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008 ALUNO: TEMA: DENGUE ATUALIDADES DATA: 11/05/15 TURMA: SECRETARIA MUNICIPAL AFIRMA QUE SÃO PAULO VIVE EPIDEMIA DE DENGUE Taxa de incidência chegou a 340,1 casos por 100 mil habitantes. ‘Na média, município está numa situação epidêmica’, diz secretário. A Prefeitura de São Paulo diz ter registrado 38.927 casos confirmados de dengue nas 16 primeiras semanas do ano. O número é 2,7 vezes maior que o mesmo período de 2014, quando a cidade computou 14.219 casos. Até agora, a Secre- taria Municipal da Saúde confirmou oito mortes decorrentes da doença. Outros 25 óbitos são investigados. Na média, o município está em uma situação epidêmica. (...) A média é uma medida burra quando eu tenho distribuições irregulares, diferenças muito grandes no município.” Paulo Puccini, secretário-adjunto de Saúde Com os 38.927 casos registrados, a taxa de incidência chegou a 340,1 casos por 100 mil habitantes, patamar considerado epidê- mico. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é con- siderada epidemia quando os casos passam de 300 por 100 mil. “Na média, o município está em uma situação epidêmica”, afirmou o secretário-adjunto de Saúde, Paulo Puccini. Ele, porém, ressaltou que não há motivo para pânico. “A mé- dia é uma medida burra quando eu tenho distribuições ir- regulares, diferenças muito grandes no município”, afirmou. Para o secretário, bairros com altíssimas taxas de incidência, como Pari (1.482,5 casos por 100 mil habitantes) e Brasilân- dia (1.879,9) puxaram a média para cima. Dos 96 distritos da cidade, 31 enfrentam epidemia da doen- ça, sendo a maioria na Zona Norte (38,7%). O bairro com mais casos é Brasilândia, que registrou 5.076. Também estão em situação de epidemia Pari, Raposo Tava- res, Pirituba, Freguesia do Ó, Jaraguá, Cidade Ademar, Ca- choeirinha, Rio Pequeno, Perus, Limão, Parque do Carmo, Casa Verde, Pedreira, Vila Maria, Itaquera, Jardim Ângela, São Miguel, Ermelino Matarazzo, Mooca, Penha, Aricanduva, Jabaquara, Vila Medeiros, Vila Prudente, Jaçanã, Capão Re- dondo, Cangaíba, Bom Retiro, Vila Formosa e Lapa. Segundo o secretário-adjunto, apesar do elevado número de casos, a tendência é de estabilização. Ele apontou a constan- te queda nos registros entre a 12ª semana do ano (quando foram notificados 5.953) e a 14ª (4.277). “Estabilizamos os o processo de crescimento da dengue.” MORTES Até agora a capital registrou oito mortes causadas pela doença neste ano. A primeira ocorreu em 26 de janeiro: uma mulher de 84 anos que morava em Brasilândia. Ela era hipertensa. O segundo óbito ocorreu em 9 de março, no Jardim Ângela. A vítima foi um menino de 11 anos que sofria de aplasia me- dular e anemia. Em 10 de março morreu um homem de 52 anos, morador da Vila Medeiros, que era hipertenso e fu- mante. A quarta morte ocorreu em 18 de março, no bairro Lajeado: uma jovem de 27 anos que não tinha nenhuma doença preexistente. A quinta vítima foi uma idosa de 92 anos que vivia no Ja- raguá. Sua morte ocorreu em 24 de março. No dia 31 de março, uma mulher de 41 anos, que morava no Gra- jaú, foi vítima da dengue. Ela não tinha outras doenças. Em 7 de abril, uma jovem moradora de Cidade Líder de 25 anos, também fora do grupo de risco, morreu. Segundo o se- cretário-adjunto, a vítima demorou para procurar ajuda. “Os dez primeiros dias da dengue são os mais críticos”, afirmou. A última vítima foi uma mulher de 64 anos, moradora de Cangaíba, que havia sofrido um derrame cerebral e que tinha crises convulsivas. EXÉRCITO Um grupo de 50 homens do Exército passou a integrar equipes de combate à dengue em São Paulo no fim de abril. Os solda- dos iniciaram os trabalhos no bairro do Limão, na Zona Norte. Eles fazem duplas com agentes de saúde de manhã e à tarde para facilitar a entrada das equipes em imóveis que podem ter focos do mosquito transmissor da doença. A Prefeitura pediu apoio do Exército porque uma das dificul- dades que os agentes de saúde encontram nas ruas é a resis- tência dos moradores. Na capital, de cada dez casas visitadas, em duas os agentes não recebem autorização para entrar. Por enquanto, todos os homens do Exército vão trabalhar na Zona Norte que é a região em situação mais crítica. SAIBA RECONHECER OS PRINCIPAIS SINTOMAS DA DENGUE ‘Sinais de alerta’ indicam se infecção pode ser grave ou mais moderada. Doença requer hidratação constante e bom senso no uso do paracetamol. Diagnosticar a dengue com rapidez é uma das chaves para combater a doença com maior eficácia. O primeiro passo para isso é conhecer como a infecção se manifesta. Se os sin- tomas forem reconhecidos, é fundamental procurar um mé- dico o mais rápido possível. Em geral, a doença tem evolução rápida. Por isso, saber antes pode fazer a diferença entre a ocorrência de um mal menor e consequências mais graves, principalmente no caso de crianças. Existem quatro tipos do vírus da dengue: O DEN-1, o DEN- 2, o DEN-3 e o DEN-4. Eles causam os mesmos sintomas. A diferença é que, cada vez que você pega um tipo do vírus, não pode mais ser infectado por ele. Ou seja, na vida, uma pessoa só pode ter dengue quatro vezes. 70% a 90% das pessoas que pegam a dengue pela primeira vez não têm nenhum sintoma. Nos casos mais graves, a do- ença pode ser hemorrágica ou fulminante, levando à morte SINAIS DE ALERTA Dor intensa na barriga Sinais de desmaio Náusea Falta de ar Tosse seca Fezes pretas Sangramento Os principais “sinais de alerta” da doença são dor intensa na barriga, sinais de desmaio, náusea que impede a pessoa de se hidratar pela boca, falta de ar, tosse seca, fezes pretas e sangramento. DIAGNÓSTICO PRECOCE É essencial fazer tanto um diagnóstico clínico – que avalia os sintomas – como o exame laboratorial de sorologia, que ve- rifica a contagem de hematócritos e plaquetas no sangue. A contagem de hematócritos acima do normal e de plaquetas abaixo de 50 mil por milímetro cúbico de sangue pode ser um indício de dengue. O exame de sangue, por si só, não determina se o paciente está com dengue ou não. É preciso diagnosticar também os sintomas. Esses dois fatores vão determinar as condições do paciente. PERÍODO CRÍTICO O período crítico da doença é quando a febre do paciente diminui. Se a febre passar e o paciente tiver muita dor na barriga, ele está num estado grave mesmo sem sangramen- to.Esse poder ser um problema no atendimento primário nos hospitais porque geralmente as pessoas com febre são aten- didas prioritariamente. Ao passar a febre, a pessoa pensa que está curada, mas pode apresentar queda brusca de pressão, mal-estar e manchas ver- melhas pelo corpo. O número de plaquetas no sangue ainda continua baixo e, por isso, é preciso continuar o tratamento. O monitoramento clínico e laboratorial tem de ser constante, principalmente 72 horas após o período de febre. A compli- cação maior acontece no quinto dia da doença. O paciente tem de fazer pelo menos três exames de sangue, no início da dengue, depois da febre e uma terceira vez para ver se as plaquetas já voltaram ao norWmal. TRATAMENTO A hidratação do paciente é parte importante do tratamento, pois a dengue é uma doença que faz a pessoa perder muito líquido. Por isso, é preciso beber muita água, suco, água de coco ou isotônicos. Bebidas alcoólicas, diuréticas ou gaseifi- cadas, como refrigerantes, devem ser evitadas. Não existe um medicamento específico para a doença. A me- dicação serve basicamente para aliviar as dores. ANOTAÇÕES