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Uma constelação de redes

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Uma constelação de redes: mídia de massas, jogos, internet e telefones 
Como observamos, a comunicação é sempre produto de três condições: a organização econômica do sistema de mídia (transmissão e produção de conteúdos) das diferentes matrizes de mídia que utilizamos para classificar as mídias em função das nossas necessidades e objetivos, ou se preferimos as nossas representações ante as mídias, e das nossas dietas de mídia, ou práticas com as mídias.
Essa conjugação de dimensões produziu o modelo de comunicação sintética em rede.
A proposta é que o sistema de mídia se articula cada vez mais em torno de duas redes principais, que por sua vez se comunicam com as diferentes tecnologias de comunicação e informação.
Essas redes constituem-se respectivamente em torno da televisão e da internet estabelecendo nós com diferentes tecnologias de comunicação e informação como telefone, o rádio, a imprensa, entre outros.          
Um metassistema de entretenimento em transição: dos jogos multimídia à televisão.
   
Muito do futuro das utilizações de multimídia, fruto da articulação entre os subsistemas de comunicação mediada por computador e da globalização da escolha no nível  dos meios de comunicação de massas.
Se basearmos a nossa análise em torno dos investimentos dos setores público e privado na Europa e nos EUA, o que assistimos é uma dualidade de apostas.
 No que diz respeito às novas tecnologias como a internet ou os celulares, o setor público está interessado essencialmente em promover a infra-estrutura e o acesso, em setores como a educação, saúde e aprofundamento cultural permitirá melhorar as condições de vida e as oportunidades de populações.
Outro fator é também de vários estudos indicarem não ser certo que as pessoas pretendam, no uso de todas as novas tecnologias, apenas mais entretenimento em vez  da utilização da multimídia para acesso à informação, assuntos da comunidade, envolvimento político e educação.
A hipótese, após um momento inicial de experimentação, caracterizado pela transposição para a internet de relacionamento com os consumidores característicos dos meios de comunicação de massa, esse ajuste resultaria de uma adaptação do mundo produtivo às exigências do consumo.
Os dois maiores mercados mundiais de serviços audiovisuais são a União Européia e os EUA, apresentando uma estrutura de receitas bastante similar. As taxas de crescimento médias são idênticas entre os dois mercados, 11%. Os países do Sul da Europa (França, Portugal, Itália e Espanha) possuem uma maior participação do cinema na sua dimensão de vendas de bilheteria que a Alemanha e a Grã-Bretanha. No rádio, as maiores contribuições são registradas na Alemanha e Portugal. 
O que os dados parecem indicar é que existem regimes de mídia diferenciados também em função das culturas nacionais, aparentemente na Europa a ia ao cinema é uma atividade menos freqüente do que a pratica norte-americana
 Economia política da pirataria – A introdução das redes P2P originou um extremar de posições.  Os usuários de internet aumentando o download de filmes e música de forma gratuita e ilegal, por outro lado as associações fonográficas e de produtores de filmes procurando aumentar a repressão sobre essas formas de uso da internet. 
Sinais de mudança no campo da música são o sucesso agregado iPod e iTunes da Apple para a venda de músicas.
Que não seja de estranhar que hoje vivamos anos de posições extremas entre o público, aumentando o número de cópias ilegais de MP3, e gravadoras reprimindo judicialmente a sua própria base de consumo atual e futuro, os mais jovens. 
As implicações da alteração de modelos são grandes, em particular para as gravadoras, que sofrerão maiores problemas em termos da sua gestão de catálogos. Novas bandas recorrerão também a novas formulas de afirmar a sua identidade pela internet antes de recorrer a uma gravadora.
 A pirataria ou download ilegal parece em alguns casos ser entendido como moralmente mais justificável de músicos que não sejam os nossos preferidos, ou seja, aqueles de quem não comprariam os discos ou filmes produzidos longe de nós por grandes empresas globais, pelo menos para usuários da internet fora dos EUA. O novo player do entretenimento: os jogos multimídia. Entre 2000 e 2003 o mercado dos jogos multimídia cresceu na Europa cerca de 40% (crescimento médio de 10%) e nos EUA 50% (crescimento médio de 24%), com o surgimento de novos consoles.
A consultoria PriceWaterhouseCoopers em 2004 apresentou os videojogos como um setor de crescimento  mais acelerado para os próximos anos, atingindo em 2008, US$ 55,6 bilhões.
Segundo estas previsões, ocorrendo à diminuição no mercado de jogos para PC e expansão com os novos consoles (128 bits), a nova geração de máquinas, sendo distribuído online e wireless, pela crescente penetração da banda larga e novos celulares, sendo possível a utilização tanto para entretenimento como para comunicação.
Este crescimento não se dá apenas pelo surgimento de novos consoles, ofertas, qualidade dos jogos multimídia, mas por um constante mercado em expansão, ou seja, no aumento de consumidores, atingindo a população no geral.
Pesquisa mostra, de 50% dos americanos, 39% são mulheres.  Sendo a idade média de usuários dos jogos multimídia 29 anos e o acesso freqüente, por maiores de 18 anos.
Tem-se como modelo de comunicação sintético em rede, a relação com a internet, esta é uma dimensão a mais para os jogos multimídia, sendo a ligação dos jogos com as outras tecnologias.
Um software de interação, dando para os usuários a total liberdade. Mostrando a partir de 1997 um fator importante, onde foi à primeira vez em que as receitas de vendas dos jogos superaram a bilheteria do cinema. A produção de um jogo rivaliza com a produção dos filmes de Hollywood, custo hoje de 3 a 4 milhões, sendo que em 1998, beirava 1,5 milhão.
Conclui-se tal custo, pela exigência dos próprios usuários, pois os jogos hoje comparados com as produções cinematográficas têm alta interação, existindo torneios entre jogadores, havendo comunicação on-line, interação com o meio ambiente e personagens secundários, com isso a produção se torna mais cara. Os jogos multimídia deixam assim de ser meramente alimentados por conteúdos oriundos das indústrias do cinema, livro e televisão e passa a contribuir para o aparecimento de filmes inspirados em personagens de jogos como, Super Mário, isto mostra o porquê da partilha de processos de dinamização entre indústrias culturais do cinema e dos jogos.
A reafirmação da TV como elemento central do metassistema de entretenimento.
Se nesse novo sistema, o cinema continua a cumprir um papel central no metassistema de entretenimento e os jogos multimídia  surgem como um novo elemento nas estratégias, que papel cabe à televisão na esfera do entretenimento?
 Embora muitas vezes olhemos a TV como fonte de notícia, ela é hoje, essencialmente uma fonte de entretenimento, porém a TV nem sempre foi entendida assim.
 Se pensarmos a história da TV em três momentos diferentes, identificamos que a primeira parte (países europeus entre 50 e 70), uma fase que denominamos monopólio, onde ocorre uma identificação do serviço público com esse meio, mas também com o rádio.
 A sua dimensão cultural é vista como caráter educacional, promovendo uma alfabetização complementar.
Uma segunda fase da TV européia pode ser identificada (entre metade de 70 e 80), um sistema de TV pública e provada. A função cultural da TV pública desse período é democratizar a cultura pela ampliação do acesso à cultura com descentralização. A cultura assim é vista como circulação espontânea de idéias e não como um repertório definido fixo, abrindo lugar à experimentação. Nesse quadro a concorrência passa a ser clara entre emissoras privadas e públicas.
O papel da TV na terceira fase, é o de um gênero específico que tem múltiplos concorrentes, das cadeias televisivas comerciais à nova oferta pela internet.
 A partir do momento que o objetivo cultural deixa deser caráter alfabetizador e a cultura passa a ser entendida como um gênero em si surge o convívio com diferentes modelos de televisão, que embora proponham uma programação diferente, possuem uma ênfase muito maior na dimensão do entretenimento do que a informativa.
 Na primeira fase descrita como paleotelevisão, predominavam as lógicas institucionalizadas do Estado e a comunicação pedagógica com o telespectador.
 A segunda fase, da neotelevisão, caracteriza-se por um conjunto de transformações, traduzidas num aumento do n° de operadores, na expansão dos horários de transmissão, na natureza e estrutura das transmissões e na alteração dos modelos de produção.
 A TV aberta em nível global pode seguir padrões semelhantes de conteúdos e formatos, mas continua a incorporar uma dimensão nacional forte. Essa afirmação tem menos a ver com as práticas políticas de defesa de conteúdos nacionais do que com as próprias práticas do regime da mídia perante a televisão.  Assim a Hungria possui, em conjunto com a Polônia e a Itália, os valores mais altos de consumo diário de televisão (acima dos 245 minutos), enquanto Dinamarca, Áustria, Suécia e Noruega, possuem os valores mais baixos (abaixo dos 170 in.).
 O horário nobre em Portugal, Espanha e Itália estão entre as 13 e 16 horas e às 20 às 22 h, enquanto Alemanha, Suécia e Dinamarca possuem apenas um horário Nobre: das 18 às 23 horas.
 Essa diferenciação também ocorre no conteúdo, em muitos países Europeus existe uma clara divisão onde o esporte representa mais de 75% dos programas mais vistos, numa clara aproximação aos dados dos EUA. Em termos geográficos também existe uma diferença que denota uma diferente perspectiva cultural, o futebol, sem fronteiras, diferente dos esportes de inverno apreciados na Zona Alpina e do Norte da Europa e Escandinávia.
 O surgimento da TV como divertimento da massa, tirou o papel que o cinema tinha durante o início do séc. XX de motor das indústrias culturais.
O século XX e inicio do século XXI, na mídia foi marcado pela convergência econômica tecnológica e de mercado.
As experiências das ultimas décadas quanto a Itv ultiliza-se da flexibilidade de comunicação através de voz, texto e vídeo sendo individual ou em grupo utilizando uma plataforma de produção e processamento de informação e a potencialidade de criação da mensagem podendo escolher a melhor câmera e angulo para ver seu jogo de futebol.
Se tentarmos juntar a internet com a TV seria quase impossibilidade pela incompatibilidade de Mbits e também pelo publico diferenciado de cada meio de comunicação, devido a internet está mais focada para o trabalho e empresa e a TV por sua vez, é mais utilizada como forma de laser e distração. Para que possa juntar meio é necessário inventar uma nova audiência em que haja interação com o telespectador, tenha canais de escolha, dispor de tempo e de dinheiro.
A idéia de que o uso da interatividade por parte das mídias de massa on-line na internet são superiores a ITV, devido a três elementos a navegação, funcionalidade e adaptabilidade que a internet oferece.
Devido à interatividade que a TV oferece com o telespectador tem maior audiência sendo que abrange todos os públicos devidos sua comunicação interpessoal é um método de comunicação que promove a troca de informações entre duas ou mais pessoas. , mas fica claro que a presença da televisão na internet terá ainda problemas devidos ao poucos recursos como falta de investimento dos canais, baixa oferta de banda larga e de certa forma a incapacidade que a televisão tem de se firmar no setor digital.
Desta forma o setor investe mais no sistema de televisão em rede, no qual os telespectadores têm certa interação com a televisão através de trocas de mensagens (SMS) e votação via internet como no caso do programa Big Brother Brasil. Através de meios a televisão utilizada estes meios para que telespectadores possam expressar sua opinião sobre assuntos particulares ou mesmo de votação e participação.
Mesmo com diversas tecnologias a televisão continua sendo a mídia mais utilizada e mais vista pelo publico, desta forma ela se une com outros meios de tecnologia, mas não perde suas características próprias. E a internet assume a segunda posição de interativa de, sendo que esta sempre disputando o primeiro lugar com a televisão, mas de certa forma fica difícil, pois a televisão já faz parte do cotidiano.

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