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Aula 05 (anexo) Período do profissionalismo

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Período do profissionalismo 
 
O período do profissionalismo foi gestado a partir do final dos anos 1960, quando se 
passou a perceber que a avaliação centrada em objetivos, nem sempre de fácil 
identificação e mensuração, não dava conta de demonstrar a riqueza dos processos 
ocorridos e “nem para realizar os diagnósticos de políticas complexas” (p. 24). 
 
Dias Sobrinho (2003, p. 24) esclarece que nesse período, a avaliação foi caracterizada 
como um julgamento de valor e que: “Scriven (1967) define explicitamente a 
avaliação como um processo pelo qual se determina o mérito ou valor de alguma 
coisa”. Segundo ele, a partir desse momento, a avaliação passa a considerar as 
entradas, o contexto, as circunstâncias, o processo e a se preocupar com a melhoria 
de cada etapa e especialmente do ensino, com que a escola seja eficaz na realização 
de sua função social. 
 
Assim é que o autor (Dias Sobrinho, 2003) ressalta a importância desse momento para 
o avanço de uma postura onde a medida era a tônica do trabalho avaliativo para uma 
atitude mais abrangente que refletisse a complexidade social envolvendo a tarefa de 
educar, agregando-se os fatores externos como relevantes nos estudos da escola, dos 
sistemas educacionais: 
 
“A avaliação se torna cada vez mais complexa à medida que 
considera insuficientes os procedimentos meramente descritivos 
e reclama a consideração de aspectos humanos psicossociais, 
culturais e políticos, onde não há consensos prévios e os 
entendimentos precisam ser construídos.” (p. 27) 
 
A avaliação ganha uma conotação política e se insere no contexto sociocultural de 
uma comunidade e passa a ser utilizada de forma mais democrática, participativa, 
valendo-se de novos instrumentos para dar conta de realizar uma análise também dos 
aspectos sociais e culturais das escolas e de seus alunos. 
 
 
 
 
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O autor destaca que a mudança de paradigma da avaliação coincide com a mudança 
do entendimento do que seja aprendizagem: “já não mais entendida como mudança 
de comportamento, e sim como construção de significados.” (Dias Sobrinho 2003, 
p.28) 
 
Em seu estudo, que não poderemos analisar em toda a sua riqueza nessa aula, ele 
detalha alguns aspectos que nos interessam ressaltar, resumindo-os assim: 
 
 A valorização da perspectiva política da avaliação enfatizará o valor da 
participação, da negociação, levando em conta a existência de conflitos de 
interesses na concepção do modelo de avaliação a ser utilizado; 
 
 São muito utilizadas ainda hoje pelo governo as provas de medida de 
rendimento dos alunos e são considerados para o estabelecimento de 
políticas, os indicadores quantitativos que elas apontam; 
 
 O reconhecimento da importância de se considerar, na elaboração dos 
instrumentos de avaliação, os aspectos culturais e a diversidade existente 
entre os grupos sociais e a influência na percepção dos fatos, pelos diferentes 
sujeitos, envolvidos no processo avaliativo; 
 
 Os testes padronizados como instrumento de regulação e controle pelo Estado 
para garantir o cumprimento das obrigações de escolas e sistemas 
educacionais; 
 
 Há uma dimensão formativa no processo de avaliação das instituições 
educacionais porque o objetivo é o aperfeiçoamento da ação pedagógica e a 
garantia da qualidade do ensino.

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