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Teoria Geral da Tutela de Urgência e Evidência

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Teoria Geral da Tutela de Urgência e Evidência
Inserir o discente no universo do processo cautelar, com suas especificidades, principalmente com a compreensão das tutelas de urgência e de evidência que refletem o entendimento atual do direito processual.
Introdução
O processo cautelar tem como característica garantir um direito que, face a emergencialidade, não poderia aguardar a um contraditório exauriente.
Neste sentido, passamos a admitir no ordenamento jurídico processual, a concessão de tutela cautelar, que busca o direito ainda que provisoriamente.
Tutela de Urgência
No decorrer dos anos, passamos a ter necessidade de um provimento jurisdicional mais efetivo, para tanto passamos a estudar as chamadas tutelas diferenciadas, as tutelas cautelares e a tutela antecipada.
Esse conjunto de provimentos jurisdicionais é que representa a tutela de urgência, isso porque eles representam a necessidade do provimento jurisdicional antes da decisão final, face a necessidade emergencial do requerente.
Assim quando tratamos da tutela de urgência, estamos nos referindo a todos os provimentos cuja pretensão é emergente.
As tutelas diferenciadas são aquelas constantes do artigo 461 e 461A do CPC, que admite que o juiz estabeleça multa para garantir o cumprimento do provimento jurisdicional concedido.
A tutela cautelar concedida a partir da comprovação do fumus boni iuris e do periculum in mora.
E a antecipação de tutela concedida levando-se em conta o risco do dano irreparável ou de difícil reparação e a prova inequívoca da verossimilhança.
Tutela de Evidência
Vem caracterizando as tutelar de urgência, pois agora afora a necessidade da emergencialidade, temos que ter uma quase certeza do direito do requerente.
Assim surge a tutela de evidência, caracterizada pela quase certeza do direito pleiteado.
A tutela de evidência se torna ainda mais real e efetiva, no Projeto do Código de Processo Civil, assim estaremos exigindo para as concessões de urgência uma quase certeza do direito do Autor, como já ocorre nas hipóteses de antecipação de tutela.
Princípios gerais e Características da tutela cautelar.
Inserir o discente no universo do processo cautelar, com suas especificidades, principalmente com a compreensão dos princípios do processo cautelar, bem como das características da tutela cautelar.
Introdução
O processo cautelar assim como o processo de conhecimento, se instrumentaliza com respeito aos princípios processuais constitucionais e infraconstitucionais, de maneira que os mesmos também estarão presentes, ainda que de forma diferenciada no processo cautelar.
Temos também que observar as características especifica desse procedimento.
Princípios
No processo cautelar, assim como nos processos de conhecimento, devem ser respeitados os princípios processuais constitucionais e infraconstitucionais.
Neste sentido merece desta os princípios, a saber:
Contraditório: Previsto no artigo 5º, inciso LV da Constituição Federal, prevê claramente a dialética estabelecida no processo.
No processo cautelar, a possibilidade da concessão de liminar independentemente de oitiva do réu. A concessão inaldita altera parte não fere o contraditório, apenas o atenua inicialmente, sendo o contraditório postergado para a fase posterior.
Fungibilidade: Prevista expressamente no artigo 805 que diz:
A medida cautelar poderá ser substituída, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, pela prestação de caução ou outra garantia menos gravosa para o requerido, sempre que adequada e suficiente para evitar a lesão ou repará-la integralmente.
Notemos que o juiz poderá fazer essa troca, independentemente, de requerimento das partes.
Características do procedimento cautelar
O procedimento cautelar de forma genérica, visa garantir o direito que será questionado no processo principal, mas que depende de ser assegurado pela cautelar.
Neste sentido o processo cautelar se caracteriza pela:
Procedimento cautelar geral, Poder geral de cautela e cautelares inominadas.
Analisar o procedimento cautelar e o princípio do poder geral de cautela, relacionando como as cautelares não nominadas no Código de Processo Civil.
Introdução
O processo cautelar esta inserido a partir do artigo 796 do Código de Processo Civil, assim asseguramos provimentos jurisdicionais emergenciais, para garantia do próprio direito material.
Neste sentido o próprio legislador, no Código de Processo Civil, em seu artigo 798, asseverou a possibilidade do juiz, ordenar medidas cautelares com o objetivo de garantir o próprio provimento jurisdicional pleiteado. É o chamado poder geral de cautela, que diz:
Art. 798. Além dos procedimentos cautelares específicos, que este Código regula no Capítulo II deste Livro, poderá o juiz determinar as medidas provisórias que julgar adequadas, quando houver fundado receio de que uma parte, antes do julgamento da lide, cause ao direito da outra lesão grave e de difícil reparação.
“O poder geral de cautela atribuído ao juiz corresponde o direito de as partes requererem ao juiz medidas de urgência previstas ou não em nosso ordenamento jurídico.” (Gonçalves.2012.p. 252)
O processo cautelar, tem o cumprimento de todos os principios inerentes as processo civil, sendo certo que, nele a concessão da liminar, algumas vezes, sem a oitiva da parte contraria, transfere o contraditório e a ampla defesa para o momento futuro.
Poder Geral de Cautela
Inserido nos artigos 798 e 799 do Código de Processo Civil, o poder geral de cautela do juiz, assegura ao juiz um poder abstrato e absoluto em aberto.Nos dizeres de Marcus Vinicius Rios Gonçalves,
No poder geral conferido ao juiz, assegura, de maneira genérica que qualquer medida cautelar possa ser requerida, independentemente, da mesma ter expressa previsão legal.
É do poder geral de cautela, que asseguramos as partes o direito as cautelares inominadas ou atípicas.
Cautelares inominadas ou atípicas.
O Código de Processo Civil no Livro III – Cautelares, Titulo Unico – Medidas Cautelares, no Capítulo II – Dos procedimentos cautelares especificos, estabelece um rol de medidas cautelares, que, entretanto, não exaurem todas as possibilidade de medidas cautelares.
É nesse sentido que temos as cautelares inominadas ou atípicas, pois essas não estão previstas na legislação, expressamente.
Desta maneira passamos ao julgador um poder ilimitado, de normas em branco, com poder para que ele conceda a medida que entender necessária para evitar um dano provocado ou ameaçado, à parte.
Procedimentos cautelares específicos: arresto, sequestro; arrolamento de bens.
Apresentar ao discente as cautelares nominadas, arresto; sequestro e arrolamento de bens, especificando as diferenças e semelhanças entre elas.
Introdução
As cautelares nominadas aqui apresentadas possuem como característica comum, o fato de serem constritivas, ou seja, elas restringem um direito do réu.
Exatamente por essa peculiaridade, é necessario que nessas cautelares, se cumpra o disposto no artigo 806 do Código de Processo Civil, ou seja, que se interponha a ação principal no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da efetivação da demanda.
O prazo estabelecido no artigo 806 do CPC é decadencial, portanto não poderá ser postergado, caso caia em um final de semana, por exemplo.
Arresto
O arresto cautelar tem como objetivo salvaguardar o patrimônio sempre que o devedor não possuir um domicílio certo; ou tendo domicílio certo tenta se ausentar furtivamente, ou ainda, quando está se tornando insolvente.
Outra possibilidade para o cabimento da ação cautelar de arresto seria nas hipóteses em que o devdor, que possue bens de raiz, tenta aliená-los.
No arresto há necessidade da prova literal da dívida, bem como a prova de que o devedor vai se ausentar ou dilapidar o seu patrimônio.
No processo cautelar de arresto o juiz pode conceder a medida cautelar sem ouvir a parte contraria, inclusive, em havendo necessidade a oitiva de testemunhas, essa poderá ser ouvida em segredo, sendo o depoimentoreduzido a termo nos autos..
A concessão do arresto cautelar pode ser atrelada a prestação de caução, sendo esta dispensável quando requerida pela União, Estado ou Municipio.
O réu ao tomar ciencia de medida cautelar poderá pagar ou depositar em juízo, hipótese em que a ação cautelar será suspensa.
A extinção do processo cautelar se dará, nos termos do artigo 820 do Código de Processo Civil, quando houver o pagamento; a novação ou a transação.
Sequestro
A ação cautelar de sequestro é cabível sempre que houver disputa sobre bens móveis ou imóveis, e houver risco de danos; os frutos e rendimentos do imóvel; dos bens do casal, quando um dos conjuges estiver dilapidando.
Nas hipóteses retro o juiz nomeará um depositário que ficará responsável pelos bens sequestrados.
 
Arrolamento de bens
A ação cautelar de arrolamento de bens é cabível quando há fundado receio de extravio ou dissipação dos bens.
Neste caso, ao se requerer o arrolamento na inicial se esclarecerá os seus direitos sobre os bens, bem como o fundado receio de que haverá extravio do bem.
O juiz poderá requer uma audiência de justificativa, sendo certo que, na hipótese de ordenar o arrolamento, se nomeará um depositário que lavrará um auto, descrevendo todos os bens de maniero minuciosa.
 
Procedimentos Cautelares Específicos: Exibição, Produção Antecipada de Provas, Justificação.
Apresentar ao discente as cautelares nominadas, de exibição, de produção antecipada de provas e justificação, como as caracteristicas especifica desse procedimento.
Introdução
Os três procedimentos cautelares especificos a ser aqui estudado, têm uma caracteristica importante, por se tratarem de procedimentos cautelares que não posssuem caráter constritivo, inclusive podendo as mesmas ser vistas como procedimentos de jurisdição voluntária.
Cautelar de exibição
Cautelar inserta nos artigos 844 e 845 do CPC. Trata-se de um procedimento preparatório, onde o requerente busca ver o documento ou coisa, para assim assegurar-se da prova, não a produzindo.
A cautelar de exibição pode ser inicial (e às vezes satisfativa), bem como incidental. Na hipótese de ser incidental a cautelar de exibição obedecerá as regras constantes na produção probatória do processo de conhecimento.
Já a cautelar de exibição preparatoria, o que se busca é ver a coisa, sendo que a simples verificação poderá ser suficiente para satisfazer o interesse do Autor.
Produção antecipada de provas
Presente no artigo 846 até o 851 do Còdigo de Processo Civil se pretende que a prova que possa perecer, seja produzida, para garantir o ônus probtório. Essa cautelar poderá ser preparatória ou incidental
A prova a ser produzida poderá consistir no interrogatório da parte, inquirição de testemunhas e exames periciais.
No tocante a oitiva de testemunhas a mesma pode se necessitar sempre que a mesma tiver que se ausentar ou se por doença ou idade, houver receio que a mesma não possa mas depor.
Nesta ação o Autor, na inicial, justificará o motivo de necessitar a produção da prova, ou ainda, em se tratando de exame pericial, se houver receio de se tornar impossível a verificação dos fatos.
Em se tratando de perícia obedecerá as regras estabelecidas para a perícia no processo de conhecimento.
Justificação
A cautelar de justificação, inserta no Código de Processo Civil, nos artigo 861 até 866, é cabível sempre que a parte pretende justificar a existência de algum fato ou relação jurídica.
Essa cautelar, cuja petição constará os dados detalhados da pretenção, tem o objetivo de documentar o direito da parte.
Haverá a citação do interessado, mas o procedimento não admitira defesa ou recurso, sendo que no final do procedimento o juiz sentenciará o feito que será retirado do cartório independentemente de traslado, no prazo de 48 horas.
Procedimentos cautelares específicos: busca e apreensão.
Inteirar o discente dos procedimentos típicos, notadamente da busca e apreensão
1. Introdução
Nos procedimentos cautelares típicos ou nominados, temos a busca e apreensão, cujo entendimento é mais complexo, visto que se distingue do sequestro, porque este visa acautelar a coisa litigiosa, e do arresto que visa assegurar a efetividade da garantia.
Na busca e apreensão, que pode ser retirar alguma coisa ou alguém de onde esteja, sendo que, poderá, em determinadas circunstâncias possuem o caráter satisfativa, não necessitando de uma medida principal.
Esta medida cautelar está inserida no Código de Processo Civil, nos artigos 839 até 843.
2. Busca e apreensão
A ação de busca e apreensão visa primeiramente buscar a coisa e depois apreender.
Essa cautelar pode ser preparatória, incidental ou satisfativa.ela consiste em apreender as coisas ou as pessoas, sendo pois uma cautelar passível de ser utilizada nos processos de família. Assim a busca e apreensão de pessoas é ordenada pelo juiz, que por mandado determinará que a pessoa seja retirada do local onde a requerente declinou para que a mesma seria encontrada.
A busca e apreensão de pessoa é muito comum no direito de família.
3. Procedimento da busca e apreensão
O procedimento previsto nos artigos 839 até o 843 do CPC se refere exclusivamente ao processo cautelar de busca e apreensão.
O artigo 839 do Código de Processo Civil elenca a possibilidade da busca e apreensão, de pessoas ou coisas, ou seja,in verbis:
Art. 839. O juiz pode decretar a busca e apreensão de pessoas ou de coisas.
No ensinamento de Humberto Theodoro, vemos que:
O juiz pode decretar a busca e apreensão de pessoas ou de coisas.
“No primeiro caso, diz-se que a medida é pessoal e no último, real.Pela própria natureza da medida – buscar e apreender – só as coisas móveis se compreendem em seu alcance.Com relação às pessoas, somente tendem ser objeto de busca e apreensão civil os incapazes (menores e interditos), porque só estes se sujeitam à guarda e poder de outros. 
(Theodoro:2006.p.578)
Nas hipóteses da busca e apreensão ser satisfativa, ela independerá de procedimento estabelecido em lei.
Procedimentos cautelares específicos: protesto
Demonstrar ao discente a importância do procedimento cautelar que visa assegurar aquele que não nasceu os direitos sucessórios.
1. Introdução
Estes procedimentos cautelares de natureza não constritiva, se caracterizam como sendo procedimentos de jurisdição voluntária, ou seja, onde não teremos um processo, mas um procedimento, requerido pela parte e sem conflito.
O Codigo de Processo Civil trata da matéria nos artigos 867 até o 873.
A cautelar de protesto é o genero, que tem a notificação e a interpelação como espécies.
Nessas cautelares não há aplicação  necessidade da interposição do processo principal no prazo de 30 dias, por não se tratar de medida constritiva de direito.
Outra característica comum e peculiar a esses procedimentos, diz respeito a retirada dos autos ao final do procedimento.
2. Protesto, Notificação e Interpelação.
Como já dissemos o protesto é o ato judicial em que se busca o comprovante de uma intenção do requerente.
A notificação e a interpelação são espécies dessa atividade processual que pretende conservar o direito.
Na notificação você busca caracterizar o fim de uma relação jurídica, ou a vontade de uma das partes de não dar contitnuidade na relação. Ê exemplo o locador que notifica o locatário da sua intenção de retomar o imóvel.
Já na interpelação o credor informa ao devedor que o não cumprimento da obrigação, incorrerá o devedor em mora.
3. Cabimento
O artigo 867 do CPC estabelece que todo aquele que desejar prevenir responsabilidade, prover a conservação e ressalva de seus direitos ou manifestar qualquer intenção de modo formal, poderá fazer por escrito o seu protesto, em petição dirigida ao juiz, e requerer que do mesmo se intime a quem de direito.
É certo porém que para a interposição das cautelares de protesto, notificação e interpelação, é necessário o legitimo interesse bem como o fato da medida não ser ofensiva. (Theodoro:2006.p.622)
O artigo 869 do CPC, concede ao juiz a possibilidadede indeferir a medida judicial se não houver a demonstração do legítimo interesse.
Procedimentos cautelares específicos: Posse em nome do nascituro. Alimentos provisionais
Demonstrar ao discente a importância dos procedimentos cautelares que visam assegurar direitos advindos de relações familiares.
Introdução
Os procedimentos cautelares aqui estudados, visam garantir direitos aos enfantes. Abordaremos primeiramente os alimentos, que em geral é do filho, mas poderia ser dos pais, pois o direito se obtem pela consaguinedade ou pelo casamento.
Já a posse em nome do nascituro é assecuratório do direito material. Neste sentido o artigo 2º do Código Civil, assevera:
A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
Assim na esfera da eficácia da personalidade, o não nascido não é passível de personalidade civil, mas terá direitos civis salvaguardados desde a concepção, até o seu nascimento com vida.
Alimentos provisionais
O Código de Processo Civil trata da matéria nos artigos 852 até 854, trata dos alimentos provisionais, que são obtidos a partir de uma medida cautelar que poderá ser preparatória ou incidental, as ações de divórcio, separação, alimentos e investigação de paternidade.
Cumpre-nos esclarecer que os alimentos provisórios são específicos da Lei nº 5.478 de 1968, conhecida como Lei de Alimentos.
Ainda que ambas tenha como objetivo prover o sustento, os alimentos provisórios tem natureza executiva, diferente dos provisionais que tem natureza cautelar. (Lacerda: 2002.p. 258).
Na ação a petição inicial quantificara a necessidade do requerente, sempre levando-se em conta a possibilidade da concessão do requerido.
A concessão da liminar inaudita altera pars, acaba sendo possível, face o critério de necessidade e subsistência do Autor.
Posse em nome do nascituro
A posse em nome do nascituro, é o procedimento cautelar, de natureza satisfativa, classificado como procedimento de jurisdição voluntária, pois a finalidade do mesmo é exclusivamente declarar o estado de gravidez, e portanto assegurar o patrimonio daquele que ainda não nasceu.
Nos artigos 877 e 878 do Código de Processo Civil, destamos a possibilidade de ajuizamento da medida para salvaguarda dos bens do nascituro, bem como a curatela deste.
Na medida processual, a mulher grávida, buscará a comprovação da sua gestação, requerendo a oitiva do representante do Ministério Público, que ordenará que a mesma seja examinada por um médico.
O foro competente será o do domicílio do alimentado e, estando à ação principal no Tribunal, ainda assim a ação será interposta na primeira instância.,
A dispensa do exame ocorrerá sempre que os herdeiros do falecido, concordarem com a declaração de gravidez.
A legitimidade para a ação é da mãe, que requererá a constatação de sua gravidez. Na eventualidade da mãe, estar destituída do poder familiar, o juiz poderá nomear um curador para o nascituro. Todavia caso a mesma esteja interditada, o seu curador também ficará responsável pelo nascituro.
Procedimentos cautelares específicos: atentado.
Demonstrar ao discente a importância do procedimento cautelar que visa o patrimônio subjudice.
Introdução
O procedimento cautelar, visa garantir a integridade do bem que esteja penhorado, arrestado, sequestrado, embargado, ou seja, constrito em outra medida judicial.
A ação cautelar de atentado tem como característica ser uma cautelar incidental, pois sempre ensejará uma ação onde o bem a ser protegido se acha constrito.
Atentado
A ação cautelar de atentado está prevista o Código de Processo Civil no artigo 879 até o artigo 881.
Galeno Lacerda define atentado como sendo
"a inovação ilegal, positiva ou omissa, na situação juridica ou fatica da lide, causado por uma parte em prejuízo da outra, no curso do processo." 
(Lacerda:2002.p.383)
Do conceito se pode concluir que estamos tratando de uma cautelar cuja característica principal e ser incidental, pois a protecão será do bem já constrito em outro provimento jurisdicional.
Essa ação cuja natureza cautelar é questionada pela doutrina, mas defendida no entendimento de Humberto Theodoro, para quem a ação de atentado é uma cautelar, e não uma medida satisfativa que fara coisa julgada material. (Theodoro: 2006.p. 639)
Cabimento
O pedido da ação de atentado se funda em uma modificação de natureza ilegal, em um bem já pendente de um provimento judicial, em que se pretende o retorno do bem ao status quo ante.
Assim é necessário que na petição inicial tenha os requisitos gerais constantes no artigo 801 do CPC, ou seja, a autoridade judiciária, a que for dirigida; o nome, o estado civil, a profissão e a residência do requerente e do requerido; a lide e seu fundamento; a exposição sumária do direito ameaçado e o receio da lesão; as provas que serão produzidas. Não se exigirá o requisito do no III senão quando a medida cautelar for requerida em procedimento preparatório.
Os requisitos da petição inicial são importantes, porque na sentença, o juiz, ordenará a restituição do estado da coisa.
Procedimentos cautelares específicos: medidas provisionais.
Demonstrar ao discente a importância dos procedimentos cautelares que visam assegurar direitos advindos de relações familiares.
Introdução
O artigo 888 do Código de Processo Civil trata de um rol de oito procedimentos cautelares que, em sua maioria estão no âmbito do direito de família e, nas diversas vertentes que o tema exige de procedimento emergenciais.
Procedimento
As medidas cautelares constantes do artigo 888 do Código de Processo Civil, têm como caracteristica comum a necessidade de que a petição inicial, a autoridade judiciária, a que for dirigida; o nome, o estado civil, a profissão e a residência do requerente e do requerido; a lide e seu fundamento; a exposição sumária do direito ameaçado e o receio da lesão e as provas que serão produzidas.
A contestação deverá ocorrer no prazo de 5 (cinco) dias, sendo que na hipótese de não haver resposta, se operará os efeitos da revelia.
Claro que, para algumas da medidas a doutrina entendem que a mesma tem caráter satisfativo, não necessitando de ação principal. Ao contrário em outra, a cautelar terá condão de medida acautelatória preparátoria ou incidental.
Medidas provisionais
No artigo 888 do Código de Processo Civil, teremos oito procedimentos cujo cabimento se dão em situações diversas e específicas, a saber:
 Obras de conservação em coisa litigiosa ou judicialmente apreendida.Está cautelar é cabível sempre que houver necessidade um objeto conservar a coisa que se acha subjudice.
Ou nos dizeres de Humberto Theodoro, do bem que é obejto da lide nas ações reais ou reipersecutórias, como também da coisa judicialmente apreendida, que poe não se litigiosa, como se dá no arresto, na penhora, na arrecadação, etc. (Theodoro: 2002.p. 418)
O legitimado ativo para a demanda será o depositário, que terá que requerer as benfeitorias consideradas necessárias.
Entrega de bens de uso pessoal do cônjuge e dos filhos.Esta ação tem sua natureza cautelar discutida, posto que, nesta medida não há, necessariamente, necessidade de que exista uma ação principal, seja de divórcio ou de separação.
Dai o entendimento de Pontes de Miranda (Miranda: 1976.p. 457), em asseverar que essa medida nos dizeres do inciso II do artigo 888 do CPC, é cautelar. Mas quando tratamos da posse ou propriedade da coisa, ai, estariamos diante de uma medida satisfativa, pois não haverá constrição.
Nesta ação, autorizado o procedimento, um oficial de justiça, retirará do local determinado os bens que pertencem ao requerente, como por exemplo, roupas, computadores, jóias, documentos, etc.
Posse provisória dos filhos, nos casos de separação judicial ou anulação de casamento.
Nesta medida cautelar um dos conjuges busca exercer o poder familiar, provisóriamente, enquanto pendente a decisão final sobre o exercício do poder familiar.
Afastamento do menor autorizado a contrair casamento contra a vontadedos pais.
Nas hipóteses em que os pais não autorizam o casamento dos filhos menores, estes, mesmo antes de ajuizarem o pedido de supressão de autorização, podem requerer ao juiz que os autorizem a sair da casa de seus genitores.
Depósito de menores ou incapazes castigados imoderadamente por seus pais, tutores ou curadores, ou por eles induzidos à prática de atos contrários à lei ou à moral.
Esta cautelar tem respaldo no Estatuto das Crianças e do Adolecentes, onde se pretende tirar o filho daquele que está com o poder familiar, mas que a castiga imoderadamente ou então lhe utiliza para a pratica de crimes.
Afastamento temporário de um dos cônjuges da morada do casal.Esta cautelar ficou conhecida como separação de corpus. Nela o conjugê que sente que não pode mais conviver com o outro e, diante um receio real e fundado, solicita ao juiz autorizaçao para deixar o lar.
Não podemos esquecer que a coabitação é uma das obrigações do casamento, e, portanto para que deixe o lar, sem ser punido com o abandono, interpõe a medida cautelar que lhe autorizará a saída.
Na ação de separação de corpus é necessário que o conjuge ao requerer a medida demonstre a inviabilidade da vida em comum do casal.
Guarda e a educação dos filhos, regulado o direito de visita que, no interesse da criança ou do adolescente, pode, a critério do juiz, ser extensivo a cada um dos avós.
Nesta cautelar o que se busca é que se defina judicialmente a guarda do filho menor, bem como se determine os dias em que o conjuge que, não detiver o poder familiar, poderá ver e conviver com seu filho.
Não podemos esquecer que a convivência com os pais, é um direito do menor, dai podermos exigir indenização do pai que deixa de visitá-lo.
Notemos que o artigo foi alterado e, passamos a estender aos avós o direito de visita e até da guarda.
Interdição ou a demolição de prédio para resguardar a saúde, a segurança ou outro interesse público.
Na hipótese em que um prédio ponha em risco a integridade dos vizinhos ou mesmos traseuntes do local é, possível o ajuzamento dessa medida cautelar.
Procedimento de Consignação em Pagamento
Demonstrar ao discente a o cabimento deste procedimento especial
Introdução
A ação de consignação em pagamento é, segundo Pontes de Miranda, uma ação declarativa especial. Nela se busca a judicialização da obrigação, ou porque houve recusa no recebimento ou quando o devedor não sabe a quem pagar.
O Código de Processo Civil trata da matéria do artigo 890 até o artigo 900, que estabelece que se o pagamento se referir a prestações periódicas, deverá o autor depositar as parcelas em até 5 (cinco) dias após o vencimento da parcela.
Legitimidade
Na açao consignatória os legitimados são os mesmos que tem o dever de efetuar o pagamento.
Procedimento administrativo
Na hipótese da obrigação ser em dinheiro, o devedor pode consginar o pagamento em uma Agência Bancária, que receberá o depósito e, por carta, informará o credor, dando-lhe o prazo de 10 dias para manifestação.
Ao final do prazo caso não haja recusa expressa o crédito estará cumprido. Na hipótese de recusa por parte do credor, o devedor no ajuizamento da ação poderá se valer da quantia depositada.
Procedimento da ação de consignação em pagamento
A petição inicial da ação de consignação em pagamento deverá ter o pedido de depósito da quantia ou da coisa devida, a ser efetivado no prazo de 5 (cinco) dias contados do deferimento, isso se o mesmo já não foi feito no procedimento administrativo.
Deverá também a inicial, conter o pedido para o réu levantar o depósito, ou então responder aos termos da inicial.
Citado o réu o mesmo poderá contestar a ação, fincando a mesma condicionada a alegar que não houve recusa ou mora em receber a quantia ou coisa devida; foi justa a recusa; o depósito não se efetuou no prazo ou no lugar do pagamento; o depósito não é integral. Caso o réu não apresente contestação, se dará a revelia e seus efeitos, declarando-se extinta a obrigação, com acrescimento da verba honorária.
Caso o réu conteste o valor depositado, se concedera o prazo de 10 dias para que o réu complemente o pagamento.
Na hipótese da consignação ocorrer porque há duvida quanto ao credor, caso ninguem apareça o depósito se tornará arrecadação de bens de ausentes; se aparecer apenas um, o juiz decidirá de plano, havendo mais de um, o juiz extinguirá a obrigação quanto ao devedor e a ação continuará apenas para os credores.
Competência
A competência da ação de consignação em pagamento levará em conta o local aonde a obrigação deveria ser cumprida.
Assim se a obrigação for quesível o foro competente será o do domicilio do autor (devedor); se for portable o foro será o do domicilio do réu (credor).
Se, todavia, a consignatória se fundar em contrato, deverá se respeitar o foro de eleição.
Procedimento de depósito
Demonstrar ao discente o cabimento deste procedimento do depósito.
Introdução
A ação de depósito tem, segundo a Pontes de Miranda, natureza jurídica executória, pois contem três técnicas executivas, a saber: (Pontes de Miranda: 1977.p.63):
a) restituir a coisa;
b) depositar em juízo, e;
c) a constrição psicológica que é a prisão.
O ítem “C” não é mais possível hoje, pois com a publicação da Súmula Vinculante nº 25 passou a não admitir a prisão do depositário infiel.
É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito.
No Código de Processo Civil ele está prevista nos artigo 901 até 906. A matéria, porém, também é objeto de direito material, estando contido nos artigos 627 até 652 Código Civil..Na ação de depósito o que se pretende é a restituição da coisa depositada.
Legitimados
A legitimidade ativa é atribuida ao depositante; seus herdeiros e sucessores; se divisível a coisa, o pretendente quanto a sua parte.
Já a legitimidade passiva é conferida ao depositário; os herdeiros e sucessores do depositário.
Procedimento
Ajuizada a demanda a petição inicial conterá todos os requisitos do artigo 282 do CPC, bem como deverá ser instruída com a prova literal do depósito e a estimativa do valor da coisa, se não constar do contrato.
O autor requererá ainda a citação do réu para, no prazo de 5 (cinco) dias entregar a coisa, depositá-la em juízo ou consignar-lhe o equivalente em dinheiro; ou ainda, contestar a ação.
Na hipótese de contestação o procedimento seguirá o rito ordinário.
Procedimento de prestação de contas.
Demonstrar ao discente o cabimento deste procedimento especial, bem como demonstrar suas especificidades.
1. Introdução
Na ação de prestação de contas aquele que pretende que determinada conta seja apresentada ou ainda aquele que tem a obrigação decide ofertá-la. Nota-se que esta é ,claramente, uma ação de caráter duplice.
Assim os legitimados ativos e passivos serão aqueles que têm a obrigação de prestar a conta, e aquele que tem o direito de pedir. Esse direito vem atrelado à relação juridica material que estabelece quem terá a obrigação.
2. Legitimidade
Segundo Antonio Carlos Marcato:
"Estão legitimados para a ação, ativa e passivamente, respectivamente, aquele que tem o direito de exigir a prestação de contas (titular do interesse, bem ou negócio) e o obrigado a prestá-las (adminsitrador ou gestor)" (Marcato: 2004.p.151).
3. Procedimento da ação de exigir contas.
Interposta a ação de exigir conta, no foro do domicilio em que a prestação deveria ser prestada, citado o Réu para a apresentação em 5 (cinco) dias, na hipótese da apresentação, o autor deverá se manifestar sobre ela em outros 5 (cinco) dias, devendo o juiz, caso entenda necessário à produção de provas, designar audiência, ou ainda dispensadas a dilação probatória, julgar o feito antecipadamente.
Na hipótese do réu permanecer revel, o juiz sentenciará o feito, determinando a prestação em 48 horas, sob pena de não poder impugnar as contas apresentadas pelo autor, que o fará em 10 dias.
Apresentada a conta pelo autor, ao juiz será facultado, caso entenda necessário, determinar a realização de períciacontábil.
Na hipótese do réu revel, lhe sendo concedido 48 horas para apresentação das contas, se ele apresentá-la o procedimento previsto para a apresentação das contas quando da citação (art. 915, § 1º do CPC).
Na hipotese do réu contestar a ação de prestação de contas, caso a sentença seja de procedência, o juiz ordenará que apresente as contas no prazo de 48 horas, sob pena de não poder impugnar as contas que serão apresentadas pelo autor.
4. Procedimento da ação de dar contas
Segundo Maria Cristina Zainaghi:
Quando ação for interposta pelo administrador ou gestor, este requererá a citação do réu, para que no prazo de 5 dias aceite as contas apresentadas, ou conteste a ação.Havendo a contestação ou impugnação das contas, o juiz, se entender necessário designará audiência, para a instrução e julgamento.Se o réu não contestar ou aceitar as contas, o juiz sentenciará o feito em 10 dias.
Procedimento das possessórias. Procedimento de nunciação de obra nova.
Apresentar ao discente os procedimentos especiais, bastante usuais e de grande importância, demonstrando-lhes as especificidades dos procedimentos.
1. Introdução
Nesta aula estudaremos os procedimentos relativos as ações possessórias, para tanto estabelecendo o regramento para as questões possessórias, considerando a as ameaças, as turbações e os esbulhos.
O Código Civil trata da matéria nos artigo 1196 até o 1203, lá temos a definição da posse como sendo possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.
2. Possessória
Artigos 920 e seguintes do CPC 
O Código de Processo Civil estabeleceu regras gerais para as ações possessórias, inclusive admitindo a fungibilidade entre as ações especificas.
Assim admitisse a fungibilidade entre a ação de reintegração de posse; ação de manutenção de posse.
Assim afora a possibilidade da fungibilidade, as ações possessórias tem caráter dúplice e admitem no procedimento a concessão de liminar, sempre que a posse ser denominada de posse nova.
 
2.1. Competência
A ação possessória terá como foro competente o da situação do imóvel, nos termos do disposto no art. 95 do Código de Processo Civil.
 
2.2. Legitimidade
Quanto às partes legitimadas para a interposição da ação a legitimidade ativa é do possuidor e a legitimidade passiva é daquele que praticou o esbulho, a turbação e a ameaça.
 
2.3. Procedimento
2.3.1. Reintegração e Manutenção de Posse
Ao ajuizar a demanda o autor deverá provar a sua posse, a turbação ou o esbulho e ainda na hipótese de reintegração, provara a perda da posse; na hipótese de manutenção, a posse ainda que turbada.
Ao receber a petição inicial o juiz deferirá a liminar, inaudita altera parte. Poderá também determinar a realização de audiência de justificativa, citando-se, nesta hipótese o réu para comparecer a audiência.
Na hipótese de audiência o juiz verificará se é o caso de concessão de liminar, hipótese em que a deferirá.
Na hipótese de audiência de justificativa, o prazo para contestar começará a partir da intimação do despacho de concessão ou não.
Na sequência se aplicará o procedimento ordinário.
 
2.3.2. Interdito Proibitório
O procedimento do interdito será o mesmo que das ações de reintegração ou de manutenção de posse.
A ação de interdito proibitório é cabível sempre que o possuidor direito ou indireto, que, face ao receio de ser molestado em sua posse, solicitar medida que impeça a turbação ou mesmo o esbulho.
3. Ação de nunciação de obra nova
Artigo 934 até 940: 
A ação de nunciação de obra nova, é considerada, atualmente, tutela inibitória, visto que a mesma pretende que se evite abusos no direito de construir, principalmente com prejuízo de terceiros.
 
3.1. Legitimidade
A legitimidade ativa é assegurada ao proprietário ou possuidor; ao condômino e ao Município.
Na legitimidade passiva a legitimidade é conferida ao dono da obra, bem como a pessoa jurídica, quer publica quer privada.
 
3.2. Procedimento
Na tentativa de se evitar o prejuízo da parte, face a obra de seu vizinho, lhe é possível, face a urgência, interpor embargo extrajudicial, notificando, verbalmente, o proprietário ou o construtor, para que não continue com a obra. Nesta hipótese o embargante estará acompanhado de duas testemunhas. Nesta hipótese, se requererá a ratificação judicial da medida, no prazo de 3 dias.
Judicialmente a ação de nunciação de obra nova conterá os requisitos do artigo 282 do CPC, devendo o Autor requerer a suspensão da obra, e reconstrução ou demolição conforme a hipótese. Cumulará pena para o caso de descumprimento e também, perdas e danos.
Também nesta ação a liminar poderá se dar de imediato ou, após justificação prévia.Concedendo-se a liminar, o oficial de justiça, lavrará auto circunstanciado, devendo o réu contestar em 5 (cinco) dias, sob pena de revelia.
O nunciado poderá, a qualquer momento, continuar a obra, desde que caucione e demonstre o seu prejuízo pela paralização.
Embargos de Terceiro
Apresentar ao discente o procedimento especial, denominado de embargos de terceiro, para que o mesmo se familiarize com essa defesa de terceiro no processo.
1. Introdução
A ação de embargos de terceiro é preponderantemente mandamental – negativa, pois pleitea-se que tenha fim a eficácia do mandado constritiva (Pontes de Miranda: 1976. p.185).
Ela está inserta no Código de Processo Civil dos artigos 1046 até 1054, sendo cabível nas hipóteses em que o terceiro sofre turbação ou esbulho na posse de seus bens por ato de apreensão judicial.
Assim em casos como o de penhora, depósito, arresto, sequestro, alienação judicial, arrecadação, arrolamento, inventário, partilha, poderá, o terceiro, requerer Ihe sejam manutenidos ou restituídos o bem constrito, por meio de embargos.
2. Legitimados
A legitimidade ativa é conferida ao terceiro, assim considerado nos dizeres de Pontes de Miranda, aquele que está alheio ao processo ainda que legitimado na relação de direito material, não foi citado e nem compareceu a mesma, mas foi incluído na sentença; ou o que foi citado, mas a citação é nula, ou o que nem foi citado, nem compareceu e nem foi incluído na sentença (Pontes de Miranda: 1976. p. 204).
Já no tocante a legitimidade passiva, se os embargos forem opostos na ação de execução, deve se incluir os exequentes. Devendo-se cumprir as regras de litisconsórcio levando-se em consideração as regras processuais.Antonio Carlos Marcato assevera:
“Legitimado passivo é, em princípio, a parte que figura como credora no processo principal no qual se deu a constrição de bem do terceiro, tanto que já se decidiu que, nas “hipóteses em que o imóvel de terceiro foi constrito em decorrência de sua indicação à penhora por parte do credor, somente este detém a legitimidade para figurar no pólo passivo dos embargos de terceiro, inexistindo, como regra, litisconsórcio passivo necessário com o devedor”
(Marcato: 2004. p.273).
Cabe registrar que, se a penhora se der por indicação do devedor, então este deverá compor também o pólo passivo da ação de embargos de terceiro.
3. Procedimento
A ação de embargos de terceiro deverá conter todos os requisitos do artigo 282 do CPC, bem como deverá conter prova sumária de sua posse e a qualidade de terceiro, oferecendo documentos e rol de testemunhas.
Determinada a citação a mesma será feita na pessoa do advogado dos embargados, ou, caso não possuam advogado a citação deverá ser pessoal.
Citados a contestação deverá ocorrer no prazo de 10 (dez) dias, sendo que, não havendo a contestação reputa-se verdadeiro os fatos alegados e o juiz deverá sentenciar no prazo de 5 (cinco) dias.
Ainda sobre os embargos de terceiro:
Embargos de Terceiro
Procedimento de Usucapião. Ação Monitória
Apresentar ao discente os procedimentos especiais, bastante usuais e de grande importância, demonstrando-lhes as especificidades dos procedimentos.
1. Introdução
Nesta aula estudaremos os procedimentos da ação de usucapião, cujo objetivo é obter a declaração do direito à propriedade.Bem como a ação monitória, cujo objetivo é obter um crédito quando não se tem um título executivo, mas se tem um documento que comprava o direito do credor.
2. Ação de usucapião
CPC artigo 941 até 945: 
Na ação de usucapião o que se pretende é a declaração do direito de propriedade, que pode ser obtido pela via ordinária, extraordinária e constitucional.
O usucapião ordinário refere-se ao direito do possuidor, com justo título, de requerer a ação após deter o bem por 10 anos, ou por 5 se a aquisição onerosa tiver sido cancelada (art. 1.242 do CC); já o usucapião extraordinário o detentor do bem sem justo título, mas apenas a posse mansa e pacífica por 15 anos ou 10 anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel sua moradia habitual, ou nele realizado obras e serviços de caráter produtivo (art. 1.238 do CC).
Temos também o usucapião constitucional, onde no art. 183 da Constituição Federal se admite o usucapião de bem imóvel com até 250m², pelo prazo ininterrupto de 5 anos. No contexto de usucapião constitucional o art. 191, da Constituição Federal, prevê o usucapião rural ou urbano, para imóvel de até 50 hectares, para aquele que detiver o bem por 5 anos ininterruptos.
2.1. Procedimento
Na ação de usucapião, o autor, na petição inicial demonstrará o fundamento do pedido e juntando planta do imóvel, requererá a citação daquele em cujo nome estiver registrado o imóvel usucapiendo, bem como dos confinantes e, por edital, dos réus em lugar incerto e dos eventuais interessados.
Haverá ainda a necessidade de se intimar, via postal, para que manifestem interesse na causa, os representantes da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios.
Julgada procedente a ação de usucapião, o juiz ordenará a transcrição da mesma no Registro de Imóveis.
2.1. Competência
A ação de usucapião no Estado de São Paulo, deverá ser ajuizada nas Varas de Registros Públicos. Nos demais Estados a ação será interposta no foro da situação do imóvel, nos termos do disposto no art. 95 do Código de Processo Civil.
2.2. Legitimidade
Quanto às partes legitimadas para a interposição da ação tem-se aquele que é o detentor da posse, seja pessoa física ou jurídica, sendo que nas hipóteses de pessoas casadas, haverá o litisconsórcio necessário passivo ou ativo.
3. Ação monitória
Artigo 1102ª até 1102C 
 A ação monitória tem força executiva, pois fundada em documento que tenha prova literal da dívida.
Interposta à ação monitória a mesma deverá conter os requisitos do artigo 282 do CPC, bem como a prova literal da obrigação do pagamento ou para entrega de coisa.
Determinada a citação do réu para pagamento em 15 dias, havendo a interposição de embargos, haverá a suspensão da eficácia do mandado inicial, prosseguindo a demanda pelo rito ordinário.
3.1. Legitimidade
Está legitimado ativamente para interpor ação monitória aquele que detiver documento que comprove ser credor de quantia ou de coisa, seja como credor originário ou cessionário.
Na legitimidade passiva tem-se aquele que contar como devedor da relação obrigacional.
Procedimentos especiais de jurisdição voluntária
Apresentar ao discente os procedimentos especiais que não possuem conflito, por sua natureza administrativa.
Introdução
Discutir a existência ou não dos procedimentos especiais de jurisdição voluntária, quer parecer desnecessário, quando temos tais procedimentos insertos no Código de Processo Civil a partir do artigo 1103.
Assim temos um rol de demandas que adotaram esse procedimento, elencadas no Código de Processo Civil, a saber: alienações judiciais (arts. 1.113 ao 1.119); separação consensual (arts. 1.120 ao 1.124-a), testamentos e codicilos (arts. 1.125 ao 1.141) ; herança jacente (arts. 1.142 ao 1.158) ; bens dos ausentes (arts. 1.159 ao 1.169); coisas vagas (arts. 1.170 ao 1.176) ; da curatela dos interditos (arts. 1.177 ao 1.186); organização e da fiscalização das fundações (arts. 1.199 ao 1.204); da especialização da hipoteca legal (arts. 1.205 ao 1.210).
A doutrina que admite os procedimentos de jurisdição voluntária, acrescenta a esse rol expresso, outros procedimentos, como a ação de justificação; a ação de produção antecipada de provas; protestos; notificações e interpelações, etc.
 
Jurisdição Voluntária e Contenciosa.
O debate sobre a própria possibilidade de falarmos de jurisdição voluntária é grande, com juristas em ambos os lados, alguns dizendo que a jurisdição voluntária não existe, outros defendendo-a.
De toda sorte podemos sintetizar a jurisdição, a saber:
Teshenier é um dos defensores da jurisdição voluntária, asseverando:
A jurisdição voluntária é protetiva de interesses privados, o que, conjugada com a ausência de partes em sentido material, exclui a imparcialidade como nota sua.
Não se trata de afirmar ou negar, nem de fazer valer direito subjetivo de uma parte em face da outra. Em muitos casos, há apenas a relação requerente-juiz, como nas hipóteses de tutela de pessoas incertas.
Procedimento
Código de Processo Civil – artigos 1103 até 1112
No procedimento de jurisdição voluntária a petição inicial conterá os requisitos do artigo 282 do CPC.
A legitimidade, na jurisdição voluntária, pode ser concedida ao Ministério Público ou ao interessado, devendo-se providenciar a citação dos demais interessados e até do Ministério Público, no prazo de 10 (dez) dias.
Tenha-se em mente que não se pode exigir que o interessado apresente verdadeira contestação, pois não estamos diante de procedimento contencioso e o Juiz não está adstrito ao princípio da legalidade estrita, de modo que é livre para investigar além daquilo que as partes alegam.
O citando poderá oferecer, ainda, exceção de incompetência, se a demanda foi interposta infringindo regra de competência territorial.
Procedimentos especiais da separação e do divórcio.
Apresentar ao discente os procedimentos especiais de grande aplicabilidade do profissional do direito.
1. Introdução
A diferença entre a finalidade da ação de separação e da ação de divórcio está ligada a própria natureza do casamento. Assim enquanto a ação de separação dissolve a sociedade conjugal, o divórcio além de dissolver a sociedade, dissolve também o vínculo.
Daí podermos entender porque na separação não é admitido, que as partes se casem novamente, o que ocorrerá somente com o divórcio.Ambos os institutos podem ser consensual ou litigioso, sendo no primeiro caso por mutuo consenso e no segundo, quando uma parte não concorda com a dissolução do vínculo ou da sociedade, conforme o caso.
Com a promulgação da Emenda Constitucional nº 66, muito se discutiu sobre o fim da ação de separação judicial, porém hoje podemos concluir que a mesma não foi extinta, apenas temos sua aplicabilidade, mas limitada vez que, atualmente, não existe a condição para que se rompa o vinculo conjugal.
 
2. Legitimidade
Ambas as ações tem as mesmas partes legitimadas, ou seja, em ambas os cônjuges. Todavia na hipótese de incapacidade de um dos cônjuges ele poderá ser representado por curador.
 
3. Procedimento ação de separação
Código de Processo Civil – artigos 1120 até 1124 A
Ação de natureza constitutiva negativa, interposta no juízo do domicilio da esposa, terá na petição inicial assinada por ambos os cônjuges, bem como conterá a descrição dos bens do casal e a respectiva partilha; o acordo relativo à guarda dos filhos menores e ao regime de visitas; o valor da contribuição para criar e educar os filhos; a pensão alimentícia do marido à mulher, ou da mulher ao marido, se não possuírem bens suficientes para se manter.
Nas hipóteses em que a ação separação for litigiosa, ela poderá, a pedido da parte ser convertida em consensual, caso contrário obedecerá ao rito ordinário.
Nesta ação a sentença será averbada no registro civil, a margem da certidão de casamento.
 
3.1. Separação administrativa
Em sendo consensual a separação, as partes poderão requerê-la na esfera administrativa, ou seja, por escritura pública lavrada no cartório de notas.Nesta hipótese não haverá necessidade de homologação por um juiz.Note-se que, a via administrativa só é admissível nas separações e divórcios consensuais em que, as partes não tiverem filhos menores.
 
4. Procedimento da ação de divórcio
No divórcio consensual o procedimento adotado será o mesmo da separação consensual, inclusive no que tange a via administrativa.No divórcio litigioso, também, seguira o rito ordinário.
A petição inicial da ação conterá a indicação do dever conjugal descumprido, e será instruída com a prova documental já existente; fixará o valor da pensão do cônjuge que dela necessitar para sua manutenção, e indicará as garantias para o cumprimento da obrigação assumida; se houver prova testemunhal, ela será produzida na audiência de ratificação do pedido de divórcio a qual será obrigatoriamente realizada.
A partilha dos bens deverá ser homologada pela sentença do divórcio.
Ação de despejo.
Apresentar ao discente este procedimentos especiais importante e, que não está regulamentada no CPC.
1. Introdução
Como é sabido as ações de despejo, estão ligada ao contrato de locação. Assim é importante apontarmos os elementos característicos, que são:
- contrato sinalagmático ou bilateral - porque sempre se terá duas partes, locador e locatário.
- oneroso - já que o aluguel é característica primordial da locação.
- comutativo - pela contraprestação, da posse indireta se recebe o aluguel.
- consensual – não exige uma forma determinada.
O objetivo da ação de despejo é exatamente o de rescindir o contrato firmado entre locador e locatário.
2. Legitimidade.
Na ação de despejo a legitimidade ativa é, em regra, atribuída ao Locador e a legitimidade passiva, ao Locatário.
A regra tem algumas peculiaridades, como por exemplo, nas ação de despejo por falta de pagamento, onde se atribui legitimidade passiva ao fiador, desde que a ação de despejo por falta de pagamento esteja cumulada com ação de cobrança.
Outra peculiaridade diz respeito aos sub-rogatários e os sublocatários.
Procedimento ação de despejo.
	 Lei nº 8.245 de 18 de outubro de 1991.
Ação de despejo tem natureza jurídica constitutiva negativa, pois se visa a rescisão do contrato de locação.
A ação que poderá ser denominada de despejo imotivado, que é a denúncia oca por inexistir causa que a justificasse. Acontrario sensu temos as ações de despejo motivadas, que tem a causas de pedir, justificada, como por exemplo, nas causas como a extinção do usufruto e do fideicomisso e o direito do usufrutuário ou do fideicomissário de denunciá-la; a alienação do imóvel e o direito do adquirente na retomada do imóvel; as hipóteses de infrações contratuais; a necessidade de realização de obras, dentre outras.
A ação de despejo deverá ser ajuizada no local do imóvel ou no foro de eleição estabelecido no contrato.
A petição inicial que conterá todos os requisitos do artigo 282 do CPC deverá ter como valor da causa, a soma de 12 meses do valor do locativo, sendo requisito essencial , a comprovação da notificação premonitória, para desocupação no prazo de 30 dias, quando a locação estiver por tempo indeterminado.
Na hipótese de se proferir sentença de procedência, o juiz designará o prazo de 30 dias para a desocupação voluntária, que poderá ser executada imediatamente, desde que o autor caucione a ação, nos termos do disposto no artigo 64 da Lei nº 8.245/91.
3.1. Despejo por falta de pagamento
Na ação de despejo por falta de pagamento, a petição inicial poderá conter, além do pedido de rescisão da locação, o pedido de cobrança dos aluguéis e acessórios da locação. Nesta hipótese, citar-se-á o locatário para responder ao pedido de rescisão e o locatário e os fiadores para responderem ao pedido de cobrança, devendo ser apresentado, com a inicial, cálculo discriminado do valor do débito.
Nela o locatário e o fiador poderão evitar a rescisão da locação efetuando, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da citação, o pagamento do débito atualizado, independentemente de cálculo e mediante depósito judicial, incluídos os aluguéis e acessórios da locação que vencerem até a sua efetivação, bem como as multas ou penalidades contratuais, quando exigíveis e, ainda os juros de mora e a verba de sucumbência. Note-se que os honorários do advogado do locador, serão fixados em dez por cento sobre o montante devido, se do contrato não constar disposição diversa.
Na hipótese de efetuada a purga da mora, se o locador alegar que a oferta não é integral, justificando a diferença, o locatário poderá complementar o depósito no prazo de 10 (dez) dias, contado da intimação, que poderá ser dirigida ao locatário ou diretamente ao patrono deste, por carta ou publicação no órgão oficial, a requerimento do locador; não sendo integralmente complementado o depósito, o pedido de rescisão prosseguirá pela diferença, podendo o locador levantar a quantia depositada.
Os aluguéis que forem vencendo até a sentença deverão ser depositados à disposição do juízo, nos respectivos vencimentos, podendo o locador levantá-los desde que incontroversos.
Entretanto se, o autor cumulou os pedidos de rescisão da locação e cobrança dos aluguéis, a execução desta pode ter início antes da desocupação do imóvel, caso ambos tenham sido acolhidos.
É importante se entender que não será possível o pedido de purga da mora, caso o locatário já tenha se valido do mesmo por duas vezes nos 24 (vinte e quatro) meses imediatamente anteriores à propositura da ação.
3.2. Concessão de liminar.
Na ação de despejo, passou-se a admitir a desocupação liminar, inaudita altera parte, no prazo de 15 dias desde que prestada a caução no valor equivalente a três meses de aluguel, nas ações que tiverem por fundamento:
3.3. Ação de despejo motivada.
Nas hipóteses em que a ação de despejo for fundada no pedido de retomada para uso próprio ou de descendente, ascendente ou cônjuge, a inicial deverá vir instruída com prova da propriedade do imóvel.
4. Súmulas e enunciados.
Destacamos aqui as diversas problematizações sumuladas.
Introdução aos procedimentos especiais. Procedimentos especiais de jurisdição contenciosa.
Demonstrar ao discente a importância dos procedimentos especiais, com as características gerais da matéria
Introdução
As ações podem seguir o procedimento ordinário, sumário ou especial. Assim, a sucessão dos atos processuais podem fazer com que cada uma das fases do processo sejam bem demarcardas (ordinário) ou, que os atos do processo se deem de forma concentrada (sumário).
No procedimento especial se caracteriza por algumas características que lhe são peculiares, como por seguir o procedimento ordinário, mas permitir, liminarmente, um ato executório, como por exemplo, a concessão da liminar de desocupação em uma ação de reintegração de posse.
Procedimentos especiais de jurisdição contenciosa e voluntária
O Código de Processo Civil estabeleceu uma distinção entre os procedimentos especiais, especificando-os como contenciosos ou voluntários.
Essa divisão apresenta uma polêmica entre os doutrinadores que até hoje, discute se é possível termos procedimentos de jurisdição voluntária.
Também conhecida como jurisdição administrativa, graciosa, honorária ou não contenciosa. (Castro: 1976.p.12)
Essa discussão da possibilidade de dois tipos de jurisdição não se acha pacificada ainda hoje, tanto que muito se discute quanto a possibilidade de haver uma jurisdição voluntária, principalmente porque no conceito basilar de jurisdição temos ser ela o poder/dever que o Estado tem em solucionar conflitos, de forma que a lide é uma das características da jurisdição.
O legislador, porém entendeu por bem fazer a divisão, atribuindo a jurisdição voluntária características especifica, como ter interessados; ser um procedimentos, não fazer coisa julgada material, dentre outras diferenças.
Características dos procedimentos especiais.
Segundo Antonio Carlos Marcato (Marcato:2004.p. 76) os procedimentos especiais apresentam caracteristicas especificas, a saber:
1. Alteração dosprazos de resposta. Como vemos, por exemplo, no artigo 954, que determina que feitas às citações, terão os réus o prazo comum de 20 (vinte) dias para contestar.
2. Alteração das regras relativas à legitimação e à iniciativa das partes, tanto que nas ações de usucapião os réus serão os confinantes. (art. 942 do CPC)
3. Natureza dúplice.
4. Fixação de regras especiais de competência.
5. Fixação de regras especiais relativas a citação e suas finalidades.
6. Derrogação dos princípios da inalterabilidade do pedido
7. Fusão de providenciais de natureza cognitiva, cautelar e executiva.
8. Concessão de medida inaudita altera partes.
9. Limitações e condicionamentos ao direito de defesa.
10. Juízo de equidade

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