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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA – UEPG Heloisa Carmen Zanlorensi Luiz Ricardo Rauch Maria Eugênia Meyer Levy Matheus Iensen Sérgio Luiz Mainardes do Valle MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO MRUV PONTA GROSSA 08/04/2014 2 Heloisa Carmen Zanlorensi Luiz Ricardo Rauch Maria Eugênia Meyer Levy Matheus Iensen Sérgio Luiz Mainardes do Valle MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO MRUV Relatório referente ao experimento com MRUV, como requisito para obtenção de nota parcial na disciplina de Física Experimental I, do curso de Licenciatura em Física, da Universidade Estadual de Ponta Grossa, ministrada pelo Prof. Dr. Alcione Roberto Jurelo. PONTA GROSSA 08/04/2014 3 Introdução Este relatório apresenta a análise experimental do Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV) de um móvel em um trilho de ar, e descreve as medidas da aceleração constante do corpo de modo algébrico e por meio de gráficos. Realizaram-se várias medidas sendo, posteriormente, calculado o tempo médio, a velocidade média e instantânea e a aceleração média ou instantânea do móvel. Em seguida, foi feita uma discussão em grupo sobre os resultados obtidos. 4 Teoria Um corpo tem Movimento Retilíneo Uniformemente Variado é aquele no qual o valor da aceleração permanece constante no decorrer do tempo, a velocidade varia uniformemente e o espaço percorrido aumenta proporcionalmente ao quadrado do tempo. É importante ressaltar que a aceleração é o quociente da variação de velocidade pelo intervalo de tempo correspondente, sendo sua unidade representada em metro por segundo ao quadrado (m/s²), conforme o SI - Sistema Internacional de Unidades: 2 2 / / velocidade m s m v m s a tempo s s t A aceleração média refere-se à diferença de velocidades, sendo 2 1v v v , e 2 1t t t (variação de tempo), e a instantânea corresponde a aceleração que um corpo possui em um determinado instante. Para calcular a aceleração instantânea é feita uma operação limite, tomando intervalos de tempo cada vez mais próximos de zero. 0 lim t v a t Contudo, como a aceleração permanece constante no caso do MRUV, seu valor será o mesmo para a aceleração média e para a instantânea. Do mesmo modo, a velocidade média é o quociente da variação de espaço pelo intervalo de tempo correspondente: 1 2 2 m m x v v v ou v t E a velocidade escalar instantânea é o limite da velocidade média quando t tende a zero. Mas nesse caso os valores de velocidade média e de velocidade instantânea diferem, pois a velocidade não permanece constante, aumenta ou diminui ao longo do tempo, conforme o valor da aceleração calculada. A posição ocupada pelo móvel e a distância percorrida é determinada pela Equação de Torricelli: 2 2 0 02. .( )v v a x x A função ( )x f t horária dos espaços (velocidade x tempo) resulta em uma parábola, representada pela equação: 2 0 0 1 . . . 2 x x v t a t 5 A função ( )v f t de velocidade é linear é representa-se na seguinte equação: 0 .v v a t Entre os estudiosos desses estudos em relação ao MRUV - Movimento Retilíneo Uniformemente Variado - se destacam Galileu Galilei, que foi um grande físico, matemático e astrônomo, nascido na Itália no ano de 1564 e é considerado um dos principais representantes do Renascimento Científico dos séculos XVI e XVII, e Torricelli, que também foi físico e matemático italiano, nasceu em Faenza, região ao Norte da Itália, em 15/10/1608, e era discípulo de Galileu. 6 Procedimento Experimental a) Procedimento Ao iniciarmos a aula, o professor fez uma breve explicação de como se comporta um corpo em Movimento Retilíneo Uniformemente Variado, em seguida mostrou as principais características do trilho de ar e demonstrou a utilidade do equipamento para o experimento. O primeiro passo foi nivelar o trilho de ar em todas as suas direções. Em seguida, inclinamos a parte esquerda em cerca de dois centímetros (2,0 cm), visando melhorar as condições para os cálculos do experimento. Depois fizemos as marcações da posição pelo qual o móvel passava, determinando cinco vezes o tempo necessário para que o móvel ocupasse cada uma de suas posições. Após a coleta das medidas, construímos os seguintes gráficos: ( )x f t , ( )v f t e 2 / ( )x t f t , e com a interpretação verificou-se os coeficientes lineares e angulares. Demonstramos que a aceleração independe da massa do corpo, também compreendemos como ajustar uma reta usando o Método dos Mínimos Quadrados, e fizemos a Teoria de Erros, alcançando enfim o resultado. b) Materiais Utilizados Os materiais utilizados para esta experiência foram: trilho de ar milimetrado; um móvel; notebook com o gerenciador de gráficos e planilhas Microsoft Excel 2010; cronômetro digital; e um medidor de nível para ângulo. 7 Imagem 01 – materiais utilizados para o experimento: trilho de ar milimetrado, cronômetro digital, trena, medidor de nível e notebook com software Microsoft Excel. Fonte: autoria própria Imagem 02 – nivelamento do trilho de ar. Fonte: autoria própria 8 Imagem 04 – cronometragem do deslocamento do móvel sobre o trilho de ar. Fonte: autoria própria Imagem 03 – pedaço de madeira para inclinação do trilho de ar. Fonte: autoria própria 9 Resultados Com base no experimento realizado, os resultados obtidos foram: Tabela 1: tempos obtidos em diferentes posições do movimento do móvel: (m)x (s)t (s)t (m/s)v (m/s)instv 2(m/s )a 0,0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,1 1,35 1,37 1,31 1,37 1,31 1,34 0,07 0,15 0,11 0,2 1,81 1,84 1,81 1,82 1,81 1,82 0,11 0,22 0,12 0,3 2,28 2,25 2,25 2,25 2,25 2,26 0,13 0,27 0,12 0,4 2,66 2,68 2,69 2,66 2,69 2,68 0,15 0,30 0,11 0,5 3,06 3,06 3,03 3,03 3,00 3,04 0,16 0,33 0,11 0,6 3,29 3,25 3,28 3,31 3,28 3,28 0,18 0,37 0,11 0,7 3,66 3,50 3,63 3,60 3,53 3,58 0,20 0,39 0,11 0,8 3,72 3,75 3,72 3,72 3,69 3,72 0,22 0,43 0,12 0,9 3,88 3,97 4,03 4,00 3,91 3,96 0,23 0,45 0,11 1,0 4,25 4,28 4,28 4,22 4,22 4,25 0,24 0,47 0,11 onde: 1 0 0 0 0 0 0 0 0 , 0 e 0 2 . , 0 e 0 i i i i i i i i inst i i t x x x x t v mas x t v n t t t t v v v v v v a mas v t a t t t t Diagrama do trilho de ar inclinado (cálculo da aceleração): θ g 145 cm 2 c m θ x a = g . senθ 10 Cálculo do ângulo de inclinação do trilho de ar e aceleraçãodo móvel: 2 cateto oposto 2 0,0138 0,0138 0,79º cateto adjacente 145 . 9,8 . 0,79 0,14 m/sx x x tg arctg a g sen a sen a Usando o Método dos Mínimos Quadrados para ajustar o gráfico, temos: Tempo Médio t (s) x Posição x (m) y x . y x 2 1,34 0,1 0,13 1,80 1,82 0,2 0,36 3,31 2,26 0,3 0,68 5,11 2,68 0,4 1,07 7,18 3,04 0,5 1,52 9,24 3,28 0,6 1,97 10,76 3,58 0,7 2,51 12,82 3,72 0,8 2,98 13,84 3,96 0,9 3,56 15,68 4,25 1,0 4,25 18,06 29,92 5,5 19,03 97,80 0 1 0 1 2 0 10 1 0 1 . . 5,5 .10 .29,92 19,03 .29,92 .97,8. . . 10 29,92 10 . 97,8 29,92 . 29,92 978 895,21 82,79 29,92 97,8 5,5 29,92 5,5 . 97,8 29,92 .19,03 537,9 569,38 31,48 19,03 97,8 5, y a N a x a a a ax y a x a x D Da Da 0 0 1 1 0 1 5 10 5,5 . 29,92 10 .19,03 164,56 190,3 25,74 19,03 29,92 31,48 0,38 coeficiente linear 82,79 25,74 0,31 aceleração do corpo 82,79 Se . então temos que 0,38 . 0,31 onde é o tempo Da a D Da a D y a a x y x x 11 Tabela para ajuste do gráfico a partir de 0,38 . 0,31y x : Tempo t (s) x Posição x (m) y 0,0 0,31 0,5 0,50 1,0 0,69 1,5 0,88 2,0 1,07 2,5 1,26 3,0 1,45 3,5 1,64 4,0 1,83 4,5 2,02 5,0 2,21 Cálculo do erro percentual 0,13 0,14 0,01 % 100 % 100 % 7,7% 0,13 0,13 E E E Tabela para os gráficos ( )v f t e 2 / ( )x t f t : Tempo t (s) x Posição x (m) y v 2 /x t 0,0 0,31 0,00 0,00 0,5 0,50 0,07 0,07 1,0 0,69 0,14 0,14 1,5 0,88 0,21 0,21 2,0 1,07 0,28 0,28 2,5 1,26 0,35 0,35 3,0 1,45 0,42 0,42 3,5 1,64 0,49 0,49 4,0 1,83 0,56 0,56 4,5 2,02 0,63 0,63 5,0 2,21 0,70 0,70 onde 2 2 1 2 . . 2 1 2 . com . . 2 a t x v a t e x a t t t 12 Gráficos Gráfico 01 – medição experimental da posição do móvel em MRUV. Gráfico 02 – medição experimental da posição do móvel em MRUV, ajustada pelo Método dos Mínimos Quadrados 13 Gráfico 03 – medição experimental da velocidade do móvel em MRUV. Gráfico 04 – gráfico de 2x/t em função de t 14 Discussão Ao nos familiarizarmos com o equipamento trilho de ar, treinamos a manipulação do móvel, verificando corretamente cada posição inicial e final a ser percorrida. Posteriormente, seguimos com os procedimentos. Com os resultados obtidos, pudemos analisar a variação da velocidade do móvel numa aceleração constante de 0,14 m/s². E graficamente observamos a relação matemática entre o espaço, a velocidade variável, o tempo médio e a aceleração constante do móvel em movimento, considerado retilíneo uniformemente variado conforme as características analisadas experimentalmente. 15 Conclusão Realizando as medições, pode-se observar em tempo médio a variação da velocidade conforme os valores obtidos em cada posição do móvel, notando-se que a aceleração de 0,14 m/s² é constante. E constatamos que a aceleração do móvel independe de sua massa. 16 Referências http://www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/Cinematica/muv.php http://www.fisica.ufpb.br/prolicen/Cursos/Curso1/mr31int.html http://www.e-biografias.net/torricelli/ http://www.suapesquisa.com/biografias/galileu/ Física. TASHIBANA, Armando T.; FERREIRA, Gil M.; ARRUDA, Miguel. Editora Nova Cultural Ltda, 256 p. São Paulo 1994.
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