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 COMEÇANDO DO ZERO 
Direito Tributário 
 Josiane Minardi 
1 
ITBI: 
Art. 156, II da CF 
Arts. 35 a 42 do CTN 
transmissão "inter vivos", a qualquer título, 
por ato oneroso, de bens imóveis, por 
natureza ou acessão física, e de direitos 
reais sobre imóveis, exceto os de garantia, 
bem como cessão de direitos a sua 
aquisição; 
Direitos Reais – Art. 1.225 do Código Civil: 
Art. 1.225. São direitos reais: 
I - a propriedade; 
II - a superfície; 
III - as servidões; 
IV - o usufruto; 
V - o uso; 
VI - a habitação; 
VII - o direito do promitente comprador do 
imóvel; 
VIII - o penhor; 
IX - a hipoteca; 
X - a anticrese. 
XI - a concessão de uso especial para fins 
de moradia; (Incluído pela Lei nº 11.481, de 
2007) 
XII - a concessão de direito real de uso. 
(Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007) 
Hipóteses de Incidência: Compra e venda, 
dação em pagamento, permuta (troca), 
mandado em causa própria com poderes 
equivalentes para a transmissão de bem 
imóvel, arrematação, adjudicação, valor do 
imóvel que na divisão de patrimônio 
comum ou na partilha, forem atribuídos a 
um dos cônjuges separados ou 
divorciados, uso e fruto. 
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO 
ORDINÁRIO EM MANDADO DE 
SEGURANÇA.TRIBUTÁRIO. ITBI. 
ARREMATAÇÃO DE IMÓVEL. BASE DE 
CÁLCULO. VALOR ALCANÇADO NA 
HASTA PÚBLICA. PRECEDENTES.1. A 
orientação das Turmas que integram a 
Primeira Seção/STJ firmou-se no sentido 
de que a arrematação corresponde à 
aquisição do bem alienado judicialmente, 
razão pela qual se deve considerar, como 
base de cálculo do ITBI, o valor alcançado 
na hasta pública. 
Nesse sentido: AgRg no AREsp 22.274/MG, 
1ª Turma, Rel. Min. Benedito Gonçalves, 
DJe de 3.4.2012; AgRg nos EDcl no Ag 
1.391.821/MG, 1ª Turma, Rel. Min. Humberto 
Martins, DJe de 1º.7.2011; REsp 
1.188.655/RS, 1ª Turma, Rel. Min. Luiz Fux, 
DJe de 8.6.2010; REsp 863.893/PR, 1ª 
Turma, Rel. Min. Francisco Falcão, DJ de 
7.11.2006.2. Recurso ordinário não 
provido.(RMS 36.293/RS, Rel. 
Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, 
SEGUNDA TURMA, julgado em 04/10/2012, 
DJe 11/10/2012) 
Hipóteses de Não Incidência: Usucapião, 
desapropriação, servidões, contratos de 
promessa de compra e venda (haja vista 
tratar-se de contrato que poderá ou não se 
concretizar em contrato definitivo, este sim 
ensejador da cobrança do aludido tributo). 
Imunidades Específicas do ITBI: 
Art. 156 (...) 
§ 2º I - não incide sobre a transmissão de 
bens ou direitos incorporados ao 
patrimônio de pessoa jurídica em 
realização de capital, nem sobre a 
transmissão de bens ou direitos decorrente 
de fusão, incorporação, cisão ou extinção 
de pessoa jurídica, 
salvo se, nesses casos, a atividade 
preponderante do adquirente for a compra 
e venda desses bens ou direitos, locação 
de bens imóveis ou arrendamento 
mercantil; 
Art. 184, § 5º CF – 
§ 5º - São isentas de impostos federais, 
estaduais e municipais as operações de 
transferência de imóveis desapropriados 
para fins de reforma agrária. 
Súmula nº 111 STF – 
É legítima a incidência do imposto de 
transmissão "inter vivos" sobre a 
restituição, ao antigo proprietário, de 
imóvel que deixou de servir a finalidade da 
sua desapropriação. 
ITBI e Venda de Ações de S/A 
Não incide o ITBI, uma vez que há apenas 
transferência da titularidade da pessoa 
jurídica e não os bens imóveis que integram 
o patrimônio desta, ou seja, os bens 
imóveis que integram a pessoa jurídica não 
são objeto de transmissão. 
Critério Espacial: Município de situação do 
Bem Imóvel 
Critério Temporal: No momento da 
transmissão do Bem Imóvel. (art. 1.245 do 
Código Civil) 
 
 
 
 
 
 
 
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 COMEÇANDO DO ZERO 
Direito Tributário 
 Josiane Minardi 
2 
Ocorre com o registro do Imóvel em 
Cartório. 
TRIBUTÁRIO. ITBI. FATO GERADOR. 
OCORRÊNCIA. REGISTRO DE 
TRANSMISSÃO DO BEM IMÓVEL.1. 
Rechaço a alegada violação do art. 458 do 
CPC, pois o Tribunal a quo foi claro ao 
dispor que o fato gerador do ITBI é o 
registro imobiliário da transmissão da 
propriedade do bem imóvel. A partir daí, 
portanto, é que incide o tributo em 
comento.2. 
O fato gerador do imposto de transmissão 
(art. 35, I, do CTN) é a transferência da 
propriedade imobiliária, que somente se 
opera mediante registro do negócio jurídico 
no ofício competente.Precedentes do 
STJ.3. Agravo Regimental não 
provido.(AgRg no AREsp 215.273/SP, Rel. 
Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA 
TURMA, julgado em 02/10/2012, DJe 
15/10/2012) 
Súmula 108 STF: 
É legítima a incidência do imposto de 
transmissão "inter vivos" sobre o valor do 
imóvel ao tempo da alienação, e não da 
promessa, na conformidade da legislação 
local. 
Súmula 420 STF: 
O imposto de transmissão "inter vivos" não 
incide sobre a construção, ou parte dela, 
realizada, inequivocamente, pelo 
promitente comprador, mas sobre o valor 
do que tiver sido construído antes da 
promessa de venda. 
Súmula 656 STF: 
É inconstitucional a lei que estabelece 
alíquotas progressivas para o imposto de 
transmissão inter vivos de bens imóveis - 
ITBI com base no valor venal do imóvel. 
ISSQN – Imposto sobre Serviços de 
Qualquer Natureza – Art. 156, III da CF e LC 
nº 116/03 
Critério Material: Prestar Serviços de 
Qualquer Natureza. 
1) Serviço 
2) Que não seja de Competência dos 
Estados e DF, ou seja, de incidência 
do ICMS 
3) Tenha previsão em Lei 
Complementar 
A Lista anexa à LC nº 116/03 é taxativa, 
porém pode ter interpretação extensiva 
para serviços congêneres. 
Lista de serviços anexa à Lei 
Complementar nº 
116, de 31 de julho de 2003. 
1 – Serviços de informática e congêneres. 
(...) 
3.03 – Exploração de salões de festas, 
centro de convenções, escritórios virtuais, 
stands, quadras esportivas, estádios, 
ginásios, auditórios, casas de espetáculos, 
parques de diversões, canchas e 
congêneres, para realização de eventos ou 
negócios de qualquer natureza. 
(...) 
4 – Serviços de saúde, assistência médica 
e congêneres. 
15 – Serviços relacionados ao setor 
bancário ou financeiro, inclusive aqueles 
prestados por instituições financeiras 
autorizadas a funcionar pela União ou por 
quem de direito. 
15.01 – Administração de fundos 
quaisquer, de consórcio, de cartão de 
crédito ou débito e congêneres, de carteira 
de clientes, de cheques pré-datados e 
congêneres. 
15.02 – Abertura de contas em geral, 
inclusive conta-corrente, conta de 
investimentos e aplicação e caderneta de 
poupança, no País e no exterior, bem como 
a manutenção das referidas contas ativas e 
inativas. 
1. Conforme a orientação desta egrégia 
Corte Superior, é taxativa a Lista de 
Serviços anexa ao Decreto-lei 406/68, para 
efeito de incidência de ISS, admitindo-se, 
em ampliação aos já existentes, 
apresentados com outra nomenclatura, o 
emprego da interpretação extensiva para 
serviços congêneres (interpretação 
extensiva, observado, contudo, a natureza 
dos serviços). 
(AgRg no REsp 1260079/SP, Rel. Ministro 
NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, 
PRIMEIRA TURMA, julgado em 24/04/2012, 
DJe 07/05/2012) 
Súmula 424 STJ - É legítima a incidência de 
ISS sobre os serviços bancários 
congêneres da lista anexa ao DL n. 
406/1968 e à LC n. 56/1987. 
 
 
 
 
 
 
 
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 COMEÇANDO DO ZERO 
Direito Tributário 
 Josiane Minardi 
3 
1) Operações Mistas – Serviço e Entrega de 
Mercadorias 
LC nº 116/03 Art. 1º (...) 
§ 2o Ressalvadas as exceções expressas na 
lista anexa, os serviços nela mencionados 
não ficam sujeitos ao Imposto Sobre 
Operações Relativas à Circulação de 
Mercadorias e Prestações 
de Serviços de Transporte Interestadual e 
Intermunicipal e de Comunicação – ICMS, 
ainda que sua prestação envolva 
fornecimento de mercadorias. 
7.05 – Reparação, conservação e reforma 
de edifícios, estradas, pontes,portos e 
congêneres (exceto o fornecimento de 
mercadorias produzidas pelo prestador dos 
serviços, fora do local da prestação dos 
serviços, que fica sujeito ao ICMS). 
14.03 – Recondicionamento de motores 
(exceto peças e partes empregadas, que 
ficam sujeitas ao ICMS). 
17.11 – Organização de festas e recepções; 
bufê (exceto o fornecimento de alimentação 
e bebidas, que fica sujeito ao ICMS). 
Súmula 274 STJ - O ISS incide sobre o valor 
dos serviços de assistência médica, 
incluindo-se neles as refeições, os 
medicamentos e as diárias 
hospitalares. 
Art. 155, § 2º, IX da CF (...) 
b) sobre o valor total da operação, quando 
mercadorias forem fornecidas com 
serviços não compreendidos na 
competência tributária dos Municípios; 
Súmula 163 STJ - O fornecimento de 
mercadorias com simultânea prestação de 
serviços em bares, restaurantes e 
estabelecimentos similares constitui fato 
gerador do ICMS a incidir sobre o valor total 
da operação. 
TRIBUTÁRIO. ICMS E ISS. SERVIÇOS DE 
COMPOSIÇÃO GRÁFICA PERSONALIZADO 
E SOB ENCOMENDA. SÚMULA 156/STJ. 
MATÉRIA SUBMETIDA AO RITO DOS 
RECURSO REPETITIVOS. INCIDÊNCIA DO 
ISS. 
1. A Primeira Seção do STJ, no julgamento 
do REsp 1.092.206/SP, de relatoria do Min. 
Teori Albino Zavascki, 
submetido ao rito dos recursos repetitivos 
nos termos do art. 543-C do CPC e da 
Resolução 8/2008 do STJ, consolidou 
entendimento segundo o qual: 
 "As operações de composição gráfica, 
como no caso de impressos 
personalizados e sob encomenda, são de 
natureza mista, sendo que os serviços a 
elas agregados estão incluídos na Lista 
Anexa ao Decreto-Lei 406/68 (item 77) e à 
LC 116/03 (item 13.05). 
Consequentemente, tais operações estão 
sujeitas à incidência de ISSQN (e não de 
ICMS),Confirma-se o entendimento da 
Súmula 156/STJ: 'A prestação de serviço de 
composição gráfica, personalizada e sob 
encomenda, ainda que envolva 
fornecimento de mercadorias, está sujeita, 
apenas, ao ISS'." 
2. Não incidência da Súmula 7/STJ, pois a 
matéria discutida no presente caso é 
eminentemente de direito. 
Agravo regimental improvido. 
(AgRg no REsp 1301117/SP, Rel. Ministro 
HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, 
julgado em 17/04/2012, DJe 25/04/2012) 
EMENTA: CONSTITUCIONAL. 
TRIBUTÁRIO. CONFLITO ENTRE IMPOSTO 
SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER 
NATUREZA E IMPOSTO SOBRE 
OPERAÇÃO DE CIRCULAÇÃO DE 
MERCADORIAS E DE SERVIÇOS DE 
COMUNICAÇÃO E DE TRANSPORTE 
INTERMUNICIPAL E INTERESTADUAL. 
PRODUÇÃO DE EMBALAGENS SOB 
ENCOMENDA PARA POSTERIOR 
INDUSTRIALIZAÇÃO (SERVIÇOS 
GRÁFICOS). AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE AJUIZADA 
PARA DAR INTERPRETAÇÃO CONFORME 
AO O ART. 1º, CAPUT E § 2º, DA LEI 
COMPLEMENTAR 116/2003 E O SUBITEM 
13.05 DA LISTA DE SERVIÇOS ANEXA. 
FIXAÇÃO DA INCIDÊNCIA DO ICMS E NÃO 
DO ISS. MEDIDA CAUTELAR DEFERIDA. 
Até o julgamento final e com eficácia 
apenas para o futuro (ex nunc), concede-se 
medida cautelar para interpretar o art. 1º, 
caput e § 2º, da Lei Complementar 116/2003 
e o subitem 13.05 da lista de serviços 
anexa, para reconhecer que o ISS não 
incide sobre operações de industrialização 
por encomenda de embalagens, 
destinadas à integração ou utilização direta 
em processo subseqüente de 
industrialização ou de circulação de 
 
 
 
 
 
 
 
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 COMEÇANDO DO ZERO 
Direito Tributário 
 Josiane Minardi 
4 
mercadoria. Presentes os requisitos 
constitucionais e legais, incidirá o ICMS. 
(ADI 4389 MC, Relator(a): Min. JOAQUIM 
BARBOSA, Tribunal Pleno, julgado em 
13/04/2011, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-
098 DIVULG 24-05-2011 PUBLIC 25-05-2011 
RDDT n. 191, 2011, p. 196-206 RT v. 100, n. 
912, 2011, p. 488-505) 
TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. 
SERVIÇOS DE COMPOSIÇÃO 
GRÁFICA.CONFECÇÃO DE CARTÕES 
MAGNÉTICOS PERSONALIZADOS E SOB 
ENCOMENDA. NÃO INCIDÊNCIA DE ICMS. 
NÃO APLICAÇÃO DO ENTENDIMENTO DO 
STF NA MEDIDA CAUTELAR NA ADI 4389. 
SITUAÇÕES FÁTICAS DISTINTAS. 
ANÁLISE DE DISPOSITIVOS 
CONSTITUCIONAIS. IMPOSSIBILIDADE. 
COMPETÊNCIA DO STF. 
(...) 2. No julgamento da medida cautelar na 
ADI 4389, o STF reconheceu a não 
incidência do ISS sobre operações de 
industrialização por encomenda de 
embalagens destinadas à integração ou 
utilização direta em processo subsequente 
de industrialização ou de circulação de 
mercadoria. 
3. A incidência do ICMS só ocorrerá nos 
casos em que a produção de embalagens, 
etiquetas sob encomenda (personalizada) 
seja destinada a subsequente utilização em 
processo de industrialização ou posterior 
circulação de mercadoria, o que não é o 
caso dos autos. 
4. In casu, trata-se de produção de cartões 
magnéticos sob encomenda para uso 
próprio da empresa. No caso, a embargada 
atua como consumidora final, ou seja, tais 
cartões não irão fazer parte de futuro 
processo de industrialização ou 
comercialização. Incide, portanto, o ISS nos 
termos do que restou determinado pela 
Primeira Seção do STJ, no julgamento do 
REsp 1.092.206/SP, 
Rel. Min. Teori Albino Zavascki, sujeito ao 
rito dos recursos respetivos, nos termos do 
art. 543-C do CPC e da Resolução 8/2008 do 
STJ.5. Não cabe ao STJ analisar suposta 
violação de dispositivos constitucionais, 
mesmo a título de prequestionamento, sob 
pena de usurpação da competência do STF. 
Embargos de declaração rejeitados.(EDcl 
no AgRg no AREsp 103.409/RS, Rel. 
Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA 
TURMA, julgado em 12/06/2012, DJe 
18/06/2012) 
Súmula 156 STJ - A prestação de serviço de 
composição gráfica, personalizada e sob 
encomenda, ainda que envolva 
fornecimento de mercadorias, está sujeita, 
apenas, ao ISS. 
Depreende-se da vontade do legislador 
contida no art. 156, II da CF, que seu 
objetivo é fazer incidir o ISS sobre o esforço 
humano que alguém presta a terceiro como 
um fim a ser alcançado pelo bem que 
recebeu o serviço. Não há, na norma 
constitucional, espaço para se estender 
como tributável a atividade-meio do 
prestador de serviço, isto é, o esforço 
humano que é realizado, 
a pedido de terceiro, como sendo ação 
intermediária para algo a ser feito, a 
consecução desse “fazer” não está sujeita 
ao ISS. 
Os serviços-meio destinados a atingir a 
execução dos serviços-fim não estão 
sujeitos à incidência do ISS. São serviços 
de intermediação, portanto, elementos 
constitutivos dos principais. 
Serviço X Industrialização 
O processo de industrialização 
compreende as atividades materiais de 
produção ou beneficiamento de bens, 
realizadas em massa, em série, 
estandardizadamente; os bens 
industrializados surgem como espécimes 
idênticos dentro de uma classe ou de uma 
série intensivamente produzida 
(ou produtível denotando homogeneidade 
não-personificada nem personificável de 
produtos), sendo certo que industrializar 
em suma, é conceito que reúne dois 
requisitos: 
a) Alteração da configuração de um bem 
material; b) padronização e massificação. 
(Marçal Justen Filho. O Imposto sobre 
Serviços na Constituição. São Paulo: RT, 
1985, p. 115). 
Algumas Questões: 
1) ISS e Informática – Incide ISS sobre 
software de encomenda 
TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. 
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE 
INSTRUMENTO. ISSQN. PRODUÇÃO E 
 
 
 
 
 
 
 
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 COMEÇANDO DO ZERO 
Direito Tributário 
 Josiane Minardi 
5 
COMERCIALIZAÇÃO DE FILMES. 
ENCOMENDA. 
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO. AGRAVO NÃO 
PROVIDO. 
1. As fitas de vídeo produzidas por 
encomenda, personalizadas para um 
cliente determinado, configuram-se como 
prestação de serviço, sendo, por 
conseguinte, devido o ISS sobre o valor 
cobrado. 
2. Agravo regimental não provido. 
(AgRg no Ag 1353885/RS, Rel. Ministro 
ARNALDO ESTEVES LIMA, PRIMEIRA 
TURMA, julgado em 05/06/2012, DJe 
13/06/2012) 
(...) INDUSTRIALIZAÇÃO POR 
ENCOMENDA. BENEFICIAMENTO DE 
MATÉRIA-PRIMA.ISS. APLICAÇÃO DA 
SÚMULA (...) 3. Infere-se da detida análisedos autos que trata-se de serviços 
personalizados feitos em conformidade 
com o interesse exclusivo do cliente, 
distintos dos serviços destinados ao 
público em geral. 
4. Esta Corte entende que "a 
'industrialização por encomenda' 
caracteriza prestação de serviço sujeita à 
incidência de ISS, e não de ICMS" (AgRg no 
REsp 1.280.329/MG, Rel. Min. Herman 
Benjamin, Segunda Turma, julgado em 
27.3.2012, DJe 13.4.2012). Incidência da 
Súmula 83/STJ.Agravo regimental 
improvido.(AgRg no AREsp 207.589/RS, 
Rel. 
Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA 
TURMA, julgado em 06/11/2012, DJe 
14/11/2012) 
2) O ISS e o Arrendamento Mercantil 
EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 
DIREITO TRIBUTÁRIO. ISS. 
ARRENDAMENTO MERCANTIL. 
OPERAÇÃO DE LEASING FINANCEIRO. 
ARTIGO 156, III, DA CONSTITUIÇÃO DO 
BRASIL. O arrendamento mercantil 
compreende três modalidades, [i] o leasing 
operacional, [ii] o leasing financeiro e [iii] o 
chamado lease-back. 
No primeiro caso há locação, nos outros 
dois, serviço. A lei complementar não 
define o que é serviço, apenas o declara, 
para os fins do inciso III do artigo 156 da 
Constituição. Não o inventa, simplesmente 
descobre o que é serviço para os efeitos do 
inciso III do artigo 156 da Constituição. No 
arrendamento mercantil (leasing 
financeiro), contrato autônomo que não é 
misto, o núcleo é o financiamento, não uma 
prestação de dar. 
E financiamento é serviço, sobre o qual o 
ISS pode incidir, resultando irrelevante a 
existência de uma compra nas hipóteses do 
leasing financeiro e do lease-back. Recurso 
extraordinário a que se dá provimento. 
(RE 547245, Relator(a): Min. EROS GRAU, 
Tribunal Pleno, julgado em 02/12/2009, DJe-
040 DIVULG 04-03-2010 PUBLIC 05-03-2010 
EMENT VOL-02392-04 PP-00857 RT v. 99, n. 
897, 2010, p. 143-159 LEXSTF v. 32, n. 376, 
2010, p. 175-200) 
Súmula 138 STJ - O ISS incide na operação 
de arrendamento mercantil de coisas 
móveis. 
3) ISS e Cessão de uso de Marca 
(...) 4. ISS. Incidência sobre contratos de 
cessão de direito de uso da marca. 
Possibilidade. Lei Complementar 116/2003. 
Item 3.02 do Anexo. 5. Agravo regimental ao 
qual se nega provimento. 
(Rcl 8623 AgR, Relator(a): Min. GILMAR 
MENDES, Segunda Turma, julgado em 
22/02/2011, DJe-045 DIVULG 09-03-2011 
PUBLIC 10-03-2011 EMENT VOL-02478-01 
PP-00001 RDDT n. 190, 2011, p. 175-177 
RSJADV maio, 2011, p. 49-51) 
4) ISS E MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO 
RECURSO ESPECIAL. SERVIÇOS DE 
CONSTRUÇÃO CIVIL. MATERIAIS 
DEDUZIDOS DA BASE DE CÁLCULO DO 
ISS. MATÉRIA RECONHECIDA EM 
REPERCUSSÃO GERAL PELO STF. 
PRECEDENTES. ACÓRDÃO RECORRIDO 
EM SINTONIA COM A JURISPRUDÊNCIA 
DO STJ. 
1. Após oscilações no entendimento, 
alinhada à orientação firmada pelo STF no 
recurso extraordinário n. 603.497/MG, a 
jurisprudência do STJ reconhece a 
legalidade da dedução do custo dos 
materiais empregados na construção civil 
da base de cálculo do imposto sobre 
serviços (ISS). Precedente mais recente: 
AgRg no AREsp 409.812/ES, Rel. Ministro 
Ari Pargendler, Primeira Turma, DJe 
11/04/2014. 
2. Agravo regimental não provido. 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Tributário 
 Josiane Minardi 
6 
(AgRg no REsp 1217401/SP, Rel. Ministro 
BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA 
TURMA, julgado em 08/05/2014, DJe 
26/05/2014) 
5) ISS E ATIVIDADE MEIO 
TRIBUTÁRIO. ISS. SERVIÇO DE 
TELECOMUNICAÇÃO. ATIVIDADE-MEIO. 
NÃO INCIDÊNCIA. PRECEDENTES. 
SÚMULA 83/STJ. 
1. O Superior Tribunal de Justiça firmou 
entendimento no sentido de que, 
independente da cobrança pela prestação 
de serviço, 
"não incide ISS sobre serviços prestados 
que caracterizam atividade-meio para 
atingir atividades-fim, no caso a exploração 
de telecomunicações" 
(REsp 883254/MG, Rel. Min. José Delgado, 
Primeira Turma, julgado em 18.12.2007, DJ 
28.2.2008 p. 74). Precedentes. Incidência 
da Súmula 83/STJ. 
2. É pacífica a jurisprudência desta Corte no 
sentido de que o teor da Súmula 83/STJ 
aplica-se, também, aos recursos especiais 
interpostos com fundamento na alínea "a" 
do permissivo constitucional. 
Agravo regimental improvido. 
(AgRg no AREsp 445.726/RS, Rel. Ministro 
HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, 
julgado em 18/02/2014, DJe 24/02/2014) 
Critério Temporal: Momento da Prestação 
de Serviço 
Critério Espacial: Art. 3o O serviço 
considera-se prestado e o imposto devido 
no local do estabelecimento prestador ou, 
na falta do estabelecimento, no local do 
domicílio do prestador, exceto nas 
hipóteses previstas nos incisos I a XXII, 
quando o imposto será devido no local: 
Art. 4o Considera-se estabelecimento 
prestador o local onde o contribuinte 
desenvolva a atividade de prestar serviços, 
de modo permanente ou temporário, e que 
configure unidade econômica ou 
profissional, sendo irrelevantes para 
caracterizá-lo as denominações de sede, 
filial, agência, posto de atendimento, 
sucursal, escritório de representação ou 
contato ou quaisquer outras que venham a 
ser utilizadas. 
I – do estabelecimento do tomador ou 
intermediário do serviço ou, na falta de 
estabelecimento, onde ele estiver 
domiciliado, na hipótese do § 1o do art. 1o 
desta Lei Complementar; 
II – da instalação dos andaimes, palcos, 
coberturas e outras estruturas, no caso dos 
serviços descritos no subitem 3.05 da lista 
anexa; 
III – da execução da obra, no caso dos 
serviços descritos no subitem 7.02 e 7.19 
da lista anexa; 
IV – da demolição, no caso dos serviços 
descritos no subitem 7.04 da lista anexa; 
V – das edificações em geral, estradas, 
pontes, portos e congêneres, no caso dos 
serviços descritos no subitem 7.05 da lista 
anexa; 
VI – da execução da varrição, coleta, 
remoção, incineração, tratamento, 
reciclagem, separação e destinação final de 
lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer, 
no caso dos serviços descritos no subitem 
7.09 da lista anexa; 
VII – da execução da limpeza, manutenção 
e conservação de vias e logradouros 
públicos, imóveis, chaminés, piscinas, 
parques, jardins e congêneres, no caso dos 
serviços descritos no subitem 7.10 da lista 
anexa; 
VIII – da execução da decoração e 
jardinagem, do corte e poda de árvores, no 
caso dos serviços descritos no subitem 
7.11 da lista anexa; 
IX – do controle e tratamento do efluente de 
qualquer natureza e de agentes físicos, 
químicos e biológicos, no caso dos 
serviços descritos no subitem 7.12 da lista 
anexa; 
X – (VETADO) 
XI – (VETADO) 
XII – do florestamento, reflorestamento, 
semeadura, adubação e congêneres, no 
caso dos serviços descritos no subitem 
7.16 da lista anexa; 
XIII – da execução dos serviços de 
escoramento, contenção de encostas e 
congêneres, no caso dos serviços 
descritos no subitem 7.17 da lista anexa; 
XIV – da limpeza e dragagem, no caso dos 
serviços descritos no subitem 7.18 da lista 
anexa; 
XV – onde o bem estiver guardado ou 
estacionado, no caso dos serviços 
descritos no subitem 11.01 da lista anexa; 
 
 
 
 
 
 
 
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 COMEÇANDO DO ZERO 
Direito Tributário 
 Josiane Minardi 
7 
XVI – dos bens ou do domicílio das pessoas 
vigiados, segurados ou monitorados, no 
caso dos serviços descritos no subitem 
11.02 da lista anexa; 
XVII – do armazenamento, depósito, carga, 
descarga, arrumação e guarda do bem, no 
caso dos serviços descritos no subitem 
11.04 da lista anexa; 
XVIII – da execução dos serviços de 
diversão, lazer, entretenimento e 
congêneres, no caso dos serviços 
descritos nos subitens do item 12, exceto o 
12.13, da lista anexa; 
XIX – do Município onde está sendo 
executado o transporte, no caso dos 
serviços descritos pelo subitem 16.01 da 
lista anexa; 
XX – do estabelecimento do tomador da 
mão-de-obra ou, na falta de 
estabelecimento, onde ele estiver 
domiciliado, no caso dos serviços 
descritos pelosubitem 17.05 da lista anexa; 
XXI – da feira, exposição, congresso ou 
congênere a que se referir o planejamento, 
organização e administração, no caso dos 
serviços descritos pelo subitem 17.10 da 
lista anexa; 
XXII – do porto, aeroporto, ferroporto, 
terminal rodoviário, ferroviário ou 
metroviário, no caso dos serviços descritos 
pelo item 20 da lista anexa. 
TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS 
(ISS) INCIDENTE NA OPERAÇÃO DE 
ARRENDAMENTO MERCANTIL (LEASING 
FINANCEIRO). COMPETÊNCIA DO 
MUNICÍPIO ONDE SITUADO O 
ESTABELECIMENTO PRESTADOR. 
CONTROVÉRSIA DECIDIDA PELA 
PRIMEIRA SEÇÃO NO RESP 1.060.210/SC, 
SUBMETIDO AO REGIME DO ART. 543-C 
DO CPC. 
1. A Primeira Seção, no julgamento do REsp 
1.060.210/SC, submetido à sistemática do 
art. 543-C do CPC e da Resolução STJ n. 
08/2008, firmou a orientação de que "(b) o 
sujeito ativo da relação tributária, na 
vigência do DL 406/68, é o Município da 
sede do estabelecimento prestador (art. 
12); (c) a partir da LC 116/03, é aquele onde 
o serviço é efetivamente prestado, 
onde a relação é perfectibilizada, assim 
entendido o local onde se comprove haver 
unidade econômica ou profissional da 
instituição financeira com poderes 
decisórios suficientes à concessão e 
aprovação do financiamento - núcleo da 
operação de leasing financeiro e fato 
gerador do tributo". 
2. De acordo essa nova orientação, na 
prática, em se tratando de ISS 
especificamente sobre as operações de 
arrendamento mercantil, irrelevante 
tenham sido referidas operações realizadas 
na vigência do DL n. 406/68 ou da LC n. 
106/2003, pois em qualquer hipótese "o 
Município do local onde sediado o 
estabelecimento prestador é o competente 
para a cobrança do ISS sobre operações de 
arrendamento mercantil", 
pois é nele (estabelecimento) em que o 
núcleo da operação de arrendamento 
mercantil, o serviço em si, que completa a 
relação jurídica, ocorre, qual seja a 
"decisão sobre a concessão, a efetiva 
aprovação do financiamento". 
3. No caso dos autos, restou incontroverso 
que as agravadas não possuem 
estabelecimento prestador no Município de 
Florianópolis/SC, situação que autoriza o 
reconhecimento da inexistência de 
capacidade tributária ativa deste ente 
municipal para cobrar o ISS sobre os fatos 
geradores ora em questão. 
4. Agravo regimental a que se nega 
provimento, com aplicação de multa. 
(AgRg no REsp 1334305/SC, Rel. Ministro 
OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, 
julgado em 27/03/2014, DJe 22/04/2014) 
Critério Pessoal: 
Sujeito Passivo: Art. 5o Contribuinte é o 
prestador do serviço. 
Critério Quantitativo: Base de Cálculo: 
Art. 7o A base de cálculo do imposto é o 
preço do serviço. 
Art 9º A base de cálculo do impôsto é o 
preço do serviço. 
§ 1º Quando se tratar de prestação de 
serviços sob a forma de trabalho pessoal 
do próprio contribuinte, o impôsto será 
calculado, por meio de alíquotas fixas ou 
variáveis, em função da natureza do serviço 
ou de outros fatores pertinentes, nestes 
não compreendida a importância paga a 
título de remuneração do próprio trabalho. 
Alíquotas: 
 
 
 
 
 
 
 
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 COMEÇANDO DO ZERO 
Direito Tributário 
 Josiane Minardi 
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Máxima: Art. 8o As alíquotas máximas do 
Imposto Sobre Serviços de Qualquer 
Natureza são as seguintes: 
I – (VETADO) 
II – demais serviços, 5% (cinco por cento).

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