das vértebras, alargamento do espaço invertebral FASE CRÔNICA: esclerose dos bordos vertebrais, osteófitos, fusão de corpos vertebrais adjacentes Devemos primeiro estabilizar o animal antes de pensarmos em fazer exames, é inadmissível paciente vir a óbito durante exame Contenção deve ser delicada e cautelosa radiologia do tórax verificar condições respiratórias do paciente COLAPSO DE TRAQÚEIA Durante a inspiração ocorre pressão negativa, então pulmão se abre e o ar entra. Tudo que está dentro da caixa torácica sofre com a pressão negativa, então não tem como a traqueía colabar em região torácica durante a inspiração (colaba na cervical) Já durante a expiração pressão positiva então a caixa torácica diminui (o pulmão vai ser apertado e o ar vai sair, apertando a traquéia na região torácica) O colapso de traqueía é quando o lúmen traqueal se fecha devido ao colabamento das paredes da traquéia, gerando dificuladade respiratória (tosse de ganso) Acomete raças toy (Yorkshire) Animais brquicefálicos possuem o lúmen traqueal com diâmetro variado, podendo confundir com colapso Se o animal estiver em crise no RX a imagem vai sair tremida, mas se ele não estiver em crise pode ser que a traquéia não apareca colabada na imagem RX normal não exclui o diagnóstico Diâmetro reduzido na parte cervical da traquéia. Imagem feita durante inspiração (diafragma está encostando apenas na pontinha do coração) ou seja, diafragma caudal Inspiração: diafragma caudal Expiração: diafragma cranial TRAUMA TRAQUEAL: Pneumomediastino: Traquéia está bem evidente e cheia de ar (o ar realça as estruturas), quando possui ar no mediastino= pneumomediastino Causa mais comum é por trauma (ex: brigas) cães quando brigamcostumam atacar região cervical, acaba fazendo um furo e entra ar no mediastino. Não tem como ver no RX o ponto de lesão na traquéia ESPAÇO PLEURAL: A pleura é uma membrana que recobre toda a caixa torácica (pleura parietal) e pleura que recobre o pulmão é chamada de pleura pulmonar. O espaço entre essas 2 pleuras é o espaço pleural Há um fluido para o deslizamento entre as pleuras durante expiração/inspiração Em condições normais o espaço pleural não é visibilizado e há presença discreta de fluído pleural EFUSÃO PLEURAL: Quando entra líquido no espaço pleural ocorre a efusão pleural Pulmão não expande seu máximo (fica uma borda entre pulmão e tórax) Com o líquido no espaço pleural o pulmão não consegue se expandir corretamente, gerando desconforto respiratório Drenar e analisar o líquido para saber a causa e origem Descrição de efusão pleural: Presença de líquido no espaço pleural impedindo avaliação de pulmão e coração com presença de incisura interlobais PNEUMOTÓRAX: Mas se ao invés de líquido for ar no espaço pleural chamamos de pneumotórax Precisa drenar o ar pois ele vai impedir que o pulmão se expanda Descrição do pneumotórax: presenla de ar no espaço pleural com desvio dorsal do coração em relação ao esterno Coração e esterno se encostam em condições normais, já no penumotórax eles não se encostam Aumento do esforço respiratório, cianose, respiração pela boca DIAFRAGMA: Ruptura diafragmática hérnia peritoneopericardicas (congênita) Nas duas vai ter ausência de imagem da cúpula diafragmática e presença de estruturas anormais no tórax RUPTURA DIAFRAGMÁTICA: Os órgãos vão se espalhar pela cavidade, correção feita por herniorrafia (sutura do diafragma) Pode dar contraste IV para melhor visualização dos órgãos Presença de estruturas anormais no tórax HÉRNIA PERITONEOPERICÁRDICA: Buraco no diafragma (é congenito) as estruturais abdominais começam a migrar para o diafragma. Na ruptura as estruturas ficam desorganizadas, já na hérnia o saco pericárdico fica segurando, não vemos o diafragma Descrição de Hérnia peritoneopericardica: perda de definição do diafragma, estruturas anormais no saco pericárdico Nem toda hérnia precisa ser operada, devemos avaliar o contexto de vida do paciente, se já é idoso, se gera alguma alteração respiratória grave ESTERNO: Pectus excavatum: desvio dorsal do esterno, diminuição da cavidade torácica (tórax para dentro, parece que levou um soco) Pectus carinatum: desvio ventral do esterno, aumento da cavidade torácica (peito de pombo, estufado) Ambas não causam nenhuma alteração fisiológica, são apenas achados radiográficos PULMÃO É composto por: interstício, brônquios, bronquíolos, alvéolos, vasos sanguíneos e linfáticos O interstício é semelhante a uma esponja vegetal, as linhas no RX seriam as fibras da esponja Alterações radiográficas: quadro intersticial quadro brônquico quadro alveolar Quadro intersticial: È chamado de padrão intersticial quando o interstício se torna mais aparente ele pode se tornar aparente devio a acúmulo de líquido, material celular ou ambos Por entrar menos ar o raio x se torna mais opaco, perdendo o constraste Toda doença pulmonar no começo é intersticial, então se no laudo do RX aparecer isso precisa fazer acompanhamento para ver para qual doença irá evoluir radiologia pulmão e coração Com a idade os órgãos tendem a fibrosar, então se o paciente idoso vai fazer check-up e aparecer quadro intersticial será por conta da idade Quadro brônquico: É a opacificação de paredes brônquicas, pode indicar uma bronquite, bronquite crônica ou senilidade A dilatação do lúmen bronquico é chamada de bronquiectasia Devido a inflamação dos brônquios a parede fica espessa e o lúmen fica menor, ao passar o ar gera assobios (sibilo) O brônquio faz parte do interstício então a parede dele espessa pode ser por conta da idade Como diferenciar se é uma bronquite ou não? predominância (se são poucas é devido a idade, já se for predominante é um sinal de bronquite) parede espessa= Donuts e linha do trem Bronquite Bronquiectasia Normal Paciente X, idoso: opacificado não predominante Então é por conta da idade, mas se o paciente fosse jovem, mudaria a interpretação do exame Predominancia de parede brônquica= bronquite Predominância da parede brônquica + bronquiectasia = bronquite crônica Sempre que tiver bronquiectasia é algo crônico Muita parede brônquica (predominância linha do trem) então é uma bronquite Donuts predominante= bronquite Bronquiectasia pois há dilatação na periferia da árvore bronquica Broncograma aéreo Padrão alveolar = Líquido no pulmão Pneumonia Edema pulmonar Hemorragia CORAÇÃO: No RX vemos apenas a silhueta cardíaca, não nos mostra volume, cavidade ou espessura de parede, apenas a silhueta tamanho forma posição Contamos o tamanho através de EIC ou VHS: Quando medimos por EIC o RX deve ser feito laterolateral e contar a partir do eixo cranio caudal cães : 2,5 a 3,5 EIC gatos: 2,0 a 3,5 EIC Já quando contamos por sistema de escala vertebral (VHS) devemos traçar uma linha que inicia na carina (final da traquéia) até o ápice cardíaco Segundo traço deve ser feito perpendicular ao primeiro, achar a epífise cranial de T4 Aproximar as duas linhas e contar quantas vértebras cabem cada linha e somar, a soma não pode dar maior que 10,5 (média) Quadro alveolar: Se no laudo do RX aparecer “padrão alveolar” significa que tem líquido no pulmão Principais causas de líquido no pulmão: pneumonia edema pulmonar hemorragia O quadro alveolar é caracterizado por broncograma aéreo, líquido no pulmão é branco no RX Broncograma aéreo: é quando vemos o trajeto brônquico mas não vemos suas paredes nem os seus vasos Se eu tenho broncograma aéreo é porque tem líquido no pulmão- SEMPRE Pneumonia: distribuição ventral e cranial assimétrica O catarro segue a gravidade então quando o animal está na posição quadrupedal o líquido vai ficar ventral Edema pulmonar: Região hilar, dorsocaudal e simétrica Hemorragia: opacidade no local do trauma (presença de sangue) 1 2 DILATAÇÃO GÁSTRICA/ TORÇÃO: Na dilatação o estômago fica lotado de gás, na torção além do gás há torção Na torção gástrica há aparecimento da linha de compatimentação, a torção ocorre após o animal se alimentar muito e praticar exercício após ou deitar Cirurgia para tratamento (gastropexia) fixar o estômago com a parede abdominal para não torcer novamente INTESTINO DELGADO: Observar o diâmetro das alças, verificar se há obstrução parcial alterações de topografia ou de distribuição dilatação luminal (diâmetro não uniforme) Torção gástrica radiologia do Sistema Digestório Doenças gástricas: corpos estranhos torção/dilatação gástrica CORPO ESTRANHO: Espuma não é radiopaca, mas quando fica muito tempo no intestino aparece no RX (devido a calcificação da borda devido ao suco gástrico) Espuma, aumento de radiopacidade devido a calcificação Dilatação gástrica CORPO ESTRANHO LINEAR: Verificar sempre embaixo da língua para ver se não está preso (para não rasgar o freio da língua ou gerar plissamento do instestino) Corpo estranho linear é caracterizado por plissamento, então se houver já podemos falar que há CE (RX não diagnostica) NEOPLASIAS: Ver por USG: espessamento de parede perda da estratificação de camadas AFECÇÕES DO INTESTINO GROSSO: Retenção fecal (fecaloma) megacólon corpos estranhos Não pode puxar pois pode causar plissamento, diagnóstico com USG. Pode ser fio dental, tricobezoar, meia, sacola de mercado corpo estranho Megacólon Diagnóstico por Imagem do sistema reprodutor ---------SISTEMA REPRODUTOR--------- MASCULINO Aspectos radiográficos: silhueta prostática - radiopacidade porção caudal do abdômen (bexiga, reto) lateral AUMENTO PROSTÁTICO: Sinais clínicos: tenesmo fezes com fibras de sangue fezes em formato de fita Principais causas: hormônio (mais frequente em cães idosos e não castrados) neoplasia processo inflamatório (prostatite)o RX não é o exame de eleição para avaliar a próstata (difícil de avaliar) TESTÍCULO ECTÓPICO: Caracterizar o testículo ectópico (ocorre geralmente em cães de pequeno porte) Durante a embriogênese as gônadas viram os testículos, passam do abdômen para a bolsa escrotal através do anel inguinal Identificar qual testiculo está na bolsa (pega o testiculo e empurra de volta para a cavidade, para onde ele voltar é o local original dele) ---------SISTEMA REPRODUTOR--------- FEMININO ÚTERO: Líquido no USG , anecogênico, não tem como saber o que é o líquido (sangue, pus, líquido inflamatório) 1- inguinal 2- abdominal 3- pré- escrotal piometra→ pus hemometra → sangue mucometra→ muco Piometra de coto uterino: fêmea com secreção vaginal, coto aumentado, castrada, ou seja sobrou resquício ovariano GESTAÇÃO RX: A partir de 20 dias no USG dá para ver as vesículas gestacionais (não é aconselhado contar o número de filhotes pq é comum as vesículas não se desenvolverem) RX é apenas para contagem fetal, muito importante para saber se no parto todos os filhotes saíram A calcificação fetal começar a partir de 40 dias então radiografar um tempão depois a viabilidade espermática é de 7 dias (pode saber quando foi a cruza mas não exatamente quando fecundou) Contagem de fetos pelo número de cabeças e número de colunas Radiação do RX para a fêmea gestante pode trazer riscos, mas os benefícios são maiores que os riscos GESTAÇÃO USG: Serve apenas para saber se estão vivos, escutar os batimentos (primeiro órgão que aparece é o coração) Como saber se pode fazer a cesária já? aparecimento do último sinal (peristaltismo das alça intestinais) Distocia: qualquer problema (da mãe ou do feto) que dificulte ou impeça o parto morte fetal é complicação de distocia Fatores maternos: útero sem contrações, torção uterina, estreitamento do canal pélvico) Fatores fetais: feto muito grande, anomalia fetal MORTE FETAL: Maceração fetal: feto desorganizado (lego desmontado) Feto enfisematoso: presença de gás, feto está montado mas com gás ao redor dele Feto mumificado: sem processo infeccioso, reabsorção dos tecidos moles, distribuição normal dos ossos