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Resumo CIvil III - Doação Mútuo

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE DIREITO
CAMPUS NOVA AMÉRICA
DISCIPLINA: DIREITO CIVIL III - CONTRATOS
PROFª BIANCA BRASIL NOGUEIRA
ROTEIRO DE ESTUDO - RESUMO
DOAÇÃO
1 – DEFINIÇÃO
É o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere de seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra, que os aceita.
2 – PARTES
Neste tipo de contrato o sujeito passivo denomina-se doador, o ativo, donatário. 
3 – CARACTERÍSTICAS
típico – Arts. 538 a 564 CC
puro
consensual ou formal – dependendo do valor da doação, se de baixo valor é consensual; se de alto, formal. Existe uma divergência na doutrina no que se refere ao art. 538, podendo dar uma interpretação de que o contrato de doação é um contrato real, considerando-se celebrado somente após a tradição da coisa. Isto porque o referido artigo dispõe que, pelo contrato de doação, o doador transfere ao donatário a propriedade de um bem. Ora, se o contrato fosse consensual, teria o legislador se expressado adequadamente, como na compra e venda (art.481 CC), dispondo que, pelo contrato de doação se obriga a transferir ao donatário a propriedade de um bem. Sendo a doação considerada contrato real, antes da tradição, haveria apenas promessa de doação. 
unilateral – será bilateral se a doação for onerada com encargo;
gratuito; 
pré-estimado ou aleatório;
de execução imediata ou futura;
intuitu personae.
4 – ELEMENTOS
subjetivos:
 a.1) consentimento;
 a.2) liberalidade ou animus donandi.
objetivo: é a transferência de valores ou vantagens do patrimônio do doador para o patrimônio do donatário.
5 – REQUISITOS SUBJETIVOS
No que tange aos sujeitos, exige-se;
1°) Para ser doador, capacidade de fato, ou seja, deve-se ser maior de 18 anos ou emancipado, e capacidade específica para alienar os próprios bens.
OBS: Para doar bens imóveis, marido e mulher necessitam da autorização um do outro. 
A doação do cônjuge adúltero a seu amante conterá defeito leve, podendo ser anulada pelo outro cônjuge ou seus herdeiros necessários até dois anos depois de dissolvida a sociedade conjugal. (art.550 CC)
O mandatário para doar coisa do mandante deve ter poderes especiais constantes da procuração.
2°) Para ser donatário, pelo caráter benéfico do ato, não é necessária a capacidade para receber doação. Assim, os incapazes podem receber, desde que o representante legal não obste. 
OBSs:
a) A doação pressupõe aceitação por parte do donatário. Esta aceitação pode, no entanto, ser expressa, tácita, presumida ou ficta.
 b) As pessoas indeterminadas, como a prole eventual de um casal, pode receber, desde que o casal aceite a doação. 
c) As pessoas jurídicas, mesmo se ainda não estiverem constituídas, podem receber doação.
6 – REQUISITOS OBJETIVOS
Não há restrições objetivas à doação. São, portanto, proibidas as doações a título universal, quando uma pessoa doa todo o seu patrimônio, sem ficar com bens suficientes para o seu sustento, e quando ultrapassem a legítima dos herdeiros necessários, qual seja, 50% do patrimônio do doador.
7 – REQUISITOS FORMAIS
Em caso de bens imóveis, a forma da doação é a escrita por instrumento público.
8 – CLASSIFICAÇÃO
pura ou simples – é a doação feita por mera liberalidade, sem encargo, sem condição, sem qualquer tipo de restrição ou de modificação para a sua constituição ou execução (art. 540, 1ª parte , CC);
condicional – é a doação subordinada à ocorrência de evento futuro e incerto, ou seja, ao implemento de condição; (art. 546, 547 e 545 do CC). 
modal ou com encargo – é aquela que sujeita o donatário à realização de certa tarefa (CC, arts. 553, par. Único, 562 e 1.938 CC);
remuneratória – Ocorre quando visar remunerar, a título de agradecimento, serviços prestados. Ex: gorjeta. (art. 540, 2ª parte CC)
meritória – Ocorre nos casos em que o doador queira contemplar o merecimento do donatário. Ex: pai que presenteia filho por passar no vestibular.
Inter vivos e causa mortis – No direito brasileiro, como regra, a doação é negócio jurídico inter vivos. Fala-se, entretanto, em doação causa mortis na doação propter nuptias, que é a doação feita a um dos cônjuges, com a condição de valer depois da morte do doador. Caso o donatário morra antes dele, seus filhos aproveitarão o benefício. A doação propter nuptias não depende da morte do doador, mas apenas do casamento.
Indenizatória – terá lugar quando tiver por objetivo compensar alguém pelos prejuízos ou pelo estorvo causado.
INVALIDADE
Ocorrerá nas seguintes hipóteses:
Em casos de nulidade comuns aos contratos em geral (CC art. 166 e 541);
Presença de vícios de consentimento e de vícios sociais;
Existência de vícios que lhe são peculiares (CC art. 548, 549 e 550);
Doação universal, sem reserva de usufruto ou de bens suficientes para a subsistência do doador.
REVOGAÇÃO
Os casos em que pode ser revogada a doação são os seguintes:
descumprimento do encargo (art. 562 CC), que pode ser exigido pelo doador, pelo terceiro beneficiário, ou pelo MP. Não obstante a única pessoa que poderá revogar a doação é o doador;
por ingratidão do donatário (CC arts. 555, 1ª alínea, 557, I a IV, 561, 558, 564, I a IV, 546, 1.639, 563, 1360, 556).
OBS: Não são, contudo, revogáveis por ingratidão as doações remuneratórias, a indenizações, as propter nuptias e as que tiverem o objetivo de cumprir obrigação natural.
Considera-se não escrita a cláusula em que o doador renuncie de antemão a seu direito de revogar a doação.
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