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Resumo do Telencéfalo

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Faculdade de Medicina de Campos
Daniele Longo – 2020
2 período
Resumo sobre TELENCÉFALO
 Generalidades: O telencéfalo compreende os dois hemisférios cerebrais, direito e esquerdo, e uma pequena parte mediana situada na porção anterior do III ventrículo. Os dois hemisférios cerebrais são incompletamente separados pela fissura longitudinal do cérebro, cujo assoalho é formado por uma larga faixa de fibras comissurais, o corpo caloso, principal meio de união entre os dois hemisférios. Os hemisférios cerebrais possuem cavidades, os ventrículos laterais direito e esquerdo, que comunicam com o III ventrículo pelos forames interventriculares. Cada hemisfério possui três polos: frontal, occipital e temporal; e três faces: face súperolateral, face medial e face inferior, ou base do cérebro.
 Sulcos e giros, divisão em lobos: A existência dos sulcos permite considerável aumento de superfície sem grande aumento do volume cerebral. Em cada hemisfério cerebral, os dois sulcos mais importantes são o sulco lateral (de Sylvius) e o sulco central (de Rolando).
Sulco lateral: Separa o lobo frontal do lobo temporal, dirige-se para a face súperolateral do cérebro, onde termina dividindo-se em três ramos: ascendente, anterior e posterior. Os ramos ascendente e anterior são curtos e penetram no lobo frontal; o ramo posterior é muito mais longo, dirige-se para trás e para cima, terminando no lobo parietal. Separa o lobo temporal, situado abaixo, dos lobos frontal e parietal.
Sulco central: Separa os lobos frontal e parietal. Dirige-se para diante e para baixo, em direção ao ramo posterior do sulco lateral, do qual é separado por uma pequena prega cortical. É ladeado por dois giros paralelos, um anterior, giro pré-central, e outro posterior, giro pós-central.
 De modo geral, as áreas situadas adiante do sulco central relacionam-se com a motricidade, enquanto as situadas atrás deste sulco relacionam-se com a sensibilidade. Os sulcos cerebrais ajudam a delimitar os lobos cerebrais, como já ficou evidenciado na descrição dos sulcos lateral e central. Assim, temos os lobos frontal, temporal, parietal e occipital. Além destes, existe um quinto lobo, a insula, situado profundamente no sulco lateral e que não tem, por conseguinte, relação imediata com os ossos do crânio.
 O lobo frontal localiza-se acima do sulco lateral e adiante do sulco central. Na face medial do cérebro, o limite anterior do lobo occipital é o sulco parieto-occipital. Na sua face súperolateral este limite é arbitrariamente situado em uma linha imaginária que une a terminação do sulco parieto-occipital, na borda superior do hemisfério, à incisura pré-occipital, situada na borda ínfero-lateral.
Face súperolateral
 Lobo frontal: 
Sulco pre-central
Sulco frontal superior
Sulco frontal inferior
 Entre o sulco central e o sulco pré-central está o giro pré-central, onde se localiza a área motora principal do cérebro. Acima do sulco frontal superior, continuando na face medial do cérebro, localiza-se o giro frontal superior. Entre os sulcos frontal superior e frontal inferior está o giro frontal médio, abaixo do sulco frontal inferior, o giro frontal inferior. O giro frontal inferior do hemisfério cerebral esquerdo é denominado giro de Broca, e aí se localiza, na maioria dos indivíduos, o centro cortical da palavra falada. 
 Lobo temporal: 
Sulco temporal superior
Sulco temporal inferior
 Entre os sulcos lateral e temporal superior está o giro temporal superior, entre os sulcos temporal superior e o temporal inferior situa-se o giro temporal médio; abaixo do sulco temporal inferior localiza-se o giro temporal inferior, que se limita com o sulco occipito-temporal.
 Afastando-se os lábios do sulco lateral, aparece seu assoalho, que é parte do giro temporal superior. A porção posterior deste assoalho é atravessada por pequenos giros transversais, os giros temporais transversos, dos quais o mais evidente, o giro temporal transverso anterior é importante, pois nele se localiza o centro cortical da audição.
 Lobos parietal e occipital:
Sulco pós-central
Sulco intraparietal
 Entre os sulcos central e pós-central fica o giro pós-central, onde se localiza uma das mais importantes áreas sensitivas do córtex, a área somestésica. O sulco intraparietal separa o lóbulo parietal superior do lóbulo parietal inferior. Neste último descrevem-se dois giros: o giro supramarginal e o giro angular.
Insula 
 Face medial (lobo occipital):
Sulco calcarino
Sulco parieto-occipital
 Entre o sulco parieto-occipital e o sulco calcarino, situa-se o cúneus. Adiante do cúneus, por conseguinte já no lobo parietal, temos o pré-cúneus. Abaixo do sulco calcarino, situa-se o giro occipitotemporal medial, que continua anteriormente com o giro para-hipocampal, já no lobo temporal. 
 Lobos frontal e parietal: 
Sulco do corpo caloso
Sulco do cíngulo
 Destacando-se do sulco do cíngulo em direção à margem superior do hemisfério, existe quase sempre o sulco paracentral, que delimita com o sulco do cíngulo e seu ramo marginal, o lóbulo paracentral. Nas partes anterior e posterior do lóbulo paracentral localizam-se, respectivamente, as áreas motora e sensitiva relacionadas com a perna e o pé.
 Face inferior (lobo temporal): 
Sulco occipitotemporal
Sulco colateral
Sulco do hipocampo
 O sulco occipitotemporal limita com o sulco temporal inferior o giro temporal inferior, medialmente, este sulco limita com o sulco colateral o giro occípito-temporal lateral. O sulco colateral inicia-se próximo ao pólo occipital e se dirige para frente, delimitando com o sulco calcarino e o sulco do hipocampo, respectivamente, o giro occípito-temporal medial e o giro para-hipocampal, cuja porção anterior se curva em torno do sulco do hipocampo para formar o uncus.
 O giro para-hipocampal se liga posteriormente ao giro do cíngulo através de um giro estreito, o istmo do giro do cíngulo. Assim, uncus, giro para-hipocampal, istmo do giro do cíngulo e giro do cíngulo constituem uma formação contínua que circunda as estruturas inter-hemisféricas e que muitos consideram como um lobo independente, o lobo límbico, parte importante do sistema límbico, relacionado com o comportamento emocional e o controle do sistema nervoso autônomo.
 Lobo frontal: A face inferior do lobo frontal apresenta um único sulco importante, o sulco olfatório. Medialmente ao sulco olfatório, situa-se o giro reto. O resto da face inferior do lobo frontal é ocupada por sulcos e giros muito irregulares, os sulcos e giros orbitários.
 Morfologia das ventrículos laterais: Os hemisférios cerebrais possuem cavidades revestidas de epêndima e contendo líquido cérebro-espinhal, os ventrículos laterais esquerdo e direito, que se comunicam com o III ventrículo pelo respectivo forame interventricular. Apresenta sempre uma parte central e três cornos que correspondem aos três pólos do hemisfério. As partes que se projetam nos lobos frontal, occipital e temporal são, respectivamente, os cornos anterior, posterior e inferior. Com exceção do corno inferior, todas as partes do ventrículo lateral têm o teto formado pelo corpo caloso, cuja remoção expõe amplamente a cavidade ventricular.
 Morfologia das paredes ventriculares: O corno anterior é a parte do ventrículo lateral que se situa adiante do forame interventricular. O assoalho, inclinado, forma também a parede lateral e é constituído pela cabeça do núcleo caudado. O tecto e o limite anterior do corno anterior são formados pelo corpo caloso.
 Plexos corioides dos ventrículos laterais: A pia-máter, que ocupa a fissura transversa do cérebro, penetra entre o fornix e o tálamo, empurra de cada lado o epêndima que reveste a cavidade ventricular, para constituir com ele o plexo corióide da parte central dos ventrículos laterais. Os cornos anterior e posterior não possuem plexos corióides.
 Organização interna dos hemisférios cerebrais: Cada hemisfério possui uma camada superficial de substância cinzenta,o córtex cerebral, que reveste um centro de substância branca, o centro branco medular do cérebro, ou centro semioval, no interior do qual existem massas de substância cinzenta, os núcleos da base do cérebro.
Núcleos da base
 Núcleo caudado: Sua extremidade anterior, muito dilatada, constitui a cabeça do núcleo caudado, que proemina do assoalho do corno anterior do ventrículo. Ela continua gradualmente com o corpo do núcleo caudado, situado no assoalho da parte central do ventrículo lateral. Este afina-se pouco a pouco para formar a cauda do núcleo caudado.
 Núcleo lentiforme: Medialmente relaciona-se com a cápsula interna que o separa do núcleo caudado e do tálamo; lateralmente relaciona-se com o córtex da insula, do qual é separado por substância branca e pelo claustrum. O núcleo lentiforme é dividido em putâmen e globo pálido por uma fina lâmina de substância branca, a lâmina medular lateral. O putâmen situa-se lateralmente e é maior que o globo pálido, que se dispõe medialmente. O globo pálido é subdividido por outra lâmina de substância branca, a lâmina medular medial, em partes externa e interna.
 Claustrum: Entre o claustrum e o núcleo lentiforme existe uma outra lâmina branca, a cápsula externa. As estruturas que se dispõem no interior de cada hemisfério cerebral vistas em um corte horizontal, passando pelo corpo estriado. São elas, da face lateral até a superfície ventricular: córtex da insula; cápsula extrema; claustrum; cápsula externa; putâmen; lâmina medular lateral; parte externa do globo pálido; lâmina medular mediai; parte interna do globo pálido; cápsula interna; tálamo; III ventrículo.
 Corpo amigdaloide: O corpo amigdaloide faz parte do sistema límbico e é um importante centro regulador do comportamento sexual e da agressividade.
 Núcleo accumbens: situada na zona de união entre o putâmen e a cabeça do núcleo caudado em área que alguns autores chamam de corpo esfriado ventral.
 Núcleo basal de Meynert: Situa-se na base do cérebro, entre a substância perfurada anterior e o globo pálido, região conhecida como substância inominata. Contém neurônios grandes, ricos em acetilcolina.
 Centro branco medular do cérebro: Distinguem-se dois grupos de fibras: de projeção e de associação. As primeiras ligam o córtex cerebral a centros subcorticais; as segundas unem áreas corticais situadas em pontos diferentes do cérebro. Entre as fibras de associação, temos aquelas que atravessam o plano mediano para unir áreas simétricas dos dois hemisférios. Constituem as três comissuras telencefálicas: corpo caloso, comissura do fornix e comissura anterior. 
 As fibras de projeção se dispõem em dois feixes: o fornix da cápsula interna. O fornix une o córtex do hipocampo ao corpo mamilar e contribui pouco para a formação do centro branco medular.
Noções de anatomia comparada e antropologia do cérebro
 Aspectos gerais: Em um vertebrado inferior, como um ciclóstomo ou um peixe, a parte mais importante do sistema nervoso central é o tecto do mesencéfalo, que integra quase todas as vias da sensibilidade e da motricidade. O tecto é, pois, muito desenvolvido nestes animais, enquanto o cérebro tem uma função quase que exclusivamente olfatória. À medida que se sobe na escala zoológica, há uma diminuição do tamanho e importância do tecto paralelamente ao aumento do tamanho e da importância do cérebro.
 No cérebro do peixe e do ciclóstomo há apenas um tipo muito simples e primitivo de córtex, denominado arquicórtex. Nos anfíbios aparece um córtex mais avançado, o paleocortex, enquanto nos répteis surge o neocortex, que predomina nos mamíferos. No homem, o arquicórtex existe no hipocampo, o paleocortex no giro para-hipocampal, enquanto o neocortex reveste todo o resto dos hemisférios cerebrais.
 Sulcos e giros: O primeiro sulco que apareceu na filogêneses foi o sulco rinal, que separa o paleocortex do neocortex e que existe, pois, desde o aparecimento dos répteis. Quanto à presença de sulcos e giros, os animais podem ser lissencéfalos ou girencéfalos, conforme tenham o cérebro liso ou com giros.

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