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DIREITO CIVIL II - PAGAMENTO INDEVIDO

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DIREITO CIVIL II
ATOS UNILATERAIS
PAGAMENTO INDEVIDO
Conceito: O pagamento indevido constitui um dos modos de enriquecimento sem causa. Este representa o gênero do qual aquele é espécie. Regra geral, todo enriquecimento sem causa jurídica e que acarrete como conseqüência o empobrecimento de outrem induz obrigação de restituir em favor de quem se prejudica com o pagamento. (art. 876 do CCB).
Espécies: 
 
Indébito objetivo: (ex re) Quando o erro diz respeito a existência e extensão da obrigação, ou seja, quando o solvens paga a dívida inexistente (indébito absoluto), mas que suponha existir, ou débito extinto, ou dívida pendente de condição suspensiva, ou quando paga mais do que deve pagar, ou quando entrega coisa diversa do acordado.
Indébito subjetivo: (ex persona) Quando a dívida realmente existe e o engano é pertinente a quem paga ou a quem se paga.
“Accipiens” de boa fé e de má-fé: 
Boa-fé: A regra é simples: Aquele que recebe de boa fé, pagamento indevido, sendo obrigado a restituí-lo, é equiparado ao possuidor de boa-fé, fazendo jus aos frutos que percebeu da coisa recebida, indenização pelas benfeitorias necessárias e úteis, podendo ainda levantar as voluptuárias, exercendo, se for o caso, a retenção pelo valor daquelas, não respondendo pela perda ou deterioração da coisa. (art. 1214, art. 1217 e art. 1219 do CCB).
Má-fé: Não tem direito aos frutos e responde por eles, inclusive juros e deteriorações, desde o recebimento da coisa. No tocante as benfeitorias será ressarcido somente pelas necessárias, sem direito de levantamento das voluptuárias. (art. 1220 do CCB).
Recebimento indevido de imóvel: Se aquele que indevidamente recebeu um imóvel o tiver alienado em boa-fé, por título oneroso, responde somente pela quantia recebida; mas, se agiu de má-fé, além do valor do imóvel, responde por perdas e danos.
Pagamento indevido sem direito à repetição:
Fica isento de restituir pagamento indevido aquele que, recebendo-o como parte de dívida verdadeira, inutilizou o título, deixou prescrever a pretensão ou abriu mão das garantias que asseguravam seu direito; mas aquele que pagou dispõe de ação regressiva contra o verdadeiro devedor e seu fiado. (art. 880 do CCB).
Não se pode repetir o que se pagou para solver dívida prescrita, ou cumprir obrigação judicialmente inexigível. (art. 882 do CCB)
Não terá direito à repetição aquele que deu alguma coisa para obter fim ilícito, imoral, ou proibido por lei. (art. 883 do CCB).

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