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* Exercício e Diabetes Mellitus * Tipos Diabetes Mellitus Insulino-Dependente (DMID) também chamado de Tipo I ou Infanto-juvenil deficiência na produção da insulina destruição das células por reações auto-imunes Diabetes Mellitus Não-Insulino Dependente (DMNID) também chamado de Tipo II ou Maturidade deficiência na utilização da insulina * * * Diagnóstico Glicose plasmática em jejum > 126mg/dL Presença de polifagia, poliúria, polidpsia e perda de peso 2h de glicose plasmática >200mg/dL no TTG, após ingestão de 75g de glicose * Estimativas e Projeções Mundiais de DM no período 1994-2010 No Brasil 5 11 1994 2000 2010 Diabetes Tipo 1 11 18 23 Diabetes Tipo 2 99 157 216 Total 110 175 239 em milhões de indivíduos McCarty & Zimmet 1994 * No de pessoas com DM por grupo etário - 1995 e projeção para 2025 - H King 1998 Países em Desenvolvimento 0 20 40 60 80 100 120 140 20-44 45-64 65 anos + 1995 2025 0 10 20 30 40 50 20-44 45-64 65 anos + 1995 2025 milhões milhões Países Desenvolvidos * Diabetes Mellitus Tipo 1 Incidências em alguns países DIAMOND, 1993 * Estudo Multicêntrico de Prevalência DM Tipo 2 no Brasil MiS, Brasil 1986-1988 30 - 39 40 - 49 50 - 59 60 - 69 TOTAL (*) Grupos etários (anos) 2,7 5,5 12,7 17,4 7,6 7,6% * RR de DM tipo 2 ajustado para idade Faixa de IMC Manson JE, NEJM, 1990 Nurses´Health Study Risco de DM 2 de acordo com o IMC * Aspectos Epidemiológicos do DM Tipo 2 Diabetes e Morbidade Primeira causa de cegueira adquirida Primeira causa de ingresso nos programas de diálise no primeiro mundo e entre as 3 causas mais freqüentes na América Latina Importante determinante de amputações de MMII Entre os principais fatores de risco cardiovascular * Causas de morte no Diabetes * Níveis de prevenção do Diabetes PREVENÇÃO: SECUNDÁRIA TERCIÁRIA PRIMÁRIA Dieta saudável Peso adequado Exercício Tratamento do diabetes e das complicações Diagnóstico precoce Tratamento e controle adequado * Mudanças no estilo de vida previnem DM Tipo 2 em indivíduos de alto risco Tuimilehto, et al-N Engl j Med 344(18):1343,2001 522 indivíduos: obesos e alteração de tolerância a glicose INCIDÊNCIA DE DM 23% REDUÇÃO DE RISCO Controle Dieta Atividade física 11% 58% * Tratamento A finalidade do tratamento do Diabetes, é manter as condições metabólicas as mais próximas possíveis dos padrões de normalidade, evitando flutuações exageradas da glicemia, e permitindo ao paciente uma vida assintomática e confortável * Tríade de Controle da Doença Exercício Físico Dieta Medicamento * ESTUDO DE PREVALÊNCIA DO DM NO BRASIL HIPOGLICEMIANTE ORAL 40,7% APENAS DIETA 29,1% NENHUM 22,3% INSULINA 7,9% Inadequação do tratamento * * Tipo Aeróbio que não imponha grande stress ortopédico Freqüência 3x/semana Intensidade 40 – 70%VO2máx Duração 30 minutos * Atividade Física Possível melhoria no controle da glicemia melhoria na sensibilidade à insulina - menor requisição medicamentosa, redução da gordura corporal, benefícios cardiovasculares, redução do estresse, prevenção do Tipo II. (ACSM, 1997) o aumento da tolerância à glicose pode desaparecer dentro das 24 a 48 horas após a última sessão de treinamento * Recomendações: As medidas da glicemia, PA e FC são fundamentais. Ingerir carboidratos de rápida absorção antes e durante exercícios prolongados (ACSM, 1995). Idealmente 15g adicionais para uma hora de exercício, ou, para exercícios intensos ou prolongados, de 15 a 30g a cada hora (ACSM, 1997). Conhecer os sinais e sintomas de hipoglicemia Acompanhamento constante Evitar exercícios durante picos insulínicos Diminuir a dose de insulina exógena, ou aumentar a ingestão de carboidratos * Agudos Hipoglicemia Hiperglicemia Crônicos Doença vascular Neuropatia periférica Nefropatia Retinopatia * Sintomas da Acidose Diabética Vômitos em jato; Taquipnéia Aumento da poliúria e da polidpsia Hálito de “maçã passada” Secura na boca Sonolência Perda de consciência * Sintomas da Hipoglicemia Sonolência Náuseas e vômitos Dormência nos lábios e na língua Sudorese e palidez Confusão mental e distúrbios da palavra Diplopia Hipotermia * Precauções Monitorar a glicose sangüínea no início do programa de exercícos Aplicar insulina em grupamentos que não serão exercitados Evitar exercício durante o pico de ação da insulina Comer CHO antes e durante exercícios de longa duração Conhecer os sinais e sintomas de hipo e hiperglicemia Fazer exercícios acompanhado Calçados apropriados e higiene dos pés * Nestas estimativas e projeções do número de pacientes diabéticos para 2010 observa-se que o impacto será muito maior sobre o DM tipo 2 do que sobre o tipo 1. Prevê-se que em 2010 a população de indivíduos com DM tipo 2 será mais que o dobro (216 milhões) daquela estimada para 1994 (99 milhões). No Brasil foi feita uma estimativa de 5 milhões de indivíduos diabéticos em 2000, projetando-se um crescimento para 11 milhões em 2010. * Projeções para o ano de 2025 apontam que nos países em desenvolvimento o DM predominará em grupos etários mais jovens (de elevada produtividade) do que nos países desenvolvidos. * Nesta figura observa-se a grande variabilidade na incidência mundial de DM tipo 1 em jovens até 15 anos de idade. Fatores genéticos e ambientais devem contribuir para explicar tal variabilidade. No Brasil, a incidência de DM tipo 1 é de 7,6 por 100.000 por ano. * O primeiro aspecto a ser considerado é a prevalência do Diabetes tipo 2. O estudo multicêntrico de prevalência de DM, realizado em 9 capitais brasileiras, em 1986-1988, na população de 30 a 69 anos, encontrou uma prevalência de 7,6%, seguindo os critérios de diagnóstico da OMS. As cidades mais desenvolvidas apresentaram as maiores taxas. Observa-se uma tendência crescente da taxa de prevalência de DM à medida que a idade aumenta. * O Estudo nacional sobre fatores de risco na população americana de enfermeiras demonstrou o papel da obesidade para o aparecimento de DM tipo 2. É claro a relação direta do índice de massa corpórea (IMC) com o aparecimento de DM tipo 2. Não apenas o IMC no início do seguimento, mas também o ganho de peso na vida adulta foi preditivo do desenvolvimento da doença. * O DM tipo 2 compromete significativamente a qualidade de vida de seus portadores, sendo a 1ª causa de cegueira adquirida no mundo, importante causa de ingresso a programas de diálise, de amputações e de problemas cardiovasculares. * A principal causa de morte entre pacientes diabéticos é a doença cardiovascular aterosclerótica em diferentes territórios, especialmente coronariano e cerebral. * A prevenção primária, ou seja, a prevenção nas pessoas com risco de desenvolver diabetes deve ser feita através da adoção de hábitos saudáveis de vida (alimentação saudável, atividade física regular, combate ao fumo, stress e alcoolismo) e da manutenção do peso adequado. A prevenção secundária, ou seja, após o diagnóstico do diabetes é realizada com o diagnóstico precoce e o tratamento adequado que podem diminuir o risco do desenvolvimento das complicações crônicas. A prevenção terciária através do tratamento adequado do diabetes e das complicações diminuem a velocidade de progressão da doença. * Estudo realizado na Finlândia em 522 indivíduos obesos com alteração da tolerância à glicose, que foram randomizados em dois grupos: controle e tratamento com atividade física e dieta, demonstrou que a incidência cumulativa de diabetes após 4 anos foi de 23% no grupo controle e de 11% no grupo de tratamento, isso resulta em uma redução de risco de diabetes de 58% no grupo de tratamento. Deve-se que a perda de peso no segundo ano foi de apenas 3,5 quilos. A redução na incidência de diabetes foi diretamente associada com mudanças no estilo de vida. Conclui-se que o diabetes tipo 2 pode ser prevenido por mudanças no estilo de vida em indivíduos de alto risco. * Com relação ao tipo de tratamento dos pacientes diabéticos, que participaram do estudo multicêntrico de DM no Brail, 40,7% usavam hipoglicemiante orais, 7,9% insulina (deveria ser 20%), 29,1% referiram que controlavam apenas com dieta (apenas 10% se controla com dieta) e 22,3% não faziam nenhum tipo de tratamento isso documenta a inadequação do tratamento.