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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO - CHOQUE - HEMORRAGIA

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A S S I S T Ê N C I A D E E N F E R M A G E M A O 
P A C I E N T E P O L I T R A U M A T I Z A D O 
 
 
A S S I S T Ê N C I A D E E N F E R M A G E M A O 
P A C I E N T E C O M 
C H O Q U E / H E M O R R A G I A S 
 
 
P R O F ª A N D R E I V N A K . S E R B I M 
Universidade Federal de Alagoas 
Campus Arapiraca 
Curso Enfermagem 
TRAUMA 
 Significa – LESÃO 
 Causas: Acidentes de Trânsito, Agressões 
interpessoais, Quedas, Choque Elétrico, Frio em 
demasia, Queimaduras, Radiação ou qualquer 
outro fator que venha a se comportar como agente 
de agressão física. 
EPIDEMIOLOGIA 
 
 No Brasil estima-se que mais de 100.000 pessoas 
morram a cada ano vítima de algum traumatismo e 
para cada morte estima-se que três indivíduos 
permanecem definitivamente com sequelas. 
 
 
POLITRAUMATISMO 
 É um termo utilizado quando mais de uma região 
do corpo sofre lesões concomitantes. 
 O politraumatismo traz no seu contexto a 
expressão de gravidade. 
CLASSIFICAÇÃO DO TRAUMA 
 
 Trauma Fechado: acidentes automobilísticos, 
atropelamentos, quedas, afogamentos, 
queimaduras, soterramentos, etc. 
- Mais difícil detectar lesões 
- Complicações tardias 
- Perda maciça de sangue na cavidade peritoneal 
CLASSIFICAÇÃO DO TRAUMA 
 Trauma Penetrante: os ferimentos por arma 
branca (FAB), arma de fogo (FAF) e a queda sobre 
objeto pontiagudo 
- Cirurgias 
- Graves 
- Incidência de lesão a vísceras ocas 
- Fígado órgão sólido mais lesado 
 Arma de fogo – possui maior poder de destruição 
tecidual, risco de infecção 
 Arma branca – lesão direta 
 
 
EQUIPE 
 A equipe para o atendimento ao trauma deve estar 
bem treinada, utilizando uma abordagem 
sistematizada, tendo em vista que a primeira hora 
após o trauma é a hora de ouro desse 
atendimento. 
 
 O tempo é essencial. 
ESCORE DE TRAUMA REVISADO 
 Avalia a pressão sistólica, a frequência respiratória 
e o nível de consciência (pela ECG), e contribui na 
classificação da vítima de trauma na cena do 
acidente. 
 Sua pontuação varia de 0 a 4 pontos para cada 
parâmetro: freqüência respiratória, a Escala de 
Coma de Glasgow e a pressão arterial sistólica, 
(valor máximo: 12 pontos). 
 RTS menor ou igual a 11: encaminhar a hospital de 
trauma 
 
MECANISMO DA LESÃO 
 
 Refere-se à forma de ocorrência de um evento 
traumático, ao agente da lesão e às informações 
sobre o tipo e a quantidade de energia trocada 
durante o evento. 
 
 Auxilia a identificação e o tratamento precoces da 
lesão que podem não ser aparentes na avaliação 
inicial. 
IDENTIFICAÇÃO 
 O que houve? 
 Colisões com veículos: 
 tipo de colisão 
 localização no veículo 
 tipo de cinto de segurança usado 
 presença de air bags 
 Uso de capacete (colisão com motocicleta ou 
bicicleta) 
 Velocidade do veículo no impacto 
IDENTIFICAÇÃO 
 
 Ferimentos com arma de fogo ou golpes com arma de 
ponta: 
 tipo de arma (faca ou fogo) 
 calibre da bala 
 comprimento da faca 
 Quedas 
 altura da queda 
 sobre o que caiu o paciente? 
 parte(s) do corpo pressionada(s) 
TIPOS DE COLISÕES COM VEÍCULOS 
 Colisão frontal – possíveis lesões: 
coluna cervical e à cabeça, 
à laringe e à traquéia, 
contusões pulmonares, miocárdicas, 
 fraturas nas costelas com pneumotórax, 
hemotórax, 
ruptura do diafragma, arco aórtico, fígado, baço ou 
rins, entre outros. 
 
TIPOS DE COLISÕES COM VEÍCULOS 
 
 Colisão Lateral - possíveis lesões: 
coluna cervical, 
 fratura de úmero e clavícula do lado do impacto, 
tórax idem à colisão frontal, 
 lesões pélvicas , 
 lesões às extremidades inferiores, entre outras. 
TIPOS DE COLISÕES COM VEÍCULOS 
 Colisão traseira – possíveis lesões: 
hiperextensão da coluna cervical, caso o apoio da 
cabeça não esteja adequadamente ajustado, entre 
outros. 
 
 Capotagem- envolvem potenciais de lesões graves. 
TIPOS DE COLISÕES COM VEÍCULOS 
 Quedas – possíveis lesões: fraturas, TCE, TRM, 
lesão de órgãos. 
 Atropelamento – três momentos acontecem 
durante o impacto do pedestre contra o veículo: 
Impacto e aceleração do pedestre; 
Projeção do corpo sobre o capô do carro e o pára-
brisa; 
Queda sobre o solo. 
 Possíveis lesões: tronco e cabeça, fraturas dos 
membros inferiores, entre outras. 
 
ATENDIMENTO AO POLITRAUMATIZADO 
 As prioridades no atendimento ao politraumatizado 
são ditadas pelos sinais e sintomas. 
 
 Segundo o ATLS (Advanced Trauma Life 
Support), o atendimento hospitalar divide-se nas 
seguintes fases: 
 exame primário, 
 reanimação, 
 exame secundário, 
 tratamento definitivo. 
ATENDIMENTO HOSPITALAR 
 Sequência do atendimento: 
 A- (Airway) – via aérea com proteção da coluna 
cervical; 
 B – ( Breathing) – respiração; 
 C – (Circulacion) – circulação; 
 D – (Disability) – estado neurológico; 
 Exame secundário; 
 Tratamento Definitivo. 
MUDOU! 
C – A –B – D 
American Heart Association, 
2010 
ATENDIMENTO HOSPITALAR 
Exame Secundário 
 Histórico de saúde completo 
 Avaliação de saúde 
 Dispositivos de monitoramento 
 Imobilização 
 Curativos 
Exames de rotina em todos os politraumatizados 
 Ht, Hb - Grupo sanguíneo e fator Rh 
 Radiografia de tórax AP - Radiografia de bacia AP - 
Radiografia de coluna cervical - ECG - βHCG na mulher em 
idade fértil 
 Ultrasom do abdomen total. 
 
FRATURAS DE CRÂNIO 
 Podem classificar-se em abertas (se a dura está 
lesionada), fechadas (quando a dura está integra), ou 
em fraturas da calota ou da base. 
 São frequentes as fraturas da calota craniana nas 
regiões parietais e temporais. 
 As fraturas da base do crânio não são frequentemente 
observáveis nas radiografias convencionais. 
 Os dados da avaliação podem ser otorreia ou rinorreia, 
Sinal de Battle (equimose sobre a apófise mastoideia), 
ou “olhos de guaxinim” (equimose subconjuntival ou 
periorbital). 
 
FRATURAS DE CRÂNIO 
CONCUSSÃO 
 A concussão é uma lesão cerebral acompanhada 
por uma breve perda de função neurológica, 
especialmente perda de consciência. 
 Sem lesão estrutural aparente no cérebro. 
 As disfunções neurológicas traduzem-se por 
confusão, desorientação e, por vezes, um período 
de amnésia pós-traumática. 
 Outras manifestações clínicas que ocorrem após a 
concussão são as cefaleias, vertigens, incapacidade 
de concentração, perda de memória e fadiga. 
 
CONTUSÃO 
 A contusão é descrita como uma lesão de 
aceleração/desaceleração que produz hemorragia para 
dentro do parênquima superficial. 
 As manifestações clínicas relacionam-se com o local e o 
grau da contusão, e com a existência de lesões associadas. 
 As contusões podem ser pequenas, quando áreas 
localizadas de disfunção produzem déficits neurológicos 
focais. 
 As contusões maiores podem evoluir durante dois a três 
dias após o acidente causando edema e hemorragia ainda 
maior. 
 Uma contusão grande pode produzir efeito de massa 
motivando um aumento significativo da PIC. 
 
HEMATOMAS 
 Os hematomas resultantes de traumatismo 
craniano têm um efeito de massa que leva ao 
aumento da PIC. Existem três tipos principais de 
hematomas: 
o epidural e o subdural (são extraparênquimatosos 
-fora do tecido cerebral), 
e o intracerebral que danifica diretamente o tecido 
neural. 
Tanto uns como outros, produzem danos pelo 
efeito de pressão e deslocação do conteúdo 
intracraniano.HIPERFLEXÃO 
 A lesão por hiperflexão encontra-se a maior parte 
das vezes na área cervical em C5/C6, a porção com 
maior mobilidade da medula espinal. 
 Este tipo de lesão é causada na maior parte das 
vezes pela desaceleração súbita do movimento, 
como nas colisões com a cabeça para a frente. 
 A lesão ocorre pela compressão da medula, em 
consequência da fratura em fragmentos ou 
deslocação dos corpos vertebrais. 
 
HIPEREXTENSÃO 
 As lesões por hiperextensão dependem de um 
movimento da cabeça para trás e para baixo que se 
encontra muitas vezes na colisão pela retaguarda 
ou nos acidentes de mergulho. 
 Neste tipo de lesão é a própria medula que é 
esticada e torcida. Verifica-se a rotura do disco 
intervertebral, bem como compressão ou fratura 
dos elementos posteriores da coluna. 
 Os déficits neurológicos associados devem-se 
muitas vezes a contusão e isquemia da medula. 
 
LESÕES MAXILOFACIAIS 
 As funções vitais que dependem da integridade facial 
são a mastigação, deglutição, percepção do meio 
(visão, audição, discurso, olfato) e a respiração. 
 A face representa também um laço direto consigo 
próprio e com a expressão, pois desempenha um 
importante papel na identidade pessoal, aparência e 
comunicação. 
 Por isso, o traumatismo maxilofacial tem o potencial 
de produzir sequelas a longo prazo, com implicações 
emocionais, sensoriais e de desfiguração. 
TRAUMATISMOS TORÁCICOS 
 As lesões do tórax incluem o traumatismo da 
parede torácica, pulmões, coração, grandes vasos e 
esôfago. 
 A maioria das mortes ocorre após a chegada do 
doente ao hospital. 
 O traumatismo torácico mais comum resulta de 
crime violento ou acidentes com veículos 
motorizados. 
TRAUMATISMOS ABDOMINAIS 
 Duas situações apresentam risco de vida em caso 
de traumatismo abdominal: a hemorragia e a 
perfuração de vísceras ocas com a peritonite que 
está associada. 
 A maior parte das lesões abdominais por impacto 
ocorre em consequência de acidentes com veículos 
motores, quedas e assaltos. 
 O baço é o órgão mais frequentemente lesado, e 
vem logo a seguir o fígado como causa de lesão 
abdominal com risco de vida. 
 
TRAUMATISMOS PÉLVICOS 
 A pélvis é uma estrutura em anel composta pelos 
ossos ilíacos, a sacro e o cóccix. 
 Como a pélvis protege o trato urinário inferior e os 
grandes vasos e nervos dos membros inferiores, o 
traumatismo pélvico pode resultar numa disfunção 
urológica e neurológica com perigo de vida e em 
hemorragias. 
LESÕES GENITO-URINÁRIAS 
 O traumatismo do trato genito-urinário raramente 
se verifica como lesão isolada. 
 Deve sempre suspeitar-se de lesões genito-
urinárias associadas em casos de traumatismo do 
tórax, flanco, abdomen, pélvis, períneo e órgãos 
genitais. 
TRAUMATISMOS DAS EXTREMIDADES 
 As fraturas dos membros superiores e inferiores são 
também o resultado frequente de acidentes com 
veículos motorizados ou quedas. 
 A fratura fechada ou simples não expõe o osso ao 
ambiente externo. 
 A fratura aberta ou composta expõe o osso ao 
ambiente externo. 
 É necessário inspecionar o local da fratura, para ver 
se há dor e edema, perda de função, deformidade, 
descoloração, posição alterada, mobilidade anormal, 
crepitação e disfunção neurovascular 
 
RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES 
 
 
 Após a desobstrução da via aérea pode ser 
necessária a obtenção de uma via aérea definitiva 
através da intubação oro ou nasotraqueal, ou a 
cricotireidostomia por punção ou cirúrgica, quando a 
intubação não é possível. 
 
RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES 
 A aspiração de sangue ou secreções da cavidade 
oral devem ser feitas com cateter rígido, 
principalmente na vigência de sangramento em 
ouvidos, nasal ou fraturas de face. 
 
 A aspiração nasotraqueal está contra indicada na 
suspeita de fraturas de base de crânio e fraturas 
complexas da face; 
RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES 
 Todo paciente com múltiplos ferimentos acima das 
clavículas, e especialmente com alteração do nível de 
consciência deve ser considerado como portador de 
trauma em coluna cervical até que prove o contrário. 
 
 A imobilização da coluna é obrigatória. 
 
 Todos os pacientes devem receber aporte de oxigênio 
via máscara facial com 12 a 15 l/min de O2. 
 
RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES 
 
 A reposição volêmica deve ser iniciada pela infusão 
de soluções salinas isotônicas, Ringer Lactato ou 
hipertônicas 
 
 Deve-se puncionar duas veias de grosso calibre 
com jelco 14 ou 16 e realizar coleta de sangue. 
 
RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES 
 A avaliação do estado hemodinâmico é feita 
através da: 
 frequência cardíaca, 
pressão arterial, 
 tempo de enchimento capilar, 
coloração, 
umidade e temperatura da pele, 
cor das mucosas, 
presença de cianose, 
diurese; 
 
RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES 
 A sondagem gástrica pode ser necessária para 
facilitar a expansão torácica ou a proteção da via 
aérea contra aspiração do conteúdo gástrico; 
 O cateterismo vesical, quando indicado somente 
será realizado após afastada hipótese de lesão de 
uretra e terá finalidade diagnóstica e controle de 
reposição volêmica. 
 Espera-se um débito urinário nas reposições 
adequadas de 50ml/hora para adulto. 
RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES 
 É importante não puncionar membros que 
apresentem fraturas, grandes ferimentos e/ou 
hematomas extensos. 
 
 História do paciente: AMPLA 
 A- Alergias, 
 M- medicamentos de uso habitual, 
 P – passado médico, 
 L- líquidos e alimentos ingeridos recentemente, 
 A – ambientes e eventos relacionados ao trauma. 
RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES 
 A imobilização de fraturas é essencial, não apenas 
para minimizar o risco embolia gordurosa, mas 
também para diminuir a dor e a perda local de 
sangue. 
 
 Calcula-se que o foco de fratura e as adjacências 
possam acumular até 1L de sangue em uma fratura 
de braço, 2L em uma fratura de fêmur e 3L ou mais 
em casos de fratura de bacia. 
RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES 
 Inicialmente, a ventilação de doentes entubados 
deve ser feita, de preferência, por meio de ambú, 
evitando a insuflação direta do oxigênio sob 
pressão devido ao risco de barotrauma. 
 
 A punção de veias centrais por via percutânea em 
doentes agitados e hipovolêmicos é procedimento 
de alto risco e deve ser evitado. 
RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES 
 A sonda vesical de demora é realizada na avaliação 
secundária, após certificar-se de que não há 
evidências de lesão uretral (fratura de bacia, 
sangramento uretral e/ou hematoma perineal ou 
escrotal). 
 
 Na presença de alguns desses sinais, o médico deve 
ser comunicado. 
RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES 
 Distúrbios de consciência indicam lesão 
neurológica até prova em contrário, mesmo que o 
doente esteja alcoolizado ou intoxicado por outras 
drogas. 
 
 A sala de emergência deve estar sempre pronta 
para o atendimento. 
PAPEL DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO 
AO POLITRAUMATIZADO 
 Estabelecer uma via aérea estável e desobstruída. 
 Ao abordar as vias aéreas, o enfermeiro deverá 
utilizar as manobras de levantamento da mandíbula 
(Jaw Trust), retirada de corpos estranhos 
(Heilimch), inserção de uma cânula orotraqueal 
(Guedel) e suplementação de oxigênio via ambu. 
 
PAPEL DO ENFERMEIRO NO 
ATENDIMENTO AO POLITRAUMATIZADO 
 Colocação da cânula de Guedel: deve ser medida 
externamente colocando-a paralela à face; o 
tamanho ideal corresponde à distância entre o 
lóbulo da orelha e a boca, deve ser colocada com a 
concavidade voltada para cima e com um 
movimento circular de 180º deve ser introduzida. 
Em crianças menoresde 03 anos a cânula deve ser 
introduzida com a concavidade voltada para baixo 
para não causar lesões no palato. 
 
PAPEL DO ENFERMEIRO NO 
ATENDIMENTO AO POLITRAUMATIZADO 
PAPEL DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO 
AO POLITRAUMATIZADO 
 Atenção à coluna cervical deve ser dada, utilização de 
colar cervical e a ausência de movimentos excessivos 
com o pescoço. 
 A manutenção da ventilação e a perfusão adequada 
constituem as prioridades seguintes, é necessário, 
preparar os materiais necessários – cânulas, fio guia, 
laringoscópio e outros para a entubação 
endotraqueal pelo médico. 
 Nos casos onde o traumatismo facial impede a 
entubação orotraqueal, a cricotireoidotomia pode ser 
efetuada. 
 
PAPEL DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO 
AO POLITRAUMATIZADO 
 Manutenção da circulação, reversão da hipovolemia 
para estabilizar as funções hemodinâmicas. 
 Promover punção venosa (veia mediana do cotovelo, 
veia jugulares externas ou veias femorais) com 
cateter periférico de grosso calibre (nº 14 ou 16); 
 Controlar sangramento por compressão da ferida; 
PAPEL DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO 
AO POLITRAUMATIZADO 
 Realizar monitorização cardíaca e dos sinais vitais; 
se necessário, inserir sonda vesical de demora para 
balanço hídrico. 
 Exame neurológico deve ser preciso e enfocar o 
estado de alerta da vítima, as repostas a estimulações 
verbais e as respostas a estimulações dolorosas 
(escala de coma de Glasgow). 
Hemorragia 
Choque 
Introdução 
 
 
 O QUE É HEMORRAGIA? 
Introdução 
 
 Hemorragia é a perda maciça de sangue consequente 
ao rompimento de vasos sanguíneos. 
 
 Provocado por cortes, amputações, fraturas, 
ferimento por arma de fogo (FAF), por arma branca 
(FAB) e outras causas. 
Introdução 
 
 QUAIS SÃO OS TIPOS DE HEMORRAGIA? 
Introdução 
 Externa: 
 Quando o sangue exterioriza-se pela ferida. 
 
 Interna: 
 Quando o sangramento decorre do rompimento de um ou 
vários vasos sanguíneos dentro do corpo. 
Introdução 
 A hemorragia externa é facilmente identificada 
pela mancha ou poça de sangue e pode ser 
classificada como: 
 
 Hemorragia arterial: 
 O sangue jorra de uma artéria. 
 A cor é vermelho vivo, sai em jato, sincronizado com os 
batimentos cardíacos. 
 Esta situação é muito grave, pois há perda de 
grande volume de sangue e muito rapidamente.
 
Introdução 
 Hemorragia venosa: 
 O sangue sai por uma veia. 
 A cor é vermelho escuro. 
 Fluxo é constante e também pode ser grande a 
perda sanguínea. 
 Hemorragia capilar: 
 O sangue escoa de uma rede capilar, a cor é 
vermelho menos vivo que o sangue arterial. 
 Fluxo é lento como os que se apresentam nos 
arranhões e cortes superficiais. 
 
Introdução 
 
 Estancar uma hemorragia é essencial para o 
cuidado e a sobrevivência de pacientes numa 
situação de emergência ou desastre. 
 
 Uma hemorragia que acarreta a redução do 
volume sanguíneo circulante é uma causa primária 
de choque. 
Introdução 
 
 Os sangramentos venosos geralmente cessam 
espontaneamente. 
 
 A não ser que o paciente seja portador de um 
transtorno hemorrágico ou esteja tomando 
anticoagulantes. 
 
Atenção Enfermeiros! 
 O paciente deve ser avaliado quanto a sinais e 
sintomas de choque: 
 
 Pele fria e úmida (consequente à perfusão 
periférica deficiente) 
 Pressão arterial em queda 
 Frequência cardíaca em elevação 
 Retardo do enchimento capilar 
 Volume urinário diminuído 
Introdução 
 Os objetivos do tratamento de emergência são: 
 
 Controlar o sangramento, manter um volume sanguíneo 
circulante adequado à oxigenação tecidual e impedir o 
choque. 
 
 Pacientes que apresentam hemorragias estão em 
risco de parada cardíaca ocasionada pela 
hipovolemia, com anóxia secundária. 
Tratamento 
 REPOSIÇÃO LÍQUIDA 
 
 Sempre que um paciente apresentar hemorragia 
(interna ou externa), uma perda de sangue 
circulante acarreta um déficit do volume de 
líquido e uma diminuição do débito. 
 
 A reposição líquida é imperativa para manter a 
circulação. 
Tratamento 
 Tipicamente são inseridos dois cateteres IV, de 
grande calibre. 
 
 Visando proporcionar um meio para a reposição de 
líquido e de sangue. 
 
 São colhidas amostras de sangue para análise, 
tipagem e determinação de compatibilidade 
cruzada. 
PROVA DE COMPATIBILIDADE (PROVA 
CRUZADA) 
 
 
 A prova de compatibilidade consiste na mistura do 
soro do receptor com as hemácias do doador. 
 Investigar no soro ou plasma do receptor, a 
presença de anticorpos contra os antígenos de 
grupos sangüíneos presentes nas hemácias do 
doador. 
 Pode detectar erros nas tipagens ABO do doador e 
do receptor. 
 Anticorpos irregulares clinicamente significantes 
não detectados no receptor. 
 
Tratamento 
• Os líquidos de reposição são administrados, 
conforme a prescrição. 
• Dependem das estimativas clínicas do tipo e 
volume de líquido perdido. 
• Os líquidos para reposição podem incluir soluções 
eletrolíticas isotônicas: 
• Ringer lactato, 
• Solução salina normal, 
• Colóides, 
• Terapia com derivados sanguíneos. 
Tratamento 
 Ringer Lactato 
 Solução isotônica, tendo como função diluir o sangue 
em casos de hemorragia para evitar o choque 
hipovolêmico. 
 Como dilui o sangue, vai apenas facilitar a circulação 
das hemácias existentes quando o paciente está 
hipovolêmico/ hipotenso e, assim, melhora a 
oxigenação. 
 Colóides 
 Com os colóides consegue-se uma vaso expansão 
rápida à custa de volumes infundidos relativamente 
pequenos. 
Tratamento 
 
 As papas (concentrados) de hemácias são 
infundidas quando há uma perda sanguínea 
maciça. 
 Em emergências, dá-se preferência ao sangue do 
tipo O negativo, no caso de mulheres em idade 
reprodutiva 
 Sangue do tipo O positivo, no caso de indivíduos 
masculinos e mulheres pós-menopausa. 
Tratamento 
• Numa situação de reanimação, não há tempo para 
determinar o tipo sanguíneo e a compatibilidade 
cruzada. 
• O sangue do tipo O negativo propicia a 
administração segura do sangue de imediato, sem 
sensibilizar uma mulher Rh-negativa ao sangue Rh-
positivo. 
• A sensibilização pode causar complicações 
neonatais durante uma gravidez posterior. 
Tratamento 
 Plaquetas e fatores da coagulação são também 
administrados quando há necessidade de uma 
grande quantidade de sangue. 
 As transfusões de papa de hemácias são deficientes 
em fatores de coagulação. 
Alerta! 
• A razão de infusão é determinada pela gravidade 
da perda sanguínea e pelos sinais clínicos da 
hipovolemia. 
• Caso seja necessária uma reposição sanguínea 
maciça, o sangue deve ser aquecido num aquecedor 
de sangue comercial. 
• A administração de uma grande quantidade de 
sangue que foi refrigerado tem um efeito de 
resfriamento central capaz de ocasionar parada 
cardíaca e coagulopatias. 
 O QUE É EPISTAXE? 
Epistaxe 
 Sangramento nasal, com origem diversa: 
 Pico hipertensivo, traumatismo, tumores, influência hormonal 
e outras. 
 As medidas de primeiros socorros são: 
 
 Colocar o cliente sentado e orientá-lo para respirar 
pausadamente pela boca e cuspir o sangue. 
 Pressionar a face lateral da narina sangrante contra o septo 
nasal e colocar bolsa de gelo ou compressas frias sobre o 
nariz. 
Epistaxe 
 
 A cabeça não deve estar inclinada para trás. 
 Isto provoca a deglutição do sangue, ocasionando 
náuseas, vômitos e piora da epistaxe. 
 No ambientehospitalar podem ser administrados 
medicamentos coagulantes e realizado o 
tamponamento nasal. 
 
Epistaxe 
 O paciente é orientado para realizar a higiene oral 
mais frequentemente. 
 Lubrificar com vaselina líquida ou similar os lábios 
ressecados em virtude da respiração bucal. 
 Durante a alimentação, higiene oral e outras 
atividades o paciente deve tomar cuidado para não 
remover o tampão nasal. 
 
 O QUE É HEMOPTISE? 
Hemoptise 
 
 Hemorragia pulmonar e pode ser sinal de trauma 
torácico ou edema agudo pulmonar (EAP), dentre 
outras patologias. 
 Quando de sua ocorrência, faz-se necessário agir 
com rapidez, devido à piora rápida. 
 O paciente deve ser mantido calmo e orientado 
para respirar pausadamente, não falar e/ou se 
agitar. 
Hemoptise 
 Deve ser mantido em repouso no leito, em posição 
de Fowler ou sentado. 
 Com as pernas pendentes para fora do leito. 
 Receber administração de oxigênio por cateter 
nasal. 
 A adoção dessas medidas melhora sua respiração e 
oxigenação, diminuindo o retorno venoso ao 
coração. 
Hemoptise 
 
 É importante manter o acesso venoso de grande 
calibre. 
 Administrar os medicamentos prescritos e 
verificar os sinais vitais, principalmente o pulso e 
a respiração. 
 
 O QUE É HEMATÊMESE? 
 O QUE É MELENA? 
Hematêmese e Melena 
 Hematêmese é a perda de sangue no vômito. 
 Melena é a perda de sangue nas fezes. 
 
 Suas causas mais prováveis são: 
 traumas vasculares, rompimento das varizes esofágicas ou 
gástricas e úlcera gástrica perfurada. 
 Nestes casos, deve-se deitar o cliente em decúbito 
dorsal e mantê-Io em jejum. 
Hematêmese e Melena 
 
 Se a hemorragia persistir, deve-se introduzir uma 
sonda nasogástrica, para aspirar, e realizar 
lavagem gástrica com água ou solução fisiológica 
gelada. 
 
 Faz-se necessária a reposição de volume e a 
administração de medicamentos coagulantes. 
 
Hematêmese e Melena 
 
 Após o controle da hemorragia, manter a SNG 
aberta para drenagem de secreções. 
 Também está indicada a lavagem intestinal para 
retirar o sangue acumulado. 
 Sempre suspeitar da hipótese de hemorragia 
interna (que não é visível). 
Controle de hemorragias externas 
 Se um paciente apresentar uma hemorragia 
externa (ex:ferida), faz-se uma avaliação física 
rápida. 
 Enquanto são cortadas as roupas do paciente na 
tentativa de identificar a área da hemorragia. 
 Uma pressão direta firme é aplicada sobre a área 
do sangramento ou sobre a artéria envolvida, num 
ponto que seja proximal à ferida. 
Controle de hemorragias externas 
 Muitos sangramentos podem ser estancados ou, 
no mínimo, controlados pela aplicação da pressão 
direta. 
 Caso contrário, um sangramento arterial não 
controlado acarreta a morte. 
 É aplicado um curativo compressivo firme e a 
parte lesada é elevada para estancar sangramentos 
venosos e capilares, se possível. 
Controle de hemorragias externas 
 Se a área lesada for uma extremidade, esta é 
imobilizada para controlar a perda sanguínea. 
 Um torniquete é aplicado a uma extremidade 
unicamente como último recurso. 
 Em casos em que a hemorragia externa não possa 
ser controlada de nenhum outro modo e uma 
cirurgia imediata não seja possível. 
Controle de hemorragias externas 
 Deve-se tomar cuidado ao aplicar-se um 
torniquete devido ao risco de perda da 
extremidade. 
 O torniquete é aplicado imediatamente proximal à 
ferida e apertado o suficiente para controlar o 
fluxo sanguíneo arterial. 
Controle de hemorragias externas 
 O método mais eficaz de controlar os vários tipos 
de hemorragia é a compressão direta do ponto 
onde está ocorrendo. 
 Mantendo-se a compressão por cerca de seis a oito 
minutos, para que haja a coagulação. 
 Nos casos de hemorragia externa de membros, a 
primeira conduta é deitar a vítima (se necessário). 
Controle de hemorragias externas 
 Elevar o membro afetado acima do nível do 
coração. 
 Remover corpos estranhos da ferida (caso 
existam). 
 Fazer compressão direta no local com os dedos ou 
por curativo compressivo. 
 Objetos transfixados não devem ser removidos e 
precisam ser imobilizados para evitar hemorragia 
na sua retirada acidental. 
 
Controle de hemorragias externas 
 Nas fraturas de extremidades e pessoas com suspeita de 
fratura de coluna cervical, não se deve fazer a elevação 
do membro afetado. 
 No caso destas manobras falharem na contenção da 
hemorragia, pode-se fazer uma compressão indireta. 
 Compressão realizada acima do ferimento, em locais 
onde a artéria é superficial e está posicionada sobre um 
osso que serve de apoio para a pressão: 
 Na perna, pressione a artéria femoral; no braço, a artéria 
braquial. 
Controle de hemorragias externas 
 Algumas lesões podem necessitar de sutura para 
controlar o sangramento. 
 Controle do quadro de choque hipovolêmico por 
intermédio da reposição volêmica com solução 
fisiológica e/ou hemoderivados. 
 Uso de técnica asséptica para a limpeza da ferida. 
 Antibioticoterapia para evitar infecções. 
 
Controle de hemorragias externas 
 Aplicação de vacina antitetânica para os clientes 
com esquema vacinal incompleto. 
 Todos os casos de amputação traumática, 
esmagamento ou dilaceração de membros devem 
ser encaminhados para uma unidade cirúrgica. 
 O cliente pode apresentar-se ansioso ao visualizar 
um sangramento e ver que ele não cede com as 
medidas de emergência. 
Controle de hemorragias externas 
 Essa intranquilidade pode manifestar-se na forma 
de “crise histérica”, vertigem, desmaio e agitação. 
 Causando taquicardia, o que aumenta ainda mais 
o sangramento. 
 Fundamental tranquilizá-lo para que o 
sangramento possa ser melhor controlado. 
 
Controle de hemorragias internas 
 Nos casos em que o paciente apresente: 
 Quadro de choque hipovolêmico 
 Inconsciência 
 História de forte compressão (batida) na cabeça, 
tórax e ou abdome 
 Palidez, mucosa descorada, agitação 
 Sudorese, pulso taquicárdico e fino, respiração 
rápida e superficial, hipotensão arterial, sensação 
de sede, desmaio, hipotermia. 
 
 
 Pode ser uma hemorragia interna!!! 
Controle de hemorragia interna 
 A hemorragia interna é ocasionada por um trauma 
fechado, ou seja, causado por um objeto que não 
penetrou na pele. 
 Pode também ser provocada por rompimento de 
aneurisma (cerebral, torácico ou abdominal), de 
órgãos (fígado, baço e outros) ou da artéria aorta. 
 Em muitos casos há grande perda de quantidade 
de sangue, o que coloca o cliente em risco iminente 
de vida. 
Controle de hemorragia interna 
 
 Como não aparecem sinais externos, é sempre mais 
difícil de ser identificada. 
 Necessitando de intervenção cirúrgica na maioria 
das vezes. 
 Será avaliada a necessidade de uma cirurgia de 
emergência. 
 
Controle de hemorragias internas 
 Se o paciente não evidenciar nenhum sinal 
externo de sangramento. 
 Suspeita-se de uma hemorragia interna: 
taquicardia, baixa da pressão arterial, sede, 
apreensão, pele fria e úmida ou enchimento 
capilar retardado. 
 Administra-se papa de hemácias a uma razão 
rápida e prepara-se o paciente para o tratamento 
mais definitivo (cirurgia ou terapia 
farmacológica). 
Controle de hemorragias internas 
 São obtidas amostras de gases arteriais para 
avaliar a função pulmonar e a perfusão tecidual e 
para estabelecer parâmetros hemodinâmicos 
basais. 
 Usados para indicar a determinação da quantidade 
de líquido de reposiçãoque o paciente pode tolerar 
e da resposta a terapia. 
Controle de hemorragias internas 
 
 O paciente é mantido na posição de decúbito 
dorsal e monitorado atentamente até que os 
parâmetros hemodinâmicos ou circulatórios 
melhorem. 
 
Gasometria 
 A gasometria arterial é um exame invasivo que mede as 
concentrações de oxigênio, a ventilação e o estado ácido-
básico. 
 
 Tipicamente, os valores gasométricos são obtidos quando o 
quadro clínico do paciente sugere uma anormalidade na 
oxigenação, na ventilação e no estado ácido-básico. 
Gasometria 
 Normalmente, essa amostra é coletada na artéria 
radial, perto do punho, mas também poderá ser 
coletada pela artéria braquial ou femoral. 
 Através da amostra de sangue arterial, o 
laboratório pode determinar as concentrações de 
oxigênio e de dióxido de carbono, assim como a 
acidez do sangue, que não pode ser mensurada em 
uma amostra de sangue venoso. 
 
CHOQUE 
 
• Você sabia que muitos indivíduos com até 40 
anos de idade, atendidos em urgência e 
emergência, evoluíram com choque hipovolêmico 
e morreram antes mesmo de seu 
reconhecimento? 
 
• Grande maioria são vítimas de trauma com hemorragia 
interna, que passou despercebida durante o atendimento. 
CHOQUE 
 O choque é uma condição clínica em que o sistema 
cardiovascular fica impossibilitado de manter a 
perfusão tecidual adequada. 
 Causando graves danos ao metabolismo celular. 
• A demora no seu reconhecimento e tratamento predispõe a 
falência de múltiplos órgãos e a morte. 
 
• O choque pode ter várias classificações: 
• Distributivo, Obstrutivo, Cardiogênico e 
Hipovolêmico. 
CHOQUE DISTRIBUTIVO 
 
• O choque distributivo ocorre devido à alteração da 
tonicidade da parede do vaso, provocando seu 
relaxamento. 
• O vaso fica maior que a quantidade de sangue 
circulante em seu interior, levando à hipotensão. 
CHOQUE DISTRIBUTIVO 
Choque neurogênico: quando ocorre a perda do 
controle vasomotor na presença de lesão cerebral e/ou 
medular nos traumas. 
Choque anafilático: deflagrado por reações 
inflamatórias secundárias a reações antígeno-anticorpo. 
Choque séptico: quando há a liberação de toxinas na 
circulação sanguínea nos processos infecciosos.Vários 
micro-organismos podem causar o choque séptico, mas os 
mais frequentes são as bactérias gram negativas 
CHOQUE DISTRIBUTIVO 
 Característica principal: distribuição anormal 
do volume vascular devido a alterações na 
resistência vascular periférica ou na 
permeabilidade capilar. 
 O tônus das artérias (resistência vascular 
periférica) é controlado pelo sistema nervoso 
autônomo. 
 Com o trauma medular cervical, este controle é 
perdido e as artérias se dilatam. 
 Não existe extravasamento de sangue, somente 
uma dilatação arterial fazendo com que os vasos 
aumentem. 
CHOQUE OBSTRUTIVO 
 Característica principal: impedimento do 
enchimento do ventrículo D ou E. 
 Para que o coração se encha de sangue é necessário 
que o sangue retorne da circulação periférica 
através das veias chegando ao átrio direito. 
 As únicas duas veias que chegam ao átrio direito 
são a veia cava superior e a veia cava inferior, sendo 
que na veia cava inferior o fluxo sanguíneo é maior. 
 São causas de choque obstrutivo: 
 Pneumotórax hipertensivo; 
 Tamponamento cardíaco; 
 Hipertensão pulmonar. 
CHOQUE OBSTRUTIVO 
 
• Ocorre uma obstrução mecânica levando à queda 
do débito cardíaco. 
• É caracterizado também nas situações de 
tromboembolismo pulmonar e dissecção de aorta. 
• Ocorre quando o sistema vascular pulmonar é 
obstruído por trombo ou gás, impedindo o fluxo 
sanguíneo e causando hipotensão arterial. 
CHOQUE CARDIOGÊNICO 
 
• O choque cardiogênico é caracterizado pela falência 
do coração como bomba cardíaca pela diminuição 
da força de contração, diminuição do débito 
cardíaco e o aumento da pressão venosa central 
(PVC). 
• Gerando a má perfusão tecidual, infarto, arritmias, 
embolia, tamponamento cardíaco. 
CHOQUE CARDIOGÊNICO 
 Característica principal: falência da bomba 
cardíaca. 
 Ocorre devido à falência do ventrículo esquerdo, por 
infarto agudo do miocárdio, cardiopatias ou arritmias 
graves. 
 O miocárdio (músculo cardíaco) necessita de oxigênio 
em maior quantidade do que um músculo esquelético, 
sendo, portanto, muito mais sensível à hipóxia. 
 Quando a hipóxia ocorre, por qualquer mecanismo, o 
músculo cardíaco, que é irrigado pelas artérias 
coronárias, fica isquêmico e pode entrar em falência. 
CHOQUE HIPOVOLÊMICO 
 
• A hemorragia costuma ser a causa mais frequente do 
choque hipovolêmico no trauma. 
• Pode acontecer internamente devido à lesões de órgãos 
ou por lacerações de vasos, múltiplas fraturas, fraturas 
expostas e fraturas fechadas de ossos longos. 
• O choque não hemorrágico pode ocorrer por diarréia 
de difícil controle, poliúria, queimaduras extensas e 
desidratação. 
• A identificação precoce do choque e a estabilização 
hemodinâmica são as condutas principais no 
atendimento da vítima. 
• A intervenção acontece imediatamente a partir da 
visualização da lesão. 
CHOQUE HIPOVOLÊMICO 
• Quando o choque se instala, frequentemente ele 
está associado a sangramentos nos 
compartimentos internos do corpo. 
• Como a cavidade torácica, que pode acumular até 
3.000 ml de sangue na cavidade pélvica; 
• Peritônio e retroperitônio, que podem acumular 
quantidades ilimitadas de sangue. 
• A quantidade de sangue perdido determinará a 
gravidade do choque hemorrágico. 
CHOQUE HIPOVOLÊMICO 
 Característica principal: diminuição do 
volume circulante. 
 A perda de volume pode ser devido à: perda de 
sangue, perda de fluidos e eletrólitos, perda de 
plasma. 
 Há diminuição de débito cardíaco em virtude da 
diminuição da pré-carga. 
 Choque hipovolêmico hemorrágico é o caso mais 
frequente nos pacientes traumatizados, ocorre 
quando existe a perda de sangue. 
CHOQUE HIPOVOLÊMICO 
 A perda de sangue pode ser: 
 Externa: hematêmese, melena, sangramentos 
externos; 
 Interna: hemotórax, hemoperitôneo, 
hematomas musculares. 
 O choque hipovolêmico é dividido em quatro 
classes de acordo com o volume perdido: 
Classificação do choque hipovolêmico 
baseado na perda estimada de sangue 
Avaliando quanto ao choque hipovolêmico 
• Estar atento aos seguintes sinais e sintomas: 
 
• Pressão arterial baixando; 
• Frequência do pulso aumentando; 
• Pele fria e úmida; 
• Enchimento capilar retardado; 
• Palidez; 
• Sede; 
• Sudorese; 
• Alteração da consciência; 
• Oligúria; 
CHOQUE HIPOVOLÊMICO 
• No atendimento inicial deste paciente, todos os 
esforços são voltados para identificar a lesão 
responsável pelo choque, podendo haver 
necessidade de tratamento cirúrgico para controle 
da hemorragia. 
• É prioritário restabelecer o quadro hemodinâmico 
com a infusão de soluções isotônicas aquecidas e 
avaliar a resposta a este tratamento, evidenciando: 
CHOQUE HIPOVOLÊMICO 
resposta rápida, quando 
ocorre a melhora dos 
parâmetros vitais, indicando 
que ele perdeu menos de 
20% do volume sanguíneo; 
resposta 
transitória, quando 
ele apresenta melhora 
dos parâmetros vitais, 
voltando a piorar 
hemodinamicamente, 
indicando perda de 
20% a 40% da volemia; 
resposta mínima ou 
ausente, quando não 
apresentam melhora 
na fase de reanimação 
com reposição de um a 
dois litros de solução 
isotônica. 
CHOQUE HIPOVOLÊMICO 
 
• Tem início com a avaliação primária conforme os 
• ABCD. 
• Mantenha preparado o material para procedimentos de 
descompressão torácica e pericárdica. 
• Observe a coloração e temperaturada pele, qualidade 
do pulso (frequência, amplitude e ritmo) e perfusão 
capilar. 
• O intuito é diminuir a agitação e o consumo de 
oxigênio. 
• A reposição volêmica é feita por meio da infusão de 
soluções intravenosas como ringer lactato e soro 
fisiológico 0,9%. 
CHOQUE HIPOVOLÊMICO 
 
• Ao instalar os dois acessos venosos periféricos, é 
necessário atentar para o calibre dos cateteres 
periféricos (14G ou 16G), sempre na região 
antecubital. 
• O controle do débito urinário é um parâmetro 
essencial de resposta ao tratamento do choque. 
• A SVD, além de monitorar o débito urinário, tem 
como objetivo identificar a presença de hematúria e 
descomprimir a bexiga para a realização de 
procedimentos cirúrgicos. 
CHOQUE HIPOVOLÊMICO 
 Auxiliar e/ou coletar exames laboratoriais, 
ficando atento aos resultados e possíveis 
correções dos distúrbios metabólicos e 
respiratórios. 
 Esse desequilíbrio pode responder pelo 
agravamento do quadro e causar a morte do 
cliente. 
CHOQUE HIPOVOLÊMICO 
• O uso de cateter venoso representa risco 
potencial para infecção da corrente sanguínea. 
• A inserção de cateter venoso central (CVC) e sua 
manipulação, quando realizados 
inadequadamente, entre outros fatores, podem 
ocasionar a infecção, significando ônus ao 
paciente e ao sistema de saúde. 
• Conhecer e aplicar as medidas preventivas na 
utilização de CVC faz parte das ações do 
enfermeiro. 
CHOQUE HIPOVOLÊMICO 
• Assim que possível, realizar a monitorização dos 
sinais vitais, observando e comunicando qualquer 
alteração desses parâmetros. 
• Na suspeita de lesões músculo-esqueléticas, é 
necessário manter o membro imobilizado, a fim de 
diminuir o sangramento. 
• A observação do nível de consciência. 
• Aquecimento do paciente. 
CHOQUE HIPOVOLÊMICO 
 A terapia de líquidos deve acompanhar 
parâmetros diretos do desempenho circulatório, 
como frequência cardíaca, pressão arterial, 
pressão venosa central (PVC), débito cardíaco 
(DC), diurese. 
 
CHOQUE HIPOVOLÊMICO 
 Pressão venosa central (PVC) é a medida 
da pressão existente nas grandes veias de 
retorno ao átrio direito do coração (veia cava 
superior); 
 Representa a medida de capacidade relativa que 
o coração tem em bombear o sangue venoso; 
 Fornece informações referentes 
ao volume sanguíneo que chega ao coração. 
Referências 
 Brasil. Ministério da Saúde. Protocolos da unidade de emergência 
/ Hospital São Rafael – Ministério da Saúde. – 10. ed. – Brasília: 
Ministério da Saúde, 2002. 
 Cavalheiro, A.M, et al. Hemorragia intracerebral espontânea: 
Reflexo da monitorização beira leito pela enfermagem. Rev 
Neurocienc 2010;18(3):347-352. 
 Felice, C.D et al. Choque: diagnóstico e tratamento na 
emergência. Revista da AMRIGS, Porto Alegre, 55 (2): 179-196, 
abr.-jun. 2011 
 Smeltzer, S.C; Bare, B.G, Hinkle, J.L; Cheever , K.H. Tratado de 
enfermagem médico- cirúrgica. 11ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2008. 
 Nasi, L.A (org). Rotinas em pronto-socorro. 2 ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2005.

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