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A anamnese é de extrema importância, apresentando papel fundamental na avaliação e tratamento fisioterapêutico de pacientes do sexo feminino. A mulher pode revelar dados sobre sua condição que não revelou ao seu médico. Não permitir que passe despercebido sintomas. EX: alguns tipos de incontinência podem ser identificados através de uma anamnese cuidadosa. Cada profissional desenvolve seu próprio sistema de entrevista do paciente e sua forma de conduzir a avaliação. Os métodos usados para tratamento de distúrbios ginecológicos incluem instrução de exercícios, treinamento de relaxamento, biofeedback, estimulação nervosa elétrica transcutânea (TENS), ultra-som e estimulação elétrica. Além disso, existe um questionário específico sobre a incontinência do paciente. Neste questionário deve conter: - Nome - Telefone - Endereço - Data de nascimento - Profissão - Responsabilidades em casa; - Nível de atividade física (sedentária, leve, ativa ou muito ativa) - Altura - Peso - Médico - História Obstétrica N° de gestações, n° de partos, data do parto, peso do bebê, duração do segundo estágio/força para empurrar, episiotomia/laceração e dificuldade de cicatrização. - Medicações - Questões específicas* 1. Existe histórico passado ou presente de doenças do trato urinário, infecção, lesão? 2. Existe histórico passado ou presente de paralisia ou doença muscular; diabetes; cirurgias ou traumatismos em coluna vertebral, bexiga, pelve ou cérebro, histerectomia? 3. Foi realizada dilatação da uretra no passado? ( ) sim ( ) não Por quê? ___________________ 4. Quando criança, havia dificuldade de segurar a urina ou enurese noturna? 5. Ao urinar, a quantidade de urina é: ( ) pequena ( ) média ( ) grande 6. Há dificuldade em interromper o fluxo? Há gotejamento? 7. Existe fluxo involuntário de urina associado aos seguintes casos: ( ) Tosse ( ) Ao ficar em pé ( ) Sentado ( ) Deitado ( ) Ao caminhar ( ) Correr ( ) Espirro ( ) Vômito ( ) Fazer Esforço 8. Existe fluxo involuntário de urina associado aos seguintes casos? ( ) Mudar de posição ( ) Relação sexual ( ) Rir ( ) Levantar peso ( ) Empurrar peso -> A perda de urina ocorre ao mesmo tempo ou pouco depois dessas atividades? 9. O problema começou: ( ) Depois da gestação ( ) Durante a gestação ( ) Após cirurgia vaginal ou abdominal ( ) Depois da cesariana 10. Há necessidade de proteção (absorvente, fralda…)? Quando? O que é utilizado? Quantos por dia? 11. Há utilização de medicamentos, incluindo drogas vendidas sem prescrição ou recreacionais? 12. A paciente tem consciência da eliminação de urina? O vazamento acontece antes de chegar ao banheiro? 13. Ocorre vontade urgente de urinar? Essa vontade pode ser controlada? 14. A paciente acorda durante a noite com vontade urgente de urinar? A bexiga está cheia? Com que frequência isso ocorre? 15. Existe dor ao urinar? 16. Existe alguma dificuldade em urinar ou em iniciar o fluxo? 17. Outros membros da família já tiveram problemas com incontinência ou enurese noturna no passado ou presente? Em que idade o problema se instalou? 18. Alguma cirurgia pélvica? 19. Existe qualquer outro aspecto que você considere importante para o meu conhecimento em nosso relacionamento terapêutico? EXAME DO ASSOALHO PÉLVICO Com frequência a paciente com problemas ginecológicos necessita de um exame musculoesquelético e também de um exame manual do períneo. A ordem sugerida de avaliação apresenta a paciente em posição supina, com MMII fletidos e apoiados, permitindo ao clínico passar diretamente para o exame manual do períneo com a paciente na posição de litotomia. Graduações de força 0 - nenhuma contração; 1 - pequeno sinal de contração; 2 - contração fraca; 3 - contração moderada 4 - boa contração com levantamento do assoalho pélvico; 5 - contração forte com levantamento do assoalho pélvico. Os músculos do períneo podem ser avaliados em sentido horário, começando pela sínfise púbica e seguido em direção à tuberosidade isquiática, corpo perineal e subindo da virilha direita da paciente até a tuberosidade isquiática e de volta à sínfise púbica. Então, a localização de qualquer patologia pode ser feita relacionando a posição da dor com os números, como em um relógio. Os reflexos também devem ser testados devido ao uso de aparelhos da eletroterapia, que para serem usados devem ter a sensibilidade íntegra. Os principais são: L4 - Reflexo patelar S1 - Reflexo calcanear Além disso, avaliação postural, movimentos do tronco, estabilidade, palpação de sacroilíaca, palpação espinhal, flexibilidade de iliopsoas, quadríceps, tensor da fáscia lata e isquiotibiais, diástase e comprimento de MMII também devem ser realizados. Exame do assoalho pélvico - Integridade - Lesões - Cicatrizes - Vermelhidões - Inchaço - Simetrias - Palpação e localização quanto a sensibilidade, dor, edema, tensão, pontos gatilhos,músculos perineais e contração do assoalho pélvico* * Avaliação Força (escala de 0-5) Escala PERFECT A dor pélvica referida pode estar relacionada aos tecidos moles, nervosos e musculares, disfunções na coluna, quadril, problemas posturais, disfunção articular ou compressão nervosa. Obs: necessária a realização da avaliação postural. Além disso, também pode estar associada com espasmos musculares, síndrome do piriforme, síndrome do levantador do ânus, coccidinia, vulvodínia e vaginismo. A dor coccígea pode ser decorrente de lesões nos ligamentos pélvicos, e a dor retal, no períneo. Em seguida falaremos de cada uma delas. Sistema Músculo-Esquelético A dor pélvica pode ser referente a adesões endometriais ou nódulos em ligamentos pélvicos, pontos-gatilhos pélvicos, fibromialgia, adesões por cicatrizes abdominais ou perineais, relaxamento pélvico (perda de sustentação dos órgãos internos), fraturas pélvicas, infiltração de metástases ginecológicas ou crescimentos benigno, tensão do assoalho pélvico por vaginismo, mialgia e hipertonia, síndrome da vestibulite vulvar, disfunção do assoalho pélvico ou lesões sofridas por estrupro. DOR EM CICATRIZ DE EPISIOTOMIA* *(pequeno corte cirúrgico feito no períneo no parto, em caso de necessidade) - Tecido cicatricial - Musculatura do assoalho pélvico - Postura - Força abdominal - Cóccix - Musculatura do quadril/tronco O tratamento consiste em exercícios para o assoalho pélvico e uso de ultrassom e massagem cicatricial. DOR EM CICATRIZ ABDOMINAL - Postura - Amplitude de movimento espinal - Amplitude de movimento de extremidade inferior - Força - Musculatura do assoalho pélvico O tratamento se dá por exercícios terapêuticos de mobilidade, postura, massagem em cicatriz e técnicas miofasciais. HIPERTONIA/ESPASMO/TENSÃO DO ASSOALHO PÉLVICO - Postura - Área neurológica - Biofeedback - Exame Interno/palpação - Força abdominal - Pontos gatilhos - Força da extremidade inferior e ADM - Integridade articular - Estado emocional - Infecção/enfermidades Vaginismo - contração involuntária, dificultando/impedindo a penetração na relação sexual. O tratamento é a partir de exercícios terapêuticos, técnicas miofasciais, massagem de tecidos profundos, mobilização articular, alongamento, massagem por fricção, exercícios de relaxamento, educação postural, biofeedback, eletroterapia (TENS, Interferencial-NMES, corrente de pulso de alta voltagem), ultrassom ou agentes de calor/frio. SÍNDROME DO PIRIFORME É compressão do nervo ciático pelo músculo piriforme que causa dor na nádega irradiando para a perna. É comum a dispareunia, ou seja, relatos de dor durante o contato sexual. Tratamento: Alongamento e mobilização neural, liberação miofascial e correção postural. SÍNDROME DO LEVANTADOR DO ÂNUS (ou mialgia tensional do assoalho pélvico ou síndrome de dor vaginal relacionada com a relação sexual) Dor causada por espasmo no músculo ou irritação do nervo pudendo gerando sensibilidade na área coccígea e dor retal crônica. VULVODÍNIA ou VESTIBULITE VULVAR (dor crônica na região da vulva sem causa conhecida) Dor por queimação severa durante a dilatação vaginal. Associada com eritema vulvar,sensibilidade e hipersensibilidade do vestíbulo e dispareunia. A vulvodínia pode incluir uma variedade de sintomas com ou sem incontinência urinária, porém sempre com dor vulvar. Como tratamento podemos citar a descompressão do nervo pudendo. O diagnóstico diferencial parece ser a chave para o tratamentos das síndromes de dor do assoalho pélvico e área vulvar. Obs: A dor crônica da vestibulite vulvar deve ser diferenciada do processo inflamatório em resposta à infecção. ● Mulheres na faixa dos 20 anos: perfil típico de vestibulite vulvar. ● Mulheres entre 40 e 42 anos: associação entre distúrbios musculoesqueléticos e doença ginecológica. TRAUMAS (Fraturas, deslocamentos pélvicos ou coccidinia) Além da fratura, lesões como danos em tecidos moles ou sinfísiários, lesões no nervo ciático uretrais, edema vulvar, sangramento vaginal, contusões da bexiga ou ruptura também podem ocorrer. O tratamento da fratura inclui treino de marcha, exercícios de estabilização e mobilidade. OBSERVAÇÃO: Relaxamento pélvico: perda de sustentação dos órgãos pélvicos internos. Relaxamento fisiológico da cintura pélvica: afrouxamento normal dos ligamentos durante a gravidez, o que permite criar espaço para o feto e o útero. Relaxamento sintomático da cintura pélvica: instabilidade pélvica que segue a gravidez e que se resolve espontaneamente. Síndrome pélvica articular: dor que persiste nas articulações pélvicas por vários meses após a gestação. GESTAÇÃO E PARTO Durante o parto, a sínfise púbica ou as articulações sacroilíacas podem se romper e resultar em dor e neuropatia, assim recomenda-se tratamento conservador com uma faixa, dispositivos de auxílio para caminhar, treinamento da mobilidade e redução cirúrgica se os sintomas persistirem. Próximo ao parto, a dor pode ser devido ao estiramento dos ligamentos, aos efeitos hormonais, à fraqueza muscular ou ao peso do bebê. COCCIDÍNIA (dor no cóccix) Pode ocorrer devido a quedas, parto, má postura ao sentar, abuso sexual ou adesão em casos de histerectomia (remoção do útero) ou episiotomia. Os sintomas incluem dispareunia, dor nas regiões lombar, sacro ilíaca, coxofemoral, nádega ou virilha, dificuldade em permanecer sentado por longos períodos, hemorroidas, desequilíbrio muscular e dor crônica. O tratamento consiste na liberação muscular. FIBROMIALGIA Caracterizada por uma dor difusa a pelo menos 3 meses apresenta dor muscular e articular, fadiga, insônia, cefaleia, memória prejudicada, nervosismo, cãimbra, náusea, diarreia, constipação, gases etc. Outras situações HISTERECTOMIA (remoção do útero) Pode ser total ou parcial (apenas corpo uterino) em decorrência de câncer, sangramento intenso, fibroides (tumores benignos), infecções recorrentes incontroladas, endometriose, complicações do parto, prolapso de útero As condutas fisioterapêuticas envolvem treinamento de marcha, métodos de redução da dor (TENS, acupuntura, implante de estimulação elétrica), tratamento de cicatriz, massagem para reduzir distensão abdominal, treinamento respiratório profundo e posicionamento. CÂNCER Ovariano - tem como fator de risco a genética, remedio e >50 anos. Os sintomas são inchaço abdominal, sangramento abundante, indigestão intestinal, pressão retal e abdominal. Uterino - os fatores de risco são idade (55-70 anos), obesidade, menstruação precoce, menopausa tardia e reposição de estrógeno. Os sintomas são os sangramentos e a pressão pélvica aumentada. Colo de útero (cervical) - mulher >40 anos com sangramento ou corrimento anormal. Vulvar - mulheres >50 ou 40 anos com mamas volumosas e alterações nos mamilos e pele. ● Todos esses tipos de câncer podem alterar o equilíbrio pélvico das mulheres, levando a dor característica. É uma cirurgia de remoção da mama, comum em casos de câncer de mama. Existem diversos tipos de mastectomia, e a escolha delas varia conforme o tamanho, tempo e condição da paciente mediante à neoplasia. 1. Mastectomia simples 2. Mastectomia poupadora da pele 3. Mastectomia poupadora do mamilo (para tumor pequeno em estágio inicial e em região externa) 4. Mastectomia radical modificada -> remove os linfonodos axilares! 5. Mastectomia radical -> raramente realizada (remove até o músculo do peitoral) 6. Mastectomia dupla/bilateral -> cirurgia preventiva em caso de alto risco. O câncer de mama é a neoplasia de maior ocorrência entre as mulheres de países desenvolvidos e em desenvolvimento. O componente epitelial dos ductos mamários intralobulares, intralobulares e dúctulos terminais podem desenvolver alterações cancerosas. O Controle – prevenção (auto-exame), o diagnóstico médico precoce e a mamografia são de suma importância na detecção precoce e tratamento conservador e não mutilante, mas 70% são diagnosticados tardiamente. Ao crescer no interior da mama o carcinoma invade os linfonodos , e as células neoplásicas são impulsionadas através dos fenômenos de embolização (vasos) e permeação (penetra). - A disseminação por via linfática leva, geralmente, aos linfonodos axilares do mesmo lado da mama afetada, produzindo depósitos metastáticos. - A disseminação na corrente sanguínea geralmente ocorre em estado mais avançado, podendo as células neoplásicas implantar-se em diferentes locais do organismo, como ossos, pulmões, cérebro, fígado etc. PREVALÊNCIA: ● Judeus ● Mulheres com idade mais avançada ● Nulíparas (mulheres que nunca tiveram filhos) ● Mulheres com menarca antes dos 13 anos ● Mulheres obesas ● Mulheres com história de câncer mamário ● Mulheres com doença fibrocística (cistos ou nódulos nas mamas) ● Mulheres que utilizam anticoncepcionais orais do tipo associado O autoexame das mamas, o exame clínico das mamas e a mamografia são de suma importância para a detecção do diagnóstico. As campanhas de prevenção (Outubro Rosa) exercem papel fundamental para detecção precoce. Obs: Os lóbulos mamários são expostos a secreções variáveis de hormônios nos ciclos menstruais, então deve-se atentar a isso durante o autoexame para não confundir. O câncer de mama deve ser diferenciado da fibroadenose, displasia mamária cística, displasia mamária benigna ou doença fibrocística da mama. ♂Carcinoma Da Mama Masculina♂ A incidência é de 1% em relação às mulheres. Mais comum em homens >50 anos. Apesar de rara, seus números são crescentes e o prognóstico é pior (metástase frequente). O desenvolvimento da doença está relacionado aos hormônios masculinos, e os principais achados são a presença de nódulos indolor, retração, erosão ou ulceração mamilar ou ginecomastia (aumento mamário em homens). Comprometimentos no Pós-Operatório ● Dor ao nível da incisão O movimento do membro traciona a incisão. Além disso, a radioterapia, que na maioria das vezes está associada ao tratamento, retarda a cicatrização. ● Dor na região cervical e cintura escapular A proteção muscular reflexa (medo de toque, batida…) pode produzir dor e espasmo muscular, além disso, a sensibilidade fica alterada e há a diminuição da ADM do membro superior envolvido. ● Alteração da sensibilidade ● Alteração da força muscular São comuns movimentos compensatórios com trapézio superior e levantador da escápula; os movimentos ficam restritos. A força em garra também aparece diminuída, resultado do linfedema e rigidez secundária ● Queloides (cicatrização anormal) Podem desenvolver-se aderências teciduais na parede torácica com cicatriz restritiva no tecido subjacente à mama na parede torácica ou fibrose por radiação ou infecção da ferida. A cirurgia pode diminuir a ADM do ombro e causar alterações posturais. ● Linfedema -> complicação +temida! É o acúmulo de líquido (inchaço) em virtude da insuficiência do sistema linfático visto a remoção de linfonodos na cirurgia. - Na mastectomiapode haver a destruição do sistema linfático com dificuldade de regeneração, além da falta de comunicação linfovenosa causando assim o linfedema braquial pós mastectomia radical. Obs: A radioterapia pode aumentar ainda mais o inchaço do membro superior, além disso, devido a esclerose dos vasos pode levar também a formação de tecido cicatricial. O acúmulo de líquidos ́ podem acarretar no tensionamento da pele, rigidez e diminuição da ADM de todo membro superior, além da diminuição da funcionalidade, predisposição a infecções sistêmicas e alteração na auto-estima da paciente. Deve evitar a realização de esforços, movimentos repetitivos, aferir PA, administrar vacina ou injeção no membro lesionado, exposição ao sol, picada de insetos, usar relógios ou pulseiras apertadas, bem como esponjas de aço. Para tratamento do linfedema a fisioterapia é de suma relevância, podendo ser utilizada técnicas de drenagem linfática manual, massagem friccional na cicatriz, alongamento e fortalecimento muscular. - Elevação do membro em 30° ou 45° - Massagem (distal -> proximal) Ab�dagens terapêuticas Quando em cuidados paliativos, o objetivo é o alívio dos sintomas e manutenção da qualidade de vida. Quanto aos tratamentos, podemos ter cirurgias de remoção do tumor (quadrantectomia, quimorectomia, mastectomia), radioterapia (irradiação do tumor com raio-X), quimioterapia (medicamentos) e hormonioterapia (suplementação de hormônios). As sequelas da cirurgia podem ocorrer por diversos fatores, como: ● Ressecção do músculo peitoral maior ● Tensão da sutura por falta de pele ● Infecção ● Acúmulo líquido - Linfangite (inflamação de v.v linfáticos) ● Obstrução venosa ● Radioterapia ● Recidiva axilar (reaparecimento da doença) ● Início tardio da fisioterapia e desinformação Fisioterapia Objetivos: ● Controle da dor no PO ● Prevenir complicações pulmonares PO ● Prevenir ou tratar linfedema e alterações posturais ● Promover o relaxamento muscular ● Manter a ADM do membro superior acometido ● Manter ou aumentar a força no ombro envolvido ● Melhorar a tolerância aos exercícios e o senso de bem-estar ● Reduzir a fadiga ● Melhorar o aspecto e maleabilidade da cicatriz, prevenindo ou tratando as aderências Avaliação: ● Anamnese: identificação, data da cirurgia e tipo de cirurgia, presença de curativos compressivos, drenos aspirativos, medicações prescritas, condições da incisão cirúrgica, condições do membro homolateral à cirurgia, orientações recebidas de outros profissionais; ● Avaliação do membro envolvido; ● Intercorrências pós-operatórias; ● Patologias associadas; ● Exame físico: Perimetria CLASSIFICAÇÃO DO LINFEDEMA Primário: logo após a cirurgia. Secundário: meses ou anos após a cirurgia. Agudo: amenizado no período de descanso. Crônico: permanência maior que 3 meses acrescido de alterações na pele. QUANTO À SIGNIFICÂNCIA DO EDEMA: Leve: diferença entre 1 a 3 cm. Moderado: diferença entre 3 e 5 cm. Severo: diferença igual ou maior que 5 cm. Volumetria bilateral É a medida do segmento em volume -> imergindo o braço em recipiente com água, deve-se medir a quantidade de água extravasada comparativamente ao membro contralateral ou mesmo comparando-o a avaliações homolaterais posteriores. Linfedema moderado: 200 a 500 mL. Linfedema severo: superior a 500 mL. O programa de exercícios pode se iniciar no pós-operatório imediato, durante a internação, com ênfase para os exercícios respiratórios e de relaxamento. O membro afetado deve ser posicionado sobre uma cunha de espuma em abdução e flexão de aproximadamente 30°. 1° dia de P.O. - exercícios isométricos + drenagem 2° dia de P.O. - movimentação passiva em ADM disponível + automassagem. 3° dia de P.O. - exercícios ativos livres (evitar abdução e RE de ombro) O fortalecimento muscular pós cirurgia também deve ser enfatizado, podendo ser utilizado com elásticos, pezinhos etc. Obs: evitar carga excessiva! A mobilização da área ou segmento comprometido pelo ato cirúrgico deve iniciar-se mais cedo possível, visando minimizar os efeitos deletérios da imobilidade. A intensidade do alongamento deve ser suficiente para atingir a fase plástica sem promover lesões. O grau de alongamento deve ser sempre crescente, nunca ultrapassando o limite do paciente. Amassagem tem por objetivo diminuir o volume do edema, estimulando o trabalho dos capilares linfáticos, também promove o relaxamento e/ou diminuição da densidade do tecido conjuntivo, por isso, sua importância. - Pode ser associada a bandagens compressivas! Obs: lembrar de estimular os linfonodos, pois as partes que não foram atingidas pela cirurgia serão utilizadas para compensar o lado afetado. Além da drenagem linfática, a massagem também deve ser usada para o tratamento das aderências, por meio da fricção transversal e circular). Obs: O ultrassom é contra indicado pois pode promover metástase. A compressão pneumática é um recurso que auxilia a drenagem linfática, por meio de câmaras de ar com formatos diversos (luvas ou botas), conectadas a um sistema de compressão de ar. Ou seja, devemosmobilizar a cicatriz para redução de fibroses; realizar a drenagem linfática bandagem funcional ou enfaixamento compressivo para diminuição do inchaço e melhora do retorno venoso; exercícios de mobilização, alongamento e fortalecimento de membros superiores; orientações sobre a importância dos cuidados com a pele, técnica de auto drenagem e os exercícios. É a perda involuntária de urina. IU de esforço - perda de xixi durantes esforços como tossir, espirrar, saltar, agachar etc. IU de urgência - Perda involuntária de urina precedida ou acompanhada de urgência. IU mista - sintomas mistos de esforço e urgência. Para avaliação da incontinência é necessário saber detalhadamente sobre a história clínica da doença (“Quantas vezes vai ao banheiro à noite?” “Sente a bexiga vazia depois de urinar?”) e realizar um exame físico minucioso (palpação). Além disso, podem ser utilizados questionários específicos, diário miccional, teste do absorvente (pad test), exames de imagem ou exame urodinâmico. Tratamento O treinamento muscular do assoalho pélvico (TMAP) é o padrão-ouro da fisioterapia para tratar a IU. Este deve ser elaborado de acordo com a necessidade da paciente. Podem ser utilizados exercícios de contração e relaxamento por tempo de contração ou por contração-relaxamento, de forma rápida, lenta ou fracionada, associada a exercícios (ponte, Abs, tosse etc) ou não. Além disso podem ser utilizados os cones vaginais e a eletroestimulação. Existem diversos exercícios ativos que podem ser realizados em conjunto com a TMAP, como o isostretching, o pilates, a hidroterapia, a cinesioterapia com bola etc.