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INSPEÇÃO E CONTROLE DE OBRAS - B 1-1 Introdução à gestão de obras 1. Pode-se dizer que uma obra nada mais é do que um projeto. Dentro do setor de construção civil, escolha a alternativa que indique um projeto/obra: RESP: D. Construção de um galpão para grãos. O projeto é um esforço temporário com o objetivo de criar um produto único, como destacado pelo Guia de Conhecimento em Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK, 2017). Operações, fabricações e atividades que não criam um produto único ou que não possuam início e fim (temporário), não são conceitualmente classificados como projeto. 2. Você é o gestor da construção de um prédio de dez andares. Neste momento, você está tomando todas as providências para que o projeto executivo seja finalizado, com detalhamento de todos os elementos necessários da obra. Em que etapa da obra você se encontra? RESP: A. Detalhamento do projeto e planejamento. A etapa 2, de detalhamento do projeto e planejamento, aprofunda a visão do gestor por meio da elaboração do projeto executivo e do planejamento da obra, criando cronogramas e especificando mais aprofundadamente o projeto básico elaborado na etapa de concepção e viabilidade. 3. Escolha a opção que corresponda à etapa de finalização de uma obra. RESP: C. Teste dos sistemas hidráulicos e elétricos de um prédio. A etapa de finalização de uma obra abrange as inspeções finais da obra, incluindo testes de operação e funcionamento de todas as suas instalações. 4. Você está na fase de execução da sua obra. Este é o dia de controlar o andamento da construção das vigas do terceiro andar do prédio. Você observa que a concretagem das vigas está atrasada em três dias, conforme seu planejamento inicial. Conforme o Ciclo PDCA, qual seria a atitude mais recomendada? RESP: B. Implementar uma alternativa que busque recuperar os três dias de atraso. O ciclo PDCA significa Planejar, Desenvolver, Checar e Agir. O controle da obra checa se as atividades estão andando como desejado. Se algo está errado, parte-se para o Agir, ou seja, para a implementação de alternativas que busquem corrigir o erro ou atraso. Após isso, inicia-se o ciclo novamente em Planejar, atualizando o planejamento inicial e incluindo as atitudes adotadas para recuperar o erro encontrado na obra. 5. Você é o gestor de uma obra que está passando por problemas com o organismo de preservação ambiental da cidade. Seu chefe propõe que realizem duas reuniões, a primeira com os stakeholders internos e a segunda com os stakeholders externos. Seu objetivo é conversar com as partes interessadas a fim de encontrar uma solução para o problema. Quem você convocará para a primeira reunião? RESP: E. Engenheiros, donos da empresa, gerentes e diretores. Os stakeholders, ou partes interessadas, de um projeto podem ser classificados em externos e internos. Alguns stakeholders internos podem ser funcionários, engenheiros da obra, gestores, gerentes, diretores, donos da empresa, entre outros. Alguns stakeholders externos podem ser o governo, acionistas, vizinhos da obra, órgãos ambientais, concorrentes, clientes, fornecedores, entre outros. 1-2 Planejamento e controle de obras 1. O planejamento de obras pode ser dividido nos níveis estratégico, tático e operacional, conforme prazos, detalhamento e função do planejamento. Assinale a alternativa que corresponde a uma programação de atividade da obra em nível operacional. RESP: D. Divisão da obra em fases de curto prazo, como dobragem das armaduras do 2.º pavimento, concretagem da viga do 2.º pavimento, etc. Os níveis de planejamento estratégico, tático e operacional correspondem a programações de longo, médio e curto prazo, respectivamente. Enquanto o planejamento estratégico subdivide a obra em fases genéricas, o planejamento operacional subdivide a obra em fases mais específicas e detalhadas para os elementos da obra. 2. O caminho crítico da obra estabelece a duração total da obra, e qualquer alteração no caminho crítico significa alteração também no prazo da obra. A partir do cronograma a seguir, indique o caminho crítico da obra e o número de dias de folga para cada atividade. RESP: D. Caminho crítico: A, B, E, G, H. Dias de folga: A: 0; B: 0; C: 2; D: 2; E: 0; F: 6; G: 0; H: 0. O caminho crítico, destacado no diagrama de rede PERT/CPM apresentado abaixo, consiste nas atividades A, B, E, G e H, as quais possuem maior tempo de duração (18 dias). As folgas associadas a cada atividade representam os dias adicionais além de sua duração necessários para sua conclusão sem impactar o prazo total da obra. Esses períodos de folga são visualizados em vermelho, indicados abaixo do tempo de duração correspondente de cada atividade (indicado de azul), conforme disposto no diagrama de rede PERT/CPM apresentado abaixo. 3. O livro de ordem, também chamado de diário de obra, é um documento muito importante para o controle e o acompanhamento da obra. Ele funciona como memorial descritivo e apresenta os principais acontecimentos na obra. Sobre o livro de ordem, pode-se afirmar: RESP: C. O livro de ordem deve ser preenchido todos os dias pelo responsável técnico e é documento obrigatório por lei. O livro de ordem, ou diário de obra, é um documento obrigatório por lei, conforme Resolução n.° 1.024 do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), para todas as obras. Ele apresenta os principais fatos ocorridos no dia a dia da obra. Ele deve ser preenchido diariamente pelo responsável técnico da obra, sendo facultado aos autores dos projetos, ao contratante ou ao proprietário da obra efetuar anotações. 4. A divisão das atividades da obra em micro, meso e macrociclos ajuda a realizar o controle das atividades da obra. Para verificar o cumprimento do planejamento, o estabelecimento de indicadores de desempenho da obra é essencial. Indique a opção que apresenta indicadores de custos, qualidade, segurança, prazos e impactos ambientais, respectivamente: RESP: A. Desvio de custo acumulado, percentual de material estragado, quantidade de riscos encontrados e eliminados, índice de atividades planejadas concluídas, litros de água utilizados por área construída. Os indicadores de custos avaliam desvios no orçamento, como o desvio de custo acumulado. Os indicadores de qualidade estão atrelados a tudo o que envolve a construção do projeto (materiais, mão de obra, serviços executados), como o percentual de material estragado e quantidade de tempo gasto em retrabalho. Os indicadores de segurança visam à proteção dos trabalhadores e da vida dos envolvidos na obra, como sistema de notas para a segurança no canteiro de obras, frequência de acidentes de trabalho no canteiro de obras, gravidade dos acidentes de trabalho no canteiro de obras e quantidade de riscos encontrados e eliminados. Os indicadores de prazos avaliam os atrasos ou adiantamentos da obra, como o índice de atividades planejadas concluídas e o desvio de prazo acumulado. Os indicadores de impactos ambientais indicam o impacto no meio ambiente como um todo e na vizinhança da obra, como geração de resíduo por metro quadrado de obra, litros de água utilizados por área construída e porcentagem de reaproveitamento de materiais. 5. O plano de contingência da obra pode ser uma ferramenta de grande ajuda para o gestor da obra. Por quê? Assinale a alternativa correta. RESP: B. Porque o plano de contingência estabelece medidas a serem tomadas no caso de imprevistos no andamento da obra. O plano de contingência da obra apresenta medidas a serem tomadas em momentos de imprevistos em que o planejamento da obra é comprometido. Assim, o plano de contingência ajuda o gestor a tomar decisões se alguma coisa estiver errada, evitando que ele precise tomar decisões de última hora e sob pressão. 2-1 Viabilidade econômica de uma obra 1.Imagine que você recebeu o cronograma de uma obra que durará 18 dias, de acordo com o cronograma a seguir. Você será o gestor da obra e deve responder: quanto custará a execução da obra e qual será o dia de maior gasto, em relação à execução dasatividades? Considere que o custo da atividade é distribuído igualmente nos dias previstos para a execução (por exemplo, se a atividade custa 900 reais e é realizada em três dias, o valor da atividade é de 300 reais por dia). Os valores de cada atividade foram orçados pelo setor financeiro e são os seguintes: Escavação: 500 reais Sapatas: 2.000 reais Alvenaria: 4.000 reais Telhado: 1.500 reais Instalações: 2.500 reais Esquadrias: 1.000 reais Revestimento: 3.000 reais Pintura: 1.000 reais RESP: A. Custo total da execução da obra: 15.500 reais; dia com maior gasto: 10 (2.027,78 reais). Devem-se somar os custos para obter o preço final da execução da obra, de 15.500 reais. Para o total por mês, devem-se distribuir os custos por dia e somar, conforme tabela a seguir, obtendo para o dia 10 o maior custo, de 2.027,78 reais. 2. A utilização de sistemas ERP de planejamento de recursos corporativos traz diversas vantagens para a gestão de obras. Qual a principal vantagem de um sistema ERP? RESP: B. Integração dos dados e dos diferentes setores da obra e da empresa, facilitando o acompanhamento da construção e o acesso à informação. Os sistemas ERP são uma ferramenta poderosa na gestão de obras, pois permitem a integração de todas as áreas da empresa e o acompanhamento da construção da obra, passando pelos setores de orçamento, materiais, medições, até o setor de recursos humanos. Algumas das diversas funções são: administração de contratos, cobranças e correção de parcelas dos clientes, gestão e controle de equipamentos e suprimentos, controle de estoque e relatório diário de obras e integração com a tecnologia BIM. 3. O que a empresa gastará e ganhará por mês durante a execução da obra é determinado pelo fluxo de caixa. Assinale a alternativa que apresenta o fator que deve determinar o fluxo de caixa. RESP: E. O cronograma estabelecido por fluxo de caixa, observando a entrada e saída de dinheiro conforme modo de pagamento de materiais, equipamentos e serviços e distribuição do BDI nos custos, por exemplo. Para saber quanto a obra dará de gasto e lucro para a empresa por mês, deve-se realizar o cronograma por fluxo de caixa, observando todas as entradas e saídas de dinheiro, conforme modo de pagamento de materiais, equipamentos e serviços, distribuição do BDI nos custos e quaisquer outros fatores que influenciem na distribuição do fluxo do dinheiro por mês na obra. 4. Antes de começar a execução da obra de um condomínio residencial, sua empresa decide fazer uma pesquisa de mercado para conhecer melhor o público-alvo. Assim, a empresa deseja uma pesquisa específica, que indique numérica e graficamente os desejos dos clientes e que responda a uma necessidade específica (obter a casa própria). Para isso, a pesquisa de mercado que você aconselharia seria baseada em que tipo de fonte de dados, método e frequência de aplicação, respectivamente? RESP: D. Dados primários, quantitativa e ad hoc. Pesquisas conforme a fonte de dados podem ser divididas em dois tipos: em dados primários, coletados para uma necessidade específica, ou em dados secundários, disponíveis em acervos de instituições de ensino e pesquisa. Existem dois métodos de pesquisa: o método qualitativo, com entrevistas aprofundadas com grupos menores e observações de campo, e o quantitativo, que indica numericamente a frequência ou intensidade de comportamento de um grupo de indivíduos. Para a frequência de aplicação, também podem ser divididas em dois tipos: pesquisas cíclicas, determinando as mudanças de comportamento de um grupo em um determinado período, ou ad hoc, feitas para responder a uma necessidade única e específica. 5. Você está elaborando o orçamento de uma obra para entrar para a concorrência de uma licitação pública. Os materiais e equipamentos necessários foram orçados, mas as condições de pagamento ainda podem ser revistas. Trata-se do projeto de ampliação da pista de um aeroporto, com métodos de construção complexos e restritos, em que a sequência das atividades deve ser determinada delicadamente. Você examina o fluxo de caixa e conclui que sua empresa não terá dinheiro para cobrir os gastos nos primeiros meses da obra. O que você poderia fazer para tentar viabilizar o projeto de maneira segura e sem a necessidade de pedir empréstimos? RESP: C. Elaborar o cronograma de obra “mais tarde” e negociar o parcelamento das compras. Adiantamentos somente são possíveis em obras privadas. A elaboração de um cronograma “mais tarde” é uma boa opção, uma vez que leva o pagamento das despesas para mais tarde no cronograma. O parcelamento também é uma boa ideia, pois o pagamento dos materiais ainda não foi negociado com detalhamento, e pode fazer com que as contas tenham menos influência nos primeiros meses da obra. Alterar o cronograma é uma possibilidade, mas não é segura, pois o método de execução da obra é delicado. 2-2 Riscos na gestão de obras 1. A elaboração da matriz de riscos para uma obra comumente passa por quatro etapas: identificação, análise, resposta e monitoramento dos riscos. Na fase de identificação de riscos, é importante saber diferenciar risco e consequência, um erro comum nessa etapa. Escolha a opção que apresente corretamente um risco e sua consequência, respectivamente. RESP: B. Variação do preço de importação / Aumento do custo da obra. O risco se caracteriza como ameaça à obra, algo que pode ou não acontecer, enquanto a consequência é o fator que de fato pesa negativamente e prejudica a obra, ocorrendo quando o risco se concretiza. A variação do preço de importação é uma ameaça à obra, algo que pode ou não acontecer, e o aumento do custo da obra é o prejuízo real a que a obra estará sujeita caso ocorra o aumento de preços de importação. 2. A concretagem de peças em obras de construção civil é uma rotina comum. Veja a seguir uma lista de riscos e consequências dessa atividade. Agora imagine que você é o gestor de uma obra e realizou a análise desses riscos, identificando suas probabilidades de acontecer e seus impactos, presentes na mesma tabela. A partir da matriz de probabilidade e impacto da obra, responda: qual, ou quais, pode ser classificado como sendo de alto risco para a obra? RESP: A. Manuseio do vibrador por tempo prolongado e falta de utilização de materiais de proteção individual. Classificando cada risco conforme a matriz de probabilidade e impacto, pode-se perceber que as atividades de manuseio do vibrador por tempo prolongado e a falta de utilização de materiais de proteção individual são de alto risco para a obra. 3. Na construção civil, as contratações podem ser regidas pelo Código Civil ou pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Qual é a diferença entre estes? RESP: E. O Código Civil regula as contratações de direito privado, como contratos de empreitada, prestação de serviços e terceirizações, enquanto a CLT regula os contratos de trabalho que necessitam carteira de trabalho e previdência social. O Código Civil regula contratações de direito privado, como contratos de empreitada, prestação de serviços e terceirizações, estas últimas contando também com regulamentações específicas. As contratações regidas pela CLT, por sua vez, são voltadas aos trabalhos que necessitam carteira de trabalho e previdência social. 4. Você é gestor da obra de uma barragem de terra e sua empresa terceirizou os serviços de compactação de solo. No total são 20 trabalhadores terceirizados trabalhando na sua obra. Porém, durante os serviços, a empresa terceirizada não consegue mais pagar os 20 trabalhadores que estão em sua obra, nem sua previdência social. Nesse caso, quem ficará responsável pelas despesas e responsabilidades trabalhistas dos 20 operários? RESP: D. A sua empresa, pois pela lei da terceirização a empresa tomadora é subsidiariamente responsável pelos débitos trabalhistas. Pela lei da terceirização, a empresa tomadora tem responsabilidade subsidiária sobre as obrigações trabalhistas dos operários durante o período em que o trabalho está sendo realizado. Assim,se a empresa terceirizada não pode pagar seus trabalhadores, a empresa que contratou a empresa terceirizada deverá arcar com os prejuízos. 5. Você será gestor de uma obra de ampliação de uma universidade que foi construída recentemente. O projeto envolve, entre a construção de novos prédios, a criação de prédios anexos aos já existentes. Para realizar os projetos executivos, seu chefe lhe pede que busque o As Built da obra anterior, para que os projetistas saibam exatamente como a obra foi construída e possam prever as interferências entre os projetos. Onde você conseguirá o As Built? RESP: C. No órgão de registro da cidade. O As Built realizado no final da obra, que mostra como a obra foi realmente construída, deve ser averbado no órgão de registro da cidade em que a obra foi realizada. 3-1 Gestão preliminar do canteiro de obras 1. Existem três tipos de canteiros de obra, conforme a ocupação da construção no terreno e a acessibilidade: restritos, amplos e longos e estreitos. Indique qual das opções abaixo mais se encaixa em um canteiro de obras amplo. RESP: D. Prédio residencial construído no meio de um terreno de 30 X 40 metros, com área da construção de 10 X 10 metros e acesso por três lados. Em canteiros restritos, a construção ocupa todo ou boa parte do terreno e os acessos são restritos. Os canteiros amplos não apresentam problemas de acessos e a construção ocupa uma parte menor do terreno, restando bastante espaço para as áreas do canteiro de obras. Canteiros longos e estreitos são restringidos por uma das dimensões, contando com acessos limitados. 2. Você é gestor da obra de um complexo habitacional com 2 torres de 15 andares cada. A construção conta com 45 trabalhadores e, como localiza-se longe da cidade, 35 trabalhadores estão alojados na obra. A comida é encomendada pronta e chega em recipientes individuais, todos os dias, para os trabalhadores em seu ambiente de trabalho. Quais são os elementos essenciais do seu canteiro de obras? RESP: C. Instalações sanitárias, vestiário, alojamento, local de refeições, lavanderia, área de lazer. Conforme a Norma Regulamentadora NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, todos os canteiros de obra devem contar com instalações sanitárias, vestiário para trabalhadores que não estejam alojados na obra, alojamento (se a obra tiver trabalhadores alojados), local de refeições, cozinha (se a comida for feita na obra), lavanderia ou serviço terceirizado de lavanderia, área de lazer e ambulatório para obras com mais de 50 trabalhadores. 3. Você é dono de uma construtora e seu novo cliente quer o projeto de uma casa de dois andares, com residência no andar de cima e comércio no andar de baixo. Você pede ao seu engenheiro que elabore todos os projetos necessários para a obra, para que, em seguida, você possa pedir o projeto de aprovação legal na Prefeitura da sua cidade. Um mês depois, seu engenheiro entrega os seguintes projetos: estrutural, de fundações, arquitetônico, elétrico e hidrossanitário. Logo você percebe que um projeto essencial está faltando. Qual projeto faltou o engenheiro entregar? RESP: E. Projeto de prevenção contra incêndio. O Projeto de Prevenção Contra Incêndio (PPCI) é obrigatório para residências multifamiliares, prédios, comércios e indústrias. 4. Você é o encarregado de uma obra e seu chefe lhe pede para elaborar um relatório sobre os componentes de operação da obra, para saber se eles estão funcionando de maneira eficaz. Quais componentes estarão presentes em seu relatório? RESP: B. Escritório de administração da obra, escritório de segurança do trabalho da obra, almoxarifado geral, área de carga e descarga de materiais e pátio de manutenção de equipamentos. A obra pode ser dividida em duas áreas: de vivência e de operação. As áreas de vivência são as destinadas a suprir as necessidades básicas humanas de alimentação, higiene e lazer, por exemplo. Já as áreas operacionais são voltadas a desenvolver atividades de trabalho ligadas diretamente à produção. 5. Você é gestor de uma obra que está recomeçando, depois de algum tempo parada, devido à falta de verba para comprar materiais. Localizada em Balneário Camboriú, no litoral de Santa Catarina, as fundações foram executadas e agora começará a construção do pavimento térreo. Os trabalhadores retomarão os trabalhos em 10 dias. Porém, você já começou a organização dos trabalhos e do canteiro, e amanhã receberá carregamentos de agregados, sacos de cimento e armaduras. Seu chefe indica que todos os materiais que chegarem neste período deverão ser armazenados juntos, no mesmo lugar, para que ele possa verificar alguns dias depois. Qual a opção mais adequada para estocagem neste momento? RESP: A. Dentro do galpão da obra, que conta com piso e telhado, cobrindo os materiais com lona impermeável e mantendo-os longe das paredes. Os sacos de cimento em cima de estrados. Aconselha-se estocar agregados e sacos de cimento em lugares cobertos, protegidos de intempéries e com piso. Os sacos de cimento devem estar afastados das paredes e em cima de pallets ou estrados. O armazenamento do aço depende da região em que se encontra a obra. É aconselhado, para regiões de alta agressividade do meio, como as próximas do mar, que o aço seja abrigado em galpões e coberto com lona. É aconselhável que esse aço não permaneça no estoque por muito tempo, ou seja, que seja logo utilizado. Em regiões com agressividade média ou fraca, como regiões com umidade relativa do ar alta, média ou baixa, aconselha-se cobrir o estoque com lona plástica, não precisando necessariamente abrigá-lo em galpões. 3-2 Orçamento e controle 1. Você realizou o levantamento de quantitativos de toda a sua obra e percebeu que faltava um item, o muro de fechamento da obra. Para incluir esse item, você consultou a planilha de custo unitário de muros de fechamento. O terreno da obra é retangular e apresenta frente de 80 metros por 40 metros de comprimento. Somente as laterais e os fundos do terreno serão murados, pois, a parte da frente da obra terá grades. A obra está orçada em 500 mil reais, sem contar o muro. A partir do quadro de custo unitário, diga qual será a porcentagem de aumento do custo final da obra, comparando o orçamento atual com o orçamento da obra incluindo o muro de fechamento. RESP: E. 3,75%. O total de metros de muro é de 160 metros. Assim, deve-se multiplicar o preço unitário do metro de muro, calculado pela tabela, e multiplicar pelo total de metros de muro a serem construídos. Com o valor final a ser gasto no muro, soma-se o valor ao orçamento inicial e avalia-se qual foi a porcentagem de aumento do preço. Veja a tabela a seguir. Muro de fechamento com mourão e placa pré-fabricada (m) Muro de fechamento com mourão e placa pré-fabricada (m) Componente Unidade Consumo Custo (R$) Componente Unidade Consumo Custo (R$) Custo final (R$) Pedreiro h 0,7 15 Pedreiro h 0,7 15 10,5 Servente h 1,5 10 Servente h 1,5 10 15 Areia média m3 0,04 70 Areia média m3 0,04 70 2,8 Pedra britada m3 0,05 80 Pedra britada m3 0,05 80 4 Cimento Portland CP II kg 12 0,4 Cimento Portland CP II kg 12 0,4 4,8 Mourão de concreto un 0,5 40 Mourão de concreto un 0,5 40 20 Placa pré-fabricada un 2 30 Placa pré-fabricada un 2 30 60 Total/m: 117,10 Total muro (m): 40 + 40 + 80 = 160 Custo final do muro (R$): 18736,00 Custo final da obra com muro (R$): 518736 Impacto em relação ao custo inicial: 3,75% 2. Você é o gestor de uma obra de um galpão de estoque de suprimentos e sua equipe de planejamento manda para você o cronograma da obra. Realize o histograma de mão de obra e diga, conforme o cronograma, quantos dias de trabalho de pedreiros será necessário pagar para realizar a obra. Leve em conta que cada atividade necessita do seguintenúmero de pedreiros por dia: Escavação: 6 / Sapatas: 6 / Alvenaria: 4 / Telhado: 4 / Instalações: 3 / Esquadrias: 2 / Revestimento: 3 / Pintura: 2. RESP: D. 94. Deve-se considerar o número de pedreiros para cada dia e somar os dias acumulados. Uma maneira é elaborar um quadro de dias, como a seguir. O total de dias acumulados é o total de dias a serem pagos a pedreiros. 3. Após quantificar todos os insumos da obra, você, como gestor, agora está separando em categorias os pacotes de contratação de materiais do seu projeto, para que as contratações e a compra de materiais dos fornecedores sejam facilitadas e de acordo com as necessidades da obra. É importante que os materiais sejam separados em tipos conforme o seguinte critério: RESP: C. Segundo o tempo de uso dos materiais na obra, classificando, por exemplo, os que serão comprados somente uma vez e os que serão comprados periodicamente. Os pacotes de contratação de uma obra devem ser selecionados estrategicamente, conforme o tempo de aplicabilidade dos recursos. Estes podem ser selecionados e classificados, por exemplo, em recursos adquiridos somente uma vez durante a obra, recursos recebidos em determinada época, periodicamente, e recursos adquiridos toda semana. 4. O orçamento da sua obra teve aumento de 20%, devido à oscilação da inflação nos últimos meses e à aplicação de um novo imposto sobre alguns produtos importados que você utilizará na decoração e no revestimento interno da obra. Você concluiu isso a partir da análise da Curva ABC. Você decide que deverá renegociar alguns itens para tentar compensar o aumento de 20% no custo final. Quais são os materiais mais aconselhados a terem seu preço renegociado nesse momento? RESP: D. Os materiais da classe A da curva ABC, pois são os materiais mais caros e que representam maior impacto no custo final da obra. A Curva ABC é uma ótima ferramenta para avaliar quais materiais têm mais impacto no orçamento da obra. Os itens da classe A são os mais caros da obra e que mais impactam no seu orçamento, apresentando, além disso, pequeno número de itens. 5. A fase de contratação de fornecedores é uma fase crucial para o andamento de toda a obra, pois são os fornecedores que alimentam a obra com matéria-prima. Sobre a contratação e o relacionamento com fornecedores, é importante: RESP: B. fortalecer os laços com os fornecedores e estabelecer um bom relacionamento, com o objetivo de criar uma parceria entre a empresa e o fornecedor. A boa relação com fornecedores e a criação de laços e parcerias são de extrema importância para o andamento da obra. Esse tipo de atitude facilita muito a negociação de prazos e custos dos materiais no futuro e cria uma lista de fornecedores em que o gestor pode confiar para realizar suas obras. A seleção e avaliação de fornecedores deve ser feita em todas as obras, a fim de acompanhar o mercado e atualizar a lista de fornecedores. A avaliação das entregas deve ser feita em cada momento de entrega, de modo a verificar se tudo está correto e ter tempo de tomar atitudes corretivas caso algo esteja errado. Os fornecedores devem ser avaliados não somente pelo preço do material, mas também por notícias, indicações, verificação da regularidade do fornecedor com órgãos oficiais, etc. 4-1 Produtividade na obra 1. Você é administrador da obra de uma barragem de terra em rio perto da sua cidade. Está enfrentando diversos problemas: os materiais para aterro estão chegando com atraso, os trabalhadores têm dificuldade de chegar até a obra devido à má condição das estradas públicas, os equipamentos de compactação não são suficientes ao trabalho, determinado grupo de ambientalistas está promovendo manifestações contra a obra, os prazos estão muito apertados e os funcionários não conseguem atingir certa produtividade a fim de ganhar bonificações e, pior, o mês promete muita chuva. Quais desses fatores são externos à obra? RESP: B. Má condição das estradas públicas, manifestações de ambientalistas e chuvas. Os fatores internos são controlados pelo gestor de obras, como em assuntos que envolvem planejamento, mão de obra, materiais e equipamentos, entre outros. Já os fatores externos são os que o gestor não pode controlar, envolvendo infraestrutura pública, governo, clima e grupos de pressão, entre outros. 2. Você é gestor da obra de uma estrada que tem 40 quilômetros, sendo o projeto separado em 4 partes, cada uma com 10 quilômetros. Está sendo iniciada a execução do último trecho. Sua equipe manteve-se fixa, com 15 homens, e realizou o primeiro trecho em 45 dias úteis, o segundo em 39 dias úteis e o terceiro em 41. Os trabalhadores têm jornada de 8 horas por dia. Qual é a razão unitária de produção média da sua obra em homens.hora/quilômetro? RESP: D. 500Hh/km. Deve-se utilizar a fórmula da razão unitária de produção (RUP). Para o primeiro trecho, obtém-se 15*8*45/10 = 540Hh/km. Para o segundo trecho, 468Hh/km e para o terceiro trecho 492Hh/km. Realizando a média dos valores, obtém-se RUP média de 500Hh/km. 3. O consumo diário de materiais (CUM) da obra de uma ponte já na fase de revestimento asfáltico é de 1,15m3/m3. O material está acabando e ainda é necessário executar 20m3 de camada asfáltica prevista em projeto. Se fosse o gestor dessa obra, qual deveria ser a quantidade mínima de material asfáltico que você deveria pedir, baseando-se no CUM? RESP: A. 23m3. Utilizando a fórmula do consumo diário de materiais, pode-se concluir que é necessário 20*1,15 = 23m3 de material asfáltico. O CUM de 1,15m3/m3 significa que 15% do material é perdido durante a execução, ou seja, deve-se pedir 15% a mais pelo menos. 4. Você será o gestor de uma grande obra de ampliação e melhoramento do sistema de esgoto da sua cidade. Ela ainda está na fase contratual, e os projetos não estão detalhados. Seu chefe pede sua ajuda voltada ao acompanhamento de todas essas fases. A obra envolve muitos riscos, pois gerará perturbação de vias, desconforto aos moradores, barulho, entre muitos outros fatores que você não sabe antecipadamente, pois nunca trabalhou em tal tipo de empreendimento. Por isso, decide realizar a listagem dos riscos que o empreendimento vai enfrentar a fim de diminuir a probabilidade de erros. Qual é o melhor momento para realizar essa análise de riscos? RESP: C. O mais cedo possível. Os riscos em uma obra iniciam já nas fases contratuais, estabelecendo-se os direitos e deveres de cada parte. A listagem de riscos deve acompanhar todas essas fases e tentar prever os obstáculos que poderão ser enfrentados desde o nascimento do projeto até sua finalização. 5. Você é chamado para ser consultor da obra de um parque de diversões cujo interesse é aumentar sua produtividade. Qual dessas situações representa um erro de gestão que pode ser melhorado com a finalidade de elevar a produtividade da obra? RESP: E. Descontentamento dos trabalhadores devido à falta de bonificações por produtividade. Os fatores externos à obra não podem ser controlados pelos gestores, como o clima, taxas de juros e doenças, entre outros. A gestão de obras inclui administrar pessoas e assegurar, mais do que ter material e equipamentos dentro do canteiro, que os trabalhadores estejam satisfeitos com seu trabalho e o ambiente seja agradável. 4-2 Documentos e contratos de obras 1. Você vai construir um complexo imobiliário com a sua empresa. No início do projeto, você tomou o cuidado de verificar se a matrícula do imóvel estava regularizada na prefeitura. Em seguida, juntamente com sua equipe, organizou todos os documentos necessários para adquirir o alvará de construção da obra. Com o alvará em mãos, e a placa de obra sinalizando a construção, agora, ela está iniciando. Que outros documentos você deve possuir para manter o empreendimento regularizado durante a sua execução? RESP: A. Cadastro Específico do Instituto Nacional do Seguro Social (CEI-INSS), atestado da concessionária de água e esgoto e atestado de conformidade da instalação de energia elétrica. Durantea execução do empreendimento, além do alvará de construção e da placa da obra, os documentos necessários para mantê-la regularizada são: atestados de instalações provisórias, tanto de água e esgoto como de energia, que permitirão a ligação da obra com as redes públicas; e o Cadastro Específico do Instituto Nacional do Seguro Social (CEI-INSS), que permite o recolhimento das contribuições do INSS da mão de obra da construção. 2. Você é o dono de uma empresa de Engenharia, e um cliente pede que você realize a construção de um complexo de silos para estocagem de soja e de uma estrada, de aproximadamente 50 quilômetros, ligando o complexo à rodovia. O cliente precisa de dois contratos: um para o complexo de silos, que pagará do próprio bolso, e outro para a estrada, que será paga pela fundação de fazendeiros, pois ligará diversas fazendas à rodovia. Não há projeto detalhado, somente um esboço do que o cliente espera; desse modo, você não consegue fazer nenhum orçamento. Entretanto, o cliente confia na sua empresa e quer fechar o contrato logo; para tanto, ele precisa das duas propostas de contrato. Que tipo de contrato se encaixaria melhor nesse caso, sendo mais seguro para você, para a construção do complexo de silos e da estrada, respectivamente? RESP: C. Construção por administração e empreitada por preços unitários. O contrato de construção por administração não requer um orçamento inicial, sendo o pagamento feito conforme os gastos e o avanço da obra, através de uma taxa de administração sobre os serviços, negociada entre a construtora e o cliente. A empreitada por preços unitários é comum em obras de infraestrutura, em que há poucos serviços, mas grande quantidade; assim, estipula-se um preço para as principais unidades de medida que serão utilizadas na obra, sendo o pagamento feito conforme o seu avanço. A empreitada por preço global estipula um valor fechado para a obra, através de um orçamento. O contrato de preço máximo garantido precisa de um orçamento inicial e inclui uma taxa de administração – se o valor final da obra for maior, a construtora arca com o prejuízo; se for menor, a construtora e o cliente dividem a economia. 3. Você está lendo um relatório sobre a obra que assumirá, que já está em andamento: um novo metrô na cidade, com túneis e escavações no projeto. Nesse relatório, diversos engenheiros de diferentes áreas fizeram parte e contribuíram para a análise da obra. Nele, você lê como a obra está avançando, os dias e horários das leituras de instrumentações e se elas estão de acordo com o esperado. Pela identificação de movimentações que passaram um pouco do projetado, você percebe que houve a necessidade de adaptar o projeto do túnel norte. O documento propôs o aumento da espessura do revestimento do túnel, que foi acatado pelo projeto. Até agora, a obra não teve mais eventos inesperados, e o relatório continua a ser feito a cada dia. Qual relatório você está lendo? RESP: E. Relatório de acompanhamento técnico de obras. É de extrema importâncias que obras envolvendo escavações, túneis, barragens e movimentações no geral sejam acompanhadas diariamente. A instrumentação da obra e o acompanhamento de seus deslocamentos permite checar se ela está avançando como esperado e se os trabalhadores estão trabalhando em um meio seguro. O relatório de acompanhamento técnico de obras tem a função de analisar essas variáveis, alarmar a ocorrência de fatos que fujam do projetado e propor soluções, quando necessário. Esse relatório é tipicamente feito por profissionais de diversas áreas, pois pode envolver várias áreas de atuação e requer um conhecimento aprofundado no assunto. 4. Você está assumindo uma obra de um condomínio que está sendo finalizado. Seu diretor pede que você providencie, na próxima semana, quando a obra estará completamente finalizada, os documentos necessários para a regularização da construção na prefeitura e para que os clientes possam ir para suas residências. Quais documentos você deve providenciar? RESP: B. Habite-se, Certidão Negativa de Débito (CND) e averbação da obra. Após a finalização da obra, deve-se obter o habite-se, para que a prefeitura aprove que a construção está de acordo com o Código de Obras e adequada para uso, assim, os moradores podem ocupar suas residências. Em seguida, é preciso obter a Certidão Negativa de Débito (CND), que comprova a regularidade das contribuições da empresa no INSS. Por fim, deve-se fazer a averbação da obra, registrando a sua construção no terreno. Desse modo, o empreendimento está, finalmente, regularizado. 5. Conforme a resolução n.° 1.024 do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), o Diário de Obras, ou Livro de Ordem, é obrigatório em empreendimentos e serviços de Engenharia. Ele descreve os fatos mais importantes da construção, servindo como memória da obra. Com que frequência esse livro deve ser preenchido, e quem pode escrever nele? RESP: D. Todos os dias, pelo responsável técnico do empreendimento, sendo facultado aos autores dos projetos, ao contratante ou proprietário da obra efetuar anotações com data e assinatura. O Diário de Obras é um importante descreve todas as ocorrências da obra, permitindo seu acompanhamento diário por escrito. O Diário de Obras deve ser preenchido todos os dias, para que nenhum fato importante seja esquecido. Ele deve ser suplementado pelo responsável técnico da obra, sendo facultado aos autores dos projetos, ao contratante ou proprietário efetuar anotações com data e assinatura. Desafio 1-1 Na construção de uma obra, o gestor deve estar preparado para qualquer imprevisto. É normal encontrar os mais diversos problemas. Simples mudanças do escopo da obra, de prazos ou de custos podem causar complicações. Tudo isso desafia o gestor a recolocar sua obra dentro do planejamento desejado, ou a tomar atitudes que adequem o trabalho às suas novas necessidades. Imagine a seguinte situação: O que você fará frente a essa situação? Explique. Padrão de resposta esperado O atraso de quinze dias na entrega da tinta retardaria a finalização da obra em, pelo menos, cinco dias, gerando multa para a empresa. Esse é o momento certo para aplicar o Ciclo PDCA e a gestão de stakeholders. Existem muitas possibilidades. É possível convocar outra reunião com os diretores, mas, antes disso, é desejável que se analise todas as possibilidades que puder, a fim de apresentar, na reunião, ações como falar com a equipe de orçamentos para que verifique os custos de outros fornecedores e se estes podem entregar as tintas no prazo necessário. Também é possível averiguar a possibilidade de contratar uma empresa de transportes para trazer as tintas do fornecedor. Verificar também a possibilidade de aumentar a jornada de trabalho ou o número de trabalhadores na obra. Em parceria com a equipe de planejamento, analisar os cronogramas para essas novas possibilidades. Em seguida, atualizar o planejamento junto com a equipe, comunicando a todos sobre o novo cronograma e executando a decisão. 1-2 O cronograma físico é o calendário da obra, com datas e prazos para o cumprimento das atividades, para que o projeto seja finalizado conforme o planejado. O cronograma da obra em forma de gráfico de Gantt é uma maneira simples e visualmente atrativa de apresentar as atividades da construção distribuídas nas datas da obra. Para desenvolver o gráfico de Gantt, é necessário conhecer as atividades da obra, a dependência entre elas e suas durações. Veja a seguinte situação: Seu desafio é elaborar o gráfico de Gantt da obra e identificar a duração dessa fase da obra por meio do caminho crítico do gráfico. Padrão de resposta esperado A seguir, apresenta-se o gráfico de Gantt referente às atividades identificadas. O caminho crítico corresponde ao caminho mais escuro no gráfico, mostrando a duração de 18 dias dessa fase da obra. Atividade 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 AB C D E F G H I J Atividade Predecessoras Duração (dias) A Preparação do terreno - 2 B Locação das fundações A 2 C Escavação das cavas de fundações B 5 D Execução das fôrmas C 3 E Fornecimento de aço - 4 F Montagem das armaduras E 6 G Posicionamento das armaduras D, F 4 H Mobilização da betoneira - 3 I Teste da betoneira A, H 2 J Concretagem G, I 2 2-1 É comum em obras de construção civil que a construtora ou incorporadora tenha que desembolsar dinheiro do próprio bolso e operar em negativo antes que o dinheiro das medições ou da compra dos imóveis entre e a obra comece a gerar lucro e operar com o caixa no verde. Nesse sentido, é um grande desafio fazer com que a obra opere no positivo ou, pelo menos, no negativo pelo menor tempo possível. Veja a seguinte situação: Seu desafio é apresentar 5 perguntas que poderiam ser feitas ao chefe e fazer uma análise econômica em cima das possibilidades, destacando quais seriam as vantagens e possíveis desvantagens de cada uma delas. Padrão de resposta esperado Algumas das possíveis perguntas são: 1. O cronograma foi feito da maneira “mais tarde”? Realizar o cronograma com as atividades sendo realizadas o mais tarde possível, sem comprometer o prazo da obra, dá a oportunidade ao gestor de contratar e pagar seus materiais mais tarde, o que pode representar um alívio nas contas dos primeiros meses. A desvantagem desse procedimento é que, se alguma atividade jogada para “mais tarde” atrasar, ela pode comprometer o prazo da obra. 2. Existe a possibilidade de obter adiantamentos? Oferecer preços especiais para clientes pelo pagamento feito com antecipação, ou em adiantamento, pode fazer a obra começar com saldo positivo e aliviar muito as contas dos primeiros meses. 3. Como foi feito o pagamento dos materiais? O parcelamento dos materiais para jogar as contas para a frente no calendário pode resolver o problema de sobrecarga de contas nos primeiros meses. 4. É possível alterar o cronograma? A alteração do cronograma muda, naturalmente, o fluxo de caixa. Assim, pode-se elaborar um cronograma que melhore as contas da obra. A desvantagem de mudar o cronograma é que isso dá chance ao erro, como alterar a ordem lógica das atividades da obra ou interferir no método de construção. 5. O cliente aceitaria o desbalanceamento da planilha de preços? Cobrar maiores taxas de BDI no começo da obra, sem alterar o total de BDI a ser recebido até o total da obra, é uma maneira de reduzir impacto negativo nos primeiros meses. A desvantagem é que isso pode causar desconfortos com o cliente. 2-2 Um projeto de construção civil sofre diversas alterações durante seu ciclo de vida, tanto na fase de desenvolvimento do projeto como na própria fase de execução da obra. Para lidar com isso, é muito importante ter controle sobre as alterações dos projetos e realizar o desenvolvimento do As Built. Imagine que você é gestor de uma obra que está realizando a inserção da tubulação de água no primeiro andar do prédio. O engenheiro responsável pelo acompanhamento da execução da obra chega até você e fala que há algo estranho no projeto. Uma das canalizações terá que passar pelo meio de uma viga, o que não é aconselhado. Imediatamente, você pega o projeto hidráulico enviado pelo responsável técnico e observa que, no seu projeto, essa canalização passa por outro lugar. Você observa também que o projeto do engenheiro está desatualizado, numa versão mais antiga. Imediatamente, você entrega o projeto correto ao engenheiro e pede para que ele verifique os trabalhos que já foram feitos, para saber se será necessário realizar alguma mudança de projeto. O estagiário da obra observa toda a cena curiosamente e faz duas perguntas: o que pode ser feito para evitar esse tipo de situação? Posteriormente à obra, se alguém precisar fazer alguma alteração no seu apartamento, como saber por onde a tubulação estará passando? Padrão de resposta esperado Para evitar esse tipo de problema, quando não se sabe se o projeto em que se está trabalhando é oficialmente a versão final, deve-se exigir dos projetistas que enviem a versão final assinada e carimbada. Além disso, deve-se avisar toda a equipe sobre o procedimento, para que todos possam estar seguros e conferir se a versão final está correta. Para que todas as alterações realizadas nos projetos e durante a execução da obra sejam compiladas em um mesmo documento, que fique disponível para consulta para alterações posteriores, deve-se realizar o As Built. O As Built representa o projeto como ele foi construído e é aconselhável que seja executado em duas etapas: primeiro, durante a execução da obra, em versões preliminares, periodicamente, relatando as alterações sofridas na obra; e segundo, no final da obra, compilando todas as alterações em um só documento, o As Built em si. O As Built não deve mais sofrer alterações e é a versão do projeto que deve ser averbada no órgão de registro da cidade: assim ele ficará disponível para quem quiser consultar os detalhes da obra posteriormente. 3-1 Para a elaboração e execução de projetos de construção civil, deve-se lidar com diversos projetos na mesma obra. O gestor da obra deverá conhecer os diferentes tipos de projetos para que ela tenha um bom andamento e também as etapas e momentos em que cada projeto é utilizado. Para isso, a Estrutura Analítica do Projeto (EAP) é uma excelente ferramenta de organização. A EAP possibilita o desmembramento de todas as atividades da obra, permitindo que o gestor tenha uma visão geral da construção, das partes constituintes do projeto e se todas as exigências do cliente estão sendo atendidas. Imagine que você é gestor de obras e seu futuro vizinho contrata seus serviços para construir a nova casa. A casa terá um andar, vigas e pilares em concreto armado, paredes de alvenaria e telhado. O cliente quer que o telhado seja impermeabilizado. Quais projetos você deverá providenciar para a elaboração da obra? Elabore uma EAP com as etapas essenciais da obra, no formato que desejar. Padrão de resposta esperado Para construir uma obra, se necessita essencialmente do projeto de aprovação legal de construção, com carimbo da Prefeitura, permitindo a sua execução. O projeto arquitetônico, o projeto de fundações, o projeto estrutural, o projeto de instalações elétricas e o projeto de instalações sanitárias (ou hidrossanitárias) são os elementos básicos necessários para a elaboração de um projeto. A EAP pode apresentar três formatos: em árvore, analítico ou mapa mental. Todos estão corretos. Além disso, a maneira como cada pessoa elabora sua EAP pode variar. O mais importante é que todas as etapas e elementos da obra estejam presentes na estrutura. Veja, a seguir, uma possível EAP da obra em formato de árvore. 3-2 O levantamento dos quantitativos da obra é uma etapa de muita importância para o futuro dela. A partir dos quantitativos, é possível estimar o custo total da obra e ver se ela está ou não dentro do orçamento. Para realizar a quantificação dos recursos, as tabelas de composição de custos unitários são de extrema utilidade, indicando o gasto de mão de obra e de material para cada atividade realizada. Veja a seguinte situação: A partir dos dados e das tabelas de composição apresentadas, seu desafio é elaborar uma lista de quantitativos de mão de obra, equipamentos e materiais necessários para escavar, fazer as fôrmas e as armaduras e concretar a fundação. Padrão de respostaesperado As quantidades do projeto devem ser multiplicadas pelo consumo das tabelas de composições apresentadas. Por exemplo, a fôrma deve considerar as áreas laterais e de fundo das 6 fundações, sendo 6 x [(2 x 1,5 x 4) + (2 x 2)] = 96 metros quadrados de fôrma a serem feitos no total. Multiplicando 96 pelo consumo de ajudante de carpinteiro, por exemplo, chega-se ao total de 48 horas trabalhadas por um ajudante de carpinteiro para realizar as fôrmas das 6 fundações. O quadro com todos os quantitativos é mostrado a seguir. 4-1 O dimensionamento das equipes de trabalho em obra é essencial a fim de que o trabalho seja otimizado. Assim, evitam-se gastos extras por superdimensionamento de equipes ou sobrecarga de trabalho e atrasos por subdimensionamento das mesmas. Para isso, devem ser utilizados os indicadores de produtividade em sua obra. Dentro dessas premissas, dimensione as equipes de montagem de formas, concretagem e revestimento cerâmico. Pela sua experiência, você divide o tempo em 2 dias para o trabalho de fôrmas, 10 para a concretagem dos elementos e 3 para a execução do revestimento cerâmico. Quantos homens serão necessários em cada equipe a fim de que a execução do serviço ocorra no prazo determinado? Use o quadro com o objetivo de ver as RUPs ligadas a cada elemento da sua obra e ajudar na sua resposta. Padrão de resposta esperado 4-2 Os relatórios de obras são essenciais para manter todos os assuntos do empreendimento organizados e as informações acessíveis a todos. Existem diversos tipos de relatórios, e o responsável pela obra deve conhecer os mais importantes para a sua obra. O que você mandará para ele? Padrão de resposta esperado Os relatórios que devem estar presentes durante a execução da obra são: - Relatório diário de obras (RDO): obrigatório por lei; apresenta todas as informações e atividades relevantes da obra durante cada dia. É como a memória da obra, devendo ser preenchido pelo responsável técnico do empreendimento. Pode conter informações as climáticas, os serviços interrompidos, os serviços realizados, os problemas encontrados, as observações sobre segurança do trabalho, os comentários, entre outros. - Relatório do acompanhamento técnico da obra (ATO): é um relatório elaborado por especialistas que analisam o avanço da obra, verificando se a leitura das instrumentações está de acordo com o projeto, se o projeto pode seguir com segurança e se há alguma mudança ou adaptação necessária ao projeto. - Relatório mensal de obras: pode ser usado de maneira similar ao relatório de diário da obra, relatando, mensalmente, os fatos mais importantes. Ele dá uma visão global do andamento da obra. - Relatório de medição: mostra se o que já foi executado está de acordo com o planejamento, quantificando tudo que foi gasto em cada etapa. Auxilia no controle dos gastos e de estoque, medindo os recursos aplicados na obra ao longo do cronograma. Auxiliará na prestação de contas ao final do mês, para que o investidor possa pagar os serviços já executados. - Relatório de segurança do trabalho: relatório de inspeção da obra quanto às condições e medidas de segurança do trabalho presentes na obra. Orienta sobre a inclusão de novas medidas de segurança de trabalho e verifica se as atuais medidas estão sendo cumpridas. Deve basear-se no Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), relatório que avalia os riscos da obra e as medidas de prevenção. Por ter mais de 20 trabalhadores, é necessário, também, a elaboração do Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho (PCMAT), apresentando, detalhadamente, as medidas de segurança de trabalho para a obra em todas as suas fases. - Licenças ambientais: as licenças ambientais são obrigatórias para a realização desse tipo de obra. A Licença Prévia (LP) e a Licença de Instalação (LI) permitem a execução do empreendimento e assinalam as medidas a serem tomadas para o controle ambiental. A Licença de Operação deve ser requisitada ao final da obra, após inspeção, para que esta possa funcionar. - Relatório de contabilidade: descreve todos os aspectos relativos ao setor de contabilidade da empresa. Avalia-se a documentação fiscal e trabalhista da obra, envolvendo todos custos, despesas e impostos relativos ao empreendimento. Esses relatórios e todos os documentos envolvidos devem ser enviados ao escritório de contabilidade, para que sejam mantidos em dia os aspectos fiscais e trabalhistas da obra e para a elaboração de relatórios contábeis. - EIA/RIMA: o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) devem ser elaborados e submetidos ao órgão estadual responsável e ao IBAMA, a fim de obter o licenciamento da obra. O EIA realiza a análise detalhada e técnica de toda a área impactada pelo projeto, apresentando um diagnóstico ambiental completo, uma previsão dos impactos causados pela obra e as possíveis medidas mitigadoras para os impactos negativos. O RIMA descreve o EIA de maneira direta e com linguagem acessível, para que todos compreendam as vantagens, desvantagens e impacto do empreendimento. Dentro desse contexto, também é importante fazer o relatório de inspeção mensal, a fim de verificar a realização das propostas descritas no EIA. image4.png image5.png image6.png image7.png image8.png image9.png image10.png image11.png image12.png image13.png image14.jpeg image15.png image16.png image17.png image18.jpeg image19.jpeg image20.jpeg image1.png image2.png image3.jpeg