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Trabalho ADM - Criatividade

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Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
Curso de Engenharia Civil
Administração I
Leomar Klimaczewski, Marina Caixeta dos Santos, Mônica Carvalho Generini de Oliveira, Nubia Ilka Carbonari, Renan Matsuda Benedito
TRABALHO DE PESQUISA SOBRE CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO
Florianópolis – SC
Dezembro de 2012 
Leomar Klimaczewski, Marina Caixeta dos Santos, Mônica Carvalho Generini de Oliveira, Nubia Ilka Carbonari, Renan Matsuda Benedito
TRABALHO DE PESQUISA SOBRE CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO
Trabalho realizado com base em pesquisa em livros da disciplina de Adminstração I
Professora: Marilda Todescat
Florianópolis – SC
Dezembro de 2012
Introdução
	A humanidade começou a se desenvolver a partir do ponto em que um indivíduo começou a ter ideias criativas. Toda a evolução humana depende que haja o culto pela criatividade, pois, sem ela, ideias não surgem, conceitos não são melhorados e produtos não são atualizados, etc. Tudo o que evolui parte de uma inovação e, esta, é influenciada pela criatividade, pois sem ela tudo é feito ao acaso, uma planta evolui por uma recombinação genética ao acaso por ter influências do meio sobre ela que fizeram tal mudança. Já uma ideia dificilmente sobre influências do meio e se torna algo concreto sem que haja a influencia da criatividade
	O indivíduo primordial precisou se comunicar e utilizou a criatividade para inventar letras, palavras, escritas. Isto tudo, em associação a outros fatores, possibilitou a formação de uma ampla rede de comunicação ao longo da historia humana. Não é ao acaso que isto tudo surgiu. A criatividade entra como fator predominante para isto.
Histórico da criatividade
Ao longo da história humana tivemos vários níveis de criatividade, cada um seguindo uma tendência ou necessidade da época. Nos primórdios era necessário pensar em comunicação para criar relações de grupo. Já em períodos onde a sociedade era mais avançada era necessário haver uma inovação nas formas de relacionamento, produção de alimentos e manufaturados, manutenção socioeconômica, estratégias de guerra, etc. No passar da história humana, nota-se a fundamental importância da criatividade humana para obter inovações no seu estilo de vida, tanto para a sua sobrevivência como para o desenvolvimento da sociedade em geral. 
Pré-história
O ser humano demonstra traços de sua criatividade desde os tempos remotos da Pré-História. Podemos exemplificar essa afirmação com achados de lanças decoradas, traduzindo o início da preocupação com a estética; com criação de instrumentos que substituíssem suas fraquezas e com a criação de técnicas de domesticação de animais. Além disso, no decorrer da história humana, a criatividade também se fez presente quando o homem inventou ou descobriu o “outro mundo” a partir do momento em que começa a usar sepulturas e a acreditar no Paraíso. Em seguida, começamos, com ousadia e criatividade, a desenvolver nossas potencialidades e a criar novas tecnologias e métodos, até que chegamos a um momento histórico onde nos transformamos na Sociedade Industrial.
2.2. Sociedade Industrial
Na Sociedade Industrial surgiu um novo sistema de produção industrial, o Fordismo. Sistema que consiste na existência de linhas de produções onde cada empregado realiza uma única tarefa de forma repetitiva. Uma consequência negativa de tal cultura, é que o funcionário acaba trabalhando de forma mecânica, com pouco ou nenhum uso do cérebro e corpo. A especialização de cargos ficou tão grande que basta uma das etapas falharem para que a produção inteira seja afetada. Além disso, de acordo com Domenico de Masi, autor de “O Ócio Criativo”, o trabalho acaba sendo tão divido que cria o chamado “imbecil especializado”, o qual realiza um trabalho tão repetitivo e especializado que chega a ser considerado pelo autor como “privado de qualquer forma de inteligência” e, consequentemente, acabando com qualquer resquício de inovação e criatividade do funcionário. Uma das características do Fordismo é a produção em massa a fim de reduzir os custos de produção e, com isso, surgiram métodos estandardizados para fazer produtos estandardizados, vendidos a preços estandardizados em grandes lojas. Os produtos passaram a não ser personalizados e a estandardização produtiva acarretou o fato das pessoas desejarem se sentir iguais às outras ao invés de aspirarem ser diferentes e uma aculturação crescente da população.
2.3. Sociedade Pós-Industrial
Entretanto, com o passar do tempo, a Sociedade Industrial está se transformando na chamada Sociedade Pós-Industrial. De acordo com De Masi, isso pode ser percebido através de mudanças no comportamento da sociedade. A atividade física dá espaço à atividade intelectual, que, por sua vez deixa de ser considerada repetitiva e passa a ser mais criativa. Em adição, a indústria de serviços supera a de bens e os funcionais liberais abrem caminho em meio aos funcionários técnicos. Entretanto, a maior diferença que encontramos entre essas duas sociedades é a tendência de substituir o trabalho humano repetitivo por máquinas, permitindo ao homem, cada vez mais, dedicar-se ao trabalho intelectual criativo, que não deve ser extinto. Outra tendência dessa nova sociedade é a interação entre trabalho, estudo e lazer, o chamado ócio criativo. 
O ócio criativo
O ócio criativo vem como um novo modo de trabalho, onde se deve ser criado um valor que junte divertimento e formação em todas as ações praticadas, caminha na direção de uma sociedade formada não mais no trabalho, mas no tempo vago e em que o ócio é convertido em arte, criatividade e liberdade. O autor também defende o ócio criativo, pois “faz com que vivam melhor até aqueles que trabalham: porque é mais agradável trabalhar entre pessoas que descansam e se divertem do que entre os mortos ou aos que trabalham com eles”. 
3.1. Definição de ócio criativo
Primeiramente devemos ter em mente o conceito de criatividade, para podermos definir esse conceito. De Masi a define como "um processo mental e prático, ainda bastante misterioso, graças ao qual só uma pessoa ou um grupo, depois de ter pensado algumas ideias novas e fantasiosas consegue realizá-las concretamente. [...] A criatividade [...] não é só ter ideias, mas saber realiza-las: e unir fantasia e concretude.". Para ele, a melhor forma de atingir objetivos e concretizar metas são a partir do ócio criativo e com a participação de uma mistura adequada de pessoas – sonhadoras e concretas -, e com uma liderança carismática que saiba guiar o grupo na direção de metas compartilhadas por todos os integrantes, num clima de entusiasmo e jogo. 
A teoria de De Masi sobre o ócio criativo diz que "o futuro pertence a quem souber libertar-se da ideia tradicional do trabalho como obrigação ou dever e for capaz de apostar numa mistura de atividades, onde o trabalho se confundirá com o tempo livre, com o estudo e com o jogo, enfim, como o ócio criativo”. 
Isto nada mais é que a junção do prazer com o trabalho, de forma que se misturem de forma agradável ao trabalhador. A pessoa que segue a esse método busca a excelência em toda atividade que realiza, deixando aos demais a tarefa de decidir se está trabalhando ou se divertindo, pois, ela acredita que está sempre fazendo as duas coisas ao mesmo tempo. 
3.2. Ócio na antiguidade
O conceito de ócio criativo é mais antigo que as teorias de De Masi e do Fordismo. Na Antiguidade, os gregos tinham uma visão bem definida sobre o trabalho. Para eles, o trabalho que exigisse suor e esforço - excetuando esportes - era executado por uma classe mais baixa e por escravos. Enquanto isso, as atividades não físicas, consideradas "ociosas" como a política, a filosofia e o estudo eram trabalhos delegados às pessoas de classe alta. 
Depois dos gregos, os iluministas são os maiores cultores do ócio criativo: de manhã, cada um permanecia no próprio quarto, estudando. À tarde, cada um lia aos outros aquilo que havia escrito e, à noite, dedicavam-se ao entretenimento, ou seja, difundiam o saber e exercitavam a criatividade científica.Entretanto, na Sociedade Industrial e Pós-Industrial, o ócio criativo ainda apresenta ressalvas devido ao conceito atual da palavra “ócio”. Isso aconteceu quando as pessoas passaram a acreditar que gozar do ócio era pecado. De Masi reforça em seu livro o conceito criado que “quem goza do ódio peca e, até prova em contrário, se entrega aos vícios. Quem se entrega ao ócio não se redime do pecado original e, portanto, vai para o inferno.”. Em seu livro, também, destaca que até no dicionário a palavra “ócio” apresenta mais significados negativos do que positivos. Para o autor, a sociedade deve acabar com o tabu criado do trabalho como um fim em si mesmo e que enxergar que o trabalho pode ser ligado ao prazer e ao tempo livre.
O ócio criativo dentro das empresas
De Masi defende que os empregados devem ter carga horária reduzida e ir para casa assim que o trabalho fosse finalizado ou, até mesmo, trabalhar em casa, por acreditar que as empresas impedem a criatividade dos funcionários porque os mantêm “num regime de baixo nível de ideias, utilizam só suas capacidade executivas, fazendo com que se envolvam de tal maneira com a burocracia, que elas acabam perdendo a capacidade de inventar e se tornam robôs”. Dessa forma, os trabalhadores seriam mais eficientes e teriam mais tempo para a vida pessoal e revitalizariam seus relacionamentos com a família, sociedade e cultura, aumentando a criatividade e aumentando a eficiência e eficácia em seus trabalhos.
O ócio criativo vai de encontro ao Fordismo ao passo em que o primeiro tende a juntar trabalho, aprendizado e divertimento e o segundo, segue o pensamento de Henri Ford que prega que “Quando o trabalho estiver terminado, pode então começar o jogo, mas não antes.”. O ócio criativo, de acordo com De Masi, é privilegiado na Sociedade Pós-Industrial pois a tecnologia, cada vez mais, trabalha a favor do homem gerando a diminuição do trabalho repetitivo e aumentando o ócio. 
Competitividade e criação
A competitividade associada à globalização da informação e às novas tecnologias ajudou na ascensão da criatividade e da inovação como um dos pilares de sustentação no mundo corporativo. A administração moderna, focada em resultados, exige respostas rápidas e atualizadas, perceber o que todos percebem visualizando algo distinto levando a novas formas de pensar, agir e responder às diversas necessidades do mercado.
Em uma organização competitiva, é tão importante reconhecer a criatividade pessoal quanto a coletiva, assim como avaliá-la, premiá-la e implementá-la. O afloramento da criatividade tem como base a liderança, que é fundamental nesse processo, pois um indivíduo que tem essa capacidade pode tomar mais confiança diante de suas próprias decisões e ideias dentro da organização. Além de que, esse processo todo, favorece no desenvolvimento das próprias habilidades de liderança, assim como a liberdade para criar.
Gestão da criatividade
Pesquisas e práticas da autora, de ‘4 C’s - para competir com criatividade e inovação’, Maria Inês Felippe mostraram que é possível implantar a Gestão de Criatividade, principalmente partindo do princípio de que o brasileiro é eminentemente criativo, portando características facilitadoras dos pontos de vista antropológico, psicológico e físico.
Com as constantes mudanças do mercado precisamos nos fazer perguntas para melhorar o nosso foco diante de como nos portarmos com o objetivo de criar e inovar. Essas perguntas devem surgir no âmbito de o que criar de novo para surpreender os gostos exigentes, como inovar nesse produto ou serviço e como serão feitos os métodos de gestão dessa criação relacionada às pessoas, clientes e funcionários.
5.1. Motivação
Para isso, é preciso promover a motivação de funcionários e o favorecimento da autonomia de pensamentos para que haja dinamicidade na criação, sem estarem atrelados a conceitos imutáveis. A estimulação do gosto pela descoberta e curiosidade é um processo de motivação junto com a liberdade de pensamentos. O rompimento de esquemas pessoais e sociais que não ascendem a um bom direcionamento das decisões ou que dificultam o crescimento é fundamental em momentos de criação, não podendo haver atrelamentos a conceitos estáticos que são empecilhos para o processo de criatividade. A promoção do autoconhecimento deve ser levada a sério pelos funcionários de uma empresa, pois com a junção de várias experiências se pode criar algo muito mais inovador e rentável. Isso leva à compreensão de processos da organização.
Por meio de um processo é possível implantar e manter uma gestão, estimulando a criatividade e a inovação no espaço empresarial aplicando os 4 C’s para competir com criatividade e inovação:
Criatividade e inovação;
Comunicação Assertiva;
Comprometimento e cooperação para criar;
Coordenação transformadora.
A autora esclarece que, mutuamente a esse processo de criatividade e inovação, mantendo-se a responsabilidade de análise à realidade, aplicando cuidadosamente os conteúdos em funções gerenciais.
Pensar criativamente
A criatividade é um processo de formação de ideias, hipóteses, reavaliação, divulgação dos resultados e comemoração. Todo problema que surge pode se apresentar de modo assustador, pois, por muitas vezes, denota-se uma impossibilidade na sua resolução. Tal fato pode estar ocorrendo apenas pelo ponto de vista tomado ao se analisar o problema. 
Pensar criativamente é ter a capacidade de mudar o ponto de vista do problema, redefinindo-o. Este método dá um novo sentido ao tal desafio, possibilitando a formação de ideias solucionadoras que antes pareciam não ter sentido, com o problema, pelo ponto de visto anteriormente tomado.
Isto ocorre pelo fato de que muitas ideias estão atreladas imutavelmente em certos administradores. Assim, gera-se o ‘desafio do esquecimento’, citado em “Os 10 Mandamentos da Inovação Estratégica”, que é proposto para dar novos horizontes na fundamentação de ideias inovadoras. Muito executivos repetem ideias que deram certo em negócios anteriores, se o sucesso perdurar nessas repetições, ter-se-á um enraizamento de tal ideia. Processo que torna difícil a inovação diante de novos problemas, pelo fato de novos problemas serem analisados nesses com esses pontos de vista já instaurados. 
Para um grupo pensar criativamente se faz necessário que todos tenham, primeiramente, a qualidade de dar e receber ‘feedbacks’, críticas e sugestões. Isso torna o ambiente propício à discussão de ideias, 
	Deve-se considerar comprometimento e não somente o envolvimento. O comprometimento é a fonte natural de energia para operacionalizar a criação. Cada membro de um grupo deve desejar intensamente alcançar o objetivo proposto, mediante um trabalho conjunto, privilegiando-se a busca coesa da criação e da ação. O processo de criação deverá estar envolvido nos valores pessoais dos integrantes do grupo.
Potencial criativo
Quanto mais informações, conhecimento, mais sinapses vão se formar. Quanto mais sinapses (conexões entre neurônios), mais a agilidade nas respostas, solução de problemas. O pensamento criativo antigamente era visto como uma espécie de inspiração divina, e passou a ser estudada com melhor afinco e de maneira mais objetiva a partir dos anos 1950. 
O potencial criativo é inato em todo ser humano. Entretanto, pode ser estimulado, ensinando e aprendido como qualquer outra habilidade humana. Ações como viver, conviver e sobreviver são exercícios para esse fim, mesmo que consciente ou inconscientemente.
O cenário de constantes mudanças econômicas e estratégias têm exigido dos profissionais maior flexibilidade, identificação de oportunidades de negócios, melhorias nos processos de negociação e produção, buscando ações inovadoras e criativas não somente para a sua sobrevivência, mas também para sua expansão no mundo globalizado. Que não se renova desarticula-se do contexto e dificilmente se adapta às novas situações sem grandes esforços. Portanto, criar, inovar, faz parte do kit de sobrevivência dos profissionais de sucesso e das organizações. As palavras da autora,de “Os 4 C’s”, remetem a isso:
“Devemos sonhar e em seguida buscar a materialização daquele ato visionário concretizando-o; ideia sem ação é simplesmente uma ideia!”
 “Hoje, para obter sucesso, é necessário, além do conhecimento técnico, a habilidade para solucionar problemas, lidar com diversidade. Isso implica a utilização da capacidade criativa, sendo proativo e quebrando paradigmas.”
O potencial criativo está em cada ser humano, pronto para ser estimulado, movimentado, liberado e libertado. Muitas vezes começamos a criar e, por não sabermos o resultado final, se será aceito ou não, a tendência é interromper a criação. Criar envolve, em primeiro lugar, um rompimento dos paradigmas pessoais e, em segundo, dos sociais. Muitas vezes o criador acaba boicotando a sua própria criação com medo de ser criticado e não reconhecido; criar é um ato de coragem tanto âmbito pessoal como no social.
Pessoas criativas têm características como a curiosidade, insatisfação e futurista, além da coragem em terminar a sua criação. Isto porque a criatividade é um processo que necessita a busca de novas alternativas para solucionar problemas. Caso haja uma ideia de que não há mais nada que precise ser criado no mundo, esse processo será interrompido naturalmente, pois não haverá necessidade de se pensar criativamente, sendo fundamental a insatisfação com a atualidade para buscar a inovação. Isso pode ter ocorrido nos primórdios da raça humana, que buscou inovar no seu estilo de vida. 
Outra coisa importante para a criatividade é o ócio, tempo em que o indivíduo desocupa sua mente de problemas ou pensamentos comuns para ter ideias criativas, a partir desse momento surgem conceitos inovadores. Isso deve ser tomado como um processo, feito periodicamente e propositalmente, propiciando a continuação do processo criativo.
Qualidade de vida com a criatividade
A criatividade não deve ser imposta apenas na forma de como produzir algo novo para terceiros ou ofertar um serviço solucionador de problemas. A mesmice do dia-a-dia pode tornar uma vida chata e medíocre, sem aventuras e emoções. A criatividade pode vir como um método de tornar a vida mais fácil, com o objetivo de inovar na forma de viver e solucionar problemas do dia-a-dia mais facilmente.
Uma pessoa criativa tem mais facilidade de se relacionar, ela pode propiciar um ambiente para a criação de novos vínculos, muito mais facilmente. Alguém com essa qualidade consegue saber como agir diante de pessoas com diferentes características pessoais. Além de que, uma pessoa criativa tem muito mais oportunidades de empregos do que as menos criativas, tanto por ter essa facilidade de vínculos, como pela maneira de agir em determinadas situações.
É interessante ressaltar que nem sempre precisamos de uma grande ideia revolucionaria ou original. A simplicidade poderá ser poderosa na resolução do problema e na criação de produtos ou serviços, ou seja, uma ideia simples pode gerar grandes resultados.
Em grande parte, a criatividade é fruto de observação, tentativa, acertos, erros e, por fim, de intuição. Caso ideias surjam de níveis hierárquicos inferiores, deve-se trabalhar a liderança para que não se sinta ameaçada ou até a perda do controle e insubordinação.
Como propiciar a criatividade
Para se ter uma ideia criativa primeiramente deve-se limpar a mente de problemas insolúveis do dia-a-dia ou de pensamentos repetitivos que apenas ocupam espaço na mente humana. O contato com a natureza propicia essa libertação, sendo um espaço com cores que acalmam a mente. O aspecto das cores é importante para a criação, deve-se haver uma dinamicidade de momentos, com cores intensas que energizam para criações com uma intensidade maior, no ambiente de trabalho. 
Pessoas humoradas parecem ser naturalmente criativas, pois o humor é uma representação da melhora na qualidade de vida, assim como no processo de criatividade no pensamento diante dos problemas normais da vida, pois uma mente criativa consegue se libertar muito mais facilmente de problemas comuns do que uma mente estática.
É importante que se tenha contato com outras ideias que tenham sido feitas em momentos diferentes, a arte. Isso dá um maior dimensionamento do pensamento próprio, buscando a complementação de uma ideia com ideias anteriores ou apenas buscando lazer para esvaziar a mente para se melhorar o processo criativo. Trabalhos manuais nunca feitos antes são importantes também, pois é um momento de liberação da energia de tensão acumulada no corpo e na mente.
Problemas no processo criativo
A inovação é muito necessário com a constante mudança do mercado nos tempos atuais, algo que pode ser novo hoje amanhã já pode estar ultrapassado. Isso faz com que se tenha pressa em fazer ou lançar um produto inovador, essa pressa por muitas vezes inibe a criação pela necessidade de se pular etapas no processo criativo. Assim, acaba-se tendo uma conformação com uma ideia para poder lançá-la o quanto antes.
Outro fator importante, para uma ideia, é a confiança. Caso haja a desconfiança de que um negócio de uma empresa ou a criação de um produto não dará certo, ter-se-á um bloqueio na construção da mesma, pois parecerá que um trabalho inútil está sendo feito. Assim como o ambiente da empresa pode causar bloqueio de ideias, pois em um meio muito autoritário os funcionários tendem a fazer o suficiente para continuarem no emprego.
A rigidez de uma organização impede, por muitas vezes, que novas ideias sejam aceitas, pois o que já foi feito anteriormente e deu bons resultados terá maior efeito nas discussões. 	
Inovação empresarial
No mundo atual, depois da segunda revolução industrial, inovação é o que faz com que uma empresa se diferencie de outra, já que os métodos e produtos se tornaram fáceis de serem produzidos e reproduzidos. O importante é fazer diferente pra não ser apenas mais um no mercado. Para isso, a criatividade deve ser algo valorizado e incentivado nas empresas, não só no topo da hierarquia, mas em todos os seus níveis.
As inovações e o enorme desenvolvimento do mercado profissional em diversas áreas estão submetendo as empresas a várias situações conflitantes na solução de eventuais problemas para atingir lucros predeterminados e superar a concorrência cada vez mais resistente e especializada encontrada no mundo globalizado. Esses problemas estão extremamente relacionados no interior da empresa. Aliás, este vem sendo um requisito básico para admitir novas pessoas, que devem ser criativas e inovadoras em todas as suas atividades. Os conflitos serão solucionados com uma adaptação do processo de trabalho ou, então, com uma grande mudança. A criatividade surge, também, da necessidade de resolver um problema emergencial, ou, em casos excepcionais, vai à busca da solução do problema.
A inovação cria novos negócios e gera empregos. É bem verdade que a inovação também causa desempregos, tomando a robótica como exemplo. Mas, uma pessoa criativa que perde seu emprego leva vantagem sobre aquela que só pensa “dentro da caixa”, porque ele busca sempre soluções para seus problemas.
Fantasias e reflexões ainda são consideradas perda de tempo em muitas empresas, aliada a uma excessiva valorização da lógica e do raciocínio. E toda inovação surge com alguém que acredita em algo diferente ou jamais feito. Porém, o exercício de saber ouvir a todos e saber receber novas boas ideias é algo de extrema importância.
Para que os lucros aumentem, uma das coisas que é preciso fazer é controlar, ou mesmo reduzir, custos. As empresas usam a criatividade e inovam em tecnologia, downsizing e reengenharia, conseguindo espremer seus processos até os limites da eficiência. É preciso estimular novas ideias e fazê-las acontecer. As inovações do marketing permitem que você venda mais do que venderia.
Einstein dizia que: “Se existe um problema, existe uma solução”. No caso da criatividade, existe PELO MENOS uma solução. Um problema mal formulado levará a uma solução incorreta. Por outro lado, uma vez definido, Einstein dizia que 50% da solução já estão prontos. Ou seja,conceituar corretamente o problema é meio caminho andado na busca de sua resposta criativa.
Muitas vezes deixamos de ter boas ideias e perdermos grandes negócios por causa de paradigmas: “isso nunca vai dar certo”, “não sou criativo”, “eu não gosto”, “já tentei e não deu certo”, “não vão gostar”, “não sou criativo”, “em time que está ganhando não se mexe”, “sempre foi feito assim” etc.
Negociadores criativos são flexíveis, sempre estão abertos e criam novas alternativas, muitas vezes melhores que as propostas iniciais da negociação, mesmo porque já se colocaram no lugar do oponente, aumentando o nível de argumentação.
Conclusão
Com este trabalho de pesquisa percebemos o quão grande é a importância da criatividade nas nossas vidas e no nosso desenvolvimento. Tudo o que é inovador nos dias atuais passa por intensos processos de criação e desenvolvimento, processos que não seriam possíveis sem o trabalho de uma mente criativa por trás disto. Hoje vivemos em uma era Pós-Industrial, onde o trabalho manual e braçal, altamente especializado (característico do Fordismo), foi substituído por máquinas e não é mais valorizado. O que é preciso do ser humano hoje são sua criatividade e capacidade de solucionar problemas. 
O desenvolvimento da criatividade representa um diferencial para as corporações. Depois da massificação da produção, o que atrai o cliente é o diferente e exclusivo. Mas, é bastante comum encontrar empresas que possuem resistência à inovação. É difícil para elas mudar o modo de produzir ou vender um produto que já está no mercado há tempos e fazendo sucesso. Elas não enxergam que pra continuar crescendo, a inovação é fundamental. Existem várias maneiras de incentivar a criatividade dentro do ambiente de trabalho, inclusive na base da pirâmide hierárquica. E ela deve ser incentivada em todos os níveis, para que a empresa possa crescer de maneira satisfatória e não se estagne.
Referências Bibliográficas
Livros:
- “Inovação: como criar ideias que geram resultados” – DA SILVA, Antônio Carlos Teixeira
- “O ócio Criativo” – DE MASI, Domenico
- “Os 10 mandamentos da inovação estratégica” – GOVINDARAJAN, Vija
- “A criatividade do Rei” – NETTO, Roberto Lima
- “4 C’s - para competir com criatividade e inovação” – FELIPPE, Maria Inês
- “Criatividade e Atitude Empreendedora” – MARIANO, Sandra R.H., MAYER, Verônica Feder 
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