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Aula_4_-_Paleoecologia

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1 
Noções de 
Paleoecologia 
Profa Simone Moraes 
(smoraes@ufba.br) 
Universidade Federal da Bahia 
Instituto de Geociências 
Departamento de Oceanografia 
GEO B17 - Paleontologia 
Ecologia 
 Estudo da 
interação dos 
organismos com 
o seu ambiente 
físico e com os 
outros 
organismos que 
vivem nele. 
 
 
A hierarquia da vida 
P
u
rv
e
s
 e
t a
l. (2
0
0
5
) 
Ecossistema é a relação entre a 
comunidade e seu ambiente físico. 
ECOSSISTEMA 
(recife + mar) 
Níveis de Estudo 
da Ecologia 
Paleoecologia: conceitos básicos 
 Busca refazer as relações entre os organismos 
do passado e seu ambiente a partir do registro 
fóssil 
 Utiliza os mesmos princípios da Ecologia para 
estudar 
o Populações de organismos (espécies) 
o Meio em que viveram 
o Respostas aos estímulos ambientais 
o Diferentes padrões de vida  Evolução 
Paleoecologia: conceitos básicos 
 Condicionantes 
o Diferenças de metodologia 
o Amplitude de tempo abrangida 
pelas amostras 
o Escassez relativa de dados 
o Influência do transporte e do 
soterramento sobre a 
informação contida no registro 
fóssil Localização dos registros 
Registros do Fanerozóico 
Registros do Proterozóico 
Registros do Arqueano H
e
ff
e
ra
n
 (
2
0
0
1
) 
Processos tafonômicos 
IN
E
T
 (2
0
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7
) 
Paleoecologia: conceitos básicos 
 Aplicabilidade 
o Estabelecimento de paleocomunidades e 
paleoambientes  paleoecossistemas 
o Análise do desenvolvimento, dinâmica e evolução 
dos ambientes deposicionais 
Processos tafonômicos 
IN
E
T
 (2
0
0
7
) 
Autoecologia 
 Estudo das Tafocenoses 
o Estuda as adaptações dos organismos ao meio 
ambiente 
 Generalistas – muito tolerantes e habitam nichos amplos 
 Especialistas - toleram pouca variação, vivem em locais restritos 
 Oportunistas - se adaptam rapidamente (resistência, reprodução, 
etc.) e colonizam ambientes devastados 
B
ri
ó
fit
a
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Ervas 
B
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s
 
Arbustos 
Árvores clímax 
Anos 
Sucessão 
ecológica 
Oportunistas Generalistas 
Árvores 
Especialistas 
2 
Autoecologia 
 Estudo das Tafocenoses 
o Biótipos – grupos morfológicos estabelecidos por seu 
aspecto e modo de vida característico e não pelo grupo 
taxonômico 
 
Suspensívoros e bentônicos 
G
E
N
C
A
T
 (2
0
0
3
) 
Autoecologia 
 Ecótipos – adaptações da espécie às condições 
ambientais 
o Composição do esqueleto – uso de isótopos radioativos 
para avaliar temperatura (O18/O16) e salinidade (B/Na) 
Relação O18/O16 em testas de foraminíferos 
18O 
CaC18O 
Condições interglaciais – equilíbrio O18/O16 
16O 18O 
16O 
16O 
18O 
18O 
16O 16O 
18O 
18O 
Condições glaciais – mais O18 nos oceanos 
Autoecologia 
 Ecótipos – adaptações da espécie às condições 
ambientais 
o Estrutura dos grupos – associações de taxa indicadores 
o Forma – adaptações morfológicas dos indivíduos em 
função das condições ambientais 
Dextrógira Sinistrógira 
Morfotipos do foraminífero 
Neogloboquadrina pachyderma 
em função da temperatura da 
água do mar 
B
P
R
C
 (2
0
0
1
) 
o Função – mudanças de hábito e 
atividade vital dos indivíduos ao 
longo da vida (crescimento, 
alimentação, reprodução, defesa e 
deslocamentos) 
Autoecologia 
 Análises 
o Abundância – idade, natalidade, migrações, etc. 
o Biofácies – associações populacionais no registro fóssil 
o Estratégias ecológicas 
 Oportunistas – ambientes instáveis 
 Surgimento rápido 
 Aumento explosivo em número 
 Extinção rápida 
 Reguladoras – ambientes estáveis com variações periódicas e 
previsíveis 
 Estáveis em número e composição 
 Densidade espacial controlada 
Sinecologia 
 Estudo dos paleoecossistemas 
 Relaciona a abundância e a distribuição dos 
organismos às características do ambiente 
o Freqüências relativa e de ocorrência 
o Índices de diversidade – analisa a riqueza e a 
equitatividade 
o Análise multivariada – ordena indicadores e 
variáveis ambientais 
Características dos 
Ambientes Marinhos 
Profa Simone Moraes 
(smoraes@ufba.br) 
Universidade Federal da Bahia 
Instituto de Geociências 
Departamento de Oceanografia 
GEO B17 - Paleontologia 
3 
Formação e deslocamento das 
ondas até a praia 
Movimento das ondas 
no mar 
Supralitoral Sublitoral 
Nível de base de ação 
das ondas (interação 
com o fundo) 
Nível 
máximo da 
maré alta 
Nível 
mínimo da 
maré baixa 
A
rre
b
e
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ta
ç
ã
o
 
d
a
s
 o
n
d
a
s
 Zona de surfe 
Litoral 
Veloso e Neves (2009) 
 Ambientes de praia – determinados 
pela incidência das ondas e marés 
P
e
a
rs
o
n
 P
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n
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e
 H
a
ll (2
0
0
6
) 
Ambientes de praia 
Oceano 
O Ambiente Marinho O Ambiente Marinho 
 Subdivisão dos ambientes marinhos 
o Ambientes de bentônicos e pelágicos – determinados 
pela profundidade 
Ambientes marinhos <35ups =35ups 
Salinidade 
Litoral Oceano 
P
ro
fu
n
d
id
a
d
e
 
Luminosidade, 
Temperatura, 
 
 Oxigênio e 
 
Energia 
hidrodinâmica 
P
re
s
s
ã
o
 (
1
a
tm
/1
0
m
) 
Talude 
(180-3000m) 
Sopé 
(3000-4000m) 
Planície Abissal 
(>4000m) 
Fossa 
Oceânica 
(>4000m) 
Plataforma 
Continental 
(0-180m) 
Z
o
n
a
s
 d
o
 A
m
b
ie
n
te
 P
e
lá
g
ic
o
 
O Ambiente Marinho 
 Classificação dos organismos 
o Bentônicos 
 Forma de vida 
 Sedentários - fixos ao substrato 
 Vágeis – formas livres 
 Relação com o fundo marinho 
 Epibiontes - sobre o fundo marinho 
 Endobiontes - dentro do sedimento 
o Pelágicos 
 Forma de vida 
 Planctônicos - flutuam 
na coluna d'água 
 Nectônicos – nadam 
Classificação dos 
organismos 
O Ambiente Marinho 
 Fatores abióticos que controlam a distribuição 
dos organismos 
oLuz – estabelece o 
limite para a 
fotossíntese (zona 
fótica) 
oProfundidade – 
influencia a pressão 
e a luminosidade 
oOxigênio – suprido 
pela fotossíntese e 
pelas correntes 
oNutrientes – influencia a densidade dos organismos 
Zonas fótica e afótica dos oceanos 
O Ambiente Marinho 
 Fatores abióticos que controlam 
a distribuição dos organismos 
Briozoário suspensívoro 
Classe Dimensões (mm) Sedimento Energia 
Cascalho 
Areia 
Silte 
Argila 
Grosseiro 
>2,000 
Médio 
2,000 a 
0,062 
Fino 
0,062 a 
0,004 
Muito 
fino 
<0,004 
Cascalheira de 
grãos 
angulosos 
Areia 
Silte 
Argila 
Cascalheira de 
grãos rolados 
Alta 
Moderada 
Baixa 
Permeabilidade (penetração de 
água e remoção de nutrientes) 
3
,0
m
m
 
Compactação (estabilidade 
do sedimento) 
Porosidade (retenção de água e 
nutrientes) 
V
e
lo
s
o
 e
 N
e
v
e
s
 
(2
0
0
9
) 
oSubstrato – granulometria, textura, composição 
Sedimentívoros – preferem sedimento fino e rico em nutrientes. 
Condições geralmente encontradas em águas profundas 
Suspensívoros – preferem sedimento duro ou arenoso. Condições 
geralmente encontrados em águas rasas e agitadas 
Influência da granulometria do substrato 
O Ambiente 
Marinho 
 Fatores abióticos 
o Temperatura – controla a 
distribuição vertical e 
horizontal dos organismos 
 Recursos biológicos – 
morfologia, diversidade, etc. 
 Recursos geológicos – 
ocorrência de rochas de eventos 
climáticos específicos. 
 Calcário – precipita-se em águas 
quentes 
 Ausência de calcário – sugestivo 
de águas frias 
 Recursos geoquímicos – 
razão O18/O16, Ca/Mg, Ca/Sr 
Temperatura anual (oC) na superfície 
Temperatura anual (oC) a 2000m 
N
O
D
C
 (2
0
0
5
) 
4 
Ambientes Marinhos 
 Temperatura 
o Controla o acúmulo de carbonato no fundo 
oceânico 
Relação entre ZCCC, lisoclina e taxa de 
acumulação de CaCO3 no fundo oceânico 
P
a
lik
e
 e
t a
l. (2
0
1
2
) 
 Lisoclina – ponto 
no qual a taxa de 
dissolução do 
carbonato aumenta 
drasticamente 
 Zona de 
Compensação 
do Carbonato de 
Cálcio (ZCCC) – 
ponto no qual a taxa 
de acumulação do 
carbonato tende a zero 
Lisoclina e ZCC: 
 5000 a 6000m no Atlântico 
 4000a 5000m no Pacífico 
O Ambiente Marinho 
 Fatores abióticos que controlam a distribuição 
dos organismos 
 
 
o Salinidade 
 Água em função da salinidade 
 Eualina – 30 a 40 
 Mixohalina ou salobra – 5 a 30 
 Hipersalina – >40 
 Doce - <5 
 Influência da salinidade 
 Pressão osmótica– seres sensíveis 
(estenoalinos) ou não (eurialinos) 
 Alterações morfológicas – forma, 
espessura e tamanho das conchas 
 Diversidade 
1
100 mu
2
3
4 5 6
7 8
Malformações do foraminífero 
Ammonia tepida em ambientes 
hipersalinos 
Normal 
Malformações 
IF
R
E
M
E
R
 (2
0
0
5
) 
G
e
s
lin
 e
t a
l. (2
0
0
0
) 
Referências 
 Para estudo 
o DUTRA, T.L. Paleoecologia. In: CARVALHO, I.S. (ed.). Paleontologia. 2. ed. Rio de 
Janeiro: Editora Interciência, 2004. v. 1, cap. 15. 
o MENDES, J.C. Paleontologia básica. São Paulo: EdUSP, 1988. 
 
 Figuras e curiosidades 
o BPRC. Neogloboquadrina pachyderma (Ehrenberg 1894). Disponível em: 
<http://bprc.osu.edu/foram/species/neogloboquadrina_pach.htm>. Acesso em: 3 set. 2008. 
o GENCAT. Fondos de suspensívoros bentónicos. 2003. Disponível 
em:<http://www10.gencat.net/dursi/antartida/es/foto46.htm>. Acesso em: 3 set.2008. 
o GESLIN, E.; STOUFF, V.; DEBENAY, J.P.; LESOURD, M. Environmental variation and 
foraminiferal test abnormalities. In: MARTIN, R.E. (Ed.) Environmental micropaleontology. 
The application of microfossils to environmental geology. New York: Klywer 
Academic/Plenum Publishers, 2000. p. 192-212. 
o HEFFERAN, K. Archean rocks. 2001. Disponível em:<http://www.uwsp.edu/geo/faculty/ 
hefferan/Geol106/CLASS3/archean_rocks.htm>. Acesso em 3 set. 2008. 
o IFREMER. Ammonia tepida. 2005. Disponível em: <http://www.ifremer.fr/crema/PGSauriau/ 
foraminifera/taxonomy/rotaliina/Ammonia%20tepida.html>. Acesso em: 2 set. 2008. 
o INETI. As Aventuras e Desventuras de uma Pequena Gota de Água. 2007. Disponível em: 
<http://e-geo.ineti.pt/geociencias/edicoes_online/diversos/guiao_fosseis/capitulo1.htm>. 
Acesso em: 3 set. 2008. 
o NODC. World ocean atlas 2005 figures. Disponível em: 
<http://www.nodc.noaa.gov/OC5/WOA05F/woa05f.html>. Acesso em: 04 set.2008.

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