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QUI02015 Revisão, enóis e enolatos ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Na adição nucleofílica à carbonila, o grupo carbonila funciona como eletrófilo AN à carbonila ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins No entanto, existe um grande número de reações onde o composto carbonílico age como nucleófilo, nas chamadas α-subsstituições ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Um composto carbonílico com um átomo de hidrogênio em seu carbono α rapidamente entra em equilíbrio com seu correspondente enol ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins A maioria dos compostos carbonílicos existe, predominantemente, na forma ceto e em geral é muito difícil isolar o enol 99,9999999 % 0,0000001 % ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Forma ceto levemente menor em energia Ligação C=O é mais estável que C=C ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins A porcentagem de tautômero enol é ainda menor para os ácidos carboxílicos, ésteres e amidas Menos reativos devido à menor acidez do H-α ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins A enolização pode ser catalisada por ácidos ou bases A enolização é muito lenta em solução neutra No entanto, a adição de um catalisador ácido ou básico pode facilitar a formação do enol ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Catálise ácida ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins 10 Catálise básica Íon enolato ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Formas de ressonância do íon enolato ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins O íon enolato pode então reagir como nucleófilo no oxigênio ou no C-α ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Alguns tipos de enóis e enolatos ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Derivados de ácidos carboxílicos também podem formar enóis de algum tipo Ésteres ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Cloretos de ácido Facilmente enolizáveis Usa-se uma base não nucleofílica Instável ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Não formam enolatos facilmente, pois a base , primeiramente, remove o hidrogênio do grupo OH ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins No entanto, em solução ácida não há este problema ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins São os derivados de ácido carboxílico menos reativos e menos enolizáveis A reação preferencial é novamente a retirada de um hidrogênio ácido -NH Amidas ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Iminas e enaminas estão sujeitos ao mesmo equilíbrio tautomérico ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins A retirada de um hidrogênio do C-α de iminas geraa um aza-enolato que são análogos nitrogenados dos enolatos ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Também formam ânions, mas necessitam de bases fortes para isso ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Enóis termodinâmicamente estáveis Compostos 1,3-dicarbonil 67 % 33 % ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins A principal razão da estabilidade é a deslocalização eletrônica ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Além da deslocalização eletrônica, o enol abaixo possui um fator estabilizante a mais: Uma ponte de hidrogênio intramolecular ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Compostos 1,3-dicarbonil não simétricos Formam dois diferentes enóis 76 % 24 % ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Fenol É mais vantaajoso para a molécula manter a forma enólica do que perder a aromaticidade Enóis aromáticos ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins REAÇÕES COM ENÓIS E ENOLATOS COMO INTERMEDIÁRIOS ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Compostos carbonílicos podem ser halogenados na posição do C-α por halogênios , tais como o Br2 em soluções Halogenação ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Mecanismo sob catálise ácida ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Mecanismo sob catálise básica A reação de halofórmio ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins No entanto, a reação não para neste ponto, pois o H-α do produto é mais ácido do que o do material de partida ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Na verdade ele ataca O OH é melhor grupo de saída, pois tem menor pka Por que o grupo OH não ataca a carbonila? ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins 34 pka H2O = 15 pka CHBr3 = 9 pka CH4 = 48 Bromofórmio ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Iodofórmio A alfa halogenação em meio ácido é melhor, pois evita a formação de halofórmio ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Reação de Hell – Volhard - Zelinsky Substitui um hidrogênio alfa de um ácido carboxílico por um átomo de bromo ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Enolatos estáveis ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Mesmo usando bases fortes como os íons hidróxido e alcóxidos, a porcentagem de enolato formado é muito pequena na maioria dos compostos carbonílicos ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Uma das bases mais usadas é a lítio diisopropil amina ou LDA No entanto, com o uso de uma base muito mais forte, enolatos são formados quantitativamente (100 %) ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Devido ao volume da base, ela não ataca o carbono carbonílico Enolatos de lítio são estáveis à ─78 0C e muito reativos. São os enolatos mais utilizados ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Silil enol éters São os segundos mais usados São mais estáveis que enolatos de lítio, porém menos reativos ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Formação ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Alquilação de enolatos ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins A reação é basicamente uma SN2 ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Escolha do eletrófilo Muito bom Bom Reação é lenta Não ocorre reação ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Alquilação de enolatos de lítio Bases fortes são necessárias ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Alquilação de cetonas ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Enolatos de Na e K também são muito utilizados, embora menos estáveis que os de Li ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Alquilação de ésteres Também possuem o problema de auto-condensação ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins O uso de bases fortes aliado ao uso de grupos R volumosos reduz as chances de auto-condensação ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Alquilação de ácidos carboxílicos Podem ser alquilados usando-se dois equivalentes de base forte ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Alquilação de aldeídos A alta reatividade dos aldeídos dificulta a formação de seus enolatos de lítio em velocidade suficiente de modo a evitar a auto-condensação ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Além disso, a base também pode reagir como nucleófilo ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Solução: Mascarar o aldeído tornando-o em um análogo de enol ou enolato menos reativo, como enaminas e aza-enolatos ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Enolatos ou bases fortes não estão envolvidos no processo, portanto não há risco de auto-condensação ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Formação de aza-enolatos Iminas são pouco nucleofílicas, o que evita o problema da auto-condensação ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Alquilação de compostos β-dicarbonílicos Bases fracas são suficientes para promover total enolização ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Regioseletividade na alquilação de cetonas ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Controle termodinâmico O enolato mais estável se forma preferencialmente Não se forma ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins 1 - KH base forte, mas pequena 2 - Reação favorecida por alta temperatura e longos tempos de reação ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Controle cinético Bases volumosas favorecem a formação do enolato cinético Não se forma ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Produto cinético ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Alquilação de nitrilas e nitroalcanos ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Nitroalcanos ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Reações de condensação aldólica ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins O ─OH não é forte o suficiente para enolizar completamente o aldeído de forma que cada molécula de enolato é cercada por moléculas de aldeído. ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins A reação também ocorre com cetonas ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins A condensação também pode ser catalisada por ácidos ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Desidratação de produtos aldol O aquecimento de um produto aldol, em meio ácido ou básico, leva à desidratação do álcool ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Catálise básica ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Catálise ácida ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Condensações aldólicas cruzadas Quando o enolato de um aldeído ou cetona se adiciona ao grupo carbonila de um aldeído ou cetona diferente, o resultado é chamado de condensação aldólica cruzada Os compostos devem ser escolhidos com cuidado ou, do contrário, uma mistura de produtos pode ser obtida ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Uma condensação aldólica cruzada só será efetiva se planejada de forma que somente um dos reatantes possa gerar o enolato e de modo que o outro reatante tenha maior probabilidade de reagir com o enolato Excesso de reagente ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Ciclizações aldólicas Ciclizações intramoleculares produzindo anéis de de cinco ou seis membros também podem ocorrer ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins 86 Não se forma Produto mais estável ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Enolatos de lítio em reações aldólicas A formação do enolato de lítio é total e tão rápida que a possibilidade de auto-condensação é muito pequena ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Se um segundo composto carbonílico é adicionado, a reação ocorre via um estado de transição de seis membros ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Compostos 1,3-dicarbonílicos em reações aldólicas Enolizam-se facilmente sob condições normais ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Mecanismo ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Enóis de ésteres em reações aldólicas ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Aldeídos em reações aldólicas Sofrem o problema da auto-condensação, mesmo com o uso de bases fortes Solução: Transformar o aldeído num equivalente enol menos reativo ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Menos reativo ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Enaminas e aza-enolatos ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins A reação de Manich É um método clássico para preparação de compostos β-amino carbonílicos ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Condensação de Claisen Quando duas moléculas de um éster sofrem condensação, a reação é denominada condensação de Claisen e forma β-ceto-ésteres ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Acilação intramolecular : A reaçãao de Dieckmann Condensações de Claisen intra-molecular são chamadas Reações de Dieckmann Anéis de cinco e seis membros se formam facilmente ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Condensações de Claisen cruzadas Ocorrem entre dois ésteres diferentes, onde “geralmente”um deles não tem um H-α, ou seja, não é enolzável Ésteres não enolizáveis ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins Condensações de Claisen entre cetonas e ésteres O éster é sempre a parte eletrofílica ‹#› Prof. Dr. José Eduardo Damas Martins
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