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Processo de Execução

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Processo de Execução
Só a sentença condenatória dá ensejo à execução.
O processo de conhecimento, de cunho condenatório e o de execução passaram a constituir duas fases distintas de um processo único.
Quando a execução for de sentença arbitral, penal condenatória, estrangeira ou contra a Fazenda Pública, conquanto fundada em título judicial, continuará constituindo um novo processo.
Têm natureza de processos autônomos as execuções fundadas em título extrajudicial, e as execuções fundadas em título judicial, quando de sentença arbitral, penal condenatória, estrangeira ou contra a Fazenda Pública.
Não têm natureza de processo autônomo as execuções fundadas em título judicial, com as exceções acima mencionadas.
Para que o Estado-juiz possa desencadear a sanção executiva, fazendo uso dos mecanismos previstos em lei para a satisfação da obrigação, é preciso que esta esteja dotada de um grau suficiente de certeza. Esse grau de certeza é dado pelo título executivo. A lei considera como tais alguns documentos extrajudiciais, produzidos sem a intervenção do Judiciário, mas aos quais se reconhece esse grau suficiente de certeza. Esses documentos permitirão a instauração do processo de execução. Na ausência deles, o titular da obrigação deve ingressar em juízo com um processo de conhecimento para que o Judiciário reconheça-lhe o direito de fazer cumprir a obrigação. Se proferir sentença condenatória, impondo ao devedor o cumprimento da obrigação, e este não a satisfizer espontaneamente, terá início a fase de cumprimento da sentença (ou fase de execução).
No processo de conhecimento, o que se busca é uma sentença, em que o juiz diga o direito, decidindo se a pretensão do autor deve ser acolhida em face do réu ou não. Na fase de execução, a finalidade é que o juiz tome providências concretas, materiais, que tenham por objetivo a satisfação do titular do direito, consubstanciado em um título executivo.
Título executivo: o ato-documento que abre as portas à sanção executiva, não é dado criá-lo, sem expressa previsão legal.
Instrumentos/Meios da sanção:
Sub-rogação: o Estado-juiz substitui o devedor no cumprimento. Por exemplo: se ele não paga, o Estado apreende bens suficientes do seu patrimônio, e com o produto da excussão, paga o credor. Ex.: penhoras, expropriação, busca e apreensão de bens.
Coerção: visa não a que prestação seja realizada pelo Estado, no lugar do devedor; mas que seja cumprida pelo próprio devedor. Para tanto, a lei mune o juiz de poderes para coagi-lo a cumprir aquilo que não queria espontaneamente, como, por exemplo, o de fixar multas diárias, que forcem o devedor. Usada na obrigação personalíssima.
Pressupostos processuais:
Existência: citação, capacidade postulatória, petição inicial, jurisdição.
Validade: capacidade de ser parte, petição inicial apta, juiz competente.
Condições da ação: PIL
Pressupostos específicos da execução: 
Liquidez: quantidade
Certeza: quem, o que, a quem
Exigibilidade: inadimplemento
Princípios da execução:
Princípio da autonomia: nova fase processual.
Princípio da patrimonialidade: A execução recai sobre o patrimônio do devedor, sobre os seus bens, não sobre sua pessoa
Princípio do exato adimplemento: O credor deve, dentro do possível, obter o mesmo resultado que seria alcançado caso o devedor tivesse cumprido voluntariamente a obrigação. Só em duas situações, a obrigação específica será substituída pela de reparação de danos: quando o credor preferir, ou quando o cumprimento específico tornar-se impossível.
Princípio da disponibilidade do processo pelo credor: Ele pode desistir dela a qualquer tempo, sem necessidade de consentimento do devedor, exceto quando estiver embargada, e se os embargos não versarem apenas questões processuais.
Princípio da utilidade: A execução só se justifica se trouxer alguma vantagem para o credor
Competência para a execução civil:
Competência para processar o cumprimento de sentença:
I — se processará nos tribunais, nas causas de sua competência originária;
II — no juízo que processou a causa no primeiro grau de jurisdição;
III — no juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de sentença arbitral ou de sentença estrangeira.
Competência para a execução por título extrajudicial:
A competência para o processo de execução de título extrajudicial é relativa, e deve ser apurada de acordo com as regras gerais de competência, estabelecidas para o processo de conhecimento, e que se estendem a essa espécie de execução.
Legitimidade ativa:
O credor, a quem a lei confere título executivo.
O sucessor mortis causa.
O cessionário.
O Ministério Público.
O sub-rogado.
Fiador sub-rogado.
O ofendido, ainda que não figure no título executivo.
O advogado.
Legitimidade passiva:
O devedor, reconhecido como tal no título executivo.
O espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor.
O novo devedor, que assumiu, com o consentimento do credor, a obrigação resultante do título executivo.
O fiador judicial.
O responsável tributário.
Avalista.
Litisconsórcio na execução:
Tanto na execução de título judicial quanto extrajudicial será possível o litisconsórcio, ativo, passivo ou misto, dependendo do que conste do título.
O litisconsórcio, na execução, será facultativo ou necessário, conforme a obrigação que conste do título. Sempre que for de pagamento, será facultativo, já que as quantias são sempre divisíveis. Ainda que a sentença condene dois ou mais réus, ou no título figurem dois ou mais devedores, o credor poderá promover a execução em face de apenas um. Mas, se a obrigação imposta no título for de fazer ou não fazer, ou de entregar coisa, e tiver objeto indivisível, o litisconsórcio será necessário.
Intervenção de terceiros:
Nenhuma das formas de intervenção de terceiros previstas no Livro I, do CPC, para o processo de conhecimento pode ser deferida na execução.
Requisitos para a execução: São dois os requisitos para o interesse do credor em na execução: o inadimplemento do devedor, e o título executivo, que assegure grau suficiente de certeza da existência da obrigação. A falta de um desses requisitos implicará a carência da execução.
Execução específica:
Se o devedor assumiu a obrigação de fazer, não fazer ou entregar coisa, a execução deve assegurar-lhe meios para exigir o cumprimento específico da obrigação, reservando a conversão para perdas e danos apenas para a hipótese de o cumprimento específico tornar-se impossível, ou para quando o credor preferi-la.
A execução de título judicial é imediata, sem novo processo (salvo a fundada em sentença arbitral, estrangeira, penal condenatória ou contra a Fazenda Pública) e a por título extrajudicial sempre implica a formação de processo autônomo.
Execução provisória:
Quando fundada em decisão judicial não transitada em julgado
Quando fundada em título extrajudicial, enquanto pendente apelação da sentença de improcedência dos embargos do executado, quando recebidos com efeito suspensivo.
Afora essas hipóteses, a execução será definitiva. Ela o será se, fundada em título extrajudicial, houver apelação pendente contra a sentença de improcedência dos embargos, desde que estes não tenham sido recebidos no efeito suspensivo. E, em execução de título judicial, ainda que haja agravo de instrumento pendente contra a decisão que julgou a impugnação. Nessas situações, ainda há um risco de reversão do resultado, uma vez que ainda há recurso pendente. No entanto, o legislador optou por considerar definitivas essas execuções. Tanto na definitiva, como na provisória, se houver reversão do julgado, e disso advierem prejuízos para o devedor, o credor responderá objetivamente pelos danos ocasionados, que deverão ser por ele ressarcidos.
Limites:
Responsabilidade do credor: corre por conta e risco do credor, que assume a responsabilidade pela reversão do julgado, pois ainda há recurso pendente. Caso a sentença seja reformada, cumprir-lhe-á ressarcir os danos que causou, o que prescinde de prova de culpa.
Bens não sujeitos à execução:
Os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, nãosujeitos à execução; 
Os móveis, pertences e utilidades domésticas, que guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor ou que ultrapassem as necessidades comuns, correspondentes a um médio padrão de vida;
Os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo os de elevado valor; 
Os vencimentos, subsídios, soldos, salários, remunerações, proventos de aposentadoria, pensões, pecúlios e montepios; as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e sua família, os ganhos do trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, observado o disposto no § 3º deste artigo; 
Os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício de qualquer profissão; 
O seguro de vida; 
Os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas, 
A pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família; 
Os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social;
Até o limite de 40 salários mínimos, a quantia depositada em caderneta de poupança.
A impenhorabilidade cessa se o devedor oferece o bem à penhora, com o que terá renunciado ao benefício.
Levantamento de valor ou alienação de domínio com caução (dispensado até 60 salários mínimos): levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos que importem alienação de propriedade ou dos quais possa resultar grave dano ao executado. O juiz só a imporá para os atos que possam trazer efetivo prejuízo ao devedor, em razão de potencial irreversibilidade.
Dispensa do caução: os alimentos do direito de família, decorrentes do casamento, união estável ou parentesco; e de ato ilícito até 60 vezes o salário mínimo; nos casos de execução provisória em que penda agravo perante o Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça (art. 544), salvo quando da dispensa possa manifestamente resultar risco de grave dano, de difícil ou incerta reparação.
Acórdão modifica a decisão
Prejuízos ao devedor e sua indenização
Liquidação de sentença:
O título líquido é aquele que indica a quantidade de bens ou valores que constituem a obrigação. Já a sentença pode ser ilíquida. Para que possa ter início a execução, é indispensável que passe por prévia liquidação, para que se apure o quantum. Sempre que na fase cognitiva for prolatada sentença condenatória ilíquida, antes de ter início a fase de cumprimento de sentença, haverá uma intermediária, de liquidação. Se o título for sentença penal condenatória, antes do início da execução, haverá a liquidação dos danos.
Tem natureza incidental, é uma fase dentro do processo.
É uma decisão interlocutória, e o recurso cabível é o agravo de instrumento.
A liquidação pode ser requerida tanto pelo credor quanto pelo devedor. A legitimidade deste deriva do interesse em pagar, para obter a extinção da obrigação, fazendo-se necessária a apuração do quantum. Mas, na liquidação da sentença condenatória genérica proferida nas ações civis públicas somente o credor estará legitimado, porque o devedor não terá condições de saber quem são as vítimas, e quais os danos que cada qual sofreu. A iniciativa é do credor pois cabe a ele provar que tem tal qualidade, demonstrando ser uma das vítimas do dano objeto da ação.
Liquidação por arbitramento:
É aquela que se presta à apuração do valor de um bem ou serviço. A única tarefa é apuração desse valor, o que dependerá da nomeação de um perito. Não há nenhum fato novo a ser demonstrado.
A diferença da liquidação por artigos é que, nesta, há necessidade de prova de fatos novos, que vão além da simples apuração do valor do bem ou do serviço.
Requerido — pelo credor ou devedor — o arbitramento, o juiz nomeará um perito e fixará prazo para a entrega do laudo, intimando a outra parte, para que possa acompanhar a prova técnica. As partes poderão formular quesitos e indicar assistentes técnicos.Com a entrega do laudo, as partes terão prazo de dez dias para manifestar-se, após o que o juiz proferirá decisão ou designará, se necessário, audiência.
Liquidação por artigos:
É aquela em que há necessidade de comprovação de fatos novos, ligados ao quantum debeatur.
Na petição inicial, o autor os apresentará, e eles constituirão a causa de pedir da liquidação. O juiz terá de ater-se a eles, sob pena de proferir julgamento extra petita.
O réu será intimado para apresentar contestação, sob pena de presumirem-se verdadeiros os fatos novos relacionados ao quantum debeatur. Todos os meios de prova serão admitidos, podendo o juiz determinar prova técnica e designar audiên cia de instrução e julgamento.
Ao final, proferirá decisão interlocutória, julgando a liquidação. Poderá considerar provados, total ou parcialmente, os fatos novos, declarando líquida a obrigação e apontando o quantum debeatur.
Liquidação de sentença genérica em ação civil pública:
Proposta ação civil pública, como não se sabe quem são as vítimas, o seu número, e a extensão dos danos, em caso de procedência, o juiz proferirá sentença genérica, que condenará o réu ao pagamento de indenização a todas as pessoas que comprovarem enquadrar-se na condição de vítimas do ato ou fato discutido. A sentença não só é ilíquida, mas nem sequer nomeia as pessoas a serem indenizadas, limitando-se a genericamente condenar o réu a pagar a todos aqueles que comprovem ser vítimas do evento.
Na fase de liquidação, que haverá de ser sempre individual, a vítima precisará demonstrar não apenas a extensão dos danos, mas, antes de tudo, que eles são provenientes daquele produto nocivo, objeto da ação civil pública. A liquidação não servirá apenas para apurar o quanto se deve à vítima, mas para permitir que esta comprove a sua condição.
Ela há de constituir um processo autônomo (não apenas uma fase), ajuizado pelas vítimas individuais, e para o qual o réu deve ser citado. A decisão final não será meramente declaratória, como nas outras formas de liquidação, mas constitutiva, pois só a partir dela cada vítima obterá título executivo.

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