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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE FARMÁCIA, ODONTOLOGIA E ENFERMAGEM DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM DISCIPLINA: PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE Teorias do Desenvolvimento Infantil Mestranda Enfª Leidiane Minervina Profª Drª Maria Dalva Fortaleza, 2014 OBJETIVOS DA AULA: Conhecer as divisões do período infantil; Compreender o desenvolvimento psicossexual, psicossocial e cognitivo da infância; Associar o conteúdo visto durante a aula na resolução de estudos de caso. TEMPESTADE DE IDEIAS DIVISÃO DO PERÍODO INFANTIL Lactente Toddler Pré-escolar Escolar LACTENTE (DO NASCIMENTO – 12 MESES) Recém-nascido – até 28 dias. Intenso crescimento e desenvolvimento. Aleitamento materno e início da alimentação complementar. Intensa relação com os familiares. TODDLER (12 MESES A 36 MESES) É uma fase de exploração intensa do ambiente; Um período importante para as conquistas do desenvolvimento e para o crescimento intelectual; Conhecida pelo termo “os terríveis 2 anos”. Descobertas PRÉ-ESCOLAR (3 ANOS – 6 ANOS) Prepara os pré-escolares para a mudança mais significativa de seu estilo de vida: o ingresso na escola. Aumento da interação com outras pessoas, melhor uso da linguagem e aumento da atenção. Período dos amigos imaginários e da gagueira. ESCOLAR (6 ANOS – 12 ANOS) Esse período começa com a entrada no ambiente escolar. Evoluíram de bebês indefesos para indivíduos firmes. Comportamento de mentir, roubar e trapacear. TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL Desenvolvimento Psicossexual Desenvolvimento Psicossocial Desenvolvimento Cognitivo DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL DA INFÂNCIA DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL Sigmund Freud (1856-1939) foi um médico vienense que alterou, radicalmente, o modo de pensar a vida psíquica; Criação da Psicanálise; A descoberta da sexualidade infantil; Função sexual existe desde o princípio da vida. FASE ORAL (0 A 18 MESES) O psiquismo e a vida afetiva estão ligados aos processos instintivos O bebê suga para alimentar-se e para satisfazer uma necessidade erótica; Prazer na zona oral e perioral. Amamentação FASE ANAL (18 MESES A 3 ANOS) A libido localiza-se na região inferior do intestino; Controle da eliminação das fezes •SENTIMENTO DE PRAZER Ocorrem as primeiras perguntas sobre a diferença entre os sexos. FASE FÁLICA (3 A 5 ANOS) A libido polariza-se na região dos genitais; Pode ser frequente a masturbação; Grande aprendizagem do mundo e de identificação com as figuras parentais; Preferência pelo genitor do sexo oposto: “Complexo de Édipo”. COMPLEXO DE ÉDIPO FASE DE LATÊNCIA (6 ANOS - PUBERDADE) Caracteriza-se pela independência do eu; Sigmund Freud: Trégua instintiva; Erotização intelectual e muscular; Ocorre nítida diferenciação entre os sexos; A socialização amplia-se; Curiosidade quanto ao nascimento, gravidez, papel dos pais, reprodução, etc. RESUMINDO... DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL DA INFÂNCIA DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL Erik Homburger Erikson nasceu em Frankfurt, Alemanha, em 1902 -1994. O primeiro psicanalista infantil americano. Sem negar a teoria freudiana sobre desenvolvimento psicossexual, Erikson mudou o enfoque desta para o problema da identidade e das crises do ego, ancorado em um contexto sociocultural. RELAÇÃO ENTRE DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL E PSICOSSEXUAL DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL Dividido em 8 estágios (4 na infância); A cada etapa, o indivíduo cresce a partir das exigências internas de seu ego e do meio em que vive; Em cada estágio o ego passa por uma crise (que dá nome ao estágio). Desfecho positivo ou negativo; Da solução positiva da crise surge um ego mais rico e forte; da solução negativa temos um ego mais fragilizado; A cada crise, a personalidade vai se reestruturando e se reformulando de acordo com as experiências vividas, enquanto o ego vai se adaptando a seus sucessos e fracassos. CONFIANÇA X DESCONFIANÇA Fase I: do nascimento até 12 meses de idade. Aquisição de um senso de confiança ao superar um senso de desconfiança Questão –chave: “Será o meu mundo social previsível e protetor?” Êxito Fracasso Virtude Confiança: Sente- se protegido e seguro: desenvolve o senso básico de confiança da vida. Desconfiança: Retraído, desprotegido e abandonado, tem medo e aprende a desconfiar do mundo. Esperança CONFIANÇA X DESCONFIANÇA Elemento crucial: relação pais – criança. A desconfiança pode resultar tanto de muita como de pouca frustração. Narcisismo primário (primeiros 4 meses de vida). Entra em contato com outros por meio do ato de segurar. Modalidade mais ativa e agressiva relacionada ao ato de morder. AUTONOMIA X VERGONHA E DÚVIDA Questão-chave: Será que consigo fazer as coisas ou dependo quase sempre das outras pessoas? Êxito Fracasso Virtude Autonomia: Sente- se independente, atreve-se a desenvolver coisas e a desenvolver as suas capacidades. Vergonha e Dúvida: Demasiado controlado pelos pais, não se atreve, duvida, aprende tudo mais tarde. Força de vontade. Fase II: 1 a 3 anos. AUTONOMIA X VERGONHA E DÚVIDA Conflito entre exercer a autonomia e abdicar da agradável dependência dos outros; Exercer o desejo tem consequências negativas definidas, enquanto manter um comportamento dependente e submisso geralmente é recompensado com afeto e aprovação; A dependência contínua gera um senso de dúvida. AUTONOMIA X VERGONHA E DÚVIDA Pegar e largar Negativismo: “Não”, “Eu faço”. Ataques de birra. Ritualismo: sensação de conforto. AUTONOMIA X VERGONHA E DÚVIDA Desenvolvimento do ego: a razão ou o senso comum. Expandem o senso de confiança em si mesmas. Tornam-se conscientes da capacidade de fracassar. Começam a elaborar os rudimentos do superego. AUTONOMIA X VERGONHA E DÚVIDA A conquista bem-sucedida da autonomia precisa de oportunidades de autodomínio enquanto se lida com a frustração do estabelecimento de limites necessários e da gratificação tardia. SENSO DE INICIATIVA X CULPA Fase III: 3 a 6 anos. Questão-chave: Serei bom ou mal? Êxito Fracasso Virtude Iniciativa: imaginação, vivacidade. Sente orgulho nas suas capacidades. Sentimento de culpa: Falta de espontaneidade, inibição, sente-se culpado. Tenacidade SENSO DE INICIATIVA X CULPA Aquisição do senso de iniciativa Conflito por terem ultrapassado suas capacidades Sentimento de culpa DILIGÊNCIA X INFERIORIDADE Estágio IV: 6 anos até a puberdade. Importante o domínio bem-sucedido dos primeiros três estágios. Êxito Fracasso Virtude Diligência: Trabalhador, empreendedor, gosta de fazer tarefas, jogar e é competitivo. Inferioridade: preguiçoso, sem iniciativa, evita a competição e se vê inferior. Competência DILIGÊNCIA X INFERIORIDADE Gostam de se envolver em tarefas que podem executar até o final. O perigo inerente, nesse período de desenvolvimento, é a ocorrência de situações que poderiam resultar em um sensode inferioridade. Quando conseguem realizar tarefas adequadamente desenvolvem o senso de produtividade. RESUMINDO... DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DA INFÂNCIA DESENVOLVIMENTO COGNITIVO Consiste em alterações ligadas à idade que ocorrem nas atividades mentais; Jean Piaget descreveu fases do desenvolvimento cognitivo. A inteligência possibilita que o indivíduo faça adaptações relacionadas ao ambiente que aumentem a chance de sobrevida, além de manter o equilíbrio com o ambiente. Desenvolvimento Cognitivo Fase sensório- motora Fase pré- operacional Fase das operações concretas Fase sensório- motora (0 a 24 meses) 1 2 3 4 5 6 1. Atividade reflexa (do nascimento até um mês) 2. Reações circulares primárias ( 1 a 4 meses) 3. Reações circulares secundárias (4 a 8 meses) 4. Coordenação de esquemas secundários (8 a 12meses) 5. Reações circulares terciárias (12 a 18 meses) 6. Combinações mentais (18 a 24 meses) FASE SENSÓRIO-MOTORA Período entre o nascimento e o 24º mês. Dividida em seis estágios. Três eventos cruciais ocorrem nessa fase: separação, permanência do objeto e utilização de símbolos ou representações mentais. FASE SENSÓRIO-MOTORA 1º estágio: atividades reflexas de sobrevivência (do nascimento até um mês). 2º estágio: reações circulares primárias (1 a 4 meses). Substituição do comportamento reflexivo por atos voluntários. Interesse no próprio corpo. 3º estágio: reações circulares secundárias (4 a 8 meses). A criança tenta reproduzir eventos interessantes, prazerosos no ambiente. O interesse vai além do corpo. FASE SENSÓRIO-MOTORA 4º estágio: coordenação de esquemas secundários e sua aplicação em novas situações (8 a 12 meses). Marcada pela intencionalidade, consolidação e coordenação. FASE SENSÓRIO-MOTORA 5º estágio: Reações circulares terciárias (12 a 18m): Experimentação ativa Julgamento racional e raciocínio intelectual Diferenciação de si mesmo dos objetos Relação causal Classificação de objetos Permanência do objeto FASE SENSÓRIO-MOTORA 6º estágio: A invenção de novos significados através de combinações mentais: 18 a 24 meses. Permanência de objetos Mimetismo doméstico Comportamento associado ao papel sexual Conceito rudimentar de tempo Capacidade de atenção limitada Fase pré-operacional (2 a 7 anos) Fase pré-conceitual: 2 a 4 anos Fase do pensamento intuitivo: 4 a 7 anos FASE PRÉ-OPERACIONAL Pré-conceitual (2 a 4 anos) Egocentrismo Raciocínio transformador Organização do raciocínio global Centração Animismo Irreversibilidade Pensamento mágico Incapacidade de manter FASE PRÉ-OPERACIONAL Pré-conceitual Linguagem simbólica: Por que? Como? Simbolização mental Raciocínio pré-lógico FASE PRÉ-OPERACIONAL Pensamento intuitivo (4 aos 7 anos) Uma das principais transições durante essa fase é a mudança do pensamento totalmente egocêntrico para a consciência social e a capacidade de considerar o ponto de vista alheio. FASE PRÉ-OPERACIONAL Pensamento mágico: acreditam que todos os seus pensamentos são poderosos. Acreditam no poder das palavras e aceitam seus significados literalmente. Ex: Chamar a criança de “má”. “Por que” substitui o “não”. FASE PRÉ-OPERACIONAL Desenvolvimento da linguagem: egocêntrica. Faz uso das palavras sem compreensão do significado das palavras. Ex: esquerda e direita. Desenvolvimento da causalidade Ex. tempo (evitar palavras como ontem, amanhã). Substituir por exemplo, depois do almoço. Operações concretas (7 a 12 anos) OPERAÇÕES CONCRETAS O ponto de vista egocêntrico e rígido dos anos pré- escolares é substituído por processos mentais que permitem às crianças ver coisas sob outros pontos de vista. Capazes de dominar símbolos e usar suas memórias de experiências pregressas. OPERAÇÕES CONCRETAS Conceito de Conservação e combinação Reversibilidade dos números (2 + 4 = 6 e 6 – 4 = 2) A conservação da massa geralmente é efetuada primeiro; o peso, algum tempo mais tarde, e o volume, por último. OPERAÇÕES CONCRETAS Habilidades de Classificação. Desenvolvem a capacidade de compreender termos e conceitos relacionais Ex: maior/menor, mais pesado/mais leve. Veem as relações familiares em termos de papéis recíprocos. Aprendem a dizer as horas. Capacidade de ler. RESUMINDO... VAMOS EXERCITAR? Resumo 1 Resumo 3 Resumo 2 Estudo de caso 3 Estudo de caso 2 Estudo de caso 1 REFERÊNCIAS HOCKENBERRY, M.J.; WILSON, D. WONG - Fundamentos de Enfermagem Pediátrica. 8ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. “A melhor maneira de tornar as crianças boas, é torná-las felizes.” Wilde Oscar
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