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HABEAS CORPUS

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE GOIAS 
	A Advogado Fulana de tal, brasileira, casada, inscrita nos quadros da ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL – SECÇÃO GOIÁS, sob o n.º (...), respeitosamente, vem à elevada presença de Vossa Excelência impetrar 
ORDEM DE HABEAS CORPUS, com pedido de LIMINAR
	Em favor de CICRANO DE TUIA, brasileiro, comerciante, casado, residente na Rua, nesta capital (documento anexo), por sofrer constrangimento ilegal da parte do r. Juízo do Tribunal do Júri desta Capital, que decretou e não revogou ordem de prisão preventiva no processo de origem autos n (…), mantendo em aberto mandado de prisão contra o paciente por fato cujos indícios de autoria são absolutamente insuficientes e cujos fundamentos são inidôneos a se manter a constrição cautelar.
	A presente impetração fundamenta-se no disposto no artigo 5º, incisos LIV, LVII, LXI, LXV, LXVI, LXVIII, da Constituição Federal, e nos artigos 312 c/c 647 e 648, inciso I, Código de Processo Penal, bem como nos relevantes motivos de fato e de direito adiante articulados.
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MINAS GERAIS:
PRECLARA TURMA:
DOUTA PROCURADORIA DE JUSTIÇA:
Ementa do pedido:
1.Juiz de direito que decreta prisão preventiva ao aviso de ser o réu perigoso e que, por isso, traria perigo à ordem pública e à aplicação da lei penal.
2. Elementos subjetivos referentes ao paciente inexistentes nos autos e inidôneos a fundamentar, por si só, a extrema medida vexatória;
3. Ausência de elementos suficientes de autoria (art. 312, CPP);
4. Juiz de direito que, laconicamente, indefere pedido de revogação da prisão preventiva alegando a não apresentação de “fatos que autorizam a revogação do decreto de prisão preventiva”. Infringência ao art. 93, IX, CF.
5. Inversão da ordem constitucional. Fundamentação inexistente. Constrangimento ilegal evidenciado.
I – DO CONSTRANGIMENTO ILEGAL
Dos fatos
	
	O paciente apenas emprestou a enxada, sem saber que o objetivo era ocultar o cadáver da vítima. O Ministério Público o denuncia por ter recebido dinheiro para ajudar na ocultação do cadáver, todavia, não consta quem teria visto ou dito tal fato, não passando de boato, não havendo indícios de autoria, muito menos suficientes (art. 312, caput, CPP). O douto Juízo a quo apóia sua decisão em elementos inexistentes. 
	O paciente é casado, tem 03 filhos, trabalha como jardineiro autônomo e tem residência fixa e certa (documentos anexos). Possui sérios problemas psicológicos e nas pernas vencendo na vida com extrema dificuldade (documentos anexos). A folha de antecedentes de CT (fls (...) e ss.) dá conta de que o mesmo, já com mais de 47 anos, nunca se envolveu com crime. 
	Nenhum dos acusados pelo Ministério Público conhece o paciente.
Dos elementos fático-jurídicos 
	
	Consta nos autos que a prisão temporária e preventiva do paciente não foram requeridas pelo Delegado de Polícia, o Ministério Público, na mesma linha, também não requereu a prisão temporária. Há, ainda, investigação a saber se houve ou não a participação do paciente. Esses elementos só podem levar a crer que não existem provas suficiente da autoria do paciente no evento.
Da Ausência do ‘periculum libertatis’
	
	A legitimidade da prisão preventiva exige fundamentação que indique, com fulcro nos autos, além da existência do crime e indícios suficientes de autoria, a necessidade de sua decretação pela verificação de, pelo menos, uma das circunstâncias contidas no caput do art. 312 do CPP. Vale dizer, a prisão deve ser necessária ou para garantir a ordem pública, ou porque convém à instrução criminal ou, ainda, para assegurar a aplicação da lei penal.
	Todavia, o que se constata dos autos é que o fundamento da preventiva baseia-se no fato de que o paciente seria perigoso para, daí, lançar conclusão que poria em risco a ordem pública e a aplicação da lei penal. 
	Deste modo, labora em equívoco fático e jurídico o Juízo a quo: O Juízo impetrado não declinou um único elemento objetivo que indicasse a necessidade da custódia cautelar do paciente. 
	Frente ao exposto, o ato que determinou a expedição de mandado de prisão, oriundo do Juízo, não está devidamente fundamentado por dois fatores:
a)o paciente não é perigoso;
b) mesmo se fosse, esse motivo é inidôneo a fundamentar a preventiva.
	A decretação da prisão preventiva deve, necessariamente, estar amparada em um dos motivos constantes do art. 312 do Código de Processo Penal e, por força do art. 5º, XLI e 93, IX, da Constituição da República, o magistrado está obrigado a apontar os elementos concretos ensejadores da medida. 
	Além do mais:
a) Não há indícios suficientes de autoria do delito;
b) Não há provas nos autos de ser o paciente perigoso
c) O fato subjetivo de ser alguém “perigoso” (o que não ocorre no caso) não é fundamento a ensejar a circunstância da garantia da ordem pública; 
d) Não há risco para aplicação da lei penal, pois o paciente possui residência fixa e é primário de bons antecedentes.
	No ordenamento constitucional vigente, a liberdade é regra, excetuada apenas quando concretamente se comprovar, em relação ao indiciado ou réu, a existência de periculum libertatis. 
Da presunção de inocência
	Presume-se que toda pessoa é inocente, isto é, não será considerada culpada até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória, princípio que, de tão eterno e de tão inevitável, prescindiria de norma escrita para tê-lo inscrito no ordenamento jurídico. 
	Os princípios constitucionais do Estado de Inocência e da Liberdade Provisória não podem ser elididos por normas infraconstitucionais que estejam em desarmonia com os princípios e garantias individuais fundamentais. 
	A garantia da ordem pública deve fundar-se em fatos concretos, que demonstrem que a liberdade do agente representa perigo real para o andamento do processo criminal, sob pena de consagrar-se a “presunção de reiteração criminosa” em detrimento da presunção de inocência.
	Ainda que o delito apurado em processo criminal seja catalogado como hediondo ou equiparado, o magistrado estaria obrigado a fundamentar a decisão que denega a liberdade a partir dos motivos que autorizam a prisão preventiva, dada a natureza cautelar da prisão
	Com efeito, a autoridade policial não requereu a prisão temporária e nem a preventiva do peticionário estribando-se, para reconhecer a impropriedade da prisão antecipada do réu, a necessidade de maiores investigações.
II – DA LIMINAR
	
	É o caso de liminar. Demonstrado o “fumus boni iuris” por toda a argumentação acima expendida, o “periculum in mora” reside no fato da instrução estar em andamento com audiência de interrogatório para a próxima semana e mandado de prisão em aberto. 
	Sendo assim, requer-se, liminar e alternativamente, 
a) a expedição de salvo-conduto a fim de que o réu possa comparecer a audiência de interrogatório, prestar depoimento e ter o direito de ir e vir sem ser preso até o julgamento do presente “writ”, ou
b) a suspensão da audiência de interrogatório determinada para o dia (...), conforme consta nos autos (fls. (...)) até o julgamento do presente “writ”.
	Observa-se que a concessão da medida liminar, em ambos os casos, não trará qualquer prejuízo ao andamento da ação penal.
	Já o inverso não é verdadeiro: caso o Paciente se veja obrigado a comparecer à audiência, será preso preventivamente. 
	Desta forma, requer-se que seja concedida a liminar para suspender a ordem de prisão preventiva ou suspender a audiência de interrogatório que se avizinha até o julgamento deste “writ”. 
III. DO PEDIDO
	Ao final, pede-se a concessão da ordem para revogar o decreto de prisão preventiva expedido contra o paciente, reconhecendo-se a ausência de indícios suficientes de autoria e ausência de fundamentação da prisão preventiva. Para tanto, requer intimação prévia para a realização de defesa durante a sessão em que o habeas corpus for apreciado.
Decidindo desta maneira, Vossas Excelências, como é costumeiro, realizarãoa melhor JUSTIÇA.
Termos em que, 
Pede deferimento.
Cidade, ______/_______/_______
Advogado (a)
OAB-XXXXn.ºXXXXX

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