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POP SVD

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO – POP Nº 07
	DATA DE EMISSÃO:
DATA DE APROVAÇÃO:
VALIDADE: 01 ano
	 CATETERISMO VESICAL DE DEMORA
	Definição:
	 Consiste na introdução de um cateter estéril via uretral até a bexiga adaptado a um sistema coletor fechado para esvaziamento e controle da diurese. 
	Finalidade:
	Promover a drenagem urinária. 
Promover irrigação terapêutica.
Administrar medicamentos.
Realizar o controle rigoroso do débito urinário. 
Preparar o cliente para procedimentos cirúrgicos.
	Indicação:
	Clientes com retenção urinária obstrutiva ou funcional.
Manter o controle hídrico em pacientes incontinentes. 
Clientes com doenças do rim, uretra e bexiga.
Prevenir o risco de imersão de urina em pacientes com lesão de pressão em estágio III e IV em região sacra ou trocanteriana. 
Auxiliar a drenagem de urina no perioperatório. 
Contra indicação:
	Pacientes com estenose, obstrução e /ou fistula uretral e uretrite.
Em politraumatizado quando houver hematoma, equimose e edema perineal, além de uretrorragia.
	Executante:
Enfermeiro, médico, acadêmicos de enfermagem e de medicina sob a supervisão docente.
	Material Necessário:
- EPI: avental, máscara cirúrgica, luvas de procedimento, luvas estéreis e óculos de proteção.
- Superfície fixa (mesa de cabeceira) ou mesa auxiliar. 
- Bandeja
- Biombo
- Álcool a 70%
-Material de higiene íntima (toalha, luvas de procedimento, sabão líquido, bacia com água e comadre);
- Bandeja de cateterismo vesical (estéril) contendo: 01 cubra rim, 01 cuba redonda, 01 pinça Cheron, gazes; ou material estéril abaixo relacionado:
- Lidocaína geléia 2% estéril.
- Solução antisséptica aquosa (Clorexidina).
- Cateter vesical de demora (Foley) compatível com o meato uretral do paciente. 
- 01 seringa de 10 ou 20 ml.
- Agulha 40x12mm.
- 01 seringa de 5 ml (sondagem masculina) 
- 01 campo fenestrado estéril. 
- 02 ampolas de água destilada (10ml). 
- 01 coletor de urina sistema fechado com válvula anti-refluxo. 
- 03 pacotes de gaze estéril. 
- Adesivo específico e/ou esparadrapo hipoalergênico. 
- Lençol e impermeável. 
- Foco luminoso se necessário.
- Recipiente para descarte de materiais. 
	Técnica Padronizada:
1. Ler a prescrição médica. 
2. Apresentar-se ao paciente e acompanhante;
3. Checar a identificação do paciente;
4. Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto à finalidade do procedimento e obter seu consentimento;
5. Realizar higienização das mãos;
6. Separar o material e leva-lo a unidade;
7. Colocar o biombo ao redor do leito; 
8. Colocar equipamentos de proteção individual: máscara, capote não estéril e óculos de proteção; 
9. Higienizar as mãos com álcool gel; 
10. Calçar as luvas de procedimento; 
11. Colocar o impermeável coberto com lençol móvel embaixo do paciente;
12. Aproximar recipiente de descarte próximo ao paciente;
13. Realizar a higiene genital; 
14. Posicionar adequadamente o paciente para o procedimento: 
- Homens: decúbito dorsal. 
- Mulheres :decúbito dorsal com joelhos fletidos e afastados, pés posicionados sobre o leito. 
15. Observar iluminação, caso necessário ligar foco luminoso;
16. Desprezar as luvas utilizadas e higienizar as mãos com álcool gel; 
17. Abrir todos os materiais sobre o campo esterilizado com técnica asséptica sobre mesa auxiliar ou entre as pernas do paciente; 
18. Colocar a solução antisséptica na cuba redonda (se houver), mantendo uma distância segura para evitar contaminação; 
19. Calçar a luva estéril; 
20. Aspirar água destilada com seringa de 20 ml com agulha 40x12, com ajuda de outro profissional;
21. Testar o balão do cateter com água destilada, observando o volume indicado pelo fabricante, esvaziando-o após o teste; 
22. Preencher uma seringa com lubrificante hidrossolúvel (xylocaína gel) quando pacientes do sexo masculino, com ajuda de outro profissional; Quando o paciente for feminino colocar a geléia anestésica sobre gaze estéril;
20. Conectar o cateter ao sistema fechado, para cateteres que não apresentam fio guia; 
Cateterismo Vesical feminino: 
- Iniciar antissepsia com movimento unidirecional de cima para baixo, da região pubiana à região anal, trocando a as gazes a cada movimento, seguindo a ordem: grandes lábios, pequenos lábios e sulco interlabial. 
- No momento da antissepsia dos pequenos lábios e sulco interlabial, afastar os grandes lábios com a mão não dominante utilizando gazes estéreis.
- Posicionar o campo fenestrado sobre a genitália segurando-o pelas extremidades, deixando a vulva exposta.
- Lubrificar a extremidade proximal do cateter 5-7cm com lubrificante hidrossolúvel (xilocaína-gel); 
- Segurar a extremidade proximal do cateter com a mão dominante, deixando a outra extremidade conectada ao sistema fechado de drenagem.
- Afastar os grandes e pequenos lábios com os dedos polegar e indicador da mão não dominante com o auxílio de uma gaze.
- Introduzir o cateter devidamente conectado a um coletor de drenagem de sistema fechado, por 5 a 7 cm no meato uretral, observando o retorno urinário; 
- Observar casos de falso trajeto; 
- Retirar o cateter introduzido em canal vaginal, após o término do procedimento, sendo necessário trocar as luvas estéreis e obter um novo cateter vesical; 
- Insuflar o balonete com o volume de água recomendado pelo fabricante (10ml em adultos); 
- Tracionar o cateter lentamente, para fora, até sentir que está bem posicionado; 
- Passar o coletor pelo orifício do campo fenestrado quando este não for fendado; 
- Retirar o campo fenestrado, retirar o excesso de antisséptico utilizando gazes umedecidas com água;
- Fixar o cateter na face interna da coxa, com esparadrapo ou com fixador específico, deixando o sistema em nível inferior ao abdome do cliente sem tocar o chão.
- Fixar identificação com a data de inserção do cateter, tipo e calibre do cateter e nome do profissional, no coletor de urina.
Cateterismo vesical masculino 
- Posicionar o paciente em decúbito dorsal; 
- Calçar luvas de procedimento e proceder a higiene íntima S/N;
- Retirar luvas de procedimento e realizar a desinfecção das mãos com álcool gel 70%;
- Abrir o pacote de cateterismo vesical ou abrir material estéril sobre as pernas do paciente, com a ponta do campo próxima a base peniana;
- Abrir a embalagem do coletor de urina posicionando a ponta da extensão (estéril) sobre o campo;
- Calçar luvas estéreis;
- Aspirar a água destilada na seringa de 20ml com auxílio de outro profissional;
- Colocar a geléia anestésica na seringa de 5ml com o auxílio de outro profissional;
- Testar o balonete da sonda introduzindo a quantidade de água destilada recomendada pelo fabricante, esvaziando-o em seguida;
- Conectar a sonda ao coletor de urina com a ajuda de um auxiliar;
- Segurar o pênis perpendicular ao corpo, retraindo o prepúcio;
- Afastar o prepúcio com a mão não dominante expondo a glande e o meato urinário, com auxílio de uma gaze; 
- Realizar antissepsia com a solução antisséptica em movimentos circulares na glande e unidirecionais de cima para baixo no corpo do pênis; 
- Tracionar o pênis perpendicularmente ao corpo para retificar a uretra; 
- Injetar 5ml de lubrificante hidrossolúvel (xilocaína gel estéril) no meato urinário e com a mão não dominante (a que segura o pênis), pressionar a glande por 1 min, a fim de evitar refluxo da geléia; 
- Aguardar de 3-5 minutos para o efeito anestésico do gel; 
- Introduzir o cateter previamente conectado a um coletor de drenagem de sistema fechado até a bifurcação do cateter, observando o retorno urinário; 
- Insuflar o balão com água destilada estéril conforme indicação de volume pelo fabricante; 
- Tracionar o cateter lentamente, para fora, até sentir que está bem posicionado; 
- Recobrir a glande com o prepúcio em caso de paciente não circuncidado; 
- Fixar o cateter com esparadrapo ou com fixador específico na região supra-púbica (região hipogástrica) para profilaxia de fístulas uretrais. 
- Deixar o sistemade drenagem em nível inferior ao abdome do cliente sem tocar o chão.
- Fixar identificação com a data de inserção do cateter, tipo e calibre do cateter e nome do profissional, no coletor de urina.
- Recolher o material, lavar as mãos e realizar as anotações pertinentes no prontuário.
Após execução do procedimento: 
21. Colocar o paciente em posição confortável; 
22. Retirar os EPI;
23. Desprezar o material utilizado nos locais apropriados; 
24. Realizar higienização das mãos; 
26. Realizar o registro do procedimento: hora da inserção do cateter, diâmetro e tipo, descrição do volume, cor e outras características da urina drenada, inspeção da genitália e ocorrências adversas e medida tomadas, se houver. 
	Observações:
- Investigar se o paciente apresenta história de alergias relacionada ao antisséptico e o lubrificante hidrossolúvel. 
- Avaliar o meato urinário e optar pelo menor diâmetro do cateter. É indicado para adultos do sexo feminino cateteres com diâmetros entre: 12 e 14 e, masculino com diâmetros entre 16 e 18French. 
- Avaliar durante e após o procedimento a ocorrência de sangramento, o retorno da urina e a permeabilidade do cateter. 
- É importante a fixação correta do cateter para evitar o tracionamento. 
- Em pacientes masculinos, quando não for possível a fixação do cateter na região supra-púbica deve ser fixado na região da fossa ilíaca esquerda. 
- Certificar-se para que o clamp do circuito, perto do cateter vesical esteja aberto. 
- Certificar-se para que o clamp ao final da bolsa coletora esteja fechado. 
- Para realização da técnica recomenda-se a participação de dois profissionais, um realizando a técnica e o outro auxiliando. 
- O uso de um cateter com três vias (three way) é indicado para procedimentos que necessitem de irrigação estéril, como no pós-operatório de prostatectomia transuretral. 
- Para prevenção de infecção deve-se manter a bolsa coletora e o tubo de drenagem abaixo do nível da bexiga (mesmo que o coletor tenha válvula anti-refluxo). 
- Em caso de obstrução do cateter (de 2 vias), não proceder à desobstrução e, comunicar ao profissional médico com o objetivo de estabelecer nova conduta. 
- Não existe uma rotina pré-determinada para troca do cateter, deve-se avaliar individualmente em relação à obstrução, vazamento e infecção. 
- A bolsa coletora deve ser esvaziada regularmente não ultrapassando o volume superior a 2/3 da capacidade total do coletor. 
	Referências Bibliográficas:
ANVISA. Gerência de Vigilância e Monitoramento em Serviços de Saúde. Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde. Medidas de prevenção de infecção relacionada à assistência à saúde. Brasília: All Type Assessoria Editorial Ltda, 2013.
STACCIARINI, T. S. G; CUNHA, M. H. R. Procedimentos operacionais padrão em enfermagem. São Paulo: Atheneu, 2014.
POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Fundamentos de Enfermagem. Rio de janeiro: Elsevier, 2009.

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