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1 Densitometria Óssea. HISTORICO: Em 1963 ao DRS Cameron e Sorensen publicaram na revista Science, os primeiros trabalhos de que se tem notícias sobre a densitometria óssea contemporânea. Apesar disso a história nos mostra que o interesse da ciência com a densitometria óssea é bem mais antigo. Em 1895 Roentgen publicava seus primeiros estudos sobre os raios x, surpreendentemente em 1897, apenas dois anos após os trabalhos de Roentgen, um pesquisador americano de nome Denis Publicou na revista Dental cosmo um artigo intitulado “ A New systen of measuremente of boné opacity” ou seja UM NOVO SISTEMA DE MENSURAÇÃO DA OPACIDADE ÓSSEA. Ao descrever o método como “novo”, é sugerido a existência prévia de outro método capaz de indicar a opacidade do osso, o qual não nos foi possível encontrar na literatura medica, em 1901, novamente na revista Dental cosmos parece ter sido quem empregou a densitometria pela primeira vez. Este parece ter sido o momento em que esse campo do conhecimento humano realmente se iniciou. Os anos 80 com o desenvolvimento da Dual x- Ray (DXA) foram especiais. Já em 1992, A organização Mundial da saúde (OMS) preocupava-se em reunir seus consultores para avaliar cientificamente a extensão da capacidade da densitometria enquanto recurso clinico. Em 1994 em publicação histórica a OMS propões que o diagnóstico da osteoporose; seja estabelecido tendo como base os resultados da densitometria expresso em desvio padrão (T-Scores) em relação a referencias das normalidades para adultos, jovens e saudáveis. Em novo conceito, embasado em numerosa literatura cientifica, determinou uma nova fase na atenção clinica a essa enfermidade. 2 DENSITOMETRIA ÓSSEA: A densitometria óssea é um exame de radiologia que mede, com rapidez e precisão, a densidade dos ossos. O resultado é comparado com padrões para idade e sexo. É principalmente usada para diagnosticar quadros de osteopenia ou de osteoporose, doenças nas quais a densidade e a quantidade de minerais são baixas e o risco de fraturas é alto a osteopenia é uma afecção óssea na qual os ossos perdem estes minerais e tem menor densidade o que os torna mais frágeis. Quando a perda óssea é grave a afecção se chama Osteoporose. Quem deve fazer o exame? O exame está indicado em mulheres em fase de pré-menopausa, pós- menopausa, em terapia hormonal e alguns tipos de medicação. Nas crianças, está indicado quando há necessidade de acompanhamento do desenvolvimento ósseo, em doenças osteometabolicas e ocasionalmente em regimes dietéticos para emagrecimentos. Que preparo é necessário? Caso o paciente acredite estar gravida, ela deve notificar seu médico. A rotina diária antes deste exame não precisa ser mudada, seja em relação a alimentos, bebidas ou medicamentos que contenham cálcio. OSTEOPOROSE A osteoporose é uma doença complexa cuja causa não são totalmente conhecidas. É uma doença que leva ao enfraquecimento dos ossos tornando-os vulneráveis aos pequenos traumas. A osteoporose é assintomática lenta e progressiva, com caráter silencioso faz com que usualmente, ela não seja diagnosticada até que ocorram as fraturas; principalmente nos ossos do punho, quadril e da coluna vertebral. O osso é um tecido vivo e em constante renovação ao longo da vida humana. O processo de destruição e reconstrução chamado de remodelação óssea, se mantem de acordo com o equilíbrio de cálcio no organismo. A massa 3 óssea do ser humano atinge seu pico aos 35 anos. A partir daí, começa a descrever em virtude do declínio no processo de reconstrução. A perda lenta e gradual de massa óssea ou osteopenia, é considerada normal e ambos os sexos. O fato preocupante para as mulheres é a perda acentuada logo após a menopausa, em função do declínio na produção de hormônios em seu organismo. Quando a perda de densidade atinge 30% da massa óssea a osteoporose está instalada e é possível encontrar diminutas cavidades no osso. Se não tratadas a doença deixa o esqueleto com aspecto de “queijo suíço”. O osso perde densidade e espessura, torna-se frágil e pode romper-se ao menor movimento ou esforço, ou decorrência de pequenas quedas. Complicações: A principal complicação da osteoporose é fratura dos ossos que ocorre mais comumente nas vertebras, em colo de fêmur e no terço distal do radio. Fatores que podem acelerar perda óssea: Estilo de vida Vida sedentária Tabagismo Estilismo Regime de emagrecimento História familiar Terapia de reposição hormonal 4 Doenças como: Hipertireoidismo Hiperparatireoidismo Diabete melito Prolactinoma Doenças inflamatórias intestinas ( doença de crhon) Insuficiência renal crônica Mieloma múltiplo Acromegalia Síndrome de cushing Leucemia Linfoma HIV positivo Doença celíaca Doenças reumáticas Medicamentos: Corticoides Hormônios tireoidianos Varfarina (marevan) Anticonvulsivante (gardenal por exemplo) Lítio Metrodexate Antiácidos que contenham alumínio (pepsamar por exemplo) 5 As mulheres têm um risco quatro vezes maior de desenvolver osteoporose porque, após a menopausa, apresentam diminuição da produção do hormônio estrogênio, que é importante para fixação do cálcio no osso. Os homens também podem desenvolver osteoporose frequentemente em decorrência de distúrbios de alguns medicamentos. Prevenção e tratamento: Sem dúvida o melhor tratamento é a prevenção. O exercício físico dentro dos limites de cada pessoa, representa uma boa medida preventiva , caminhar durante 30 a 60 min de 3 a 4 vezes por semana pode ser o suficiente. Os exercícios para tonificarem a musculatura das costas também são uteis. Deve-se aumentar a ingestão de cálcio seja por produtos lácteos, seja pela administração de sais de cálcio. As necessidades minerais de vitamina D , também devem ser supridas na menopausa, a reposição hormonal (com estrogênio) diminui significativamente a perda de massa óssea e reduz a incidência de fratura vertebral e dos quadril em aproximadamente 60% diminui os sintomas da menopausa e reduz até 50% a incidência de doenças cardiovasculares. Esse tipo de tratamento exige a realização de controles ginecológicos e mamários a cada 12 meses. Quando não é possível empregar estrogênios (idosos, mulheres com mais de 5 anos de menopausa e homens que não requerem testosterona) podem ser administrados disfosfonatos ou calcitoxina. Esse medicamento também tem se mostrados eficazes na prevenção da perda de massa óssea e na diminuição da incidência de fraturas vertebrais e do quadril. 6 Os episódios de dor (fraturas) devem ser tratados com analgésicos e repouso. Pode ser útil aplicar calor no local e usar cintas ortopédicas. Composição dos equipamentos de densitometria óssea: HARDWARE: Mesa escaneadora composta de uma mesa e um braço escaneador, contem suprimento de força, circuitos eletrônicos, mecânicos motorizados e a fonte de raiox. Braço escaneador: Consiste de um detector e um braço- suporte que serve de cabo condutor entre o detector e a mesa e inclui um painel de controle equipado com dois interruptores de posicionamentos que permitem a movimentação do braço examinador e detector. O interruptor Back/ front para trás /frente, permite a movimentação no sentido longitudinal da mesa, e o interruptor LEFT/RIGHT permite a movimentação do detector para esquerda e para a direita. É importante saber o significadode alguns símbolos que indicam, por exemplo: botão de parada de emergência, força ligada, laser ligado, raio x ligado,etc... COMPUTADOR: Armazena e analisam dados. Possui controles de comunicação entre ele e a mesa entre o monitor e a impressora. 7 MONITOR: Permite visualizar as imagens escaneadas e dos dados escaneados. TECLADO: Permite a comunicação com o computador. É usado para digitar os comandos e realizar as funções do computador. IMPRESSORA: Permite a criação de uma cópia no papel da imagem escaneada e da análise dos resultados. Software: Os vários fabricantes de equipamentos de densitometria óssea disponibilizam programas para a realização do exame da coluna, fêmur, antebraço e do corpo inteiro. Esses programas apresentam sub-menus operacionais que orientam o usuário na elaboração e impressão do relatório de análise densitometrica. Fatores que afetam os resultados na densitometria óssea: Técnica do operador para posicionamento e analise do exame. Calibração inadequada do equipamento Desconhecimento da história do paciente. Presença de artefatos (botões, zíper, etc...) Endurecimento do feixe de raiox, processo que ocorre com o tempo. 8 Contraste oleoso (mielografia) pode permanecer depositado no organismo do paciente por vários anos. Contraste baritados ( deve-se aguardar 5 dias para fazer o exame). Área de análise inadequadamente selecionada. Variação de temperatura na sala Uso recente de comprimido de cálcio Distorções da arquitetura esquelética Doenças degenerativas discal Espondilolister, cifoescoliose, fraturas vertebrais. Iniciando o exame. Após realizar a anamnese com o paciente, iniciar a rotina. Com o paciente na sala, identificar seu nome data de nascimento conferindo esses dados com o documento. É importante perguntar se o paciente já fez esse exame. Caso já tenha feito solicitar os exames anteriores para comparação juntamente com o resultado atual. 9 Protocolos de posicionamento: Coluna lombar Antero posterior (AP). Posicionar o paciente a mesa em D.D, observando se a coluna está o mais reto possível, com os MMSS ao longo do corpo com a palma das mãos voltadas para baixo, colocar os MMII do paciente sobre o bloco para retificar a coluna lombar, ajudando na separação das vertebras, de modo que esse bloco fique no ângulo de 60 a 90 graus em relação a mesa. Posicionar a luz do laser 5 cm acima do púbis. Iniciar o exame observando a aquisição da imagem na tela do computador. Se a imagem estiver satisfatória, prosseguir o exame. Se a imagem não for satisfatória, interromper o exame ajustar a imagem e reiniciar o procedimento. Adquirida a imagem da coluna lombar retirar o bloco de apoio e preparar para aquisição da imagem do fêmur. Importante: A coluna deve estar centrada, alinhada, as cristas ilíacas devem aparecer um pouco e estar alinhadas e também visualização do último par de costelas e parte da T12. É importante saber que a região a ser utilizada para estudo da análise é L1 –L4. Fêmur. Para exame do fêmur ainda com o paciente em D.D, ajustar o suporte triangular do seguinte modo. Com as mãos, fazer um movimento de rotação interna no membro a ser avaliado prendendo o pé no triangulo, imobilizando o membro. O outro pé deve ficar reto, alinhado com o suporte do lado contralateral, ficando com a perna reta longitudinalmente, paralela à linha central da mesa, posicionar a luz do laser aproximadamente 7,5 cm abaixo do 10 trocanter maior e no cento do fêmur. Esse posicionamento propicia um espaço suficiente entre os ossos ísquio- femural para uma análise correta. Importante: Itens a serem avaliados numa boa aquisição da imagem do fêmur, rotação da perna suficiente para analise adequada. Preservação das janelas 25-35 linhas na parte inferior e superior. Retificação do fêmur Ausência de metal O fêmur direito geralmente é escolhido. No caso de este não ser adequado por dificuldade de posicionamento, uso de prótese ou qualquer outro motivo que dificulte ou impossibilite a realização do exame escolher o fêmur contralateral. Antebraço Sente o paciente em uma cadeira próximo a mesa de exame, use uma cadeira sem braços e rodas, coloque o posicionador de antebraço sobre a mesa. O logotipo LUNAR deve ficar localizado próximo aos dedos do paciente. O posicionador do antebraço impede que o braço do paciente se mova durante a medição. O braço é posicionado na tabua de posicionamento com a palma da mão virada para baixo, perto do logotipo lunar, orientar o paciente a não se movimentar e deixar o punho relaxado. A linha vermelha mostra o centro da área de medição. Centralize o antebraço do paciente de modo que o radio e o cúbito estejam entre essas linhas. A linha azul indica o ponto inicial da medição. Posicione o antebraço do paciente de modo que a extremidade distal do cúbito fique nessa linha. Posicione também a luz do laser sobre a linha azul, no meio do punho ao iniciar uma medição. 11 Aperte as cintas de velcro sobre o pulso e antebraço, imediatamente abaixo do cotovelo. As correias precisam ficar fora da medição. Tenha cuidado para que o braço do paciente não se choque com a cabeça do paciente. Corpo inteiro: Paciente em D.D centralizado na mesa de exames use a linha central da mesa como referência para alinhar o paciente, as mãos do paciente deverão estar viradas para o lado com os polegares para cima, com as palmas direcionadas para as penas e os braços estendidos ao longo do corpo do paciente. Se possível as mãos não deverão tocar nas pernas. Os resultados exigem que a mão não deve tocar as pernas e que haja uma pequena lacuna de ar 1 cm entre os braços e o dorso. Verifique se os braços do paciente estão dentro da linha da área de varredura da mesa. A cabeça do paciente deve ficar aproximadamente 3cm abaixo da linha da almofada da mesa, se necessário utilize as faixas de velcro para prender os joelhos e pés do paciente, afim de impedir qualquer movimento durante a realização do exame.
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