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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO/RJ. ANTÔNIO, nacionalidade, estado civil, profissão, identidade nº., CPF nº., residente e domiciliado na, vem, por seu advogado (endereço, art. 39, I do CPC), com fundamento no art. 274 do CPC ajuizar AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS Em face de JOÃO, nacionalidade, estado civil, profissão, identidade nº., CPF nº., residente e domiciliado na, Rio de Janeiro/RJ, com base nos fatos e fundamentos a seguir. DOS FATOS Antônio adquiriu de João, em 05 (cinco) de agosto de 2013 (dois mil e treze), um veículo VW Gol, ano/modelo 2012 (dois mil e doze), placa XX 0000, pelo valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) pagos à vista. Em julho do mencionado ano, Antônio realizou a transferência do veiculo junto ao DETRAN, tendo pago, entre taxas e multas, o valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) Já em dezembro, Antônio foi surpreendido com a apreensão do veículo adquirido, por ter sido objeto de furto. Existiram tentativas de negociação amigável, mas foram frustradas, tendo João se mudado para o Rio de Janeiro/RJ. DOS FUNDAMENTOS Uma vez que o autor perdeu a posse, propriedade, uso e gozo do bem adquirido por força de apreensão judicial, em razão do vício do produto, o réu deverá responder nos moldes do artigo 447 e seguintes do Código Civil Brasileiro pela Evicção, que é a perda da coisa por decisão judicial transitada em julgado ou ato administrativo. Cabe-nos afirmar que, independente de culpa, o réu incorreu em ato ilícito, o que gera para o autor o direito de receber indenização pelos danos materiais que sofrera, pois além de pagar pelo veículo, ainda teve despesas com taxas e multas resultantes da aquisição do bem. Estas afirmações se fundam, claramente, no artigo 186 combinado com artigo 927, ambos do Código Civil Brasileiro, que assim versam: “Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.” Além da lesão material destacada, o autor teve a sua reputação pessoal estremecida, ao ter seu veículo apreendido sob alegação de ser produto furto. É nítido que sofrera danos morais e, por tal, com fundamento no artigo 5º, V e X da Constituição da República Federativa do Brasil, faz jus a compensação. Demonstrada a nulidade do negócio jurídico, a evicção e o danos materiais e morais sofridos pelo autor, deve este ser indenizado e, respectivamente compensado, por força de lei. DOS PEDIDOS Face ao exposto, requerem a Vossa Excelência: 1 – A citação dos réu para apresentar defesa no prazo legal, sob pena de confissão e revelia se assim não fizer. 2 – Que seja julgado procedente o pedido para condenar o réu ao pagamento de R$ 34.000,00 (trinta e quatro mil reais) a título de dano material. 3 – Que seja julgado procedente o pedido para condenar o réu ao pagamento de compensação a título de dano moral, em valor a ser arbitrado por Vossa Excelência. 4 – Que seja julgado procedente o pedido para condenar os réus ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios. DAS PROVAS Requer provar o alegado por todo o meio de provas em direito admitidas, especialmente a prova documental. DO VALOR DA CAUSA Dá-se a causa o valor de R$ 34.000,00 (trinta e quatro mil reais). Nestes termos, Pede Deferimento. Rio de Janeiro/RJ, XX de XXXXXXXX de XXXX. Advogado OAB/XX
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