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Teoria Cinética dos Gases Capítulo 04 Castellan Disciplina: Físico-Química - 205 Profª Daniela Martins Fernandes de Oliveira Universidade estadual de Maringá Departamento de Química INTRODUÇÃO Objetivo: Conexão entre as descrições macroscópicas (P,V,T, energia interna) e microscópicas (velocidade, energia cinética, momento linear) incorporando conceitos estatísticos para compreender as propriedades da matéria. Teoria Cinética dos Gases É um modelo baseado em algumas características que se supõe importantes para a descrição do sistema físico em questão (gás ideal). Estas características baseiam-se em intuição ou conveniência matemática. A validade de um modelo é determinada pela experimentação. Teoria Cinética dos Gases As propriedades macroscópicas de um gás são conseqüências primárias do movimento das moléculas e é por isso que se fala em teoria cinética dos gases. O objetivo da Teoria Cinética dos Gases é explicar as propriedades macroscópicas do sistema em termos de sua estrutura molecular (propriedades microscópicas). - Deduzir uma relação matemática entre P, V e T que esteja em concordância com as Leis empíricas. - Explicar esta relação com base na estrutura do sistema e no comportamento do gás. INTRODUÇÃO Hipóteses: i) O gás é constituído por um grande nº de átomos ou moléculas (massa, m) em incessante movimento aleatório. ii) O volume próprio das moléculas é desprezível frente ao volume do recipiente (o tamanho das moléculas é desprezível no sentido de que os diâmetros moleculares são muito menores do que a distância média percorrida pelas partículas entre duas colisões sucessivas). iii) As forças intermoleculares são desprezíveis, exceto nas colisões elásticas (raras) e com as paredes do recipiente. iv) Na ausência de um campo de força, as partículas movem-se em linha reta (1ª lei de Newton). v) Considerando que na ausência de um campo de força, N moléculas estão distribuídas em todo recipiente de volume V, as moléculas podem se mover igualmente nas três direções (x, y, z) Teoria Cinética dos Gases Número de Avogadro (NA) : 1231002,6 molN A Número de Mols (n) onde N é o número de átomos ou moléculas na amostra de gás 231002,6 N N Nn A (NA é o nº de átomos ou moléculas por mol de gás) Teoria Cinética dos Gases P/ calcular a PRESSÃO de um gás pela TCG é preciso considerar que: - Não existem colisões entre as partículas, somente colisões elásticas entre as partículas e as paredes do recipiente. - As partículas movem-se em todas as direções (mov. aleatório) e com velocidades variadas (umas rapidamente e outras mais lentamente). A PRESSÃO de um gás pela TCG depende: - Do nº e da intensidade de colisões molécula/parede**. - Da massa das partículas. - Da velocidade de deslocamento das partículas. Cálculos da Pressão de um Gás ** Nestas colisões, as moléculas transferem momento linear (mv) p/ as paredes, dando origem à pressão do gás sobre o recipiente. Teoria Cinética dos Gases Considerando uma partícula de massa m, velocidade , movendo- se paralelamente ao eixo x, no elemento de volume V : Pressão: resultado da colisão da partícula com a superfície de área A. A FP dt md dt dmamF )(. (1) A partícula colide com a parede com velocidade e é refletida na direção oposta com velocidade - , sem alterar seu módulo. F: força agindo na partícula de massa m; a: aceleração; : velocidade d(m): variação do momento linear da partícula antes (m) e após (-m) colisão dt md dt dmamF )(. m = momento linear ou quantidade de movimento Antes da colisão: + m Depois da colisão: - m Variação do momento linear da partícula: d(m ) = - m - (+ m ) = -2 m A partícula colide com a superfície (parede) de área A várias vezes. O intervalo entre as colisões é o tempo que a partícula gasta para ir até a parede oposta (percorrer l) e voltar (percorrer l novamente) com velocidade ldt dt l 22 A força agindo na partícula durante a colisão é: A força agindo na parede é: l m l m dt mdF 2 2 2)( l m l m dt mdFp 2 2 2)( A F P p V mP Al mP 22 Pressão exercida por UMA partícula unidimensional, sendo V o volume que contém a partícula Pressão: resultado da força transmitida à parede dividido pela área A: (2) Considerando a colisão de N partículas contidas no volume V, todas se movendo com velocidades (1, 2, 3...), paralelas a direção x, a pressão total será: V mP ....)( 2 3 2 2 2 1 N ....)( 23 2 2 2 12 onde N é o n° total de partículas contidas no volume V V mNP 2 Equação da pressão de um gás unidimensional (3) Definindo a média do quadrado das velocidades como sendo: (4) Substituindo (4) em (3): (5) Considerando que as moléculas deslocam-se nas 3 direções, ou seja, tem componentes de velocidade em x, y e z. u v w c z x y Se os componentes de velocidade forem tomados ao longo dos três eixos, o quadrado do vetor velocidade será: 2222 wvuc P/ qualquer molécula, as componentes de velocidade possuem valores diferentes. Se na eq. (6) for tomada a média de cada componente para todas as moléculas: 2222 wvuc 1. O movimento é aleatório: 3 2 222 cwvu 2. A pressão fica: V cmNP 2 3 1 média das velocidades ao quadrado 3 2cmNPV (6) Uma vez que foi feita a média de cada componente para todas as moléculas, não há direção preferencial e: (7) (8) (9) Implicações da Teoria Cinética 1. Energia Cinética Translacional das Moléculas A energia cinética de qualquer partícula de massa m, que se desloca à velocidade c é: 22 2 1 2 1 cmEmcE kk A energia cinética translacional média total das moléculas é: (10) Vimos na eq. (9) que: Substituindo (10) em (9): Nm Ec k2 2 V cNmP 3 2 k k EPV Nm Ex V NmP 3 22 3 (11) Alguma semelhança com PV=nRT ??? 2 2 1 cmNEk Ek =cte e a eq. (11) é a lei de Boyle Implicações da Teoria Cinética kEPV 3 2 (11) Ambas equações estão relacionadas, inclusive a explicação molecular p/ V, P. Gás IDEAL É AQUELE NO QUAL TODA ENERGIA ÉENERGIA CINÉTICA DE TRANSLAÇÃO. nRTPV T = f (Ek) T = f (P,V) nRTEk 3 2 TEk A energia cinética total de um movimento aleatório é diretamente proporcional à T absoluta RTUEk 2 3 U é a energia cinética total associada ao movimento ao acaso das moléculas num mol de gás ideal. ENERGIA CINÉTICA E TEMPERATURA Sabemos que um aumento na Temperatura de um gás é equivalente a um aumento na energia cinética translacional de suas moléculas constituintes: Aumenta a Ek translacional média. kT f E 2 3 k PV E da Teoria Cinética PV n R T Gás Ideal),( VPfT Igualando ambas as equações acima: kEnRT 3 2 nRTEk 2 3 p/ 1 mol: RTEk 2 3 Energia cinética translacional média total em 1 mol de gás A energia cinética translacional média total do gás é a soma das Ek de todas as moléculas presentes na amostra quanto mais rápido as moléculas se deslocarem, maiores suas Ek e maior a energia cinética total do gás. (12) ENERGIA CINÉTICA E TEMPERATURA Resultado fascinante da TCG, pois permite verificar a relação entre T e Ek. RTEk 2 3 (12) -T é diretamente proporcional a Ek. - Ek só depende da T (a energia do movimento aleatório é proporcional à T absoluta; quanto maior T, maior Ek)., - Em T = 0. o movimento molecular é nulo (o movimento cessa completamente). - A T está relacionada à Ek média e não à Ek de cada partícula. - Em dada T , gases possuem mesma EK (independe da natureza). Implicações: ENERGIA CINÉTICA E TEMPERATURA nRTEk 2 3 P/ 1 molécula: )º( )º( molsn moléculasn n NN A RT N NnRTE A k 2 3 2 3 p/ 1 molécula, N =1 kTE N RTnRTE k A k 2 3 2 3 2 3 Onde k = R/NA Constante de Boltzman Onde NA é o nº de Avogadro 123 11 1002,6 314,8 molx molKJk KeVxk ou JKxk /1062,8 1038,1 5 123 1 eV = 1,602177 x 10-19 J Energia cinética translacional média do gásAN Nn 1 1 2 3 kEP V 22 2 3 kEP V = pressão parcial do gás 1. Colisão elástica: 1 2 3 ... ck k k k k E E E E E Como: 1 2 3 ... cP P P P P Lei de Dalton. V EP kT 3 2 2. Mistura de Gases e Lei das Pressões Parciais de Dalton Numa mistura de gases, a pressão total é a soma das forças por unidade de área produzidas pelos impactos de cada molécula de gás na parede de um recipiente. Cada gás, contribui para a pressão com: A lei de Dalton é conseqüência da TCG. Implicações da Teoria Cinética ENERGIA CINÉTICA E TEMPERATURA Velocidade média quadrática (cvmq) Na eq. (10): o termo , é a média dos quadrados das velocidades, assim: Nm Ec k22 2 c 2cc vmq (13)vmq kK K cm Ec m EccmE 2 1 22 22 2 1 A cvmq é uma medida da energia cinética média das moléculas. É de velocidade média. médiavelocidadecc vmq 2 Raiz quadrada da média dos quadrados das velocidades é igual a velocidade média quadrática vmqcc 2 A raiz quadrada de é um tipo de velocidade média médméd cc 22 Note que : APLICAÇÃO Dadas 5 velocidades : 5; 11; 32; 67 e 300 m/s: A-) Qual é o valor médio dessas velocidades (cméd) ? B-) Qual é o valor cvmq dessas velocidades? 2c smcméd /835 3006732115 688983)( 22 médc 3,138 5 3006732115 222222 ccvmq 22222 22 22222 )(9,191263,138)()( 0,68890,83 3,138 5 3006732115 0,83 5 3006732115 vmqmédvmqméd méd vmq méd cccc c c c médiavelocidadecc vmq 2 ENERGIA CINÉTICA E TEMPERATURA RTEk 2 3 1 Aplicando a eq (12) para 2 gases na mesma T: RTEk 2 3 2 e na mesma T; EK1 = EK2 A partir da equação: 2 2 1 cmEk 1 2 2 2 2 12 22 2 11 2 1 2 1 m m c ccmcm Extraindo a raiz quadrada de ambos os lados: 2 1 1 2 2 1 2 2 2 1 m m c c 1 2 2 1 m m c c vmq vmq (14) A relação entre as veloc médias quadráticas de duas moléculas diferentes é igual a relação inversa das massas ENERGIA CINÉTICA E TEMPERATURA O valor numérico de cvmq é dado combinando as eq. (10) e (12): A k N RTE 2 3 2 2 1 cmEk AN RTcm 2 3 2 1 2 M RTcvmq 3 (10) (12) )( 2 3 molarmassaM AmN RTc M RTc 3 2 M RTc 3 2 (15) Vemos que: - cvmq é proporcional a T1/2 - cvmq é proporcional a 1/M1/2 Energia cinética p/ 1 molécula de gás Permite calcular a cvmq das moléculas de um gás em T e EFUSÃO E DIFUSÃO DE GASES Para 2 gases em uma mesma temperatura (T): 1 2 2 1 M M c c vmq vmq (16) Em qualquer T, moléculas mais leves se movem mais rapidamente. A efusão e a difusão são fenômenos que permitem observar diretamente a dependência da velocidade molecular média c/ relação à massa molar do gás. Difusão Processo espontâneo pelo qual moléculas de gases diferentes misturam-se entre si. Efusão É a passagem de um gás através de um pequeno orifício. EFUSÃO E DIFUSÃO DE GASES - P/ a efusão, foi comprovado experimentalmente que para 2 gases A e B em uma mesma T: A B vmqB vmqA M M c c - P/ a difusão, estão envolvidos efeitos de colisão entre as moléculas: A B B A vmqB vmqA M M J J c c )( )( Onde J é o fluxo de moléculas (nº moléculas/seg) A efusão e a difusão são fenômenos importantes quando se trata de mistura de gases p/ determinar as velocidades de cada gás. EFUSÃO E DIFUSÃO DE GASES Exercícios )()( )( )( 22 2 2 4 2 32 OvmqHvmq Ovmq Hvmq cc c c 1. A partir da eq. (16) calcule a razão das cvmq do H2 e do O2 e discuta seus resultados. Pelo fato do H2 ser um gás mais leve que o O2, a velocidade de suas moléculas é quatro vezes maior que a velocidade das moléculas de O2. EFUSÃO E DIFUSÃO DE GASES 2. Calcule a cvmq p/ o CO2 a 298K. Compare o valor de cvmq do CO2 com a do H2. Dado: MCO2 = 44,01 g mol-1 13 11 )( 1001,44 15,298314,833 2 Kgmolx KxmolJKx M RTc COvmq 1J = Kg m2 s-2 Unidades:SI 1 )( 4112 msc COvmq 13 11 )( 102 15,298314,833 2 Kgmolx KxmolJKx M RTc Hvmq )()( )( )( 22 2 2 7,4 2 44 COvmqHvmq COvmq Hvmq cc c c 1 )( 19282 msc Hvmq A cvmq do H2 é 4,7 vezes maior que a do CO2 DISTRIBUIÇÃO DAS VELOCIDADES MOLECULARES As velocidades moleculares devem ser descritas por uma “função distribuição” que mostra a fração de moléculas com certa velocidade num dado intervalo. Por que???? - Moléculas Deslocam-se com velocidades diferentes. - Colisões Mecanismo pelo qual as velocidades das moléculas individuais estão mudando. É impossível e inútil conhecer a velocidade exata de cada molécula a cada instante. Solução: Usar a estatística p/ determinar a probabilidade de encontrar moléculas c/ velocidades entre c e c+dc. Distribuição de Velocidades entre as Moléculas Quantas moléculas possuem velocidade num dado intervalo de valores. Qual a probabilidade de encontrar uma molécula com velocidade num dado intervalo de valores, independente da direção em que ela se mova. Especifica a fração de moléculas com velocidade num dado intervalo. A velocidade das moléculas muda constantemente mas o nº de moléculas com velocidades dentro de um intervalo c + dc é constante. Distribuição: divisão em classes, classificação. A função distribuição fornece a probabilidade de uma propriedade estar em um dado intervalo (entre x e x + dx) • faixa etária • poder aquisitivo • escolaridade, etc. A partir da função distribuição pode-se calcular valores médios. Ex: idade média da população. Ex: População Para que estes intervalos tenham significado, a largura do intervalo deve ser grande o suficiente para eliminar detalhes que não interessem e suficientemente estreita para salientar aspectos importantes!!! J.C. MAXWELL (1860) FUNÇÃO DISTRIBUIÇÃO Distribuição de velocidades moleculares por considerações estatísticas. dcec kT mNdn kTmcc 22 2 3 2 2 4 (17) Exprime a fração de moléculas tendo velocidade entre c e c+dc em termos do nº total de moléculas (N), da massa das moléculas, da T e da velocidade. cdnN 1 onde k é a cte de Boltzman: k = R/NA R M R mN k m A Sendo, Substituindo na eq. (17) dcec RT MNdn RTMcc 22 2 3 2 2 4 É comum representar a distribuição num gráfico de que expressa a probabilidade de encontrar uma molécula c/ velocidade entre c e c+dc largura do intervalo dc. cversus dc dn N c1 Maxwell descobriu num gás em equilíbrio térmico, a distribuição das velocidades moleculares é representada por uma função que só depende da T e da M das moléculas. RTMcc ec RT M dc dn N cf 22 2 3 2 2 41)( O gráfico da função distribuição é mostrado a seguir. Exprime a fração de moléculas c/ veloc entre c e c+dc dividido pela largura do intervalo, dc. Observações: - A probabilidade de encontrar moléculas em repouso ( c) ou c/ velocidades muito altas () é muito pequena. - A maioria das moléculas tem veloc próxima ao máximo da curva (cmp). - A distribuição de velocidade muda c/ a temperatura. Aumentando T: o máximo da curva se desloca p/ c maiores. alarga a distribuição pois a área sob as curvas é a mesma. RTMcc ec RT M dc dn N cf 22 2 3 2 2 41)( A distribuição também depende da M. Gases mais pesados (à mesma T) tem distribuição mais estreita. Para um mesmo gás: f(c) é grande p/ moléculas mais pesadas ( M) e p/ T, mas as moléculas possuem c menores. Em T e MM , as moléculas possuem c maiores. ca é a velocidade p/ reagir (Ea) Em T, poucas moléculas c/ c ca Em T, muitas moléculas c/ c ca. Explica o aumento da velocidade de reações químicas com o aumento da Temperatura. Explica que a evaporação é um processo de resfriamento (as moléculas c/ maior veloc escapam do estado líq e a Ek média das que ficam diminui). Em T=0, a distribuição é infinitamente estreita, todas as moléculas tem Ek=0. Análise: Além das constantes, a f(c) depende dedois fatores: c2 e exp -Mc2/RT RTMcc ec RT M dc dn N cf 22 2 3 2 2 41)( Fator quadrático (c2): predomina quando c é muito baixa. 0 1 2 exp 0 2 N dn RT Mc c c Curva parabólica na origem: c2 é predominante e a função exponencial vale 1. RTMcc ec RT M dc dn N cf 22 2 3 2 2 41)( Fator exponencial : predomina quando c é muito alta. - A equação tem função exponencial decrescente, e-x (x c2), então, c, f(c) poucas moléculas com velocidades altas. Limita o n° de moléculas com c altas e favorece o n° de moléculas com c baixa. - Para elevados valores de c, observamos uma queda rápida na curva. - Quando M é grande o fator exponencial tende e a zero, então, as moléculas mais pesadas não possuem velocidades elevadas. 0 0 2 exp 2 N dn RT Mc c A função produto que descreve estes dois comportamentos apresenta um máximo e tende a zero p/ c ou c . Velocidade mais provável (cmp) Vimos que poucas moléculas tem velocidades muito baixas ou muito altas. A maioria tem velocidade próxima ao máximo da curva: .m pc m ax curva Ponto de máximo: 1ª Derivada igual a zero. Como encontrar a cmp? Derivando a eq. de Maxwell e igualando a 0. 02 2 exp 22 RT Mc RT Mcc 3 soluções: 02 0 2 exp 0 2 2 RT Mc RT Mc c 02 0 2 exp 0 2 2 RT Mc RT Mc c Próximo da origem Quando c infinito M RTc 22 2 1 2/12 2 M RTcc mp Velocidade mais provável Velocidade mais provável (cmp) Velocidade Média (c) Pela termodinâmica estatística, o valor médio de qualquer variável pode ser calculado pela equação abaixo: dxPxx j máx mín j Valor específico da variável Probabilidade Assim, a velocidade média pode ser determinada, integrando-se a eq. de Maxwell de 0 a . dcec RT Mcc RT Mc 0 22 2 3 2 2 4 2 1 8 M RTc Velocidade Média 1 22 m p RTc M Velocidade média quadrática Velocidade mais provável Velocidade média 2 1 3 M RTcvmq 2 1 8 M RTc Por que a c não está no máximo da curva?????? Porque em baixas c predomina c2 e em altas c predomina o termo exponencial. Curva não é simétrica !!!!!!! A queda da curva é menos acentuada após o máximo, implicando que mais da metade das moléculas possuam c > cmp A integral em um dado intervalo de c fornece o nº de moléculas com c neste intervalo. cvmq= Relação: cmp: c: cvmq = 1: 1,13: 1,22 Equipartição da Energia e Quantização A distribuição de velocidades de Maxwell pode ser transformada numa distribuição de energia. A energia cinética de uma molécula é: assim, 2 2 1 mcEk 2 1 2 m Ec k Ek RTE kE deERT Ndn k k 2 12 3 12 Ea Energia mínima p/ reação - Somente moléculas que possuem energia maior que Ea podem reagir quimicamente; - Em maior T, maior nº de moléculas c/ E Ea, por isso, a velocidade de uma reação c/ o T. f(Ek) Equipartição da Energia e Quantização A energia cinética translacional total média de uma molécula (U) é dada por: kTtotalEU k 2 3)( Onde k é R/NA RTtotalEU k 2 3)( Energia cinética translacional total média por mol de gás (1) A eq. (1) exprime a lei da equipartição da energia que diz o seguinte: “A energia total média é dividida entre as três componentes independentes do movimento que são chamadas graus de liberdade” A lei da equipartição pode ser enunciada do seguinte modo: “ Se a energia de uma molécula puder ser escrita na forma de uma soma de termos, onde cada termo é proporcional ao quadrado de uma velocidade ou deslocamento, então cada um dos termos quadrados contribui com (1/2 kT) para a energia total média.” Energia Cinética Translacional Média A energia translacional de qualquer molécula de gás monoatômico ou poliatômico é dada por: Aplica-se ao movimento translacional: Deslocamento da posição do centro de massa. Três coordenadas (x, y, z) descrevem a posição do centro de massa. Ex: Elevador (movimento paralelo aos eixos x, y, z) kTEk 2 3 Um sistema mecânico constituído de N partículas é descrito especificando-se 3 coordenadas (x, y, z) p/ cada partícula ou um total de 3N componentes de movimento independente ou graus de liberdade. 222 2 1 2 1 2 1)( )()()()( wmvmumtotalE zEyExEtotalE k kkkk Cada termo contribui com ½ kT Uma vez que o movimento translacional é descrito pelo deslocamento do centro de massa nas três direções (x, y, z), então, p/ um sistema de N moléculas existem: )33( N Graus de liberdade interno (rotação e vibração) Energia Cinética Translacional Média modos translacionais P/ um gás monoatômico (N=1), existem (3 x 1 -3) = 0 modos de rotação e translação, indicando que gases monoatômicos possuem somente energia translacional. Gases Monoatômicos (He, Ne, Hgvapor ): RTE naltranslaciok 2 3 )( p/ um mol de gás Ek(translacional) = U= energia cinética total do gás Gases Diatômicos: (N2,, Cl2) N=2, possui (3x2-3)= 3 graus de liberdade interna (rotação e vibração) Rotação: Modelo rotor rígido 2 graus de liberdade Princípio da Equipartição de Energia para cada grau de Liberdade Rotacional: rotE RT Se a molécula tem 3 graus de liberdade interna e dois são usados para rotação, resta 1 GL p/ a vibração. Existem 2 modos de rotação em torno dos eixos x e y. Então: RTRTErot 2 1 2 1 Vibração: Modelo oscilador harmônico Energia Cinética 2 2 1 mcEk Energia Potencial 2 2 1 xEp P/ cada grau de liberdade vibracional eu tenho: kTEkTkTE xmcE vibvib vib 2 1 2 1 2 1 2 1 22 ou RTE vib p/ cada GL vibracional P/ uma molécula diatômica: RTRTRTRTU EEEU vibrottrans 2 7 2 3 Moléculas Poliatômicas: N átomos )33( N graus de liberdade interno. Diatômicas 3 3 3N 2 rotacionais 1 vibracional Triatômicas**** 3 3 6N rotação vibração ***Linear ou angular Rotacional: 2 Graus de Liberdade Vibracional: (3N-5) Graus de Liberdade Linear RTRTRTRTU EEEU vibrottrans 2 134 2 3 Por mol Rotacional: 3 Graus de Liberdade Vibracional: (3N-6) Graus de Liberdade Angular RTRTRTRTU EEEU vibrottrans 63 2 3 2 3 por mol Exemplos: SO2, H2O, etc. Linear: 3N-5 = Angular: 3N-6 = Graus de Liberdade Vibracionais para moléculas poliatômicas Triatômica Linear 3N – 5 = 4 Ex: CO2 Moléculas Poliatômicas CO2 L 11 1388cm R 13 2349cm 12 667cm Vibração fora do plano Simétricos Triatômica Angular 3N – 6 = 3 Ex: H2O Moléculas Poliatômicas 1 13652cm 2 11595cm 3 13756cm Os modos normais da H2O. O modo 2 é predominantemente deformação angular e ocorre em número de onda menor que os outros dois. H2O Generalizando: Gases poliatômicos Lineares Não lineares RTNRTRTU )53( 2 2 2 3 RTNRTRTU )63( 2 3 2 3 Gases poliatômicos: Gases monoatômicos: RTU 2 3 Energia Cinética, Temperatura e Capacidade Calorífica Aberto Fechado Isolado Energia Cinética, Temperatura e Capacidade Calorífica Se escoar calor p/ um gás mantido à volume constante, a energia do gás aumentará da quantidade de energia transferida pelo escoamento de calor. A relação entre aumento de energia e aumento da temperatura do sistema à V= cte é a capacidade calorífica à volume constante, definida por: V v T UC Capacidade Calorífica à Volume Constante Gases monoatômicos: RTU 2 3 Energia por mol RCv 2 3 Capacidade calorífica molarp/ gás monoatômico Energia Cinética, Temperatura e Capacidade Calorífica Gases poliatômicos: (Linear) RNRRC RNRRC v v )63( 2 3 2 3 )53( 2 3 (Angular) P/ gases monoatômicos: 5000,1/RCv P/ gases diatômicos: 5,3 2 71 2 2 2 3/ RCv Gás CV/R (exp) CV/R (teorico) He, Ne, Ar, Kr, Xe 1,500 1,5 H2 2,468 3,5 N2, HF, HCl 2,500 3,5 Br2 3,33 3,5 CO2 3,466 6,5 CS2 4,49 6,5 H2O 3,038 6 NO2 3,56 6 C2H2 4,283 8,5 HN3 4,04 9 P4 7,05 9 Dados de CV/R a 298,15 K Ver Tabela 4.3 Castellan Exercícios Castellan: I) Questões 4.1; 4.2; 4.3; 4.4 II) Problemas: 4.1; 4.2 e 4.3 III) Calcular a capacidade calorífica molar à volume constante (Cv/R) p/ o Ar; para o H2 e para a água. Compare os valores obtidos com os experimentais dados na Tabela anterior e discuta seus resultados.
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