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Universidade Federal Rural do rio de Janeiro Instituto de Tecnologia Departamento de engenharia Hidrologia – IT – 113 Ciclo Hidrológico Definição: “Fenômeno global de circulação fechada da água entre a superfície terrestre e a atmosfera, impulsionado fundamentalmente pela energia solar, associada a gravidade e a rotação da Terra”. O tempo médio na atmosfera da água evaporada é de dez dias; 36% de toda a energia solar que chega a terra e utilizada para a evaporação da água na terra e do mar; As vazões nos rios são o resultado positivo do fluxo sobre a superfície terrestre, o que gera uma precipitação maior do que a evapotranspiração (conjunto evaporação do solo e transpiração das plantas); Nos oceanos ocorre maior evaporação do que precipitação, por isso o fluxo e negativo; Resumo do ciclo hidrológico: a) circulação da água, do oceano, através da atmosfera, para o continente, retorno, após a detenção em vários pontos, para o oceano, através de escoamentos superficiais ou subterrâneos e, em parte pela própria atmosfera; e b) curtos-circuitos que excluem segmentos diversos do ciclo completo, como por exemplo a movimentação da água do solo e da superfície terrestre para a atmosfera, sem passar pelo oceano. Equação Hidrológica I - O = ΔS I = (entradas) incluindo todo o escoamento superficial por meio de canais e sobre a superfície do solo, o escoamento subterrâneo, ou seja, a entrada de água através dos limites subterrâneos do volume de controle, devido ao movimento lateral da água do subsolo, e a precipitação sobre a superfície do solo; O = saídas de água do volume de controle, devido ao escoamento superficial, ao escoamento subterrâneo, à evaporação e à transpiração das plantas; e ΔS = variação no armazenamento nas várias formas de retenção, no volume de controle. Ciclo Hidrológico Apesar da simplificação, o ciclo hidrológico é um meio conveniente de apresentar os fenômenos hidrológicos, servindo também para dar ênfase às quatro fases básicas de interesse do engenheiro, que são: Precipitação; Evaporação e transpiração; Escoamento superficial; Escoamento subterrâneo. Embora possa parecer um mecanismo contínuo, o ciclo é feito de um modo bastante aleatório, variando tanto no espaço como no tempo. Ciclo Hidrológico Em determinadas ocasiões, a natureza parece trabalhar em excesso, quando provoca chuvas torrenciais que ultrapassam a capacidade dos cursos d’água provocando inundações. Em outras ocasiões parece que todo o mecanismo do ciclo parou completamente e com ele a precipitação e o escoamento superficial. E são precisamente estes extremos de enchente e de seca que mais interessam aos engenheiros, pois muitos dos projetos de Engenharia Hidráulica são realizados com a finalidade de proteção contra estes mesmos extremos. Universidade Federal Rural do rio de Janeiro Instituto de Tecnologia Departamento de engenharia Hidrologia – IT – 113 Bacia Hidrográfica 1 Introdução 2 Bacia hidrográfica 1 Definição e conceitos 2 Caracterização de bacias hidrográficas 3 Comportamento hidrológico da bacia hidrográfica 1 Enxurrada máxima: método racional 1 Introdução 1.1 O uso e a degradação dos recursos naturais, solo, água, flora e fauna. 1.2 Situação dos trabalhos de manejo e conservação do solo e água no Brasil. Objetivos • Manejo adequado de recursos naturais, solo e água. • Reduzir a erosão, conservar e manter a qualidade da água para múltiplo uso. • Racionalizar o uso dos recursos materiais, financeiros e pessoal. • Incrementar a produção agro-silvo-pastoril. 2.1 Definição e conceitos É uma área fisiográfica drenada por um curso ou cursos de água, conectados, que convergem direta ou indiretamente para um leito ou espelho de água. A bacia hidrográfica é separada de outra por uma linha divisória, chamada DIVISOR DE ÁGUAS. Cada chuva que cai a partir desse ponto se dirige ao curso de água principal. CLASSIFICAÇÃO • Microbacias; Minibacias; • Sub-bacias; Pequenas bacias DIVISOR DE ÁGUAS BACIA HIDROGRÁFICA BACIA HIDROGRÁFICA DIVISORES: SUPERFICIAL E FREÁTICO CLASSIFICAÇÃO DOS CURSOS D’ÁGUA • a) Perenes: • b) Intermitentes: • c) Efêmeros: 2.2 Caracterização de bacias hidrográficas Estudo das potencialidades e limitações da Bacia hidrográfica. Síntese dos aspectos dominantes da bacia. Comparação entre diferentes bacias. Transferência de dados entre regiões fisiograficamente semelhantes. Possibilita a elaboração do PLANEJAMENTO GLOBAL DA bh e PLANEJAMENTO CONSERVACIONISTA 2.2 Caracterização de bacias hidrográficas Caracterização sócio-econômica: Produtor, propriedade, uso atual da terra, benfeitorias, associativismo, práticas de manejo, produção animal e vegetal problemas de utilização da terra, estrutura fundiária. Caracterização fisiográfica: localização e descrição da área, Levantamento de solos, caracterização climática, cobertura vegetal, caracterização hidrológica, forma relevo, rede de drenagem, declividade. 3 Caracterização fisiográfica Localização e caracterização da área: Município, coordenadas, altitude, sistema viário. Levantamento de solos: Características químicas, físicas, mineralógicas, morfológicas, distribuição e classificação dos solos existentes na BH. Caracterização climática: Pluviosidade (quantidade, intensidade, duração e frequência), temperatura, insolação, umidade relativa, evaporação, evapotranspiração, balanço hídrico, erosividade das chuvas. Cobertura vegetal: Principais espécies nativas 4. Características físicas - Área; - Precipitação pluviométrica; - Intensidade máxima; pluviogramas; médias; - Rede de drenagem; - Densidade de drenagem; - Tempo de concentração; - Enxurrada máxima: - método racional - Declividade média Rede de drenagem Ordenamento A densidade de drenagem (km/km²) (Dd) é calculada pela divisão do Comprimento total de todos os segmentos (L) pela área da bacia em quilómetros (A) (Dd=L/A. Pode variar de 0,5 km/km² (bacias mal drenadas devido a elevada permeabilidade ou precipitação escassa) a 3,5 km/km² (bacias excepcionalmente bem drenadas ocorrendo em áreas com elevada precipitação ou muito impermeáveis). Densidade hidrográfica, na hidrografia, é uma medida que relaciona o número de rios e outros cursos d’água e o tamanho da bacia hidrográfica. É igual à quantidade de canais de ordem 1 dividido pela área da bacia hidrográfica em km². É utilizado para calcular o Coeficiente de torrencialidade. O coeficiente de torrencialidade permite saber se uma bacia hidrográfica tem tendência para a ocorrência de inundações ou não através da multiplicação da densidade hidrográfica pela densidade de drenagem (Ct = Dh.Dd). A probabilidade da ocorrência de inundações é tanto mais elevada quanto maior for o valor, tendo grande importância em pequenas bacias porque o tempo de torrencialidade é mais reduzido. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DE UMA BACIA HIDROGRÁFICA • Área de drenagem • Forma da bacia • Sistema de drenagem ÁREA DE DRENAGEM • É a área plana (projeção horizontal) inclusa entre os seus divisores topográficos. • A área de uma bacia é o elemento básico para o cálculo das outras características físicas. • É normalmente obtida por planimetriaou por pesagem do papel em balança de precisão. São muito usados os mapas do IBGE (escala 1:50.000). • A área da bacia do Rio Paraíba do Sul é de 55.500 km2. FORMA DA BACIA • É uma das características da bacia mais difíceis de serem expressas em termos quantitativos. • Ela tem efeito sobre o comportamento hidrológico da bacia, como por exemplo, no tempo de concentração (Tc). • Tc é definido como sendo o tempo, a partir do início da precipitação, necessário para que toda a bacia contribua com a vazão na seção de controle. FORMA DA BACIA • a) coeficiente de compacidade (Kc): é a relação entre o perímetro da bacia e o perímetro de um círculo de mesma área que a bacia. • b) fator de forma (Kf): é a razão entre a largura média da bacia (L’) e o comprimento do eixo da bacia (L) (da foz ao ponto mais longínquo da área). Pc BHP Kc )( A P Kc 28,0 L L Kf ' L A L ' 2L A Kf SISTEMA DE DRENAGEM • O sistema de drenagem de uma bacia é constituído pelo rio principal e seus tributários; o estudo das ramificações e do desenvolvimento do sistema é importante, pois ele indica a maior ou menor velocidade com que a água deixa a bacia hidrográfica. • O padrão de drenagem de uma bacia depende da estrutura geológica do local, tipo de solo, topografia e clima. Esse padrão também influencia no comportamento hidrológico da bacia. SISTEMA DE DRENAGEM • a) Ordem dos cursos d’água e razão de bifurcação (Rb): • Adota-se o seguinte procedimento: 1) Os cursos primários recebem o numero 1; 2) A união de 2 de mesma ordem dá origem a um curso de ordem superior; e 3) A união de 2 de ordem diferente faz com que prevaleça a ordem do maior. SISTEMA DE DRENAGEM • b) densidade de drenagem (Dd): é uma boa indicação do grau de desenvolvimento de um sistema de drenagem. Expressa a relação entre o comprimento total dos cursos d’água (sejam eles efêmeros, intermitentes ou perenes) de uma bacia e a sua área total. SISTEMA DE DRENAGEM a) Ordem dos cursos d’água e razão de bifurcação (Rb): Ordem 1 Ordem 2 • b) densidade de drenagem (Dd): Expressa a relação entre o comprimento total dos cursos d’água (sejam eles efêmeros, intermitentes ou perenes) de uma bacia e a sua área total. A l Dd CARACTERÍSTICAS DO RELEVO DA BACIA • a) Declividade da bacia: • b) Curva hipsométrica: • c) Perfil longitudinal do curso d água: 1°) Declividade baseada nos extremos (S1): 2°) Declividade ponderada (S2): 3°) Declividade equivalente constante: 4°) Declividade 15 – 85 (S4): DECLIVIDADE DA BACIA • Quanto maior a declividade de um terreno, maior a velocidade de escoamento, menor Tc e maior as perspectivas de picos de enchentes. • A magnitude desses picos de enchente e a infiltração da água, trazendo como consequência, maior ou menor grau de erosão, dependem da declividade média da bacia (determina a maior ou menor velocidade do escoamento superficial), associada à cobertura vegetal, tipo de solo e tipo de uso da terra. DECLIVIDADE DA BACIA • Dentre os métodos utilizados na determinação, o mais completo denomina-se método das quadrículas associadas a um vetor e consiste em traçar quadrículas sobre o mapa da BH, cujo tamanho dependerá da escala do desenho e da precisão desejada; como exemplo, pode-se citar quadrículas de 1km x 1km ou 2km x 2km etc. DECLIVIDADE DA BACIA )2( )6( Coluna Coluna dm mmdm /00575,0 358 0572,2 CURVA HIPSOMÉTRICA • É definida como sendo a representação gráfica do relevo médio de uma bacia. Representa o estudo da variação da elevação dos vários terrenos da bacia com referência ao nível médio do mar. Essa variação pode ser indicada por meio de um gráfico que mostra a percentagem da área de drenagem que existe acima ou abaixo das várias elevações. CURVA HIPSOMÉTRICA CURVA HIPSOMÉTRICA CURVA HIPSOMÉTRICA PERFIL LONGITUDINAL DO CURSO D’ÁGUA 1°) Declividade baseada nos extremos (S1): 2°) Declividade ponderada (S2): 3°) Declividade equivalente constante (S3): 4°) Declividade 15 – 85 (S4): PERFIL LONGITUDINAL DO CURSO D’ÁGUA PERFIL LONGITUDINAL DO CURSO D’ÁGUA
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