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Prévia do material em texto

Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro 
Antonio Cláudio da Silva 
 
1 
 
Antonio Cláudio da Silva 
 
 
 
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS 
 
ESQUEMATIZADO 
 
 
Uma introdução ao Mercado Financeiro 
 
 
 
 
 
Para Concursos Públicos: 
 
Banco do Brasil 
Caixa Econômica Federal 
Banco do Nordeste 
Banco da Amazônia 
 
 
 
 
Fortaleza (CE) 
2010 
CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro 
Antonio Cláudio da Silva 
 
 
 
2 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
2. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL 
 
3. NOÇOES DE RISCO E ANÁLISE DE CRÉDITO 
 
4. SPB – SISTEMA DE PAGAMENTOS BRASILEIRO 
 
5. OPERAÇÕES PASSIVAS 
 
6. OPERAÇÕES ATIVAS 
 
7. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 
 
8. MERCADO FINANCEIRO – MERCADO MONETÁRIO, DE CRÉDITO, DE CAPITAIS 
E DE CÂMBIO 
 
9. NOCÕES DE POLÍTICA ECONÔMICA 
 
10. NOÇÕES DE DIREITO APLICADAS AO MERCADO FINANCEIRO 
 
11. O BANCO DO BRASIL S.A 
 
12. A CAIXA ECONOMICA FEDERAL 
 
13. BANCO DO NORDESTE 
 
14. BANCO DA AMAZÔNIA 
 
15. GLOSSÁRIO DE TERMOS DO MERCADO FINANCEIRO 
 
16. BIBLIOGRAFIA 
 
CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro 
Antonio Cláudio da Silva 
 
 
 
3 
1 - INTRODUÇÃO 
 
Prezado Aluno/Aluna, 
 
Muito obrigado pela aquisição do meu material de conhecimentos bancários para seleção 
em Bancos Públicos. 
 
Trata-se de um material desenvolvido ao longo de muitos anos, que venho atualizando a 
cada nova edição do livro MERCADO FINANCEIRO, do Eduardo Fortuna e, considerando 
também, os livros que são citados nas questões dos diversos concursos dos bancos 
oficiais que participo como candidato. Muitos profissionais da CAIXA ECONÔMICA 
FEDERAL, do BANCO DO BRASIL, do BASA e do BNB estudaram somente pelos meus 
slides, que agora estão esquematizados, e hoje encontram-se empregados e felizes. 
 
Para me manter atualizado, sempre participo das seleções, como candidato, estando 
atualmente aprovado nos seguintes certames: BANCO DO BRASIL/2007, TRE-RJ/2006, 
TRF PIAUÍ/2006, MPU PIAUÍ/2006. No ano de 2004 fui aprovado em 1º. Lugar na CAIXA 
ECONÔMICA FEDERAL, 5º Lugar para ESCRIVÃO da Polícia Federal e 10º. Lugar para 
Analista Administrativo da AGENCIA NACIONAL DO PETRÓLEO. 
 
Também sou autor de um livro de MATEMATICA FINANCEIRA, que foi estruturado 
durante quatro anos em conjunto com os alunos da disciplina MATEMATICA FINANCEIRA 
numa faculdade de Teresina (PI). Recentemente recebi dois excelentes feedbacks: 
primeiro uma amiga, que não estudava há mais de vinte anos, utilizando o meu livro, foi 
aprovada no concurso do FNDE, em Brasilia (DF). Segundo, uma outra pessoa que estava 
devendo MATEMATICA FINANCEIRA no curso de graduação em Administração de 
Empresas, dependendo da aprovação na disciplina para formar, estudou pelo meu livro e 
conseguir nota 10 na avaliação final. 
 
Atualmente ministro aulas de Conhecimentos Bancários para concursos de bancos 
públicos no VIP CURSOS, em Teresina (PI), e no Curso AThenas, em Fortaleza (CE). Os 
alunos me apelidaram de “Professor Chiclete com Banana”, aquele que arrasta 
multidões. 
 
Eis um breve currículo: 
 
Prof. Antônio Cláudio da Silva - prof.aclaudio@globo.com 
 
 Graduação em Licenciatura Plena em Matemática – UESPI (PI); 
 Graduando em Direito – 9º. Período - FAECE – Fortaleza (DF); 
 M.B.A. Formação para Altos Executivos – Fundação Dom Cabral (MG); 
 Pós-Graduação em Gestão de Negócios – Fundação Dom Cabral (MG); 
 Pós-Graduação em Administração Hoteleira – UESPI (PI); 
 Pós-Graduação Matemática e Estatística – UFLA (MG); 
 Pós-Graduação em Ensino da Matemática – UESPI (PI); 
 Pós-Graduando em Direito Internacional – UNIFOR - CE; 
 Professor de Cursos de Graduação e Pós-Graduação; 
 Professor de Cursos Preparatórios para Concursos – VIP CURSOS, em Teresina 
(PI), Curso Athenas, em Fortaleza (CE) e pela Internet www.voupassar.com.br; 
CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro 
Antonio Cláudio da Silva 
 
 
 
4 
 
 Experiência profissional corporativa: 
 
No Banco do Brasil: Gerente de Agência, Gerente Regional de Negócios, Gerente de 
OSM, Gerente do Núcleo de Consultoria de Brasília, Gerente de Mercado de PJ, 
Gerente de Mercado de Governos, Superintendente Regional, Superintendente 
Estadual Adjunto, Superintendente Estadual. 
Em Empresas de Consultoria: Diretor Executivo, Consultor em Organização e Finanças, 
Facilitador de Cursos Empresariais e Palestrante. 
Em Instituição de Ensino Superior: Diretor Administrativo e Financeiro. 
Na CAIXA ECONÔMICA FEDERAL: Gerente de Relacionamento PJ, Em Teresina (PI), 
Gerente de Risco de Crédito de Grandes Corporações, Projetos de Infraestrutura e 
Operações Estruturadas, em Brasília (DF) e Gerente Regional de Risco de Crédito em 
Fortaleza (CE). 
 
 Autor dos Livros: MATEMÁTICA FINANCEIRA, CONSULTORIA EMPRESARIAL e 
DINÂMICAS PARA TREINAMENTO. 
 
 
1.1 - DICAS PARA PASSAR EM CONCURSOS PÚBLICOS 
 
Faça o curso MOTIVAÇÃO e TÉCNICAS DE ESTUDOS, gratuitamente, no site 
www.voupassar.com.br. 
 
Para conseguir a tão sonhada aprovação em concursos públicos, algumas 
orientações são importantes: 
 
1 - As três regras de ouro para aprovação em concursos públicos 
 
I. HUMILDADE – Nunca sabemos tudo. Sempre teremos o que aprender. Sempre 
devemos ensinar. O conhecimento é democrático. 
 
II. PACIÊNCIA – Tudo tem o seu tempo. A cada não aprovação significa que estamos 
mais perto da aprovação. 
 
III. PERSEVERANÇA – O nosso futuro é moldado conforme cada ação que 
promovemos no nosso presente. 
 
2- Somente lembramos dos concursos que somos aprovados. Aqueles que não temos 
êxito, servem apenas de preparo para o que iremos participar a seguir. 
 
3 – Não vá para a prova com a obrigação de ser aprovado. Muitas variáveis podem 
contribuir para sua aprovação ou reprovação. Esteja preparado, é o melhor que você 
pode fazer. 
 
4 – Estude, no mínimo, 4 horas por dia; 
 
6 – Estude todos os dias, não pule nenhum dia; 
CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro 
Antonio Cláudio da Silva 
 
 
 
5 
 
7 – Se for possível, participe de um curso preparatório para concursos. Os 
professores são profissionais experientes e vão repassar muitas orientações que 
auxiliam no momento da prova; 
 
8 – Quando estiver fazendo a prova, marque o tempo. Na metade do tempo, peça 
para ir ao banheiro, lave o rosto, as mãos e os punhos. Se puder, passe onde possa 
tomar alguns raios de sol. Você será reenergizado. Sentir-se-á da mesma maneira 
que iniciou a prova; 
 
9 – Inicie a prova sempre pelas questões que têm maior peso. Se todos os pesos 
forem iguais, pela disciplina que você mais domina. Dessa forma, mais descansado, 
acertará mais o que você domina ou vale mais ponto e errará mais o que você menos 
domina ou o que vale menos ponto. 
 
10 – Leia o máximo que você puder. Os alunos erram mais na interpretação das 
questões do que em seus conteúdos. 
 
11 – Não espere concluir uma disciplina para estudar outra. Monte um plano de 
estudos, em que você vai estudando todas as disciplinas ao mesmo tempo, inclusive 
aquela que você menos gosta. 
 
12 – No caso de concurso para Bancos, domine Conhecimentos Bancários e 
Matemática Financeira e será aprovado. 
 
13 – Quando o concurso for num domingo, encerre seus estudos na sexta-feira. 
Nunca estude de véspera. O que você não aprendeu, não aprenderá na última hora. 
Curta o dia anterior. Namore, dance, brinque, se divirta. Relaxe e esqueça que o 
concurso será no domingo. 
 
14 – Quando for aprovado, me envie um e-mail informando. Fico muito realizado e 
feliz em poder contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. É 
energia positiva gerando energia positiva. 
 
15 – Bons estudos e muito sucesso.Um grande abraço, muito sucesso e que Deus o/a abençoe. 
 
 
 
 
Prof. Antonio Cláudio da Silva 
Prof.aclaudio@globo.com 
Antonio-claudio.silva@caixa.gov.br 
CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro 
Antonio Cláudio da Silva 
 
 
 
6 
 
2 – SFN - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL 
 
2.1 – Termos mais usados nos concursos 
 
Vamos iniciar com os termos usados no mercado financeiro e que tem aparecido em 
muitas provas nos concursos para os bancos públicos. Além desses termos, você poderá 
conhecer outros no glossário, ao final da apostila. 
 
SPREAD BANCÁRIO 
É o ganho do Banco nas operações de crédito. É a 
diferença entre a taxa da captação de recursos e a sua 
aplicação através de um empréstimo. 
 
FLOAT 
É o número de dias que um recurso financeiro fica a disposição do 
Banco para aplicação como recurso livre. 
 
FUNDING É o recurso que poderá ser aplicado em um projeto. 
 
SWAP 
É a possibilidade contratual de se efetuar uma troca de taxa de juros 
e/ou indexador de um contrato, como forma de reduzir um grande 
lucro ou atenuar uma grande perda, decorrente das alterações do 
mercado. 
 
HEDGE É como se fosse um seguro. É uma proteção para evitar perdas. 
 
CORPORATE 
Empresas de grande porte. Normalmente com faturamento anual 
acima de 100 milhões/ano. 
 
FACTORING 
Empresa comercial que compra crédito (cheques ou títulos de 
crédito, em especial, duplicatas.) 
Não é empresa financeira. 
Não é fiscalizada pelo BACEN. 
 
CONVENANTS 
Garantia originária do Direito Anglo-Saxão, em que o credor tem o 
direito de acompanhar o processo de gestão do devedor. 
 
CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro 
Antonio Cláudio da Silva 
 
 
 
7 
 
2.2 – Histórico do SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL 
 
Norma Jurídica Objetivo 
Lei 4.357/64 - Lei da 
Correção Monetária 
A lei instituiu normas para a indexação de débitos fiscais, títulos 
públicos federais com cláusula de correção monetária (ORTN) – 
destinados a antecipar receitas, cobrir déficit público e promover 
investimentos. 
Lei 4.380/64 - Lei do 
Plano Nacional da 
Habitação 
Foi criado o BNH, como órgão gestor do também criado 
SISTEMA BRASILEIRO DE POUPANÇA E EMPRÉSTIMO 
(SBPE). 
Lei 4.595/64 - Lei da 
Reforma do Sistema 
Financeiro Nacional 
Criação do CMN e do BACEN. 
Lei 4.728/65 - Lei do 
Mercado de Capitais 
Foram estabelecidas as normas e regulamentos básicos para 
estruturação do Mercado de Capitais. 
Lei 6.385/76 - Lei da 
CVM 
Criação da CVM (Comissão de Valores Nobiliários). 
Lei 6.404/76 - Lei das 
S.A 
Estabeleceu as regras de organização e funcionamento das 
Sociedades Anônimas. 
Lei 10.303/01 - Nova 
Lei das S.A 
Atualização da Lei 6.404/76. 
Resolução CMN 
3.040/02 
Atualizou as regras para constituição de instituições financeiras. 
 
2.3 – Composição dos SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL 
 
Autoridades Monetárias 
 
• Conselho Monetário Nacional - CMN 
• Banco Central do Brasil – BC ou BACEN 
 
Autoridades de Apoio 
 
• Comissão de Valores Mobiliários - CVM 
• Banco do Brasil – BB 
• Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES 
• Caixa Econômica Federal – CEF ou CAIXA 
• Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional – CRSFN 
 
Instituições Financeiras Monetárias – São as instituições que possuem depósitos à vista 
e, portanto, multiplicam a moeda. 
 
• Bancos Comerciais - BC 
• Caixas Econômicas - CE 
• Bancos Cooperativos - BCo 
• Cooperativas de Crédito - CC 
CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro 
Antonio Cláudio da Silva 
 
 
 
8 
 
Instituições Financeiras Não Monetárias - São as instituições que captam recursos para 
empréstimos, através da emissão de títulos e, portanto, realizam somente a intermediação 
da moeda. NÃO EMITEM MOEDA ESCRITURAL. 
 
• Bancos de Desenvolvimento - BD 
• Bancos de Investimento - BI 
• Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento – Financeiras 
• Sociedade de Crédito ao Microempreendedor – SCM 
• Companhias Hipotecárias-CH 
• Sociedades de Crédito Imobiliário-SCI 
• Associações de Poupança e Empréstimo-APE 
 
Instituições Financeiras Auxiliares do Mercado Financeiro 
 
• Sociedades Corretoras de títulos e Valores Mobiliários-CTVM 
• Sociedades Distribuidores de Títulos e Valores Mobiliários - DTVM 
• Sociedades de Arrendamento Mercantil-Leasing 
• Agências de Fomento ou de Desenvolvimento-AF 
• Investidores Institucionais - II 
1. Fundos Mútuos de Investimento 
2. Entidades Abertas ou Fechadas de Previdência Privada 
3. Seguradoras 
 
Banco Múltiplo 
 
Instituições ligadas aos Sistemas de Previdência e Seguro 
 
• Entidades Abertas e Fechadas de Previdência Complementar; 
• Seguradoras; 
• Sociedade de Capitalização; 
• Sociedade Administradoras de Seguro Saúde. 
CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro 
Antonio Cláudio da Silva 
 
 
 
9 
 
2.3.1 – CMN - Conselho Monetário Nacional 
 
Órgão NORMATIVO, por excelência, não lhe cabe funções executivas, sendo o 
responsável pela fixação das diretrizes da política monetária, creditícia e cambial do País. 
Pelo envolvimento destas políticas no cenário econômico nacional, o CMN se transforma 
em um Conselho de Política Econômica. 
 
 
Número de Membros: 
 
Governo Participantes 
Castelo Branco 6 
Costa e Silva 4 
Médici 10 
Geisel 8 
Figueiredo 8 
Sarney 15 
Collor 11 
Itamar 13 
FHC até os dias 
de hoje 
3 
 
 
CMN – Integrantes atuais – A MP 542, de 06/94, que criou o Plano Real, determinou que 
o CMN fosse composto pelos seguintes membros: 
 
• Ministro da Fazenda (Presidente); 
• Ministro de Planejamento, Orçamento e Gestão; 
• Presidente do Banco Central. 
 
 
Competências do CMN: 
 
• Adaptar o volume dos meios de pagamentos às reais necessidades da economia 
nacional; 
• Regular o valor interno da moeda; 
• Regular o valor externo da moeda; 
• Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras públicas e privadas; 
• Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros; 
• Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras; 
• Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública 
interna e externa; 
• Estabelecer meta de inflação. 
CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro 
Antonio Cláudio da Silva 
 
 
 
10 
Atribuições Específicas do CMN: 
 
• Autorizar as emissões de moeda papel; 
• Aprovar os orçamentos monetários preparados pelo BACEN; 
• Fixar diretrizes e normas da política cambial; 
• Disciplinar o crédito em suas modalidades e as formas de operações creditícias; 
• Estabelecer limites para a remuneração das operações e serviços bancários; 
• Determinar as taxas de recolhimento compulsório das instituições financeiras; 
• Regulamentar as operações de redesconto de liquidez; 
• Outorgar ao BACEN o monopólio de operações de câmbio quando o balanço de 
pagamento exigir; 
• Estabelecer normas a serem seguidas pelo BACEN nas transações com títulos 
públicos; 
• Regular a constituição, o funcionamento e a fiscalização de todas as instituições 
financeiras que operam no País. 
 
 
2.3.2 – BACEN – Banco Central do Brasil 
 
Órgão EXECUTIVO central do sistema financeiro, cabendo-lhe a responsabilidade de 
cumprir e fazer cumprir as disposições que regulam o funcionamento do sistema e as 
normas expedidas pelo CMN. 
 
Está sediado em Brasília, possuindo representações regionais em Belém, Belo Horizonte, 
Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. 
 
Competência Privativa do BACEN: 
 
• Emitir papel moeda e moeda metálica nas condições e limites autorizados pelo 
CMN; 
• Executaros serviços do meio circulante; 
• Receber os recolhimentos compulsórios dos Bancos Comerciais e os depósitos 
voluntários das instituições financeiras e bancárias que operam no País; 
• Realizar as operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras 
dentro de um enfoque de política econômica do Governo ou como socorro a 
problemas de liquidez; 
• Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis; 
• Efetuar, como instrumento de política monetária, operações de compra e venda de 
títulos públicos federais; 
• Emitir títulos de responsabilidade própria, de acordo com as condições 
estabelecidas pelo CMN; 
• Exercer o controle do Crédito sob todas as suas formas; 
• Exercer a fiscalização das instituições financeiras, punindo-as quando necessário; 
• Autorizar o funcionamento, estabelecendo a dinâmica operacional, de todas as 
instituições financeiras; 
• Estabelecer condições para o exercício de quaisquer cargos de direção nas 
instituições financeiras privadas; 
• Vigiar a interferência de outras empresas nos mercados financeiros e de capitais; 
CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro 
Antonio Cláudio da Silva 
 
 
 
11 
 
• Controlar o fluxo de capitais estrangeiros, garantindo o correto funcionamento do 
mercado cambial, operando, inclusiva, via ouro, moeda ou operações de crédito, no 
exterior; 
• Determinar, via COPOM, a taxa de juros de referência para as operações de um dia 
– A TAXA SELIC. 
 
Demais denominações mercadológicas do BACEN 
 
Denominação Atribuição 
Banco dos Bancos 
• Depósitos Compulsórios; 
• Redesconto de Liquidez. 
Gestor do SFN • Normas/Autorizações/Fiscalização/Intervenção 
Executor da Política Monetária 
• Determinação da Taxa Selic; 
• Controle dos meios de pagamento (Liquidez do 
Mercado); 
• Orçamento monetário/Instrumentos de política 
monetária; 
Banco Emissor 
• Emissão do meio circulante; 
• Saneamento do meio circulante. 
Banqueiro do Governo 
• Financiamento ao Tesouro Nacional; 
• Administração da Dívida Pública Interna e 
Externa; 
• Gestor e fiel depositário das reservas 
internacionais do País; 
• Representante junto às instituições financeiras 
internacionais do SFN; 
Centralizador do Fluxo Cambial 
• Normas/Autorizações/Registros/Fiscalização/Inter
venção 
 
 
2.3.3 – CVM – Comissão de Valores Mobiliários 
 
Órgão NORMATIVO do sistema financeiro especificamente voltado para o 
desenvolvimento , a disciplina e a fiscalização do mercado de valores mobiliários não 
emitidos pelo sistema financeiro e pelo Tesouro Nacional, basicamente o mercado de 
ações e de debêntures (Mercado de Capitais). 
 
Sob a disciplina e a fiscalização da CVM estão consolidadas as seguintes atividades: 
 
 Emissão e distribuição de valores mobiliários no mercado; 
 Negociação e intermediação no mercado de valores mobiliários; 
 Negociação e intermediação no mercado de derivativos; 
 Organização, funcionamento e operação das Bolsas de Valores; 
 Organização, funcionamento e operações das Bolsas de Mercadores e Futuros; 
 Administração de carteiras e custódia de valores mobiliários; 
 Auditoria das companhias abertas; 
 Serviços de consultor e analista de valores mobiliários. 
CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro 
Antonio Cláudio da Silva 
 
 
 
12 
Competência ou Objetivos fundamentais da CVM: 
 
 Estimular a aplicação de poupança no mercado acionário; 
 Garantir o funcionamento eficiente e regular das bolsas de valores e instituições 
auxiliares que operem no mercado; 
 Proteger os titulares de valores mobiliários contra emissões irregulares e outros 
tipos de atos ilegais que manipulem preços de valores mobiliários nos mercados 
primários e secundários de ações; 
 Fiscalizar a emissão, o registro, a distribuição e a negociação de títulos emitidos 
pelas sociedades anônimas de capital aberto. 
 
 
2.3.4 - BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social 
 
É uma instituição ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, sendo o 
principal agende do governo para financiamentos de médio e longo prazo aos setores 
primário, secundário e terciário da economia. 
 
Seu objetivo maior é o de dilatar o prazo das operações de empréstimos e financiamentos, 
sobretudo para fortalecer o processo de capitalização das empresas, através da compra de 
máquinas e equipamentos e as subscrição de debêntures e ações. 
 
Competências do BNDES: 
 
 Impulsionar o desenvolvimento econômico e social do País; 
 Fortalecer o setor empresarial nacional; 
 Atenuar os desequilíbrios regionais, criando novos pólos de produção; 
 Promover o desenvolvimento integrado das atividades agrícolas, industriais e de 
serviços; 
 Promover o crescimento e a diversificação das exportações. 
 Durante os governos Collor, Itamar e FHC foi responsabilidade do BNDES gerir 
todo o processo de privatização das estatais. 
 
 
2.3.5 – BB – Banco do Brasil 
 
Instituição que teve uma função típica de autoridade monetária até janeiro de 1986, 
quando, por decisão do CMN, foi suprimida a conta movimento. É ligada ao Ministério da 
Fazenda. 
 
Hoje, é um conglomerado financeiro que atua como banco múltiplo, preservando ainda, 
algumas prerrogativas de agente financeiro do Governo Federal. 
 
Competências do Banco do Brasil: 
 
 Administrar a Câmara de Compensação de Cheques e Outros Papéis; 
 Efetuar os pagamentos e suprimentos necessários à execução do Orçamento Geral 
da União; 
 Adquirir e financiar os estoques de produção exportável; 
 Agenciar os pagamentos e recebimentos fora do País; 
 Operar os fundos de investimento setorial como Pesca e Reflorestamento; 
CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro 
Antonio Cláudio da Silva 
 
 
 
13 
 
 Captar depósito de poupança direcionada ao crédito rural; 
 Operar o FCO; 
 Executar a política de preços mínimos para os produtos agro-pastoris; 
 Executar o serviço da dívida pública consolidada; 
 Realizar por conta própria, operações de compra e venda de moeda estrangeira, ou 
por conta do BACEN, nas condições estabelecidas pelo CMN 
 Receber a crédito do Tesouro Nacional, as importâncias provenientes da 
arrecadação de tributos e rendas federais; 
 Receber em depósito, com exclusividade, as disponibilidades de quaisquer 
entidades federais, compreendendo as repartições de todos os ministérios civis e 
militares, instituições de previdência e outras autarquias, comissões, departamentos, 
entidades em regime especial de administração e quaisquer pessoas físicas ou 
jurídicas responsáveis por adiantamentos. 
 
 
2.3.6 – CAIXA – Caixa Econômica Federal 
 
Instituição financeira responsável pela operacionalização das políticas do Governo Federal 
para habitação popular e saneamento básico, caracterizando-se cada vez mais como 
o banco de apoio ao trabalhador de baixa renda. É ligada ao Ministério da Fazenda. 
 
À CAIXA é permitido atuar em todas as áreas de atividades dos bancos comerciais, 
sociedade de crédito imobiliário e de saneamento e infra-estrutura urbana, além da 
prestação de serviços de natureza social, delegada pelo Governo Federal. 
 
Principais atividades da Caixa: 
 
• Captar recursos em cadernetas de poupança; 
• Captar recursos em depósitos judiciais; 
• Recolher e administrar os recursos do FGTS; 
• Administrar as Loterias; 
• Administrar o Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS; 
• Administrar o Programa de Integração Social -PIS; 
• Administrar o Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Social – FAS; 
• Administrar o Fundo de Desenvolvimento Social – FDS. 
 
 
2.3.7 – CRSFN – Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional 
 
Criado pelo Decreto 91.152, de 15/03/85, como órgão integrante do Ministérioda Fazenda, 
para julgar, em segunda e última instância, os recursos e interpostos das decisões relativas 
à aplicação de penalidades administrativas pelo Banco Central do Brasil e Comissão de 
Valores Mobiliários (CVM). 
 
É integrado por oito Conselheiros, de reconhecida competência e possuidores de 
conhecimentos especializados em assuntos relativos aos mercados financeiros e de 
capitais. É composto pelos seguintes participantes: 
CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro 
Antonio Cláudio da Silva 
 
 
 
14 
 
• Um representante do Ministério da Fazenda; 
• Um representante do Banco Central; 
• Um representante da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do 
Desenvolvimento, Indústria e Comércio; 
• Um representante da Comissão de Valores Mobiliários; 
• Quatro representantes de entidades de classe, dos mercados financeiro e de 
capitais, por elas indicados em lista tríplice, por solicitação do Ministro da Fazenda. 
 
 
2.3.8 - Classificação das Instituições Financeiras em segmentos, segundo as suas 
funções de crédito: 
 
Funções de Crédito INSTITUIÇÕES 
Instituições de Crédito a 
Curto Prazo 
• Bancos Comerciais; 
• Caixas Econômicas; 
• Bancos Cooperativos/Cooperativas de Crédito; 
• Bancos Múltiplos com Carteira Comercial 
Instituições de Crédito de 
Médio e Longo Prazo 
• Bancos de Desenvolvimento; 
• Bancos de Investimento; 
• Caixa Econômica; 
• Bancos Múltiplos com Carteira de Investimento e de 
Desenvolvimento; 
• Sociedade de Crédito ao Microempreendedor; 
• Agências de Fomento. 
Instituições de Crédito e 
Financiamento de Bens de 
Consumo Duráveis 
• Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento – 
Financeiras; 
• Caixa Econômica; 
• Bancos Múltiplos com Carteira de Aceite. 
Instituições de Crédito 
Imobiliário 
• Caixa Econômica Federal; 
• Associações de Poupança e Empréstimos; 
• Sociedades de Crédito Imobiliário; 
• Companhias Hipotecárias; 
• Bancos Múltiplos com Carteira Imobiliária. 
Instituições de 
Intermediação no Mercado 
de Capitais 
• Sociedades Corretoras – CCVM; 
• Sociedades Distribuidoras – DTVM; 
• Bancos de Investimento; 
• Bancos Múltiplos com Carteira de Investimentos. 
Instituições de Seguros e 
Capitalizações 
• Seguradoras; 
• Corretoras de Seguros; 
• Entidades Abertas e Fechadas de Previdência 
Complementar; 
• Sociedades de Capitalização. 
Instituições de 
Arrendamento Mercantil - 
LEASING 
• Sociedades de Arrendamento Mercantil; 
• Bancos Múltiplos com Carteira de Arrendamento 
Mercantil. 
CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro 
Antonio Cláudio da Silva 
 
 
 
15 
 
2.3.9 - Instituições Financeiras Monetárias 
 
BC – Bancos Comerciais 
 
De acordo do o MNI (Manual de Normas e Instruções do BACEN), seu objetivo precípuo é 
proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos recursos necessários para financiar, a 
curto e a médio prazos, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços e as 
pessoas físicas. 
 
São intermediários financeiros que recebem recursos de quem tem (agentes 
superavitários) e os distribuem através de crédito seletivo a quem necessita de recursos 
(agentes deficitários), criando moeda através do efeito multiplicador do crédito. 
 
Os bancos comerciais podem delegar uma série de operações , inclusive a captação de 
depósitos e aplicações do público, a empresas localizadas em qualquer parte do País, que 
podem funcionar como correspondentes bancários. 
 
Competências dos Bancos Comerciais – BC 
 
 Descontar títulos; 
 Realizar operações de abertura de créditos simples ou em conta corrente (contas 
garantidas); 
 Realizar operações especiais, inclusive de crédito rural, de câmbio e comércio 
internacional; 
 Captar depósitos à vista e a prazo fixo; obter recursos junto às instituições oficiais 
para repasse aos clientes; 
 Obter recursos externos para repasse; 
 Efetuar a prestação de serviços, inclusive mediante convênio com outras 
instituições. 
 
 
Caixas Econômicas Estaduais (Não existem mais CAIXAS ECONÔMICAS 
ESTADUAIS) 
 
Como sua atividade principal, integram o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo 
(SBPE) e o Sistema Financeiro da Habitação (SFH), sendo, juntamente com os bancos 
comerciais, as mais antigas instituições do Sistema Financeiro Nacional. Equiparam-se aos 
Bancos Comerciais e ainda tem a competência para a administração de loterias. 
 
O seu único representante é a CEF, resultado da unificação, pelo Decreto-Lei 759, de 
12/08/69, das 23 Caixas Econômicas Federais até então existentes. 
 
 
BCo – Bancos Cooperativos 
 
O Banco Central, através da Resolução 2.193, de 31.08.95, autorizou a constituição de 
bancos comerciais na forma de S.A. de capital fechado, com participação exclusiva de 
cooperativas de crédito singulares. Deverão estar enquadradas nas regras do Acordo de 
Basiléia. Não podem participar no capital social de instituições financeiras autorizadas a 
funcionar pelo BACEN, nem realizar operações de SWAP por conta de terceiros. 
CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro 
Antonio Cláudio da Silva 
 
 
 
16 
O BACEN deu autorização para que as cooperativas de crédito abrissem seus próprios 
bancos comerciais, podendo fazer tudo o que qualquer outro banco comercial faz. 
 
A Resolução 2.788, de 30.11.2000 do BACEN, renovou as regras para a constituição dos 
bancos cooperativos, cuja atuação deve observar no cálculo do PL exigido os mesmos 
fatores e parâmetros estabelecidos pela regulamentação em vigor para os bancos 
comerciais e múltiplos. 
 
 
CC – Cooperativas de Crédito 
 
A Lei 5.764, de 16/12/1971, definiu a Política Nacional de Cooperativismo como sendo uma 
atividade decorrente das iniciativas ligadas ao sistema cooperativo, originárias de setor 
público ou privado, isoladas ou coordenadas entre si, desde que reconhecendo o interesse 
público e, instituiu o regime jurídico das sociedades cooperativas. 
 
Na lei foi estabelecido que celebram o contrato de sociedade cooperativa as pessoas que 
reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma 
atividade econômica, de proveito comum, sem objetivo de lucro, e as classificou da 
seguinte forma: 
 
 Cooperativas Singulares – Constituídas de no mínimo 20 pessoas físicas e, 
excepcionalmente, de pessoas jurídicas que tenham por objeto as mesmas ou 
correlatas atividades econômicas das pessoas físicas. 
 
 Centrais de Cooperativas ou Federações de Cooperativas – São aquelas 
constituídas de no mínimo 3 singulares, podendo, excepcionalmente, admitir 
associados individuais. 
 
A Resolução 3.442, de 28/02/2007 do BACEN, estabelece as exigências e procedimentos 
que permitam as cooperativas de crédito e centrais de cooperativas de crédito a se 
constituírem e funcionarem como instituições financeiras. 
 
As cooperativas de crédito singulares podem ser constituídas com os seguintes tipos de 
associados: 
 
• Empregados servidores e pessoas físicas prestadores de serviço em caráter não 
eventual, de uma ou mais pessoas jurídicas, públicas ou privadas, definidas no 
estatuto, cujas atividades sejam afins, complementares ou correlatas, ou 
pertencentes a um mesmo conglomerado econômico; 
• Profissionais e trabalhadores dedicados a uma ou mais profissões e atividades, 
definidas no estatuto, cujos objetos sejam afins, complementares e correlatos; 
 Pequenos empresários, microempresários ou microempreendedores, responsáveis 
por negócios de natureza industrial, comercial ou de prestação de serviços, 
incluídas as atividades da área rural; 
 Pessoas que desenvolvam, na área de atuação da cooperativa, de forma efetiva e 
predominante, atividades agrícolas, pecuárias ou extrativas, ou se dediquem a 
operações de capturae transformação d pescado; 
 Livre admissão de associados; 
 Empresários participantes de empresas vinculadas diretamente a um mesmo 
sindicato patronal, direta ou indiretamente à associação patronal de grau superior. 
CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro 
Antonio Cláudio da Silva 
 
 
 
17 
 
As cooperativas de crédito podem: 
 
 Captar depósitos somente de associados, sem emissão de certificados; 
 Obter empréstimos ou repasses de instituições financeiras nacionais ou 
estrangeiras; 
 Receber recursos de fundos oficiais; 
 Conceder empréstimos e prestar garantias, inclusive crédito rural; 
 Aplicar recursos no mercado financeiro, inclusive em depósitos a vista e a prazo 
com ou sem emissão de certificados; 
• Prestar serviços de cobrança, custódia, de recebimentos e pagamentos de contas 
sob convênio com instituições públicas ou privadas; 
• Prestar serviços de CORRESPONDENTE BANCÁRIO. 
• Prestar serviços de administração de recursos de terceiros em favor de cooperativas 
singulares filiais, bem como serviços técnicos a ouras cooperativas de crédito 
centrais e singulares filiadas ou não; 
• Proceder à contratação de serviços com objetivo de viabilizar a compensação de 
cheques, e as transferências de recursos no sistema financeiro, além de prover as 
necessidades de funcionamento da instituição ou de complementar os serviços 
prestados pela cooperativa aos associados. 
 
São três os principais sistemas de cooperativos: 
 
• SICREDI – Sistema de Crédito Cooperativo (Região Sul, são Paulo, Mato Grosso e 
Sul do Pará); 
• SICOOB – Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Atua em 20 Estados); 
• UNICRED BRASIL – Sistema que congrega as UNIMEDs 
 
O SICREDI e o SICOOB criaram bancos comerciais cooperativos para ampliar a oferta de 
serviços financeiros. 
 
 
2.3.10 – Instituições Financeiras não monetárias 
 
 
BD – Bancos de Desenvolvimento 
 
O BNDES é o principal agende do governo para financiamentos de médio e longo prazo 
aos setores primário, secundário e terciário da economia. 
 
As principais instituições de fomento regional são: 
 
 Banco do Nordeste – BNB 
 Banco da Amazônia – BASA. 
 
Os bancos estaduais de desenvolvimento incluem-se em um conjunto de instituições 
financeiras controladas pelos governos estaduais e destinadas ao fornecimento de crédito 
de médio e longo prazo às empresas localizadas nos respectivos estados. Normalmente 
operam com repasses de órgãos financeiros do Governo Federal. 
CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro 
Antonio Cláudio da Silva 
 
 
 
18 
 
Foram criados para canalizar recursos de médio e longo prazo para suprimento de capital 
fixo e de giro das empresas. Seu objetivo maior é o de dilatar o prazo das operações de 
empréstimos e financiamentos, sobretudo para fortalecer o processo de capitalização das 
empresas, através da compra de máquinas e equipamentos e as subscrição de debêntures 
e ações. 
 
 
BI – Bancos de Investimento 
 
Foram criados para canalizar recursos de médio e longo prazo para suprimento de capital 
fixo e de giro das empresas. Seu objetivo maior é o de dilatar o prazo das operações de 
empréstimos e financiamentos, sobretudo para fortalecer o processo de capitalização das 
empresas, através da compra de máquinas e equipamentos e as subscrição de debêntures 
e ações. 
 
Não podem manter contas correntes e captam recursos pela emissão de CDBs e RDBs , 
através da captação e repasses de recursos de origem interna ou externa ou pela venda 
de cotas de fundos de investimento por eles administradas. 
 
Não podem destinar recursos a empreendimentos imobiliários. 
 
Principais Operações ativas praticadas pelos BI: 
 
 Empréstimos a prazo mínimo de um ano para financiamento de capital fixo e de 
capital de giro; 
 Aquisição de ações, obrigações ou quaisquer outros títulos e valores mobiliários 
para investimento ou revenda no mercado de capitais (operações de underwriting); 
 Repasses de empréstimos obtidos no exterior; 
 Prestação de garantia de empréstimos no País ou provenientes do exterior. 
 
 
FINANCEIRAS – Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento 
 
Sua função é financiar bens de consumo duráveis por meio de popularmente conhecido 
―crediário‖ou crédito direto ao consumidor (CDC) e Créditos Consignados em Folha de 
Pagamento. 
 
Não podem manter contas correntes e os seus instrumentos de captação restringem-se à 
colocação de letras de câmbio (LC). 
 
Na esfera das financeiras, giram as chamadas promotoras de vendas, constituídas em 
geral, sob a forma de sociedades civis servindo de elo entre o consumidor final, o lojista e a 
financeira, por meio de contratos específicos, em que figuram como poderes especiais, 
inclusive para sacar letras de câmbio na qualidade de procuradores dos financiados e, 
também, prestando garantia del credere aos contratos financiados. São disciplinadas pela 
Resolução 562, de 30.09.79, do CMN. 
CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro 
Antonio Cláudio da Silva 
 
 
 
19 
SCM – Sociedade de Crédito ao Microempreendedor 
 
Foram regulamentadas pela Resolução 2.874, de 26.07.2001, e tem por objetivo prover um 
modelo de financiamento sem assistencialismo, que atenda com um mínimo de burocracia 
a grande parcela da população que não tem acesso ao sistema bancário tradicional. 
 
São constituídas na forma de companhias fechadas nos termos da Lei 6.404/76, ou na 
forma de sociedades por quotas de responsabilidade limitada, sendo vedado ao setor 
público a participação societária ou indireta em seu capital. 
 
Podem conceder financiamentos e prestar garantias a pessoas físicas, com objetivo de 
viabilizar empreendimentos de natureza profissional, comercial ou industrial, de pequeno 
porte, e a pessoa jurídicas classificadas como microempresas. 
 
Principais competências das SCM: 
 
 Podem obter repasses e empréstimos, de recursos voltados para ações de 
fomento e desenvolvimento; 
 Podem aplicar suas disponibilidades de caixa no mercado financeiro; 
 Podem ceder contratos de créditos, inclusive as companhias securitizadoras; 
 Não podem captar recursos junto ao público; 
 Não podem ter participação do setor público; 
 A integralização do capital tem que ser em espécie (mínimo de R$ 100.000,00); 
 Não podem ter participação societária de outras empresas; 
 Não podem captar recursos junto ao público; 
 O valor máximo de empréstimo por cliente é de R$ 10.000,00; 
 Não podem conceder empréstimos para fins de consumo. 
 
 
CH – Companhias Hipotecárias 
 
A Resolução 2.122, de 30.11.94 do BACEN, estabeleceu as regras para a constituição e o 
funcionamento das Companhias Hipotecárias, que devem ser estabelecidas sob a forma 
de sociedades anônimas. A constituição e o funcionamento das CH depende de 
autorização do BACEN. 
 
Principais competências das CH: 
 
 Conceder financiamentos destinados a produção, reforma ou comercialização de 
imóveis residenciais ou comerciais e lotes urbanos; 
 Comprar, vender e refinanciar créditos hipotecários próprios ou de terceiros; 
 Administrar créditos hipotecários próprios ou de terceiros; 
 Administrar fundos de investimento imobiliário, desde que autorizada pela 
Comissão de Valores Mobiliários; 
 Repassar recursos destinados ao financiamento da produção ou da aquisição de 
imóveis residenciais. 
CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro 
Antonio Cláudio da Silva 
 
 
 
20 
SCI – Sociedade de Crédito Imobiliário 
 
A resolução 2.735, de 28.06.2000 do BACEN, estabeleceu que as SCI são instituições 
financeiras integrantes do Sistema Financeiro Nacional, especializadas em operações de 
financiamento imobiliário e constituídas sob a forma de sociedade anônima. 
 
Às sociedadesde crédito imobiliário é facultado, além da realização das atividades 
inerentes a consecução de seus objetivos, operar em todas as modalidades admitidas nas 
normas relativas ao direcionamento dos recursos captados em depósitos de poupança. 
 
As Sociedades de Crédito Imobiliário podem empregar em suas atividades, além de 
recursos próprios, os provenientes de: 
 
 Depósitos em Poupança; 
 Letras Hipotecárias; 
 Letras Imobiliárias; 
 Repasses e refinanciamento contraídos no País, inclusive os provenientes de 
repasses e refinanciamentos de recursos externos; 
 Depósitos interfinanceiros, nos termos da regulamentação em vigor; 
 Outras formas de captação de recursos autorizadas pelo BACEN. 
 
 
APE – Associação de Poupança e Empréstimo 
 
Criadas pela Lei 4.380/64, constituem-se obrigatoriamente sob a forma de sociedades 
civis, restritas a determinadas regiões, sendo de propriedade comum de seus associados. 
Suas operações ativas e passivas são fundamentalmente semelhantes às sociedades de 
crédito imobiliário. 
 
As operações ativas são constituídas basicamente por financiamentos imobiliários. Em 
01/01/2008 existia uma única APE – Poupex – Poupança do Exército, administrada pelo 
BB. 
 
CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro 
Antonio Cláudio da Silva 
 
 
 
21 
2.3.11 - Instituições Auxiliares do Mercado Financeiro 
 
 
CTVM – Sociedade Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários 
 
São instituições típicas do mercado acionário, operando com compra, venda e distribuição 
de títulos e valores mobiliários (inclusive ouro) por conta de terceiros. Elas fazem a 
intermediação com as bolsas de valores e de mercadorias. Sua constituição depende de 
autorização do BACEN e o exercício de sua atividade depende de autorização da CVM 
 
Suas atividades básicas são: 
 
 Operar nos recintos das bolsas de valores e de mercadorias; 
 Efetuar o lançamento público de ações; 
 Administrar carteiras e custodiar valores mobiliários; 
 Instituir, organizar e Administrar fundos de investimento; 
 Operar no mercado aberto; 
 Intermediar operações de câmbio. 
 
 
DTVM – Sociedade Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários 
 
Suas atividades têm uma faixa operacional mais restrita do que a das corretoras, já que 
elas não têm acesso às bolsas de valores e de mercadorias. 
 
Suas atividades básicas são: 
 
• Subscrição isolada ou em consórcio de emissão de títulos e valores mobiliários 
para a revenda; 
• Intermediação da colocação de emissões de capital e mercado; 
• Operações no mercado aberto, desde que satisfaçam as condições exigidas pelo 
BACEN. 
 
 
EMPRESAS DE LEASING – Sociedade de Arrendamento Mercantil 
 
Tais sociedades nasceram do reconhecimento de que o lucro de uma atividade produtiva 
pode advir da simples utilização do equipamento e não da sua propriedade. Em linhas 
gerais, a operação de leasing se assemelha a a uma locação, tendo o cliente, ao final do 
contrato, a opção de renová-lo, adquirir o bem, pagando o valor residual ou devolvê-lo à 
empresa. 
 
As operações de leasinf foram regulamentadas pelo CMN através da Lei 6.099, 09/74 e a 
integração das sociedades arrendadores ao SFN se deu através da Resolução 351, de 
1975. 
 
Captam recursos de longo prazo, através da emissão de debêntures, corrigidas através de 
diversos índices, inclusive com cláusula de variação cambial e realizam operações de sob 
a forma de arrendamento mercantil (aluguel). 
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Antonio Cláudio da Silva 
 
 
 
22 
 
AF – Agência de Fomento ou de Desenvolvimento 
 
A resolução 2.828, de 30.03.2001, do BACEN estabeloceu as regras atuais que dispõem 
sobre a constituição e o funcionamento das agências de fomento. 
 
Ela estabelece que a constituição e o fun cioamento de agências de fomento sobv controle 
acionário de unidade da Federação, cujo objeto social é a concessão de financiamento de 
capital fixo e de giro associado a projetos no País, dependem de autorização do BACEN. 
 
As agências de fomento somente podem praticar operações de repasse de recursos 
captados no País e no exterior originários de: 
 
 Fundos constitucionais; 
 Orçamentos federal, estaduais e municipais; 
 Organismos e instituições financeiras nacionais e internacionais de 
desenvolvimento. 
 
As agências de fomento devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima de 
capital fechado nos termos da Lei 6.404/76. 
 
A experessão ―Agência de Fomento‖ , acrescida da unidade da federação que a controla, 
deve constar, OBRIGATORIAMENTE, em sua denominação social. 
 
Cada unidade da federação só pode constituir 01 agência de fomento. Às agências de 
fomento são facultadas: 
 
• Realizar operações de financiamento de capital fixo e de giro associado; 
• Prestar garantias; 
• Prestar serviços de consultoria e de agente financeiro; 
• Prestar serviços de administrador de fundos de desenvolvimento. 
 
 
Investidores Institucionais 
 
Não constituem uma instituição financeira em si, mas constituem um tipo de investidor que 
por gerenciar recursos de terceiros e/ou para garantir suas obrigações constratuais com 
terceiros, deve aplicar os recursos de que disõem de acordo com regras previamente 
definidas pela entidade fiscalizadora do seu segmento de atividade. Podem ser agrupados 
em: 
 
 Fundos Mútuos de Investimento - São constituídos na forma de condomínios 
abertos ou fechados e representam reunião de recursos de poupança, destinados à 
aplicação em carteira diversificada de títulos e valores mobiliários, com o objetivo de 
propiciar a seus condôminos valorização de cotas, a um custo global mais baixo, ao 
mesmo tempo que tais recursos se constituem em fonte de recursos para 
investimento em capital permanente das empresas. 
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Antonio Cláudio da Silva 
 
 
 
23 
 
 Entidades Abertas e Fechadas de Previdencia Complementar - São instituições 
restritas a determinado grupo, contribuintes ou não, com o objetivo de valorização 
de seu patrimônio, para garantir a complementação da aposentadoria e, por esta 
razão orientadas, a aplicar parte de suas reservas técnicas no mercado financeiro e 
de capitais. 
 
 Seguradoras - A lei da reforma bancária 4595/64 enquadrou as seguradores como 
instituições financeiras, subordinando-as as novas disposições legais, sem contudo, 
introduzir modificações de profundidade na legislação específica aplicável à 
atividade. As seguradoras são orientadas pelo BACEN quanto aos limites de 
aplicação de suas reservas técnicas nos mercados de renda fixa e renda variável. 
 
 
BOVESPA – Bolsa de Valores de São Paulo 
 
Fundada em 23 de agosto de 1890, a bolsa de valores de São Paulo – BOVESPA, tem 
uma longa história de serviços prestados ao mercado de capitais e a economia brasileira. 
Até meados da década de 60, a BOVESPA e as demais bolsas brasileiras eram entidades 
oficiais corporativas, vinculadas as secretarias de finanças dos governos estaduais e 
compostas por corretores nomeados pelo poder publico. 
 
No passado, as bolsas de valores eram sociedades civis sem fins lucrativos. A seu 
patrimônio era representado por títulos patrimoniais pertencentes as sociedades corretoras 
membros. 
 
Atualmente são sociedades anônimas, com autonomia administrativa, patrimonial e 
financeira e estão sujeitas a supervisão da Comissão de Valores Mobiliários, conforme as 
diretrizes do CMN. 
 
A ampliação do uso da informática, em 1999 foi lançado o HOME BROKERS e o AFTER-
MARKET, meios para facilitar e permitir a participação do pequeno e médio investidor no 
mercado. 
 
HOME BROKER – Permite que o investidor, por meio do site das corretoras na Internet, 
transmita sua ordem de compra ou de venda diretamente ao sistemade negociação na 
BOVESPA. 
 
AFTER-MARKET – É a possibilidade de efetuar a ordem de compra ou de venda em uma 
sessão noturna, das 17:30 as 19:00 horas. 
CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro 
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24 
 
A legislação atual autoriza as bolsas de valores a negociarem títulos e valores mobiliários 
de emissão ou co-responsabilidade de companhia abertas, registrados na CVM, tais como: 
 
 Opções de Compra e venda de Ações de Cias Abertas; 
 Contratos futuros de Ações; 
 Debêntures; 
 Commercial Papers registrados para colocação pública; 
 BDRs (Brazilian Depository Receipts) 
 
No Brasil, a única Bolsa de Valores em operação é a Bolsa de Valores de São Paulo – 
BOVESPA. 
 
As resoluções 2.690, de 28/01/2000 e 2.709, de 30/03/2000, ambas do BACEN, 
disciplinaram a nova constituição, a organização e o funcionamento das bolsas de valores, 
aumentando e revolucionando sua flexibilidade. 
 
Por estas novas regras, as bolsas puderam deixar de ser entidades sem fins lucrativos e se 
transformaram em sociedade anônima. Não somente as corretoras podem ser sócias mas, 
também, qualquer pessoa física ou jurídica. 
 
 
BM&F – Bolsa de Mercadorias e Futuros 
 
A Bolsa Brasileira de Mercadorias era uma associação civil, sem fins lucrativos, com sede 
administrativa e foro no Distrito Federal. Ela exerce suas atividades operacionais por meio 
das corretoras vinculadas a Centrais Regionais de Operações (CROs), instaladas nas 
cidades de Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), 
Goiânia (GO), Porto Alegre (RS), São Paulo (SP), Uberlândia (MG) e Escritório em 
Florianópolis (SC). 
 
Seu quadro era constituído somente pelas seguintes categorias de associados: 
 
 Associado Instituidor: a BM&F, que detém 203 títulos patrimoniais; 
 Corretoras Associadas: sociedades corretoras de mercadorias detentoras de 202 
títulos patrimoniais. 
 
No final de 2006, ele tornou-se uma sociedade anônima, com ações negociadas na 
BOVESPA e, em 2007, fundiu-se com a BOVESPA, criando a empresa BM&F e BOVESPA 
S.A. 
 
A BM&F tem como principal objetivo organizar, desenvolver e prover o funcionamento, por 
meio de sistemas de negociação, de transações com mercadorias, bens, serviços e títulos, 
nos mercados primário e secundário, nas modalidades a vista, a prazo e a termo. 
CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro 
Antonio Cláudio da Silva 
 
 
 
25 
 
No desenvolvimento dos sistemas da Bolsa Brasileira de Mercadorias, foram levados em 
conta fatores estruturais, dos quais se destacam os mais importantes: 
 
 A necessidade de organizar o mercado físico, de forma a atrair compradores e 
vendedores interessados em preços transparentes para seus produtos; 
 A necessidade de viabilizar o mercado secundário de títulos por meio do endosso 
eletrônico desses papéis, com vistas em dar liquidez a esse mercado, condição 
essencial para a consolidação de um mercado primário efetivamente ativo e capaz 
de estimular a participação da iniciativa privada; 
 
Em 22 de abril de 2002, foi dado início às atividades da Clearing de Câmbio BM&F 
(Operação de Câmbio compra e venda para pagamento das aquisições na BM&F ). 
 
No dia 25 de abril de 2002, a BM&F adquiriu da Companhia Brasileira de Liquidação e 
Custódia (CBLC) os direitos de gestão e operacionalização das atividades da câmara de 
compensação e liquidação de operações com títulos públicos, títulos de renda fixa e ativos 
emitidos por instituições financeiras; e os títulos patrimoniais da Bolsa de Valores do Rio de 
Janeiro (BVRJ) de seus titulares, bem como os direitos de administração e 
operacionalização do sistema de negociação de títulos públicos e outros ativos, conhecido 
como Sisbex. 
 
Em 29 de agosto de 2002, lançou a Bolsa Brasileira de Mercadorias, que reúne, além da 
BM&F, que lhe presta serviços de compensação e liquidação, as bolsas de mercadorias 
dos estados de Goiás, Mato Grosso do sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e 
Uberlândia (MG), transformadas em Centrais Regionais de Operação, com o intuito de 
formar um grande mercado nacional para as commodities agropecuárias, com mecanismos 
modernos de formação de preços e sistema organizado de comercialização. 
 
Em 22 de outubro de 2002, iniciou-se o funcionamento da Bolsa Brasileira de Mercadorias. 
 
Em 2004, foi criada a Central Regional de Operação do Ceará. 
 
Em 12 de novembro de 2002, a BM&F negociou acordo com a FEBRABAN (Federação 
Brasileira de Bancos) e com a Central de Compensação e Liquidação S/A, visando a 
cessação das atividades de registro, compensação e liquidação de operações com títulos 
públicos e privados de renda fixa desenvolvidas por esta última e a sua conseqüente 
centralização na BM&F. 
 
Em 14 de maio de 2004, foram iniciadas as operações da Clearing de Ativos BM&F. Com 
isso, a BM&F ampliou sua atuação para se transformar na principal clearing da América 
Latina, proporcionando um conjunto integrado de serviços de registro, compensação e 
liquidação de ativos e derivativos, e oferecendo ao mesmo tempo economias de escala, 
custos competitivos e segurança operacional. 
 
Em 12 de novembro de 2002, a BM&F negociou acordo com a FEBRABAN (Federação 
Brasileira de Bancos) e com a Central de Compensação e Liquidação S/A, visando a 
cessação das atividades de registro, compensação e liquidação de operações com títulos 
públicos e privados de renda fixa desenvolvidas por esta última e a sua conseqüente 
centralização na BM&F. 
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Antonio Cláudio da Silva 
 
 
 
26 
 
Em 14 de maio de 2004, foram iniciadas as operações da Clearing de Ativos BM&F. Com 
isso, a BM&F ampliou sua atuação para se transformar na principal clearing da América 
Latina, proporcionando um conjunto integrado de serviços de registro, compensação e 
liquidação de ativos e derivativos, e oferecendo ao mesmo tempo economias de escala, 
custos competitivos e segurança operacional. 
 
No dia 29 de janeiro de 2004, o Banco Central do Brasil emitiu resolução por meio da qual 
autorizou as bolsas de mercadorias e futuros a constituir banco comercial para atuar no 
desempenho de funções de liquidante e custodiante central, prestando serviços às bolsas 
e aos agentes econômicos responsáveis pelas operações nelas realizadas. 
 
Assim, a BM&F deu início ao processo de criação do Banco BM&F de Serviços de 
Liquidação e Custódia S.A. 
 
 
2.3.12 – Instituições e Sistemas de Registro, Custódia e Liquidação de Títulos 
 
 
SELIC – Sistema Especial de Liquidação e Custódia 
 
 
É um sistema informatizado criado em 1980, sob a responsabilidade do BACEN e da 
ANDIMA (Associação Nacional das Instituições dos Mercados Abertos). O SELIC é um 
grande sistema computadorizado on-line. Somente as instituições financeiras credenciadas 
no mercado financeiro têm acesso ao SELIC, o qual opera em tempo real, permitindo que 
os negócios tenham liquidação imediata. Os operadores das instituições envolvidas em 
uma transação com esses títulos, após acertarem os negócios, transferem estas 
operações, via terminal, ao SELIC 
 
O sistema imediatamente transfere o registro do título para o comprador e faz o crédito na 
conta do vendedor do título. Ambas as partes têm certeza da validade da operação 
efetuada. 
 
Apenas títulos públicos federais, quer sejam emitidos pelo Tesouro Nacional que pelo 
BACEN, e os títulos públicos estaduais e/ou municipais, emitidos até Janeiro de 1992, 
são registrados no SELIC. Os títulos estaduais e municipais posteriores a Janeiro de 
1992 são registrados no CETIP. 
 
CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro 
Antonio Cláudio da Silva 
 
 
 
27 
 
CETIP – Câmara de Custódia e LiquidaçãoEntidade sem fins lucrativos criada pelas instituições financeiras e o Banco Central, em 
03/86, para garantir mais segurança e agilidade às operações do mercado financeiro 
brasileiro. 
 
É uma empresa de custódia eletrônica e de liquidação financeira de títulos públicos e 
privados, que se constitui na forma de um mercado de balcão organizado para registro e 
negociação de títulos e valores mobiliários de renda fixa. Ela oferece o suporte necessário 
a toda a cadeia de operações, prestando serviços integrados de custódia, negociação on-
line, registro de negócios e liquidação financeira, além de prover sistemas e suporte 
tecnológico para a Câmara Interbancária de Pagamentos – CIP, a clearing de Pagamentos 
da FEBRABAN, no SPB. 
 
Os ativos negociados na CETIP representam quase a totalidade dos títulos e valores 
mobiliários privados de renda fixa, as cotas de fundos de investimento, os derivativos 
(contratos de swap, contrato a termo de moeda sem entrega física e derivativos de crédito), 
os títulos emitidos por estados e municípios que ficaram de fora das regras de rolagem e o 
estoque de papéis utilizados como moedas de privatização de emissão do Tesouro 
Nacional. 
 
 
2.3.13 – BM - Bancos Múltiplos 
 
Os bancos múltiplos surgiram através da Resolução 1524/88, do CMN, a fim de 
racionalizar a administração das instituições financeiras. O estatuo de um banco múltiplo 
permite que algumas dessas instituições, que muitas vezes eram empresas de um mesmo 
grupo econômico, se constituam em uma única instituição financeira com personalidade 
jurídica própria e, portanto, com um único balanço patrimonial, um único caixa e, 
conseqüentemente, significativa redução de custos. Em termos práticos, mantém as 
mesmas funções de cada instituição em separado, com as vantagens de contabilizar as 
operações como uma só instituição. 
 
As carteiras de um banco múltiplo envolvem: 
 
 Carteira Comercial (regulamentação dos bancos comerciais); 
 Carteira de Investimento (regulamentação dos bancos de investimento); 
 Carteira de Crédito Imobiliário (regulamentação das SCI); 
 Carteira de Aceita (regulamentação das FINANCEIRAS); 
 Carteira de Desenvolvimento (regulamentação dos bancos de desenvolvimento) 
 Carteira de Leasing (regulamentação das empresas de Leasing) 
 
Para configurar a existência do banco múltiplo, ele deve possuir pelo menos duas das 
carteiras acima, sendo obrigatoriamente, uma deles ser a CARTEIRA COMERCIAL ou 
CARTEIRA DE INVESTIMENTO. 
 
CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro 
Antonio Cláudio da Silva 
 
 
 
28 
 
2.3.14 – Instituições ligadas ao Sistema de Previdência e Seguros 
 
 
SNSP – Sistema Nacional de Seguros Privados 
 
 
O decreto 73, de 21.11.66 instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP), ainda 
vigente, composto da seguinte forma: 
 
 Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP; 
 Superintendência de Seguros Privados – SUSEP; 
 IRB – Brasil Resseguros S/A – IRB-Re; 
 Sociedades autorizadas a operar com seguros privados; 
 Corretores de Seguros habilitados. 
 
CNSP - Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) 
 
É o órgão NORMATIVO das atividades de SEGUROS no Brasil. 
 
O órgão foi criado pelo Decreto-Lei nº 73/66 e alterada pela Lei 10.190/01, diploma que 
institucionalizou, também, o Sistema Nacional de Seguros Privados, do qual é o órgão de 
cúpula. 
 
A principal atribuição do CNSP, na época da sua criação, era a de fixar as diretrizes e 
normas da política governamental para os segmentos de Seguros Privados e 
Capitalização, tendo posteriormente, com o advento da Lei nº 6.435, de 15.07.77, as suas 
atribuições se estenderam à Previdência Privada, no âmbito das entidades abertas. 
 
 
Suas principais atribuições são: 
 
 Fixar diretrizes e normas de políticas de seguros privados, de capitalização e de 
previdência complementar; 
 Regular a constituição, a organização, o funcionamento e a fiscalização dos que 
exercem atividades subordinadas ao SNSP, bem como aplicação das 
penalidades previstas; 
 Fixas as características gerais dos contratos de seguros, previdências 
complementar abertas, capitalização e resseguro; 
 Estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro; 
 Prescrever os critérios de constituição das seguradoras, sociedades de 
capitalização, entidades de previdência complementar aberta e resseguradoras, 
com fixação dos limites legais e técnicos das respectivas operações; 
 Disciplinar a corretagem do mercado e a profissão de corretor e fixar normas 
gerais de contabilidade e estatística para as seguradoras, sociedades de 
capitalização, entidades de previdência complementar aberta e resseguradoras. 
CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro 
Antonio Cláudio da Silva 
 
 
 
29 
 
O CNSP tem se submetido a várias mudanças em sua composição, sendo a última através 
da edição da Lei nº10.190/01, que lhe determinou a atual estrutura. 
 
Composição: 
 
 Ministro de Estado da Fazenda ou seu representante, na qualidade de 
Presidente; 
 Superintendente da Superintendência de Seguros Privados- SUSEP, na 
qualidade de Vice-Presidente; 
 Representante do Ministério da Justiça 
 Representante do Banco Central do Brasil 
 Representante do Ministério da Previdência e Assistência Social 
 Representante da Comissão de Valores Mobiliários. 
 
 
Superintendência de Seguros Privados - SUSEP 
 
É o órgão responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguros, previdência 
complementar aberta, capitalização e resseguros no Brasil. 
 
Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, foi criada pelo DL nº 73/66, que também 
instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados, do qual fazem parte ainda o Conselho 
Nacional de Seguros Privados (CNSP), o IRB-Brasil Resseguros S.A (IRB-Re), as 
sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalização, as entidades de 
previdência complementar aberta e corretores de seguros habilitados. 
 
São atribuições da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP): 
 
 Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das 
Sociedades Seguradoras, de Previdência Complementar Aberta e de 
Capitalização e resseguradoras; 
 Aprovar os limites de operações das seguradores, em conformidade com os 
critérios fixados pelo CNSP; 
 Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados 
supervisionados; 
 Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores desse mercado; 
 Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição, assegurando sua 
expansão e o funcionamento das entidades que neles operam. 
 
 
IRB-Brasil Resseguros S.A. – IRB-Re 
 
É uma entidade de economia mista, vinculada ao Ministério da Fazenda, dotada de 
personalidade jurídica própria de direito privado e que goza de autonomia administrativa e 
financeira. Seu capital está dividido entre a União (50%) e as seguradores autorizadas a 
operar no País (50%). Atualmente o IRB-Re continua sendo o único ressegurador 
autorizado a operar no Brasil, detendo o monopólio do resseguro. 
CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro 
Antonio Cláudio da Silva 
 
 
 
30 
 
Instituição criada em 1939 por Getúlio Vargas para concentrar nas empresas nacionais o 
resseguro do país, através da própria empresa e de sua política de retrocessão, em que a 
maior parte do risco era redividido entre as seguradoras nacionais. 
 
O IRB-Re tem a finalidade de regular o cosseguro, o resseguro e a retrocessão, bem como 
promover o desenvolvimento das operações de seguro, segundo as diretrizes do CNSP. 
 
 
Sociedades Seguradoras 
 
O mercado de seguros é operado por sociedades seguradoras constituídas sob a forma de 
sociedades anônimas. 
 
As seguradores recebem autorização para operar os ramos elementares, noramo vida, ou 
em ambos. As seguradoras que possuem autorização para operar no ramo vida, podem 
também, comercializar planos de previdência, conforme a Lei Complementar 109/01. 
 
 
Corretoras de Seguros 
 
O corretor de seguros, pessoa física ou jurídica, é o intermediário legalmente autorizado a 
angariar e promover contratos de seguro entre as Sociedades Seguradoras e as pessoas 
físicas ou jurídicas de direito privado. Na contratação da apólice, o corretor é representante 
do segurado. 
 
O exercício da profissão, de corretor de seguros, depende de prévia habilitação e registro 
junto a SUSEP. 
 
 
Sociedade de Capitalização 
 
São organizadas sob a forma de sociedade anônima, não podem distribuir lucros ou 
quaisquer fundos correspondentes às reservas patrimoniais, se essa distribuição prejudicar 
a reserva; não podem requerer concordata e somente estão sujeitas à falência se, 
decretada a liquidação extrajudicial, o ativo não for suficiente para o pagamento de pelo 
menos a metade dos credores quirografários, ou quando houver fundados indícios de 
ocorrência de crime falimentar. 
 
A autorização de funcionamento será concedido pelo Ministério da Fazenda e a sua 
fiscalização exercida pelo CNSP através da SUSEP. Somente as sociedades de 
capitalização poderão operar os planos e emitir os títulos de capitalização. 
 
CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro 
Antonio Cláudio da Silva 
 
 
 
31 
 
SPC - Secretaria de previdência Complementar 
 
É um órgão executivo do Ministério da Previdência e Assistência Social – MPAS, 
responsável pelo controle e fiscalização dos planos de previdência complementar 
FECHADOS. Em 30.04.04, foi sugerida a pela MP 233, mas não aprovada, a sua 
substituição pela PREVIC, que pretendia ser uma autarquia de natureza especial do 
Ministério da Previdência Social – MPS, responsável pela supervisão e fiscalização das 
atividades das entidades de previdência privada fechada. 
 
Suas principais atribuições são: 
 
 Proceder à fiscalização das atividades das entidades fechadas de previdência 
complementar e suas operações, e aplicar as penalidades cabíveis, nos termos 
da legislação vigente; 
 Expedir instruções e estabelecer procedimentos para aplicação das normas 
relativas à sua área de competência, de acordo com as diretrizes específicas do 
Conselho Nacional de Previdência Complementar; 
 Autorizar a constituição e o funcionamento das entidades fechadas de 
previdência complementar, bem como a aplicação dos respectivos estatutos e 
regulamentos de planos e benefícios e de sua alterações; 
 Autorizar as operações de fusão, cisão, incorporação ou qualquer outra forma de 
reorganização societária, relativa às entidades fechadas de previdência 
complementar; 
 Autorizar a celebração de convênios e termos de adesão por patrocinadores e 
instituidores, e suas alterações, bem como as retiradas de patrocinadores e 
instituidores; 
 Harmonizar as atividades das entidades fechadas de previdência complementar 
com as normas e políticas estabelecidas para o segmento; 
 Decretar intervenção e liquidação extrajudicial das entidades fechadas de 
previdência complementar, bem como nomear interventor ou liquidante nos 
termos da legislação aplicável. 
 
 
Entidades de Previdência Complementar 
 
As entidades de previdência complementar têm por objetivo instituir planos privados de 
concessão de pecúlios ou de rendas mediante contribuição dos seus participantes, dos 
respectivos patrocinadores e/ou instituidores ou de ambos. 
 
As entidades de previdência complementar são classificadas em: 
 
 Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) - 
 Entidades Abertas de previdência Complementar (EAPC). 
 
CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro 
Antonio Cláudio da Silva 
 
 
 
32 
 
As Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) – Também conhecidas 
como fundos de pensão, constituem-se sob a forma de fundação ou sociedade civil e 
possuem como principais características: 
 
 Ausência de finalidade lucrativa; 
 Abrangência restrita aos empresados ou servidores vinculados, 
respectivamente, a empresas da iniciativa privada ou aos entes estatais; 
 São reguladas e fiscalizadas pela SPC. 
 
Exemplos: PREVI, CENTRUS, PETROS, VOAR, FUNCEF, etc. 
 
As Entidades Abertas de previdência Complementar (EAPC) – São constituídas sob a 
forma de Sociedades Anônimas, com exceção das entidades abertas sem fins lucrativos, já 
autorizadas a funcionar quando entrou em vigor a LC 109/01, que podem manter sua 
organização jurídica de sociedade civil. Os planos abertos de previdência complementar 
são acessíveis a qualquer pessoa física e são regulados pelo Conselho Nacional de 
Seguros Privados e SUSEP. 
 
Exemplos: CAIXA PREVIDÊNCIA, BRADESCO PREVIDÊNCIA, BRASILPREV, 
PREVINVEST, etc. 
 
 
 
Conhecimentos Bancários – Uma introdução ao Mercado Financeiro 
Prof. Antonio Cláudio da Silva 
 
33 
 
2.3.15 – Questões de Concursos 
 
01. (FGV/BESC/2004) Assinale a afirmativa correta. 
 
(A) As companhias seguradoras subordinam-se à 
Bolsa de Valores e são por ela fiscalizadas. 
(B) A CVM é um órgão fiscalizador dos bancos 
múltiplos. 
(C) As sociedades de crédito imobiliário e poupança 
não são instituições financeiras. 
(D) As corretoras de seguros são instituições criadas 
para dar suporte às seguradoras na captação de 
seguros. 
(E) As companhias seguradoras são instituições 
captadoras de depósitos à vista. 
 
02. (FGV/BESC/2004) A Lei de Reforma do Sistema 
Financeiro Nacional (4.595/64) criou: 
 
(A) o Comitê de Política Monetária e as bolsas de 
valores. 
(B) o Banco Central do Brasil e a Comissão de 
Valores Mobiliários. 
(C) a Comissão de Valores Mobiliários e o Conselho 
Monetário Nacional. 
(D) o Banco Central do Brasil e o Conselho 
Monetário Nacional. 
(E) a Sumoc – Superintendência da Moeda e do 
Crédito. 
 
03. (FGV/BESC/2004) A instituição financeira 
responsável pela operacionalização das políticas do 
Governo Federal para a habitação popular e 
saneamento básico, utilizando recursos de 
cadernetas de poupança, é: 
 
(A) o Banco Central do Brasil. 
(B) a Caixa Econômica Federal. 
(C) a Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários. 
(D) o Banco de Investimento. 
(E) a Bolsa de Valores. 
 
04. (FGV/BESC/2004) O Banco Nacional de 
Desenvolvimento Econômico e Social é a instituição 
responsável pela política de investimentos de longo 
prazo do Governo Federal. Como instituição 
financeira de fomento, NÃO é seu objetivo: 
 
(A) impulsionar o desenvolvimento econômico e 
social do País. 
(B) fortalecer o setor empresarial nacional. 
(C) atenuar os desequilíbrios regionais criando 
novos pólos de produção. 
(D) o recebimento, a crédito do Tesouro Nacional, 
das arrecadações de tributos e rendas federais. 
(E) promover o crescimento e a diversificação de 
exportações. 
 
05. (FGV/BESC/2004) A Cetip (Central de Custódia 
e de Liquidação Financeira de Títulos) foi criada 
para dar ao mercado financeiro e de capitais maior 
transparência, segurança e credibilidade nas 
operações realizadas. Qual dos títulos abaixo NÃO 
é administrado pela Cetip? 
 
(A) Letras de câmbio 
 
(C) Depósitos interfinanceiros 
(D) Letras hipotecárias 
 
 
06. (FGV/BESC/2004) A taxa-Selic é a taxa básica 
da nossa economia, criada e administrada por um 
órgão normativo diretamente subordinado ao 
presidente do Banco Central. O nome desse órgão 
é: 
 
(A) Conselho Nacional de Seguros Privados 
(B) Copom – Conselho de Política Monetária 
(C) Comissão de Valores Mobiliários 
(D) Central de Liquidação Financeira e de Custódia 
de Títulos 
(E) Bolsa de Valores 
 
07. (FGV/BESC/2004) Assinale a afirmativa FALSA. 
 
(A) As cooperativas de crédito atuam basicamente 
no setorprimário da economia, com o objetivo de 
permitir uma melhor comercialização de produtos 
rurais. 
(B) Os bancos de investimento podem manter 
contas correntes de seus clientes e captam recursos 
pela emissão de CDBs e RDBs. 
(C) As sociedades de crédito, financiamento e 
investimentos têm a função de financiar bens de 
consumo duráveis por meio do crediário ou do 
crediário ao consumidor. 
(D) As sociedades de crédito imobiliário são 
instituições financeiras integrantes do Sistema 
Financeiro Nacional, especializadas em operações 
de financiamento imobiliário e constituídas sob a 
forma de sociedade anônima. 
(E) Depósitos à vista são operações de captação de 
fundos exclusivamente das instituições financeiras 
monetárias. 
 
08. (FGV/BESC/2004) Assinale a afirmativa FALSA. 
 
(A) O Conselho Monetário Nacional é responsável 
pelas políticas monetária e cambial. 
(B) O Ministro da Fazenda faz parte da composição 
do Conselho Monetário Nacional. 
(C) O BNDES é o gestor dos recursos do fundo de 
garantia por tempo de serviço. 
(D) O Banco Central do Brasil é o órgão regulador e 
supervisor das atividades das instituições financeiras 
no Brasil. 
(E) Uma das atribuições do Conselho Monetário 
Nacional é autorizar as emissões de papel-moeda. 
 
Conhecimentos Bancários – Uma introdução ao Mercado Financeiro 
Prof. Antonio Cláudio da Silva 
 
34 
09. (FGV/BESC/2004) São entidades ligadas aos 
Sistemas de Previdência e Seguros: 
 
(A) sociedades seguradoras e caixa de liquidação e 
custódia 
(B) administradoras de consórcio e entidades 
abertas de previdência privada 
(C) sociedades de capitalização e sociedades de 
títulos e valores mobiliários 
(D) agências de fomento ou de desenvolvimento e 
entidades fechadas de previdência privada 
(E) entidades fechadas de previdência privada e 
entidades abertas de previdência privada 
 
10. (FGV/BESC/2004) Assinale a afirmativa FALSA. 
 
(A) As companhias de factoring são empresas 
comerciais que operam na aquisição de faturamento 
das empresas industriais e comerciais. 
(B) As companhias de leasing operam no 
arrendamento mercantil. 
(C) As companhias de seguros são empresas 
administradoras de riscos, com a obrigação de 
pagar indenizações se ocorrerem perdas e danos 
nos bens segurados. 
(D) As companhias de crédito, financiamento e 
investimento são instituições privadas, constituídas 
na forma de sociedade anônima, que têm por 
objetivo o financiamento ao consumo, captando 
recursos no mercado basicamente por meio da 
colocação de letras de câmbio. 
(E) Os bancos múltiplos podem operar 
simultaneamente, com autorização do BNDES, 
carteiras de banco comercial, de investimentos, de 
crédito imobiliário, de crédito, financiamento e 
investimento, de arrendamento mercantil e 
desenvolvimento. 
 
11. (FGV/BESC/2004) Assinale a afirmativa 
verdadeira. 
 
(A) A Secretaria de Previdência Complementar é o 
órgão executivo do Ministério da Previdência e 
Assistência Social, responsável pelo controle e 
fiscalização dos planos e benefícios e das atividades 
das entidades de Previdência Privada Fechada. 
(B) O Banco do Brasil é um órgão da administração 
indireta do País, sob a forma de autarquia. 
(C) A Superintendência de Seguros Privados é o 
órgão responsável pelo controle e fiscalização do 
mercado de ações. 
(D) A Comissão de Valores Imobiliários tem por 
finalidade a fiscalização e a regulação do mercado 
de seguros. 
(E) As distribuidoras de títulos e valores mobiliários 
são membros das bolsas de valores e, para 
exercício de suas atividades, não dependem de 
prévia autorização do Banco Central do Brasil. 
 
 
12. (ACEP/BNB/2004) Considerando as principais 
funções e finalidades do Conselho Monetário 
Nacional e do Banco Central do Brasil, analise as 
afirmações de I a IV: 
 
I) o Conselho Monetário Nacional é um órgão 
ligado diretamente ao Congresso Nacional; 
II) a política do Conselho Monetário Nacional 
objetiva, dentre outras finalidades, zelar pela 
liquidez e solvência das instituições financeiras; 
III) dentre as principais funções do Banco Central 
do Brasil destacam-se a formulação, execução e 
acompanhamento da política monetária; 
IV) é considerada função do Banco Central do Brasil 
a emissão e a execução dos serviços do meio 
circulante. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
A) são verdadeiros os itens I, III e IV. 
B) são verdadeiros os itens I, II e III. 
C) são verdadeiros os itens I, II e IV. 
D) são verdadeiros os itens II,III e IV. 
E) apenas os itens III e IV são verdadeiros. 
 
13. (ACEP/BNB/2004) Marque a alternativa 
CORRETA sobre as características e atribuições 
legais das instituições financeiras pertencentes ao 
Sistema Financeiro Nacional: 
 
A) consideram-se instituições financeiras, as 
pessoas jurídicas públicas e privadas que 
tenham como atividade principal a intermediação 
de recursos financeiros próprios. 
B) as instituições financeiras somente poderão 
funcionar no país mediante prévia autorização 
do Banco Central do Brasil ou de decreto do 
Poder Executivo, quando forem estrangeiras. 
C) as instituições financeiras públicas federais, por 
sua personalidade jurídica, não estão sujeitas às 
mesmas disposições relativas às instituições 
financeiras privadas. 
D) é permitido às instituições financeiras conceder 
empréstimos e adiantamentos a seus diretores e 
membros do conselho de administração, na 
condição dos mesmos possuírem, pelo menos, 
20% do capital da instituição. 
E) as instituições financeiras podem manter 
aplicações ilimitadas em bens imóveis. 
 
14. (FCC/CAIXA/2004) A CAIXA é a instituição 
financeira responsável pela operacionalização das 
políticas do Governo Federal para habitação popular 
e saneamento básico, caracterizando-se cada vez 
mais como o banco de apoio ao trabalhador de 
baixa renda. 
 
Em seu estatuto estão previstos também outros 
objetivos, COM EXCEÇÃO de 
 
Conhecimentos Bancários – Uma introdução ao Mercado Financeiro 
Prof. Antonio Cláudio da Silva 
 
35 
(A) atuar nas áreas de atividades relativas a 
bancos comerciais sociedade de crédito imobiliário e 
de saneamento e infra-estrutura urbana. 
(B) Monopólio das operações de penhor, que 
consistem em empréstimos concedidos contra a 
garantia em bens e valor e alta liquidez, como jóias, 
metais preciosos, pedras preciosas, etc. 
(C) administração, com exclusividade, das 
loterias federais. 
(D) Ser órgão executivo e fiscalizador do 
Sistema Financeiro da Habitação, após a 
incorporação do BNH – Banco Nacional de 
Habitação. 
(E) Ser principal operador da política agrícola do 
governo. 
 
15. (FCC/CAIXA/2004) Assinale a afirmativa correta. 
 
(A) O Banco do Brasil é uma sociedade anônima 
de capital fechado, cujo controle acionário é 
exercido pela União. 
(B) O Conselho Monetário Nacional é um órgão 
normativo, desempenhando atividade 
executiva. Processa todo o controle do sistema 
financeiro, influenciando as ações de órgãos 
normativos. 
(C) O Banco Nacional do Desenvolvimento 
Econômico e Social define as regras, limites e 
condutas das instituições financeiras, além de 
ser considerado formulador de toda a política 
de moeda e do crédito. 
(D) Uma das atribuições do Conselho Monetário 
Nacional é fixar diretrizes e normas da política 
cambial, visando ao controle da paridade da 
moeda e o equilíbrio do balanço de 
pagamentos. 
(E) Dentre as principais atribuições de 
competência do Banco Central destaca-se 
efetuar o controle do crédito de capitais 
estrangeiros e executar os serviços de 
compensação. 
 
16. (FCC/CAIXA/2004) Em relação ao subsistema 
de intermediação está correto afirmar que 
 
(A) os Bancos de Desenvolvimento apóiam 
formalmente o setor público da economia por 
meios de operações e financiamentos às 
empresas governamentais. 
(B) Os bancos comerciais

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